Conn Iggulden, grande revelação da ficção histórica britânica, é o guia de uma empolgante viagem pela Antiga Roma, um reino de tiranos e escravos, de sórdidas intrigas e paixões avassaladoras. Através da vida de Júlio César — um dos personagens mais importantes de todos os tempos, um homem tão forte e de personalidade tão marcante que seu nome tornou-se sinônimo de monarca em várias línguas —, Iggulden cria uma saga que está para Roma como a série Ramsés para o Antigo Egito. Segundo título da trilogia O Imperador, que o prestigiado Bernard Cornwell (autor das trilogias As Crônicas de Artur e Em busca do Graal) expressou o desejo de ter escrito, O IMPERADOR — A MORTE DOS REIS coloca César no palco central, acompanhando suas primeiras campanhas militares. Vemos o jovem valoroso amadurecer e transformar-se em líder natural do exército romano, após escapar do jugo de piratas — que capturaram o navio em que servia — para engajar-se em batalhas grandiosas. César cumpre sua promessa de acabar com a pirataria e, então, leva suas forças para a Grécia, onde, contra todas as previsões, derrota o rei Mithridates.O velho monarca é o líder de uma insurreição que ameaça o controle romano no Peloponeso. Júlio César retorna vitorioso e rico à Roma, apenas para descobrir que a corrupção da República está prestes a destruir tudo o que ama. Inclusive sua esposa e filha. O IMPERADOR — A MORTE DOS REIS recria o ambiente das ruas de Roma, as campanhas militares, as intrigas palacianas e o cotidiano de uma das civilizações mais marcantes de todos os tempos. Um romance inesquecível de uma das mais criativas vozes da ficção histórica contemporânea.
ATENÇÃO! SPOILERS DE OS PORTÕES DE ROMA!
Depois de apoiar Mário na revolta e da vitória de Sila, Júlio é obrigado a fugir de Roma, deixando para trás sua mulher ainda grávida, o que ele não sabe. E nesta fuga, ele acaba sendo capturado por piratas e fica à beira da morte. Mas acontece que Júlio acaba pegando esse evento e o veste como escudo (sim, apropriei-me das palavras de Tyrion) e acaba por firmar ainda mais a liderança que vinha estabelecendo antes de fugir. E é impressionante observar como ele rapidamente ganha a confiança dos homens e se torna um líder não somente político, mas também militar. Júlio está mais determinado, maduro e tem uma mente estratégica fantástica. Ao mesmo tempo, ele também está ficando cada vez mais implacável, e o tempo em cativeiro contribuiu muito para isso. O que havia de inocência e irreverência no adolescente ficou para trás. Para dar uma ideia: ele promete crucificar todos os piratas que o capturaram, e cumpre (fato real, documentado). Seria até difícil imaginar o garotinho doce do primeiro fazendo isso, se não soubéssemos que estamos falando de Caio Júlio César.
Enquanto isso, Marco, que agora você já pode saber que é Brutus, foi designado para outra legião, e depois de se firmar como excelente soldado e também líder. E Brutus mostra que gosta da batalha. É um tanto arrogante (ou melhor, um pouco mais do que já era), e sabe muito bem de suas habilidades. Só que esse amadurecimento de Brutus e liderança vai acabar por abalar um pouco a amizade com Júlio. Brutus consegue votar para casa antes de Júlio, e acaba por defender também a família de Júlio e depois da morte de Sila, também faz seu caminho no exército e consegue restabelecer a Primogênita, legião comandada por Mário. Esse fato faz com que Brutus acabe se ressentindo um pouco de Júlio quando este finalmente consegue voltar para casa, mas a amizade acaba prevalecendo, e na verdade os dois acabam dividindo bem o comando. Neste livro ele também começa a se envolver mais com política, por causa de sua mãe, que ele finalmente conhece. E Servília é uma mulher extraordinária. Pena que aparece pouco ainda (ela vai aparecer mais, lembre-se das aulas de História no colégio que você vai saber porquê).
A outra mulher forte deste é Alexandria. Agora uma mulher livre, ela ganha a vida fazendo joias e broches para a realeza. Ela é independente. esforçada e perspicaz. Ela logo identifica como pode vender mais, e assim seus lucros vão crescendo. Ela acaba encontrando Átia (saudades da diva Polly Walker fazendo o papel na HBO) e seu filho, Otaviano, e descobre que eles são parentes distantes de Júlio. Alexandria aluga um quarto na casa de Átia, e acaba levando Otaviano para trabalhar com ela. Mas por causa das ameaças de outros garotos no mercado, ela leva Otaviano para ser educado por Tubruk na propriedade rural. E falando em Tubruk, neste ele vai a extremos para proteger a família de Júlio. Mas também descobrimos um lado mais gentil do ex-escravo, que ele dedica a Aurélia, a mãe de Júlio, doente, e Clódia, a criada de Cornélia, a mulher de Júlio. Esta é outra mulher forte, que não só aguenta a ausência do marido logo após o casamento, mas cria a filha sozinha por boa parte do tempo, mas também vai passar por maus bocados de cabeça erguida por causa do parentesco de Júlio com Mário.
Também neste mais personagens histórico aparecem, como Pompeu e Crasso, ambos aliados de Mário, e líderes no Senado. E também Cato, opositor radical deles, capaz das manobras mais ardilosas para conseguir o que quer. A política é mais explorada neste, o que não quer dizer que não tenha muita ação. Na verdade, este é muito mais recheado de lutas e batalhas, e o sangue escorre muito mais. E o clima esquenta em Roma, com o reinado de terror imposto por Sila.
O ritmo continua muito bom, os personagens evoluem muito e as intrigas vão ficando cada vez maiores. O livro é dividido em duas partes, antes de Júlio voltar a Roma e depois, e mostra muito bem como foi retornar à vida urbana depois do cativeiro e do longo período longe de casa, a reaproximação com a família, agora completamente estranha a ele. E também o livro é narrado em terceira pessoa, mas com o foco em diferentes personagens, mas com o principal ainda sendo Júlio César. Há ainda mais um personagem bem bacana e conhecido nosso na trama, mas não vou revelar, deixo como uma surpresa para vocês. Vale a leitura.
Trilha sonora
Mais uma vez, inevitavelmente Now we are free e The Battle, de Hans Zimmer (curiosidade que eu só descobri agora: a língua de Now we are free é inventada por Lisa Gerrard, a intérprete, e tem uma mistura de várias línguas, como alguns elementos de latim), o tema de abertura de Roma e Stand my ground, do Within Temptation.
Se você gostou de A Morte de Reis, pode gostar também de:
- As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
- A Busca do Graal – Bernard Cornwell;
- As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
- 1356 – Bernard Cornwell;
- Ramsés – Christian Jacq;
- Os Pilares da Terra – Ken Follett;
- Mundo Sem Fim – Ken Follett;
- O Incêndio de Tróia – Marion Zimmer Bradley;
- O Físico – Noah Gordon.
2 comentários:
Feeee... gostei muito dessa série tbm, ainda preciso ler o último livro, mas fico com pena por saber o que irá acontecer com o Julio César, o que não é segredo pra ninguém né...
Enfim, é quase um "Bernard COrnweel"!!!
Oi Fefa!
Sim, os estilos são bem parecidos mesmo. Eu estou no terceiro, mas adorando. Mil vezes melhor que o livro do Alan Massie sobre ele. E é verdade, dá pena saber o que vai acontecer com ele :(
Beijo!
Fê
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