GoT 3x06–The Climb

 

ATENÇÃO! SPOILERS DOS LIVROS! LEIA POR SUA CONTA E RISCO! Você foi avisad@. E post provavelmente longo, então, paciência.

Este episódio começa com Sam e Gilly se virando no meio do nada. Sam tenta em vão acender uma fogueira, mas não consegue e precisa da ajuda de Gilly. A cena é bonitinha e parece deslocada, mas Sam e Gilly falam dela que será a protagonista desse episódio: a Muralha. E ela será importante em mais de um sentido. Sam conta a Gilly tudo sobre a Muralha e Castle Black. E canta, Que fofo, gente! E a música é uma que eu já falei aqui - Mais de As Crônicas do Gelo e do Fogo – ATdE, sobre a descrição dos Sete. Na época não transcrevi a canção, mas aqui vai (vou transcrever parte dela em inglês, porque não sei como foi traduzida):

The Father´s face is stern and strong,
he sits and judges right from wrong
He weighs our lives, the short and long,
and loves the little children.

The Mother gives the gift of life.
and watches over every wife.
Her gentle smile ends all strife,
and she loves her little children

(p. 641 edição pocket americana, capa azul).Isso liga com o que eu discutia no post acima sobre os Sete em forma humana. Atuações boas, e que voz mais linda a de John Bradley! E a química crescendo entre ele e Hannah Murray. A carinha de espanto dela quando ela descobre que ele realmente é nobre foi muito fofa! E a carinha de Sam quando ele fala com ela, como se ilumina! Que coisa mais linda, gente! Ansiosa para ver mais deles dois. E mais uma coisa que me chamou atenção nessa cena: Sam mostrando a ponta de lança de obsidiana que ele achou no Punho. Será um prenúncio de que ele usará esse artefato, se tornando assim Sam, o Matador?

E de Sam vamos para seu BFF, Jon, que se prepara junto com Ygritte e os outros para escalar a Muralha. Jon visivelmente temeroso (colega, eu também), enquanto Ygritte fica provocando. Cara, eu adoro como a Rose Leslie imita ele direitinho! Show! E ele ficando todo sem jeito com ela falando da caverna. Que fofo! Gente, entendam uma coisa: Jon foi criado numa sociedade diferente, com tabus e morais que o impedem de agir naturalmente quando o assunto é sexo. E ele ainda tem muito de Ned, mesmo que não seja filho dele. Então, na cabeça dele, dormir com Ygritte equivale a tê-la desonrado, seria o mesmo que cometer um assassinato, então é natural que ele sinta que deve algo a ela.E sim, ele deve mesmo. Me partiu o coração nessa cena ela falando para ele não traí-la. Ai, vai doer! Muito. E as verdades que ela fala também foram difíceis de ouvir: Mance não liga se eles vivam ou morram. Os “corvos” em Castle Black não ligam se eles vivam ou morram. Eles só tem um ao outro. A mais pura verdade. E com certeza isso vai pesar muito em Jon quando…deixa pra lá, mais tarde eu comento. E é digno de nota que Ygritte saca direitinho que Jon não virou mesmo a casaca, que continua leal à Patrulha. Diz muito sobre a inteligência dela. E não só isso. Ela também é bem perceptiva, e sabe também que Jon pode não ser leal a Mance, mas que é leal a ela. Isso é importante porque mostra através dela um pouco do caráter dele. E voltando à parte em que ela diz para ele não traí-la, dá para notar que ele já começou a ficar em conflito. Que é uma característica forte de Jon nesta parte da história. Ele está se questionando várias coisas, conceitos com que ele conviveu a vida toda, portanto é natural que ele se sinta inseguro e sozinho, já que não pode confiar plenamente nos selvagens que o cercam, mas tampouco pode contar com os irmãos da Patrulha. Percebi agora: aqui já começa a ser trilhado o caminho de Jon, e a solidão que marcará esse caminho até o quinto livro.

E mais tarde, já subindo a Muralha, a rivalidade entre Orell e Jon ainda mais clara. Tenho que dizer que foi mais legal isso do que eu imaginava. A escalada, eu quero dizer. Se bem me lembro, no livro eles primeiro sobem em uma árvore, para depois escalar. Mas achei na série mais emocionante. E a hora que Orell começa a cortar a corda para deixar Ygritte e Jon cair me deixou angustiada, mesmo sabendo que eles não iam cair. E me lembrou Limite Vertical, que OK, não é lá um grande filme, mas é emocionante. Orell está me dando cada vez mais raiva. A sequencia de escalada toda foi muito bem feita. Não deve ter sido fácil, nem para a equipe nem para os atores. E a vista do alto da Muralha, que linda! E perfeita,nem parece CGI. Guardem isso, vou retomar mais pra frente. Uma observação: essa cena de Jon e Ygritte olhando o mundo lá doa alto eu já imaginei várias vezes, mas em vez de Ygritte, com Dany. Parece estranho? Nem tanto. O Leandro, do Drunkwookieblog, levanta justamente a hipótese de Dany ir primeiro para o Norte quando voltar para Westeros. E eu mesma também já falei nisso. Eu e o Leandro discordamos em algumas coisas, por exemplo a teoria dele de que Tyrion seja um Targaryen. Admito que a possibilidade existe, há argumentos nos livros que sustentam essa teoria, mas para mim a possibilidade é pequena. Mas uma coisa a gente concorda plenamente: Jon e Dany vão se encontrar e se unir em algum ponto, em mais de um sentido. Para saber mais sobre a teoria dele, veja aqui - O que esperar de Os ventos do Inverno - parte VII – Daenerys. Por isso, eu acho muito plausível que essa cena do Jon e da Ygritte olhando para o horizonte (do lado de Westeros, veja bem, não do lado Além da Muralha) pode muito bem ser uma prévia do que ainda está por vir. E acho que aí tem mais um spoiler, mas falo dele daqui a pouco.

Voltando um pouco no episódio (OK, não está na ordem, mas vocês sabem que eu vou escrevendo conforme me lembro das coisas, não na ordem em que acontecem. Isso é super difícil, galera), vamos nos encontrar com Meera e Osha esfolando pobres coelhos que servirão de jantar. Osha para variar implicando com o modo de Meera fazer as coisas, e Meera implicando com o jeito rústico de Osha. OK, elas precisam ter um atrito, muito embora isso não exista nos livros, para explicar a separação deles depois. Mas vem cá, estamos no jardim de infância,por acaso? Sério mesmo que Meera justifica a briguinha porque Osha não sabe falar obrigada? (colega, venha dar aula para um monte de moleque mimado e depois vem bater um papinho comigo, falou?). E a implicância continua até que Bran, de saco cheio (I feel you, honey) manda as duas calarem a boca. E a fala anual de Rickon na temporada: o que está acontecendo? Isso porque Jojen está estrebuchando no chão, com um ataque epilético. OK galera, vamos parar mais uma vez e pensar em quem não lê os livros por um minuto. E mesmo para quem lê. Se não estou enganada, mesmo no livro Jojen fala que ter os green dreams tem o seu preço. Mas não fala exatamente o que é esse preço. E eu achei bem legal colocarem isso na série de forma tão simples: epilepsia. (SPOILER) Explica o porque de sua saúde daqui para a frente só deteriorar. E o pessoal que não lê os livros já tem uma explicação para isso. E adorei a cena, Thomas Brodie-Sagster muito bem em cena. Parabéns! E o que ele vê nesse green dream? Jon, cercado de inimigos, além da Muralha. Mas, como ele sabe que é Jon Snow? OK, ele é Jojen, sabe de tudo. Aí sim corta para Jon, Ygritte e cia. Ah, sim! Sobre essa visão. (SPOILER) Certo, Jon está entre os selvagens, mas tirando Orell, vamos lembrar que no quinto livro Jon faz uma aliança com Tormund e o deixa atravessar a Muralha. Ou seja, mais uma vez mostra que as visões de Jojen são passíveis de erro, pois são submetidas a sua interpretação.

Chegamos a Arya, treinando como arco e flecha. E fazendo sua reza de sempre: King Joffrey, Cersei, Ilyn Payne. Cada uma das flechas certeira, mas falta algo, e Anguy vai ajudar. Falta é ela atirar sem pensar, no reflexo. Como diz Anguy, ela não irá atirar em bonecos de palha. Achei bem legal que já introduziram treinamento dela, e quem leu os livros sabe o quanto ela treina com afinco. E eia que chega Mel. Logo de cara o santo de Arya não bate como deus da Mulher Vermelha. E isso vai se explicar mais tarde. Várias coisas a serem consideradas neste arco. Primeiro, Dany falando Alto Valiriano foi épico, mas não achei que teve o mesmo efeito com Mel. Talvez justamente porque já havíamos visto com Dany, talvez simplesmente porque não vou muito com a cara de Mel. Mas reconheço que quem criou a língua para a série fez um lindo trabalho. Mas tenho que admitir que gostei do embate entre Mel e Thoros. Atuações excelentes. Patente o desprezo que Mel sente por Thoros. E também reflete um pouco do fanatismo dela. Porque vamos pensar: enquanto ela reza devotamente e faz sacrifícios ao Senhor da Luz, ele não faz nada disso, mas ainda assim consegue ressuscitar Beric meia dúzia de vezes. E a ruiva fica bem impressionada com Beric. E dispara: você não deveria ter esse poder. obviamente ela ficou bolada como fato de Thoros não mostrar a mesma dedicação que ela, mas que seu dom é maior. E é mesmo. Enquanto mel só traz a morte, Thoros traz a vida. Mas não vamos nos precipitar, porque eu acho que Mel ainda vai dominar esta arte. Gostei de Thoros confessando que era um sacerdote ruim, e que não tinha muita fé. Mas que mudou quando viu Beric, seu amigo, morto. Talvez o Senhor da Luz não requeira sacrifícios, mas sim fé cega. Não é exatamente isso. Em inglês existe uma expressão que diz “leap of faith”. Significa literalmente salto de fé. É arriscar algo incerto mas acreditar que é possível. E talvez seja isso que conta. Thoros apenas disse as palavras, acreditando que seu deus iria ouvir, mas não tinha prova nenhuma. E os olhos de Beric se abriram.

E nesta cena, mais algo em que se pensar. Melisandre, intrigada com Beric, pergunta se ele esteve do outro lado. Ao que ele responde que esteve na escuridão. Pensando no final (ai!) do quinto livro, isso tem muita relevância. Mais ainda se levarmos em conta o que ela diz sobre o Outro, Senhor das Trevas, que não deve ser nomeado. Já coloquei algo sobre isso aqui - Mais de ACdGedF – ATdE. Possível spoiler?

E chegamos a outro ponto relevante neste arco. A razão para Mel estar ali. Ela foi atrás de Gendry. O sacrifício desta vez. Mas vamos por partes. Nem todo sacríficio exige a vida. E eu sei que tem muita gente descontente porque Gendry vai assumir o papel de Edric, mas vamos raciocinar, people. A série é cara, contratar atores aumenta os custos. A série dos livros de Martin tem nada menos que 31 – isso mesmo, TRINTA E UM – personagens PRINICPAIS, e mais de mil secundários. Vocês já pararam para pensar o que seria se fossem escalar todos os personagens? Acho que nem o estúdio mais rico de Holllywood teria condições de pagar por isso. E depois, Mel não matando Gendry, eu sou super a favor do que ela quiser fazer com ele (já vi pelos trailers que o público feminino vai gostar). Sério agora, eu não acho que Mel ir´irá matá-lo. Um: Edric não morre. Davos o salva (e parece que Stannis vai soltar o Davos no próximo episódio). E depois, Mel só usa o sangue de Edric (e só 3 gotinhas, veja bem) para encomendar a morte de…deixa pra lá. Só fiquei na dúvida porque pelo trailer, ela parece que vai dormir com Gendry, e isso seria para fazer outra sombra. É esperar para ver. E Gendry também não ficou muito chateado com a presença dela, pelo menos de princípio. Já Arya…(mas eu me mordo de ciúme…). Arya indignada porque Gendry queria ser da Irmandade, faz escândalo, etc. Gendry também assustado. De novo, ótimas atuações de Maisie Williams e Joe Dempsie.

E daí, acho que mais um spoiler. Mel diz para Gendry, quando ele fala que Beric e Thoros dizem que ele poderia ser um deles: “Você é mais do que eles jamais serão. Eles são meros soldados na grande guerra. Você erguerá e derrubará reis”. OK, Mel pode estar dizendo meias-verdades, pode estar querendo dar mais importância a ele por causa do sacrifício, mas eu me lembrei daquele fórum do westeros.org, sobre os Sete em forma humana (não consegui acessar hoje, mas comentei bastante nos posts), que eu já havia comentado no link acima (sobre A Tormenta das Espadas), Gendry corresponderia ao Ferreiro. Depois, conversando com um amigo meu no twitter (valeu, Donilo!), chegamos à conclusão de que Stannis provavelmente irá morrer antes do final da saga. Shireen, sua herdeira, também morrerá, e Renly não teve filhos (ser gay não impediria, foi falta de vontade mesmo), e portanto Gendry é o único que resta da linhagem Baratheon. Portanto, é improvável que matem o Gendry.

Mais um possível spoiler aqui. Mel diz para Arya: “Eu vejo uma escuridão em você. E nesta escuridão, olhos me encarando de volta. Olhos castanhos, olhos azuis, olhos verdes. Olhos que você fechará para sempre. Nós nos veremos de novo”. Vamos por partes. Os olhos, e a referência a cores, que é forte na obra de Martin. Verdes = Lannister, fácil. Mas qual deles? Azuis = Bolton. Faz sentido. White walkers também tem olhos azuis. Agora, olhos castanhos…quem? Eu e a minha amiga Fernanda ficamos quebrando a cabeça tentando adivinhar, mas não conseguimos nada. Frey? Quem mais a injustiçou, ou sua família, e que tem olhos castanhos? Aceito sugestões. E tem a fala que elas ainda vão se encontrar novamente. Hummm….Interessante…Mas por outro lado, já separaram Arya de Gendry..CHUIF, CHUIF! Aquele último olhar dela par ele…heartbreaking!

E daqui pulamos para Ramsay acordando Theon coma vuvuzela. Oh dó! Mas daí, conversando com a Fê (galera, não adianta, nessa época, cerca de 80% do que a gente conversa é de Game of Thrones), ela me lembrou do que o Theon ficou falando na segunda temporada: “Eu vou matar esse maldito tocador de trombeta!”. Não nessa palavras meigas. Mas foi uma promessa. E uma coisa eu tenho quase certeza: quem vai matar Ramsay erá Theon. Nada mais poético. Mas fora isso, ai! AI! DOEU EM MIM! me controlei um pouco dessa vez, mas como eu implorei para Theon falar o que Ramsay queria! Que aflição Ramsay (MORRE LOGO, PRAGA!) esfolando o dedinho de Theon! Sério, a escalação de Iwan Rheon foi perfeita. Eu sei que ele não bate com a descrição do Ramsay do  livro, mas como está na série é ainda mais assustador. A cara de anjo, a fala mansa, a voz macia…Gente, dá arrepios! E que interpretação, meu deus! De ambos. E olha que Ramsay está só se aquecendo. É galera, fala que o Theon mereceu agora, fala! Ele merece justiça (e quando eu digo isso quero dizer que merecia uma morte limpa), não ser transformado em recreação. E o resumo da saga para quem estiver interessado: “Se você acha que isso terá um final feliz, você não esteve prestando atenção”. E aqui um adendo. Eu acredito que Jon e Dany vão ficar juntos, Gendry e Arya, e que as coisas até que vão terminar bem. Mas a que custo? E desde quando casaizinhos que tem tudo para ficarem juntos no fim é sinônimo de final feliz? Só para dar dois exemplos: (SPOILER DE JV e ERAGON. Não leia se não quiser saber) Peeta e Katniss ficam juntos, Eragon meio que se acerta com Arya e Nasuada com Murtagh, mas nenhum deles é feliz. The end. I rest my case. E ainda Frodo destrói o anel, mas nunca mais se recupera. Então, galera, vamos parar com a noção de que casamentos e acertos sejam sinônimo de final feliz, porque não são.

E daí vamos para seu ex-melhor amigo, Robburro (ultimamente ele tem merecido esse apelido). Já recebendo os Freys malditos (não vi direito, mas esses dois em particular parecem não ter olhos castanhos. Mas também tem tanto Frey,eles se multiplicam que nem barata). Lá estão eles negociando os termos da aliança (AI!) com Robb novamente, que só pra variar dá umas patadas bem dadas em Edmure (sério, Edmure, só fale se for para ar o silêncio. Mas Tobias Menzies pegou Edmure direitinho, ele consegue ser ainda mais estúpido que no livro. Lindo!). E só para variar mais um pouquinho, quem bota ordem na coisa toda é o único Tully com neurônios funcionais: Blackfish. Me chamou atenção aqui uma coisa que Edmure fala: “nenhum homem pode forçar outro a se casar.” Mas uma mulher pode, hem, Catelyn? Você pode forçar seu filho a se casar? OK, ele não casa com a Frey, mas ainda assim foi o que ela fez em troca da passagem pela ponte. Ótimas atuações de todos os envolvidos na cena. Parabéns! Sensacional! E atenção para a música que toca ao final dela, um lamento justamente quando Robb diz que ganhou todas as batalhas, mas está perdendo a guerra. Perfect timing.

E de Riverrun vamos a Harrenhall. Jaime e Brienne são convidados para um jantar com Roose Bolton (MORRE LOGO,PRAGA DOS INFERNOS!). Brienne vestida como uam lady. Estranho, mas ela se sai muito bem também. E Jaime luta para cortar um bife (sério, custa pedir ajuda, Jaime?). Até que Brienne percebe e espeta o bife como garfo para que Jaime consiga cortar. Jaime para variar contando com o nome do pai para tirá-lo das enrascadas. E com o dinheiro. Não aprendeu a lição, não? Exatamente o que Bolton diz. E Bolton ainda fala que mandará Jaime de volta a King´s Landing e que espera que Jaime conte que ele não teve nada a ver com sua mutilação. Huummmm….aí tem coisa. Quem me segue há algum tempo e leu os posts sobre a série sabe do que estou falando, mas não vou revelar mais que isso. E vale destacar que ele só quer mandar Jaime de volta, não Brienne, que ficará presa como traidora.

E falando em Tywin, eis que aparece o próprio, em um diálogo com Olenna que pode ser resumido assim:

 

Olenna cada vez mais como alívio cômico da série,mas ao mesmo tempo bem ácida. A cada episódio amo mais essa mulher! Fantástica! Linda! E Tywin mostrando ainda que além de tudo é homofóbico. Embate sensacional, Charles Dance e Diana Rigg excelentes. Só mesmo Olenna poderia insinuar que Tywin tivesse um relacionamento homossexual na adolescência. D*I*V*A*.

Corta para Sansa-sonsa e Loras no jardim, Visível o desconforto dele, enquanto ela está toda sonhadora e feliz. Worst gaydar ever! Sério, colega, nem depois do papo sobre o broche e sobre os casamentos? OK, vamos dar um desconto por causa da inocência dela. Finn Jones e Sophie Turner brilham. Aí para quem anda reclamando que Sansa não estava prometida para Loras, mas para Willas. Primeiro que ela não vai casar com nenhum dos dois, então não faz diferença. Segundo que assim foi muito mais cruel com ela, porque ela realmente gosta de Loras. Os dois são observados por Tyrion e Cersei, que logo dá a solução mais estúpida de todas: deveríamos matar os dois. Acorda pra vida, Cersei! Me chamou atenção o fato de Cersei admitir que Tyrion foi que salvou King´s Landing graças ao fogovivo. E depois admitindo que foi Joffrey, e não ela, quem ordenou a morte do anão. Acho que esses dois nunca tiveram um conversa tão franca. E achei muito digno que Tyrion se oferece para contar a Sansa.

Que está toda feliz provando o vestido do que ela pensa que será para outro casamento. Também achei bem legal que foi na frente de Shae. Como eu havia falado antes, para quem não leu os livros esse ciúme de Shae vai ser importante. É o que irá motivar sua traição. E também já disse que gosto bem mais da Shae da série, que é bem mais profunda.

E finalmente chegamos ao que para mim foi o ponto alto do episódio. Mindinho conversando com Varys. E esculhambando o plano de Varys que não deu certo. FE-NO-ME-NAL! Conleth Hill e Aidan Gillen ótimos! Adoro os diálogos dos dois, que não constam dos livros. Sempre muito significativos. E aqui, eu faço questão de transcrever, porque foi acho que mais um spoiler (já explico):

“Mindinho: Você sabe o que o reino é? São as mil espadas dos inimigos de Aegon, uma história que concordamos em contar repetidas vezes até que esquecemos que ela é uma mentira.

Varys: Mas o que sobra após combatermos a mentira? Caos, um abismo espertando para no engolir a todos.

Mindinho: Caos não é o abismo. Caos é a escada. Muitos que tentam escalar falham e nunca ganham a chance de tentar novamente. A queda os arrasa. E alguns tem uma escolha para escalar, mas se recusam. Eles se agarram ao reino, ou aos deuses, ou ao amor. Ilusões. Apenas a escalada é real. A escalada é tudo que existe.”

Veja a cena abaixo:

Bom, vamos por partes. Primeiro o discurso do Mindinho é sobre poder, e as maneiras de alcançá-lo. E veja as pessoas mostradas na sequencia. Em ordem: Joffrey e Ros, para tristeza dos marmanjos; Sansa e Shae; Jon e Ygritte. OK, Orell e Tormund também, mas eles não fazem diferença para o que eu quero colocar. Todas as pessoas mostradas tentarm de alguma forma se dar bem em algo, seja socialmente seja simplesmente se livrando de uma situação desagradável. Dessas pessoas, quem é que realmente tem um futuro na série? Sansa e Jon. E deles, quem é que literalmente sobe? Jon. Certo, ele ia chegar ao alto da Muralha, que aqui é uma metáfora para poder, de qualquer jeito, mas o que não foi à toa foi o Mindinho terminar o discurso exatamente quando ele chega ao topo. E como eu acho que Jon é que vai governar nos Sete Reinos junto com Dany, eu acho que isso pode ter sido um baita de um spoiler da série para os livros.

Bom, episódio novamente bem recheado de emoções e com vários possíveis (olha lá, hem POSSÌVEIS spoilers. Pode ser que eu esteja forçando e isso tudo que eu comentei não queira dizer nada).  E cada vez mais a terceira temporada, apesar de um começo morno, se mostrando realmente tudo que queríamos ver. Pena só que está passando muito, mas muito rápido.

Obrigada por ficar comigo até aqui. Beijos e até o próximo post!