Mais uma vez a frase não é de livro, mas é relacionada. E vai parecer repetitivo, mas é que elas estão em sequencia no meu caderno (eu prefiro seguir na ordem, para não me perder. Tenho muitas, se não for em ordem corro o risco de repetir alguma).
Ela vem do filme Harry Potter e a Câmara Secreta, e eu AMO essa frase, que na verdade não está no livro:
“Por que aranhas? Por que não podia ser seguir as borboletas?”
Rony mostrando seu lado cômico ao mesmo tempo que deixa claro o seu medo de aranhas 
NEVER SAY DIE
“os Goonies, na verdade, é um filme sobre a amizade, sobre manter-se unido. O sonho de toda criança é poder estar no controle de seu próprio destino, ainda que apenas por um sábado à tarde. Não seria incrível nunca perdermos esse sonho? A verdadeira magia dessa história está sobretudo naquilo que eles se tornam uns para os outros, de uma maneira muito especial.” – Steven Spielberg (contracapa)
Eu jamais trairei meus amigos das Docas Goon,
Juntos ficaremos até o mundo inteiro acabar,
No céu e no inferno e na guerra nuclear,
Grudados feito piche, como bons amigos iremos ficar,
No campo ou na cidade, na floresta, onde for,
Eu me declaro companheiro Goony
Para sempre, sem temor.
O JURAMENTO GOONY
Eu já mencionei aqui - Os Goonies o quanto eu amo esse filme. è meu absoluto favorito da infância, assisti e assisto várias vezes, a ponto de saber as falas de cor (e curiosidade, em português. E esse é um dos poucos que eu aceito assistir em português, já que foi assim que comecei. Meu DVD não temo áudio em português, o que é na verdade uma pena, porque tem horas que a dublagem é bem melhor que o original, como o Sloth falando “de chocolate, chocolate!” ou o Brand chamando o Mikey de bicha adotada, adpoted wuss, no original). Então, quando eu soube que havia o livro, nem preciso dizer que: 1. eu surtei; e 2. eu comprei imediatamente. E só não li antes porque estava lendo a trilogia As Fronteiras do Universo. Mas assim que trouxe para casa, meu desejo era mergulhar mais uma vez no mundo de Mikey e cia.
Para quem ainda não conhece a história, Mikey vive em uma cidadezinha chamada Astoria, no Oregon, Estados Unidos. Ele e a família e os amigos moram no bairro mais pobre, conhecido como Goon Dock, ou Docas Goon, daí serem denominados Goonies (esse detalhe eu não sabia, descobri com o livro, junto com mais alguns). E não bastasse serem da parte pobre da cidade, eles ainda estão com os dias contados ali, pois o chefão do local, dono do Country Club Hillside, Elgin Perkins, está com uma ação de despejo para essas pessoas, para aumentar o seu campo de golfe.
Todos andam meio deprimidos, especialmente Mikey, e se juntam para lamentação geral na casa de Mikey. Eles eu digo são os outros goonies, amigos de Mikey: Gordo, Bocão e Dado (que se chama Ricky Wang. Surpresa para mim também). Quando eles decidem ir ao sótão de Mikey acabam encontrando um velho mapa pirata, relacionado com a lenda local, que diz que esse pirata bem badass da época, Willy, o Caolho, escondeu um fabuloso tesouro nas cavernas perto de Astoria. Empolgados com a perspectiva de uma última aventura, e também pela possibilidade de encontrar um tesouro e assim salvar suas casas da demolição, eles acabam saindo atrás do tesouro. E é aí que a aventura começa.
Enquanto isso, uma gangue local se refugia exatamente onde o tesouro pirata supostamente está. O livro, aliás, começa exatamente com o relato da fuga de Jake Fratelli da cadeia. E descrita com tantos detalhes que eu via a cena se desenrolar na minha cabeça. Além de Jake, há também Francis, seu irmão, e a Mama Fratelli. E Sloth, o filho mais novo de Mama Fratelli, mas esse é muito fofo, nem conta. E claro que ao saber do tesouro, eles querem também.
Mikey é um garoto comum de 13 anos, descobrindo garotas, mas ao mesmo tempo ainda criança o suficiente para acreditar em histórias de pirata (OK, a dele é de verdade, mas ele não sabia disso até ir atrás do tesouro), mas ele também sente que tem algo especial sobre ele. Como se tivesse uma melodia escrita em seu cérebro, que só ele escuta. nas palavras dele mesmo. E com o decorrer do livro, isso fica evidente, a ligação dele com Willy, o Caolho. No filme isso é passado bem por alto. Mas Brand sabia o futuro de Mikey. Olha só: “Eu vi suas pegadas de sapatilha de hobbit indo até o farol” (p. 79). Eu ri na hora! Para quem não sabe, Mikey é interpretado por Sean Astin, que anos mais tarde seria Samwise Gamgee, o fiel amigo de Frodo Bolseiro em O Senhor dos Anéis.
Os outros personagens, Dado, Bocão, Gordo, Brad e Andy são exatamente como no filme. Só Stef é um pouco diferente, mais independente, sem frescuras. Mas todos eles tem um lado que quem viu o filme não conhece. Dado quer inventar uma bolha de plástico imensa onde todo mundo possa morar em paz e sem as preocupações que tem, Brand tem um caso grave de claustrofobia, Stef adora o mar, e o Bocão fala muita besteira quando está nervoso. Andy é rica, mas não é metida. E o Gordo, como pode-se adivinhar, só pensa em comida. E Mikey tem uma queda por Andy, sem que Brand saiba.
O livro na verdade é uma versão romanceada do filme, por isso é extremamente fiel. Alguns detalhes, como eu disse, foram incluídos, o que deixa os personagens e situações ainda melhores. E algumas sequencias que não entraram no filme finalizado, como eles parando no mercadinho para pegar suprimentos, e o ataque da lula gigante (ambas essas cenas estão no DVD, como bônus. Mas a lula ainda abem que ficou de fora do filme final, porque é pra lá de tosco). E eu, como vi o filme um trilhão de vezes (e vou continuar vendo, com certeza), via tudo passando na minha cabeça. Quem conta é Mikey, em primeira pessoa, mas ele inclui o relato dos outros também. A leitura é fácil, e eu só demorei um pouco par ler porque andava meio cansada com o fim do semestre, e eu também enrolei um pouquinho (não queria terminar antes de escrever a resenha de A luneta âmbar, que eu atrasei um pouco por causa da faculdade). Mas em circunstâncias normais, eu teria terminado em uns 2 dias no máximo. Tenho somente uma reclamação: no livro eles mantiveram a palavra “armadilhas”, o que pra mim é errado, porque no filme, em português, tanto Dado como Mikey falam “armadrilhas” (por curiosidade, em inglês é “booby traps”, mas eles falam “booty traps”), e essa é uma das coisas que na dublagem fica bem melhor. Mas eles mantiveram alguns dos outros enganos deles, o que eu achei bem legal. Então, se você ainda não conhece, aproveite essa oportunidade. Tanto o livro como o filme valem a pena, apesar das tosquices do filme.
Trilha sonora
Só tem uma música possível: The Goonies ´R` Good Enough. Esse vídeo é com a letra, o clipe original é muito tosco, apesar da participação do elenco, mas se você tiver estômago, veja aqui e aqui (o clipe tem duas versões, mas as historinhas são complementares).
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Will é o portador da faca sutil. Ele prometera ao pai, no leito de morte, que iria entregar a lâmina terrível ao Lorde Asriel. Está se aproximando uma guerra, a maior guerra de todos os tempos, e a lâmina é a única arma que pode render o inimigo. Um forasteiro num mundo estranho, Will começa sua jornada perigosa. Mas como pode cumprir a promessa quando Lyra, sua corajosa companheira, está desaparecida? Terceiro volume da trilogia Fronteiras do Universo
ATENÇÃO! SPOILERS CASO VOCÊ NÃ TENHA LIDO OS OUTROS LIVROS!
Depois de encontrar seu pai, Stanislau Grumman, mas conhecido por ele como John Parry, Will promete no leito de morte do pai que irá entregar a faca a Lorde Asriel, pois ela será uma arma importante para a guerra que está por vir. Mas acontece que Lyra foi sequestrada pela Sra. Coulter, e antes de mais nada, Will vai salvá-la.
Esse começo é meio chato, arrastado. Intercala os capítulos do Will, e outros personagens, com o sono inquieto de Lyra, já que ela está sob efeito de drogas fornecidas pela Sra. Coulter. Nesse sonho, ela vê seu amigo Roger, e a culpa por ter levado Roger a Lorde Asriel aumenta, pois ela vê que seu amigo está sofrendo. Então, nesse estado semi-comatoso, ela decide que deve ir atrás dele no Mundo dos Mortos e endireitar as coisas. Mas essa determinação virá a custo de uma traição muito grande. Mas não vou falar o que, senão perde a graça.
Will conta então com a ajuda de dois anjos para resgatar Lyra. E também de Iorek Bynison, que reaparece nest3e e tem um papel importante na guerra. E quando ele finalmente consegue resgatar a menina, e ela diz que quer ir atrás de Roger no Mundo dos Mortos, Will não pensa duas vezes. Ele também quer reencontrar o pai e ter uma espécie de fechamento, de conclusão. E assim, ele descobre que tem uma missão junto a Lyra, que porá fim à morte.
Lyra está menos irritante neste. Eu diria até mais agradável. Ela está crescendo, e amadurecendo. Junto com isso, ela também descobre o amor, ao mesmo tempo que Will. Ela está menos arrogante, já admite que não pode fazer tudo sozinha, e nem que está certa sempre. E Will também está mais amadurecido, mais forte. Ambos sabem que não podem simplesmente ceder a seus desejos, e que devem abrir mão daquilo que desejam com mais força para o bem maior.
Eles não estão sozinhos nessa empreitada. Dois galivespianos, Lady Salmakia e Lorde Tyalis, dois espiões a serviço de Lorde Asriel, mas que acabam se afeiçoando aos meninos e ajudando em sua missão, a grande custo. Eles são dois serezinhos pequeninos, mas determinados. E eles tem uma espécie de ferrão, e quando picam alguém, eles tem um veneno poderoso que causa muita dor e alucinações. Ele é mais seco que Salmakia, que é mais doce, mas igualmente determinada.
E também, em paralelo em em outro mundo, está Mary Malone, a amiga cientista de Lyra. Ela escapa de Oxford por causa de sua pesquisa, e acha refúgio num mundo habitado por esses seres quadrúpedes estranhos, chamados mulefa. Eles são seres que lembram um elefante em miniatura, na minha cabeça, e são extremamente inteligentes. Eles vivem em simbiose com as árvores de seu planeta, mas suas existências podem estar ameaçadas. Mary descobre que é por causa do Pó, e promete que irá ajudá-los como puder. Essa parte eu acho meio maçante, pra ser sincera.
Também aparecem a Sra. Coulter, que depois de rogar a filha a mantê-la em estado quase vegetativo descobre que a ama (oi? Troféu joinha de mãe do ano pra você, querida!) e Lorde Asriel, seco e estoico como sempre. Mas ambos terão um papel importante, e também a grande custo.
A narrativa se divide em vários mundos e vários pontos de vista, mas os mais legais são os de Lyra e Will no Mundo dos Mortos. Os outros são meio arrastados, mas fundamentais para entender a história. A crítica à Igreja, que já era voraz, aqui fica ainda mais ácida, principalmente quando Mary relata porque renunciou à Igreja. Por isso não sei bem porque o livro é classificado como infanto-juvenil. Ele chega mesmo, em várias ocasiões, a ter insinuações sexuais. Não é u livro que eu recomende por exemplo aos meus alunos de 10 a 12 anos. Pelo tema, e pela complexidade da trama. Mas ela é interessante, e prende a gente. O segundo volume ainda é melhor, mas este também é bom, melhor que o primeiro, a meu ver. Como eu disse antes, muito disso se deve a Will, o melhor personagem da trilogia.
Trilha sonora
The Chronicles of Life and Death, do Good Charlotte cai perfeitamente, tanto pela letra como pela historinha do clipe; From Hell e Don´t leave me behind, do We Are the Fallen; Highway to hell, do AC/DC; e Bring me to life e My immortal, do Evanescence.
Se você gostou de A luneta âmbar pode gostar também de:
Eu inverti o nome em português de propósito, por revolta pessoal mesmo. Um: soa melhor, fica mais bonito (eu cheguei a colocar como está nos cinemas, mas mudei); e 2, por que inverteram? Em inglês começa com o nome da franquia, Star Trek, mas aqui acham que é mais importante o subtítulo? OK, then, vocês são tão espertos, respeitam o nome da franquia, quem sou eu para falar alguma coisa, não?
Começo esclarecendo que só assisti mesmo o filme de JJ Abrams (e agora relendo essa minha primeira review…ai, modéstia á parte como minhas resenhas melhoraram! E o que eu sabia?Diversão só para os dias de chuva, sem nada a fazer? Fernanda, you know nothing!), então o pouco que sei sobre a série vem dele, e de (julguem-me) The Big Bang Theory. Ou seja, não sei quase nada. Veja bem , eu cresci com Star Wars (que eu ainda acho mil vezes melhor), e não ligava muito para Star Trek. E não sou dessas que só porque gostam de Star Wars despreza e não assiste Star Trek. Mas eu assisti um filme antes disso (o que tem a Whoopi Goldberg, não sei qual é, e não entendi nada) e não tinha gostado. Achei parado e sem graça. Então, nunca mais quis saber. Até que JJ Abrams assumiu os controles da Enterprise – hehe.
Dito isto, eu digo que gostei bastante do filme. E mesmo não sendo fã ardorosa, fiquei bem empolgada com uma coisa que acontece, mas não posso falar porque será um spoiler gigante.
O filme começa com Kirk e Dr. McCoy correndo no meio de uma vegetação vermelho-sangue num planeta distante qualquer. Enquanto isso, Spock se prepara para saltar num vulcão prestes a explodir e devastar todo o planeta em questão. Spock está disposto a se sacrificar para salvar tanto o planeta como a tripulação da Enterprise. O que Spock não entende é que seus amigos na Enterprise estão igualmente determinados a não deixá-lo morrer. Isso vai causar algum stress, e vai ser importante depois. Não posso falar muito para não dar spoiler, mas basta dizer que Spock vai aprender o valor da amizade. E abraçar o seu lado humano.
Outra coisa que esse incidente, vamos chamar assim, traz são boas sequencias de atuação, envolvendo Zachary Quinto (Spock), Chris Pine (Kirk) e Zoe Saldana (Uhura). E uma das cenas mais incrivelmente desconfortáveis do filme. E engraçadas também: Spock e Uhura discutindo a relação na frente de Kirk. E antes disso, outra tirada sensacional é Kirk perguntando a Uhura como é brigar com Spock. Não me canso das tiradas dele tentando entender o vulcano.
Claro que o incidente no planeta das plantas vermelhas, que acaba com Spock sendo salvo, e os nativos idolatrando o deus da Enterprise, é também uma tremenda violação de protocolo, e só para variar, Kirk acaba sendo chamado a uma audiência disciplinar e acaba perdendo a Enterprise. Mas um ataque terrorista de um sujeito que se denomina John Harrison acaba por restaurar Kirk ao comando da Enterprise. E começa a perseguição ao vilão. Vingança pura e simples. Não posso entrar em mais detalhes para não dar spoiler, mas tenho que admitir que esse é o vilão por excelência, que mexe tanto com o emocional como o psicológico, ou seja, tem a habilidade de entrar na cabeça de seus oponentes. Eu ADORO vilões assim.
E dando vida a este está Benedict Cumberbatch, e ele rouba a cena bonito. Seu olhar gélido compete pau a pau com o de Roose Bolton, com um agravante: esse sequer pisca. Quando ele vira aqueles olhos azuis para você, você já sente aquele arrepio na espinha. Junte a isso uma voz poderosa, de assustar criancinha, e pronto, você tem medo de fechar os olhos e sonhar com ele (se bem que ele é bonitão. Não fosse por ser psicótico, eu adoraria sonhar com ele 
) E tem mais uma coisa: ele foi geneticamente alterado para ser uma espécie de super homem (sem trocadilho). Ou seja, é virtualmente impossível de matá-lo.
A história deste, como do outro, é complexa e cheia de reviravoltas. E o tempo todo você não sabe em quem pode confiar. Ou melhor, em quem Kirk pode confiar. A tensão é constante. O filme também balança bem ação e drama, e os cenários são sensacionais. A trilha sonora já me emociona na abertura, e é excelente. O elenco conta ainda com Simon Pegg, ótimo, Alice Eve (de O Corvo), competente, e Anton Yelchin, Jon Cho e Karl Urban, que eu amo, e dando um toque de humo ao filme.
Se você ainda não assistiu, vá. Mesmo que não seja fã da série, vale a pena. Mas um aviso, você vai sair do cinema com vontade de ver outro filme da franquia, mas não vou falar qual para não estragar a surpresa. Confira o trailer (que eu escolhi com o Benedict Cumberbatch em destaque de propósito):
Beijos e até o próximo post!
ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS LIVROS!
Continuando o post, que ficou enorme, depois de deixar Bran e cia, Sam chega a Castle Black e vai direto falar com Maester Aemon. E logo quer se explicar, pois sabe que chegar em Castle Black com Gilly parece no mínimo suspeito. Gilly tenta ajudar, mas o velhote é cego, mas perspicaz como ninguém. Que bonitinho ele falando que ela tem nome de flor! (só para constar, o nome que deram em português para ela, Goiva não tem nada a ver com isso. significa formão para esculpir madeira, ou num regionalismo, leito profundo e estreito de uma corrente. Fonte: Goiva – definição. Assim já disse que sou radicalmente contra a tradução de nomes, mas se for fazer, pelo menos respeita isso. Coloca o nome de uma flor também, caramba!). E ela também já fica meio que encantada pelo simpático velhinho (como não?). Essa cena, aliás, concentrou toda a fofura do episódio. A hora que ela fala que o nome do bebê é Sam, a carinha dele foi a coisa mais cutsie do mundo. Inversão interessante aqui. Quando Maester Aemon questiona se Sam lembra do juramento, e Sam começa a recitar (“Night gathers, and now my watch begins…me arrepio toda vez que eu vejo. Amo esse juramento, acho lindo), é Sam que lembra ao velho maester que um dos deveres da Patrulha é “guardar os reinos dos homens”. E achei legal que aqui transcreveram e colocaram na boca de Sam o que Lorde Comandante Mormont disse: “Não se constrói uma muralha de setecentos pés para impedir que selvagens em peles roubem mulheres. A Muralha foi feita para guardar os reinos dos homens…” (ASoS, edição pocket americana, capa azul, p. 450).
E logo depois, as saber que “a noite está caindo”, o Maester já pede tinta e uma pena, e quem leu já sacou o que vinha. A carta contando que os white walkers está acordando, e que marcham para o sul. E eles enviarão todos os corvos.
Corta para Davos, lendo cartas junto a Shireen. e sabemos mais um pouco da história de Westeros com Shireen também, contando sobre Balerion. E quando Davos começa a ler a carta de Sam, como um presságio, começam a tocar os sinos. Que em Westeros só podem sinalizar uma coisa. E no caso, é a morte de Robb (deixa, Stannis. Só uma coisa: the North remembers. Quanto tempo você acha que vai durar quando Jon descobrir que você teve um dedo – ou melhor, uma gota – na morte de Robb?). Davos logo percebe que Melisandre quer levar o crédito (apesar de ela dizer que não. Eu acho que ela tem uma parcela de culpa sim) pela morte de Robb, e o velho pirata logo se opõe. E não tem medo de falar o que quiser na frente dela. Ela não disfarça o ceticismo com que encara a religião dela, e aponta para Stannis o erro de unificar os Sete Reinos pela magia. E logo cita a mesma história que Shireen menciona antes, da conquista de Westeros por Aegon Targaryen nas costas de Balerion. Stannis soa cada vez mais com um menininho mimado que ficou sem o pirulito (ninguém me ama, ninguém me quer, mimimi) e diz que usará qualquer arma que tenha à disposição para recuperar o reino. Acho isso muito estranho para um homem com tantos escrúpulos, a ponto de renegar bebida, sexo e alegria em geral. Por outro lado, ele pode negar o quanto quiser, mas soltou Davos exatamente porque sabe que Davos se opõe ao sacrifício de Gendry, e que o velho pirata não vai deixar isso como está.
E é nessa hora que Davos mostra a carta de Sam a Stannis, e alerta para o perigo que está por vir. E esqueci de dizer que Davos, diferente de Stannis, percebe a mudança que se opera em seu soberano. Davos sabe que Stannis sozinho não sacrificaria o sobrinho, mesmo sendo bastardo. Stannis, se mais nada, é – ou era – muito justo. Mas é irredutível quanto a matar Gendry. Mas Davos, que já havia ficado amiguinho de Gendry, em uma cena que eu amei, eles falando sobre suas vidas em Flea Bottom (atuações excelentes, aliás. E um pouco de humor negro de Gendry. Show!), solta o segundo bastardo mais desejado de Westeros (preciso dizer quem é o primeiro? 
) para alegria e felicidade nossa e de Arya, claro, que mesmo distante, certeza que não quer que ele morra. E sim, me refiro ao fato de achar que eles vão se reencontrar e mais um pouquinho mais lá no futuro. Sinceramente, eu acho que essas cenas entre Davos e Gendry foram alguns dos pontos altos desse episódio. Liam Cunningham e Joe Dempsie estão simplesmente fantásticos em cena. E assim, Gendry parte, para onde, só os Sete sabem. Pitaco meu: o destino era King´s Landing, mas acho que em algum lugar seu caminho irá se desviar e ele não irá para lá. Afinal, na minha humilde opinião, ele ainda tem que se reencontrar com a Irmandade Sem Fronteiras, e ir parar lá naquela estalagem, cuidado dos órfãos. E mais tarde encontrar Brienne também. Mais um pitaco, dessa vez sobre o livro: eu acho que seria muito legal que ele encontrasse Nymeria também nesse meio tempo, e quando reencontrasse Arya ele estivesse com sua loba. #wishfulthinking
Mais tarde, Davos vai atrás de Stannis e enfrenta as consequências de seu ato. E mais um embate ocorre entre e Mulher Vermelha e Davos. Não vejo a hora dela quebrar a cara, sério. Ela se acha tão segura de tudo, e está tão enganada…Mas isso é outro assunto. E eu me enganei ali em ciam, é nessa hora que Davos entrega a carta a Stannis. Ao saber da traição de Davos (OK, porque eu amo Davos por ter salvo Gendry não quer dizer que não foi traição), Stannis o sentencia à morte. Ao que Davos responde mostrando a carta e dizendo que Stannis vai precisar dele. E a cara de Stannis ao descobrir que Davos sabe ler foi sensacional. Espanto geral. E nesta hora também ocorre uma inversão interessante. Melisandre, que até ali apoiava a 
morte de Davos, ao ler a carta muda de ideia e vê no fogo que Davos realmente será necessário. Me fez pensar. A fala de Melisandre ao queimar a carta e olhar no fogo é: “A morte está vindo para todos nós. Só você pode detê-la. Mas não sozinho.” (SPOILER) Mel com certeza está fazendo menção ao fato de achar que Stannis é Azor Ahai renascido. Quem me acompanha sabe que eu acho que ela está redondamente enganada, e AA é na verdade Jon. Veja aqui - Jon Snow e a Quebra do Juramento uma das minhas teorias malucas (mas nem tanto ) sobre isso. O que eu fiquei pensando é que talvez Davos tenha um papel maior que simplesmente encontrar Rickon. Será um spoilerzinho da série para o livro?
Voltando à Muralha, Jon chega mais pra lá que pra cá. E quem vai encontrar Jon? Sam e Pyp. Não sei se já falei antes, mas acho que há 3 irmãos de Patrulha que Jon pode confiar com a vida: Sam, Pyp e Grenn. Havia Edd também, mas (SPOILER) Edd morre defendendo os portões de Castle Black. Eles formam um vínculo muito forte depois que Jon começa a ensiná-los a lutar. E aqui fica a minha dúvida: vão matar Edd e Grenn na série? Porque nos livros eles voltam pra Castle Black, mas Maester Aemon diz em sua carta que somente Sam retornou. OK, vamos dar um crédito e manter a esperança, já que Sam não sabe se os outros estão vivos ou não. E depois eles dois, Grenn e Pyp, quero dizer, terão um papel importante no futuro. E a cena acabou aqui. Vou falar mais um pouco sobre isso daqui a pouco.
E terminando o episódio, Dany está nos portões de Yunkai, depois de ter conquistado a cidade, na expectativa do que irá acontecer. Tensão palpável no ar. E pela primeira vez Dany se pergunta se fez a coisa certa, talvez eles não quisessem ser conquistados. Ser Jorah lembra que ela não os conquistou, mas libertou. Finalmente uma multidão maltrapilha sai dos muros da cidade, e se dirige a Dany. E pára para ouvir seu discurso libertador. Mais tensão, até que finalmente um deles grita “Mhysa” e é aí que Dany percebe que ã multidão não quer seu mal. Mhysa é ghiscari para bolsa família, ops, mãe (desculpa, Leandro, eu tive que me apropriar da piada! Muito boa pra deixar passar! ). E Dany parte pra galera, antes mandando seus dragões voar. Juro que pensei que ia rolar um Dracarys, mas nada. Acabou assim. Cena na minha opinião tosca e sem sentido. O que valeu aqui: a música, linda. Mas de resto, dispensável. E como uma leitora do Drunkwookieblog, a Luiza, que também tem um blog, o Gueixa Metálica, comentou, um episódio que tem o nome como referência a Dany deveria dar mais destaque a ela. Colocar uma cena dela, de poucos minutos e xoxa desse jeito no final foi só mesmo para justificar a presença dela.
Fazendo um balanço, o último episódio foi meio fraco. Claro que será muito difícil conseguirem novamente o nível de The Rains of Castamere, mas eu esperava mais. Houve altos e baixos, o episódio começou bem, mas logo caiu no marasmo e enrolação. Para ter um final assim, era melhor colocarem o nono episódio como final e terem explorado melhor a relação de Jaime e Brienne, também de Gendry e Arya e Sam e Gilly. Também poderia ter colocado Mãos Frias e estendido a estada de Jon com os selvagens. Ou terminar com o ataque dos selvagens em Castle Black. Faltaram cliffhangers, e aquele gostinho de quero mais, e para ontem, que tivemos no final da temporada passada. Claro que a terceira temporada só cobriu parte do terceiro livro, mas ainda assim poderiam ter deixado muitos ganchos para a próxima temporada, como um certo casamento (e por falar nisso, sento falta dos Tyrell no season finale) que ainda está por vir, o próprio ataque a Castle Black, e o resultado final do Red Wedding (quem leu sabe do que estou falando, a cena final do livro, mas não vou falar mais). Seria mais digno do nível da série. E um aproveitamento melhor do próprio texto de GRRM.
Já sobre a temporada em si, começou com ritmo mais arrastado, mas depois foi ficando cada vez melhor, com exceção deste último episódio. Muitas reviravoltas, como no livro, e muitas surpresas, mesmo para quem leu o livro. O que é muito bom. Introdução de bons novos personagens, como Lady Olenna e Daario. Confesso que não terminei essa temporada com a mesma síndrome de abstinência do ano passado. Claro que quero que esse ano passe logo e abril de 2014 chegue logo, mas não do mesmo jeito que fiquei depois do final da segunda temporada. Mas gostei, achei a temporada muito boa, cheia de spoilers e surpresas.
Peço desculpas pela demora, mas esse final de temporada coincidiu com o final do semestre também. E com muitas coisas na cabeça, eu tive dificuldade em encontrar inspiração. Acho que o desgaste que o nono episódio me causou também tem uma parcela de participação. E, acredite, não só este post, mas tenho outros na cabeça, e mesmo começados, que eu ainda não postei, e já estão atrasados. Só posso agradecer a compreensão e a paciência.
Beijos e até o próximo post! (que não vai demorar muito, porque a partir dessa semana minha vida volta mais ao normal).
ATENÇÃO! SPOILERS CASO VOCÊ NÃO TENHA LIDO OS LIVROS!
Depois de um episódio épico, mas desgastante como The Rains of Castamere, eu esperava mais do episódio final de Game of Thrones. Isso não quer dizer que não foi bom, ou que não tenha passagens interessantes, mas deixou a desejar. E eu nunca pensei que fosse dizer isso da série.
Logo no começo vemos que o Casamento Vermelho ainda não acabou. E pela chamada, eu achava mesmo que iriam explorar bem essa parte. Roose Bolton (o seu está guardado, seu verme! The North will never forget!) admirando o resultado de sua traição e Arya partindo com o Cão vê o acampamento de Robb ser queimado, as bandeiras com o brasão dos Stark, o direwolf cinzento rosnado, caindo ao chão e sendo queimadas também. Triste. E exatamente como no livro. Mas o que eu não esperava era ver a cabeça de Grey Wind no corpo de Robb ali. Isso porque fora Dany, que vê isso na Casa dos Imortais (e eu esqueci de comentar no post anterior que foi muito bom não mostrarem isso na temporada passada, pois iria tirar todo o impacto do evento em si), e que não entende direito o que é, ninguém mais vê isso. Escutam-se rumores de gente que supostamente viu, ou que ouviu falar, mas nada de concreto. E confesso que eu temia ver isso. Desviei o olhar na hora, pois o grotesco da situação era demais para mim. Como eu disse antes, eu aguento muita coisa, mas quando envolve animais, mesmo os imaginários, eu desabo. E mesmo no livro, só de imaginar isso, eu já ficava chocada com essa dupla violação. E a carinha de desolação e desamparo de Arya quando vê isso é de cortar o coração. Que dó! Ressalto que nem o Cão escapou, também é possível ver um traço de indignação e raiva em seu olhar. Pode ser pelo fogo, mas não podemos esquecer que ele esteve bem perto de sua recompensa.
Mais tarde, já de dia, eles vagam por algum lugar do que antes eram os Sete Reinos, e ouvem um grupo de Freys, comendo e tirando sarro do massacre. Arya escuta tudo da sela de Sandor, e sua expressão só faz ficar cada vez mais sombria com cada palavra. Até que ela pula da sela e se aproxima do grupo, assim como quem não quer nada. Já dava para ver que daí ia sair algo. Ela dissimula e se faz de tonta, pedindo um pouco de comida. E os idiotas nem desconfiam. E a cara dela de coitada quase me engana também. Quando ela oferece para pagar pela comida com a moeda de Jaqen e os Freys estranham, ela só diz, numa das sacadas mais geniais: “Valar morghulis”, e sem hesitar corta a garganta do primeiro Frey. Sandor chega e mata os três que restam. E que trabalho maravilhoso de Maisie Williams ao devolver a faca ao Cão com a mão trêmula! E ela fica ali, só olhando, não em choque, mas como se tivessa acabado de matar não um homem, mas um verme gosmento. Maisie brilha, e percebe-se o peso que ela carrega com tudo que perdeu até agora.
E logo depois dessa cena vem aquela que eu tinha comentado no post anterior, sobre Jon. Aqui ele para o cavalo e tenta descansar um pouco. OK, até aí tudo bem, mas a cena deixou muito a desejar. Por quê? Timing completamente errado, ela ficou jogada e sem sentido. Lá está Snowy Goodness, bebendo um pouco de água e tentando dar um jeito nas feridas que ganhou da águia de Orell, quando ele ouve o som da corda de um arco soltando. E já adivinha o que o espera. E certeza, lá está Ygritte com cara de “perdi minha Barbie” apontando o arco para ele. Lá vem discurso dele, dizendo que aprendeu algumas coisas sim (e, não, não estamos falando do Lord´s kiss 
). Ele aprendeu que a ama e que ela o ama de volta. Ele aproveita também para lembrá-la de que ele não teve escolha e que ela sempre soube quem ele era. Verdade verdadeira isso. E mesmo assim ela ficou com ele. Ele precisa voltar para casa, a única que lhe restou. E o tempo todo a cara dela de menina mimadinha que perdeu o brinquedo favorito. A atuação de Rose Leslie aqui foi isso, e novamente me pareceu forçada. Já Kit Harington conseguiu transmitir o estado de espírito de Jon: cansaço, resignação, tristeza pela perda dela, anseio pela casa e os irmãos da Patrulha. Mas uma coisa ele não aprendeu: hell hath no fury like a woman scorned. E em Westeros, onde existem sete infernos, essa verdade deve ser ainda maior. Multiplique a fúria por sete e o pé na bunda felomenal que ele deu nela, e claro que isso não pode ter um bom resultado.
E foi muita covardia ela atirar pelas costas. OK, ela ama Jon, mas se fosse tão fodástica como gosta de aparentar, ela não faria isso. Aliás, não se anunciaria. No contexto da série, nessa situação ela chegaria de mansinho por trás e cortaria a garganta dele. E reitero algo. Talvez o que me incomode não seja a atuação de Rose em si, mas como a personagem, que vinha sendo tão bem retratada até o último episódio, ganhou. Ygritte é selvagem, e embora não tenhamos seu POV no livro, pelo que vemos dela pelos olhos de Jon, ela não é menina de ficar se lamentando por que seu namorado lhe abandonou na semana do dia dos namorados . Ela é muito prática para isso. Avisem os roteiristas que ela não é Bella Cullen, por favor! Além disso foi exagero ela soltar 3 flechas. E outra coisa: ela estava ali sozinha? Cadê Tormund e o resto do bando? Entendo que talvez a produção tenha tido a intenção de dar um final adequado para os dois, mas novamente, timing errado. (SPOILER) E depois o desfecho deles se dá quando ela morre nos braços dele.
Agora, veja essa passagem da flecha no livro, como está bem diferente e muito melhor, na minha opinião. deveriam manter assim (a passagem é meio longa, mas vale a pena. Está muito bem escrita):
“Muitas horas depois, a chuva parou. Jon se encontrava sozinho em um mar de grama negra. Havia uma dor lancinante em sua coxa direita. Quando ele olhou para baixo, ele ficou surpreso de ver uma flecha saindo por trás dela. Quando isso aconteceu? Ele segurou a haste e deu um puxão, mas a seta estava muito funda no músculo de sua perna, e a dor quando ele puxou foi excruciante. Ele tentou lembrar-se da loucura na hospedagem, mas tudo o que ele conseguia lembrar era a fera, esbelto e cinzento e terrível. Era muito grande para ser um lobo comum. Um direwolf, então. Tinha que ser. Ele nunca havia visto um animal se mover tão depressa. Como Vento Cinzento… Poderia Robb ter retornado ao norte?
Jon balançou a cabeça. Ele não tinha respostas. Era muito difícil pensar…sobre o lobo, sobre o velho, Ygritte, tudo…
Desajeitadamente, ele desmontou da égua. Sua perna machucada cedeu sob seu peso, e ele teve que engolir um grito. Isso vai ser uma agonia. A flecha tinha que sair entretanto, e nenhum bem viria com a espera. Jon segurou a haste, respirou fundo e empurrou a flecha mais fundo. Ele bufou e depois xingou. Doía tanto que ele teve que parar. Eu estou sangrando como um porco abatido, ele pensou, mas não havia nada a fazer até a flecha sair. Ele fez uma careta de dor e tentou novamente…e logo parou de novo, tremendo. Mais uma vez. Desta vez ele gritou, mas quando ele acabou a ponta da seta estava apontando na frente de sua coxa. Jon tirou suas calças ensanguentadas para segurar melhor, fez outra careta, e devagar empurrou a haste por sua perna. Como ela tinha feito isso ele nunca soube.
Ele ficou deitado no chão depois, agarrando seu prêmio e sangrando silenciosamente, muito fraco para se mover. Depois de um momento, ele percebeu que se ele não se forçasse a se mover ele provavelmente sangraria até morrer. Jon engatinhou até o regato raso onde a égua estava bebendo, lavou sua coxa na água fria, e fez uma atadura apertada com uma faixa de sua capa. Ele lavou a flecha também, virando-a em suas mãos. As penas eram brancas ou cinzentas? Ygritte colocava penas cinzentas de ganso em suas flechas. Ela atirou em mim enquanto eu fugia? Jon não poderia culpá-la por isso. Ele se perguntou se ela estaria mirando nele o no cavalo.” (A Storm of Swords, edição pocket americana de capa azul, pags, 568/569)
Fala sério, não seria muito melhor se tivessem mantido? E além disso faz mais sentido assim. Como eu disse lá em cima, Ygrite sai sozinha com o único propósito de atirar em Jon? WTF? Não faz sentido nenhum.
Antes disso, na capital, Tyrion passeia com Sansa no jradim. E Shae vem bem atrás. Passam dois jovens rindo do casal, e Tyrion logo trata de memorizar seus nomes. Os dois discutem, não no mal sentido: ela, toda dama que é, diz que ele precisa aprender a ignorar; ele, já habituado com isso, mas não satisfeito, diz que tem uma lista. Sansa, inocente, mas já não tanto, pergunta se é de pessoas que ele quer matar, e Tyrion logo deixando bem claro que não é Joffrey, diz que não mataria ninguém por rir dele, mas o medo da morte é uma coisa poderosa. Sansa bem mais à vontade ao lado de Tyrion, até se permitindo uma risadinha da piada do anão: “A filha do traidor e o Macaco do Demônio: somos perfeitos um para o outro”. E até provocando o marido de volta e dando ideia de vingança contra os dois. Legal ela lembrar de Arya aqui. E achei bonitinho a inocência dela ao dizer que borrar é a palavra vulgar para merda. Tyrion e Shae também acham graça, mas não de um modo maldoso, e sim como quem diz “que fofa!”. É quando chega Pod correndo (e dei risada quando ele passa pelas moças e ambas comentam sobre a fama de garanhão dele 
) para convocar Tyrion para uma reunião do Conselho Menor.
Logo ao chegar, Tyrion é recebido com um sorriso de satisfação de Joffrey, e solta: “Matou alguns cachorrinhos hoje?”. Ai, ele não sabe o quanto está certo! Lá vem a bomba. Incrível como esse moleque curte o sofrimento dos outros. Logo pede para Maeter Pycelle mostrar a mensagem ao anão, sabendo que envolve Sansa. Pycelle também não deixa de fazer uma provocação ao anão, sem dúvida por não ter esquecido a humilhação sofrida quando Tyrion era Mão. E a cara de Joffey enquanto Tyrion lê a mensagem, sério que eu acho que ele até gozou. E atenção que Cersei mostra o mesmo prazer do filho nisso. Ela está radiante nessa hora. Lena Headey maravilhosa.
E a melhor cena do episódio, Joffrey querendo a cabeça de Robb para entregar a Sansa, e Tyrion a defendendo. E ameaçando Joffrey. Isso sempre é bom de se ver. Jack Gleeson para variar mandando muito bem, e Peter Dinklage sempre excelente. E Maester Pycelle mostrando todo o seu puxa-saquismo. Joffrey se auto afirmando como rei, só para ouvir de Tywin: “Quem precisa dizer que é rei não é verdadeiramente rei”. SENSACIONAL! E se isso não fosse suficiente, ainda manda o reizinho para a cama sem sobremesa. Mas também visível na expressão de Joffrey que ele sabe que passou dos limites ao chamar o avô de covarde, e que teme sua reação. Jack Gleeson é um ator excelente. Passa dessa expressão temerosa para os rompantes violentos em segundos. Show.
E após dispensar todo o Conselho Menor, Tywin fica somente com seu filho. E logo deixa bem claro que é realmente o rei de Westeros. E Tyrion sem meias palavras, logo diz quem está por trás da traição a Robb. Ele mais que depressa entendeu o esquema de Tywin, e diferente do sobrinho, ele não teme enfrentar o pai. E quando Tyrion diz que não estuprará Sansa, mais um embate entre o anão e Tywin acontece. E o leão alfa diz isso: “A casa que coloca a família em primeiro lugar sempre vencerá a casa que prioriza os caprichos dos filhos. Um bom homem faz tudo que pode em nome da família, independentemente dos seus desejos egoístas.” Tyrion não acredita, acha hipocrisia, mas daí Tywin vem com essa: “Eu queria jogá-lo no mar e deixar as ondas o levarem. Em vez disso eu o deixei viver e crie-o como meu filho porque você é um Lannister.” Na hora eu pensei na teoria do Leandro do Drunkwookieblog sobre Tyrion, e acho que pode ter sido um pista de que realmente Tyrion não é filho de Tywin. Não vou reproduzir a teoria dele, em vez disso, leia aqui - O que esperar dos Ventos do Inverno - parte IV. Tyrion então não tem outra coisa a fazer senão ir atrás de Sansa, mas ao chegar a seus aposentos, a menina já sabe.
Mais tarde, ainda em King´s Landing, Varys vai atrás de Shae para tentar fazer com que ela parta para longe, pois ele prevê que ela pode ser a ruina do anão. Ele nem sonha como está certo. Mas Shae recusa e mostra que gosta mesmo do Duende. Já disse antes, acho isso muito legal na série. Humanizaram bem Shae, ela tem muito mais profundidade que no livro, (SPOILER) e isso só vai aumentar a traição dela. E nesta cena ela reforça o que eu já havia dito quando Sansa e Tyrion se casaram. A raiva dela não é direcionada a Sansa. Nunca foi. Ela protege Sansa como sempre.
E mais uma conversa sincera entre Cersei e Tyrion, Cersei reconhece que seu filho é um monstro, e que nem ele mudará o fato de é seu filho. Depois, Cersei está em seu quarto quando Jaime finalmente chega em King´s Landing. Mais uma frustração. Nikolaj Coster- Wardau, que vinha tão bem até agora, numa cena fraca e dispensável. Sem dizer que novamente o timing está totalmente errado. (SPOILER) E eu me lembro bem de quando Jaime chega a King´s Landing, depois da morte de Joffrey, porque ele toma Cersei bem ali em frente ao caixão do filho. E lembro de pensar quanto isso é errado. E Gwendoline Christie nem foi agraciada com uma fala nesse episódio. Me parece uma despedida, não definitiva, somente nessa temporada, muito pobre para uma atriz como ela.
Enquanto isso no Dreadfort, Ramsay continua brincando com seu brinquedo favorito, Theon. E eis que nasce Fedor. Cena forte, mas muito bem feita, e novamente, uma das melhores do episódio. Iwan Rheon e Alfie Allen perfeitos em cena. O que faltou aqui? Ramsay dizendo a Theon que Robb morreu. Por que não acrescentaram isso? É a cara de Ramsay dar uma notícia dessas a Theon e gargalhar depois, só para causar ainda mais sofrimento a Theon. E eu queria ver isso. Seria mais uma cena maravilhosa, no sentido da atuação, de se ver. Poderiam ter explorado isso melhor.
Já o mesmo não pode ser dito da irmã de Theon, Yara na série. Ela se encontra em Pyke com seu pai quando chega a notícia de que Theon é prisioneiro de Ramsay, bem como outro presentinho enviado pelo bastardo de Bolton. E um ultimato para os Ironborn se retirarem do norte, ou serão esfolados todos. Enquanto Balon mostra uma frieza comparável à de Walder Frey ao ver sua esposa assassinada por Catelyn, ele queima a carta e descarta Theon como filho, exatamente como já havia feito na segunda temporada, Yara diz que partirá para salvar o irmão. Mas a atriz não correspondeu ainda nem ao papel, nem a cena. O discurso dela é patético, e a hora que diz que “pegará o maior e mais rápido navio da frota” para resgatar o irmão, foi com uma expressividade digna de cigano Igor. A maior poker face que Westeros já viu. Gemma Whelan na única cena que teve na série não respondeu à altura. Talvez ela seja a atriz errada no papel errado. Pelo que sei ela é comediante, e talvez seja boa como tal, mas num papel dramático como esse, ainda mais de uma heroína forte como Asha, ela não se encaixa. Nossa, imagino que Roose Bolton ficaria tremendo de medo se ouvisse o discurso dela. #sóquenão.
E falando em Frey, ele discute com Roose Bolton suas ações. Frey se banqueteia enquanto os servos limpam as manchas de sangue deixadas em seu salão, observado por Bolton. Frey destilando o veneno com um discurso de menininho mimado porque ninguém gosta dele. Até que vem á tona o assunto do apoio de Tywin. E o fato de Bolton ter que seguir Robb. Ao que Bolton responde que se ele, Robb, fosse menos arrogante as coisas talvez seriam diferentes. A resposta para isso é que não, não seriam. Porque o que move Bolton não é ideologia, mas sim a ganância, e mesmo que Robb se mostrasse um líder mais competente e maduro, se Tywin fizesse a mesma proposta nessa situação, Bolton ainda trairia Robb. Só mencionei essa cena porque achei importante ressaltar isso. Em termos de atuação, perfeita. E a ambientação também está ótima, escura e fria.
Mais ao norte, Bran, Jojen, Meera e Hodor encontram abrigo em Fortenoite, onde pretendem atravessar a Muralha. Achei muito boa a cena, em que Bran reconta uma das historias da Old Nan, que estão gradativamente ganhando vida. A história da vez é a do Rato Cozinheiro. E Bran reforça o tamanho do crime de Frey ao contar essa história. As leis da hospitalidade eram sagradas na antiguidade, e Martin transferiu muito bem esse costume para seu livro. E é claro que isso não vai passar em brancas nuvens. Os Stark terão sua vingança. Mas, como Ned sempre ensinou a seus filhos, “the man who passes the judgement must carry on the sentence”. Aquele que passa o julgamento deve carregar a sentença. O que quero dizer com isso é que eles não se rebaixarão a agir na surdina como Frey, Bolton e Tywin fizeram. Eles não vão planejar um novo casamento vermelho para se vingar. Eles mesmos é que vão se organizar e “carregar a sentença”.
E enquanto eles estão lá chegam Sam e Gilly. Sam logo de cara reconhece Bran, por causa de Summer. E também de Hodor (Hodor! ). E na hora Sam fica mais do que satisfeito por poder ajudar Bran em que puder. Até que Bran pede para Sam os levar para Além da Muralha. A cara de Sam desaba, o medo fica estampado. Tanto Sam como Gilly tentam em vão dissuadir Bran dessa ideia, já que não há nada ao norte além de morte. Mas Jojen, aquele raio de sol de otimismo, logo diz que sabe sobre os white walkers e o exército deles, e que a Patrulha da Noite não pode pará-los. Jojen, sua coisa fofa! #sóquenão. Certo, ele tem razão, mas que discurso preparatório antes do desastre é esse? Imagina só se William Wallace falasse para os escoceses que eles não poderiam ganhar? Ou que Aragorn falasse que iam todos morrer nos portões de Mordor? É Jojen, você está certinho. Mas Bran sabe que deve ir para o Norte, é a sua chance de tentar derrotar os whites. Então Sam oferece a Bran o que pode para ajudar: a adaga de dragonglass, obsidiana. Meera, stating the obvious, diz que ninguém matou um white walker por milhares de anos (oi! Será que é porque eles estavam adormecidos por milhares de anos? Meera mostrando seu lado Edmure Tully), mas Sam, muito fofo e humilde, diz que alguém tinha que ser o primeiro. Digno de nota que Hodor inicialmente se nega a pegar a adaga. Por que será? Sério, agora que revi isso eu me pergunto. E assim Bran parte em busca do corvo de 3 olhos. Mas senti falta de Mãos Frias. Será que ele estará na próxima temporada? Vi em algum lugar que parece que ele foi escalado, mas foi um rumor, aparentemente. Só espero que não deixem ele de fora.
E como esse post está ficando muito comprido, vou dividir em duas partes e terminar a primeira aqui. Juro que não pensei que renderia tanta coisa!
Mais uma vez, desculpem o atraso, e obrigada pela paciência de ficar comigo até aqui. Beijos e até o próximo post!
ATENÇÃO! SPOILERS CASO VOCÊ NÃO TENHA LIDO OS LIVROS!
Ai, pelos Sete, não sei nem por onde começar. Esse episódio me deixou esgotada. Prepare-se para um post longo e sofrido. Pois estou para reviver todo o horror do famigerado Casamento Vermelho. E acho que, como aconteceu quando eu reli o livro, vai ser ainda pior reviver tudo. Principalmente porque este ano, diferente do ano passado quando escrevia de memória, eu baixo o episódio e revejo, parando quando quero comentar. Então, vou sofrer mesmo. Mas como diz minha amiga Fernanda, se eu não gostasse de sofrer, não lia nem assistia a série, certo? 
Bom, que tal começar pelo começo? Sempre uma boa ideia, não?
Bom, não exatamente pelo começo. Porque a primeira cena é de Robb e sua mãe, então vou deixar para mais tarde. E também porque não posso relembrar isso agora. Então vamos começar por Dany. Ela planeja o ataque a Yunkai no acampamento fora da cidade, e na sua tenda estão Ser Barristan e Ser Jorah, além daquela praga Daario. E já óbvio como ele conseguiu seu lugar entre seus conselheiros. Lá está ele, lindo e maravilhoso passando informações sobre os pontos fracos das muralhas de Yunkai, mas o desconforto na cara de Ser Jorah é visível. E mais que isso, desconfiança. Claro, porque exatamente como Daario não me engana, também não engana Ser Jorah. Quando Daario diz que seu homens usam o portão traseiro para ir atrás de prostitutas, Ser Jorah já dá uma alfinetada: “Seus homens? Você não?”. E aí vem a historinha da carochinha de Daario: “Eu não tenho interesse em prostitutas. Não se faz amor com propriedade.” O que para mim (e olha lá, isso é interpretação minha) é justamente o que ele faz com Dany. Para Daario, Dany é uma propriedade. (SPOILER) Quando ele começa a ter ataques supostamente de ciúmes no quinto, depois do casamento de Dany, para mim é só pela perda dela como propriedade, não como mulher. Mas como eu disse, isso é a minha opinião. Toda essa ladainha sobre a beleza de Dany e mimimi para mim soa muito falso. Eles saem da tenda e Ser Barristan se oferece para ir junto, mas Ser Jorah o manda ficar com Dany, já que ele é a Guarda da Rainha e seu lugar é ao lado dela. Também acho que há outro motivo. E a troca de olhares entre os dois disse muito mais do que as palavras que Dany ouviu, de que se eles forem realmente seus fieis seguidores, eles farão qualquer coisa, não importa o preço ou o orgulho. Acho que Ser Jorah também teme que Daario tente fazer alguma coisa. Ser Barristan dá uma leva assentida com a cabeça, quase imperceptível, mas que mostra que ele entendeu o que Jorah quis dizer. Atuações maravilhosas de todos envolvidos, mas especialmente de Ed Skrein, Iain Glenn e Ian McElhinney, Daario, Jorah e Barristan, respectivamente.
Mais tarde, já dentro da cidade, foi muito legal a luta de Dany´s Angels, as panteras Daario, Jorah e Verme Cinzento (só faltou posar pra foto depois . É, Fê, também roubei sua piada!). O que parecia muito fácil se mostra bem mais difícil que se pensava e o futuro é incerto. Mas, é claro que eles conseguem conquistar a cidade e retornam. Aí, que dó. QUE DÓ! Ser Jorah chega todo feliz e contente, apesar de coberto de sangue, para entregar a cidade a Dany, e o que ela faz? Pergunta: “E Daario?” QUE RAIVA! A cara de coitado do Rei da Friendzone depois foi de partir o coração. O sorriso se esvaindo…de partir o coração. Só tenho uma coisa a dizer, e nem serei eu, mas Bono: U2 - So Cruel.
E de Dany vamos para o Norte. Ainda Além da Muralha Sam prossegue em seu caminho com Gilly (desculpa gente, eu sei que em português o nome dele é Goiva, mas 1. eu sou radicalmente contra traduzirem nomes de personagens; e 2. eu acho Gilly muito mais bonito). Sam vai caminhando e contando a Gilly um pouco da história da Patrulha e de Westeros. Que fofo ela falando para ele que ele é como um bruxo. E lembrando uma fala de Sam na primeira temporada quando Jon diz que sempre quis ser patrulheiro, e Sam queria ser bruxo. Mas, como todo o resto de nós, Sam ainda está esperando a cartinha de Hogwarts. E já menciona o Fortenoite e diz que ele é o segundo melhor para a Patrulha. Guardem isso. Não parece ser importante agora, mas talvez já mostrem como ele será importante na quarta temporada. Acho muito legal que Sam na série também está funcionando como a Old Nan, e vai contando a história para nós, sem precisar recorrer a flashbacks. E um detalhe importante: ele menciona que leu muita coisa na biblioteca de Castle Black, mesmo que indiretamente. Isso é outra coisa que será 
importante, porque muita gente especula que há ali algum conhecimento antigo e já esquecido. Sendo em Castle Black, a conclusão mais óbvia é que seja pertinente aos White Walkers. (SPOILER) E justamente uma das incumbências de Sam quando ele retornar à Muralha e vasculhar e salvar o que for possível da biblioteca. A admiração de Gilly por ele só faz aumentar, bem como o fascínio dele por ela. O olhar dele quando ela passa para ver a Muralha mais de perto é de pura adoração. Também gostei muito da atuação dela falando para o filho que Craster dizia que nenhum selvagem olha para a Muralha e fica vivo. O alívio dela estava estampado na cara, a alegria por finalmente se livrar daquele pai nojento. É, Gilly, aproveite enquanto você pode.
E um pouco mais ao sul se desenrola uma cena que eu queria muito ver. Bran, Rickon e cia se protegem na torre e logo chegam Jon, Ygritte e resto dos selvagens. Hodor se assusta com os trovões, e grita descontrolado. Exatamente como no livro. E diante dos selvagens que estão lá fora (já volto neles) Jojen e Meera também se desesperam para fazer o gigante se calar. E é quando o inesperado acontece. Bran, no desespero e sem entender como o faz, entra em Hodor e faz o gigante ficar quieto. Espano geral, principalmente de Jojen. A hora que os olhos de Bran ficaram brancos eu quase tive um ataque. E aí, mais um momento bromance. Sério, está ficando ridículo. Deveria dosar para menos essa admiração (paixonite) de Jojen por Bran. E, cronologia á parte (ele fez o mais difícil primeiro, entrou em Hodor. Mas eu achei legal ser no instinto, sem saber o que estava fazendo), logo que eles notam que os selvagens estão em vantagem, Jojen convence Bran a entrar em Summer e ajudar. Bran resiste, diz que não sabe como fez, mas Jojen insiste e Bran consegue. Cara, o Summer atacando aquele selvagem (agora não me lembro se era um importante, ou não) foi lindo. Me lembrou a vez que Summer atacou o homem que ia matar Bran na primeira temporada.
Mas, depois de tudo isso, e dessa demonstração de poder, mais do que nunca Bran sabe que tem que ir atrás do corvo. E sabe também que tem que se separar de Osha e Rickon. Que cena linda, meus deuses! Chorei. E o elenco infantil se mostra tão competente quanto o adulto. Isaac H. Hempstead e Art Parkinson mandando bonito. Art particularmente pareceu bem natural. Perfeito. E só essas poucas lágrimas foi o que eu consegui. Não porque não sentisse, mas porque estava tão tensa que não conseguia mais.
E quanto aos selvagens? Bom, eles aparecem pela primeira vez se preparando para atacar um fazendeiro que fornece cavalos para a Patrulha. e aqui eu finalmente entendi porque o pessoal se irrita com a Ygritte. Jon insiste em deixá-lo vivo. Tormund quer matá-lo. Mas enquanto Tormund quer fazer isso porque quer mesmo comprar briga com a Patrulha, Ygritte só diz para matar o pobre homem para mostrar como é durona. Oi? E o Jon que não sabe de nada, certo? Veja bem, eu entendo a motivação de Tormund, enquanto Ygritte só fala por falar, para preencher o silêncio. Me irritei com ela demais, e vocês vão ver logo, logo o quanto.
Já na torre, pouco antes da luta, quem ouve Hodor? Orell, aquela praga, óbvio. Mas o dele está guardado e nem vai demorar muito. Quando tudo começa, e fica claro que Jon não virou a casaca coisa nenhuma, de imediato Jon empurra Ygritte para o chão para protegê-la, E a ruiva toda indignada com isso. Sério, o que você ia fazer, colega? Minha irritação com ela só fez crescer. A luta é feroz, mas Jon é muito superior a todos os selvagens juntos, exatamente como ele já havia adiantado antes. E claro que Jon fica com a melhor. Mais ou menos. No fim de tudo, Orell se aproveita para tentar atacar Jon, mas acaba levando a pior e Jon mata a praga. E segundos antes de morrer Orell entra em sua águia e ataca o rostinho lindo de Jon (calma, meninas, ele só vai ficar com uma cicatriz sexy como Anakin Skywalker ). E no meio de tudo Jon consegue escapar.
Enquanto isso, Tormund segura Ygritte, que não se conforma com a partida de Jon. De novo, colega, é ele quem não sabe de nada? E minha irritação com ela foi tanta que nem consegui sentir pena dela nessa hora. Mesmo porque a cara de raiva dela (OK, justificada) depois me irritou ainda mais. Por dois motivos: 1. por causa do rancor dela (lembrem-se, tudo que vai contra Jon me atinge pessoalmente! ); e 2. a atuação dela, pela primeira vez, eu achei forçada e não me convenceu. A cena toda foi perfeita, exceto por isso. E, por mais que me doa, também senti falta da flecha que ela dispara contra Jon, e que acerta. Já disse aqui - Algumas coisas que eu esqueci que essa cena é muito bem escrita, e seria muito bacana ver isso na telinha. mas nem tudo está perdido, talvez eu ainda veja. (SPOILER) E isso que eu coloquei aqui não quer dizer que eu não vou chorar copiosamente quando Ygritte morrer nos braços de Jon.
Ai, my poor heart! Chegou a hora de falar do evento que virou totalmente a trama. E o momento mais esperado (e temido) da série. O Casamento Vermelho. Antes, como eu disse lá em cima, Robb discute estratégia com a mãe. Já me deu aperto aqui. Aí você pergunta porque agora ele pede conselho para Catelyn. E Robb mesmo´dá a resposta: “Eu não segui seu conselho antes, e Winterfell queimou e Bran e Rickon se foram”. OK, Catelyn é burra feito uma porta, mas uma coisa não se pode negar: ela sabe dar bons conselhos. Só não é boa em segui-los. E lá vem ela com a frase de efeito: “Mostre a ele o que é perder tudo que ama.” Engraçado como ele embarca logo na ideia de Robb atacar Casterly Rock. E mais, como ela permite que Talisa acompanhe Robb às Gêmeas. Chego nisso já. Também interessante notar que Grey Wind, que quase não havia aparecido na temporada, agora dá as caras. De novo um aperto. E lá vão eles para as Gêmeas.
Chegando lá, Lord Filch, ops, Frey, logo de cara esfrega na cara de Robb o insulto que sofreu. Ele organiza um desfile com todas as possíveis candidatas a esposa de Robb. E fala sério, cada coisa esquisita! Não sou nenhum beldade, mas pelamor dos sete! E bacana notar nessa cena Edmure atrás só espichando o pescoço para descobrir qual delas é sua noiva. O cara é tão imbecil que numa situação dessa só consegue pensar no benefício próprio. E, depois do pedido de desculpas de Robb, passa o pão e o sal, remontado a um costume bem real da antiguidade de hospitalidade. Uma vez que se consome o pão e o sal, o hóspede est[a a salvo e nada pode acontecer. Sério mesmo que eles achavam que estavam a salvo? E ainda de se notar que Frey repara em Talisa e já solta que ela é mais do que aparenta sob o vestido. OK, o cara entende do que está falando, já fez tantos filhos em tantas mulheres que não é de se admirar que ele reconheça uma mulher grávida quando vê uma. Pressentimento mau.
Bom, e chega a hora da cerimônia. E para alívio de Edmure, Roslyn é linda. Acho que a única Frey que é bonita. E Edmure já se considera um cara de sorte. Sim, Blackfish, os deuses adoram mesmo premiar um tolo. A cara dele já desde a primeira vez que vê a menina é de pura admiração. Embasbacamento mesmo. E depois que Roslyn entra, ele não tem mais olhos para nada. A cerimônia corre como esperado, e logo chega a hora das núpcias. Antes disso, Blackfish sai para se aliviar (haha – salvo por uma mijada!), e também de se notar que Talisa para Robb quando ele tenta beijá-la na frente de Frey, dizendo que seria uma afronta ainda maior. O que foi contraditório porque mais tarde, quando Talisa diz que batizará o filho de Eddard, ela não tem problema nenhum com o beijo de Robb. E digno de nota o olhar de Cat para os dois nessa hora, meio que uma despedida. Mas bando de gente para tomar decisões erradas. Sério que esse é o melhor nome? Vocês já vão entender, caso ainda não tenham visto.
A festa vai correndo como esperado, com muita bebida e comida e música. Atenção para Roose Bolton, sem beber (amortece os sentidos. OK, vou fingir que eu acredito nisso) e a menção de sua esposa Frey. E um dos motivos de sua traição: cobiça. E também digno de nota o desprezo que Bolton mostra por Ned quando Cat diz que Ned proibiu a cerimônia nupcial. E se afasta. A música continua alegre, mas logo as portas são fechadas e Cat já pressente algo. E começa a tocar The Rains os Castamere, e o 
sentimento piora. E o fato de ser só instrumental deixou a cena ainda mais impactante. Lá fora, Grey Wind se agita no estábulo onde foi colocado. E Roose, notando que Cat pressente algo, nem disfarça mais e mostra que está de cota de malha. Pronto, desastre se anuncia. Cara, que vontade de ser a Cat nessa hora e dar aquele tapa no Bolton! Ela ainda tenta avisar Robb, mas é tarde demais. E lá vem o cara acertando Talisa em cheio na barriga. Pelos sete, o que foi aquilo? E assim, Ned morreu de novo. Eu ainda alimentava uma esperança, ainda mais depois do spoiler de dois episódios atrás, de que ela escapasse. Mas não, fizeram tudo de forma a ter mais impacto. E deu certo. Que sequência bem feita. Brutal, sim, sem dúvida, mas bem executada. A carnificina foi ainda mais chocante que no livro. Eu sei que ainda não mostraram o que fazem com o corpo de Robb e Grey Wind, mas esperem, ainda temos um episódio e os horrores desse maldito casamento ainda não acabaram.
Logo em seguida vem as flechas em Robb, e a luta começa. Mas os pobres Stark não tem armas, pois honrados que são, nunca pensariam em trazer armas e quebrar a hospitalidade. E aqui está um erro grave dos Stark. Achar que todos são tão honrados como eles. A surpresa foi geral. E não só para os Stark, ou quem não leu os livros. Eu também fiquei petrificada. E aquele filho de uma puta (desculpem, mas a indignação falou mais alto. E isso nem chega perto de expressar o que esse velho caquético realmente é) do Frey ali, só dando risada. QUE ÓDIO!
Lá fora, o caos também se instala, e Arya, que já havia aparecido numa boa participação como Cão, e mostra que não apenas não o teme, mas também começa a se sentir mais á vontade perto dele, chega bem a tempo de ver Grey Wind ser massacrado. Ai, como eu sofri! Por Arya e por Grey Wind. E ver a carinha dele por baixo da porta depois…foi muito mais do que eu posso aguentar. Sou assim, aguento os horrores do Casamento, aguento o Theon ser torturado, aguento muita coisa, mas quando o assunto são animais eu desabo. E desabei aqui também com a expressão de Arya, de total desamparo, foi de partir o coração. Chorando agora enquanto escrevo, tudo o que não chorei quando assisti ao episódio.
Dentro do castelo, Robb se arrasta até Talisa e chega a tempo dela morrer em seus braços. E Cat, também ferida, se esgueira até a mesa de Frey. E puxa a mulher de Frey ameaçando a menina com uma faca. Já traçando Lady Stoneheart. E aqui toda a indiferença de Frey com qualquer um que não seja ele transparece: eu arrumo outra. OK, no livro é um neto, mas a indiferença é a mesma. Ele arranja outra esposa do mesmo jeito que tem zilhões de netos para substituir o que morreu. E que atriz é Michelle Fairley! Atuação visceral, transmitiu todo o desespero de uma mãe por seu filho (não, Cat não é uma mãe exemplar, mas aqui eu tenho que dar o braço a torcer). E a última palavra de Robb: Mother? Ai, os pedacinhos do meu coração! E o grito dela, tão visceral também, sentido…e diferente do livro ela não se desespera e se descabela, o que eu achei bem melhor, porque cairia no ridículo. em vez disso, Cat fica catatônica, paralisada pelo terror, como seria de se esperar numa situação dessa. Foi muito mais sentido assim do que ela se arranhando e descabelando. Mais uma vez vemos todo o poder de atuação de Michelle Fairley. Ela é uma força da natureza, e consegue transformar uma personagem sem graça e estúpida em um prazer de se ver.
Eu sei que demorei para postar. Mas esse episódio me desgastou muito emocionalmente. Eu passei ele todo agarrada em uma almofada até os dedos doerem. E ao final eu tremia feito vara verde. Precisei de uma meia hora para me acalmar e tentar dormir depois, no que falhei monumentalmente. E mesmo agora, uma semana depois, eu ainda não me recuperei totalmente. O episódio inteiro transmitiu toda a sensação de catástrofe que o capítulo do livro causa. A produção, e Dan e David, que respondem por este episódio, estão de parabéns. Melhor episódio de todos. Valeu a pena esperar.
E que se faça um minuto de silêncio. The King Is Dead. Long Live The King.
