sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Faixa a Faixa – Smoke & Mirrors –Lifehouse

 

Lifehouse smoke and mirrorsEu não sabia o que ia escrever para o Faixa a Faixa desse mês, mas resolvi escrever sobre Smoke & Mirrors, do Lifehouse, que não é segredo nenhum que eu adoro, como já mostrei várias vezes, simplesmente porque o CD estava dando moleza no meio da bagunça da minha escrivaninha. Também já escrevi sobre eles, é só conferir aqui.

Smoke & Mirrors é o quinto álbum desta banda californiana que eu amo tanto. Formada por Jason Wade (vocal, guitarra e violão), Bryce Sodeberg (backing vocals e baixo), Rick Woolstenhulme (bateria), para este álbum, a banda ganhou a adição de Ben Carey na guitarra. Já cometei quando o álbum foi lançado, por isso não vou repetir. Só vou comentar que eu tenho a sorte de ter esse CD original, por causa daquela viagem da minha irmã para a Inglaterra, quando ela também comprou outra preciosidade, o CD What if it all means something, da Chantal Kreviazuk, que eu também amo. Então, sem mais, vamos ao CD.

1. All in: começa bem pra cima, com um refrão daqueles de grudar na cabeça, Adoro esse clipe, porque além de a música ser tudo de bom, tem cenas de bastidores, e coisas raras, com o Jason fazendo bagunça e rindo. Não que ele seja mal-humorado, nem nada, mas é que todo clipe, ou foto, que ele faz, sempre está sério. Mas basta dar uma olhada nos tweeets dele que a gente percebe que ele é o oposto. Aí vai:

2. Nerve damage: começa mais sombria, mas vai aumentando aos poucos, e intercala bem o refrão mais alto e partes mais tranquilas, até se aproximando um pouco do blues. E, vamos falar sério, a voz meio sussurrada do Jason nessa faixa é tudo, hem? (#suspiro);

3. Had enough: engana no começo, como se fosse uma balada, mas aumenta para uma batida mais enérgica, e tem um aponte bem bacana. A letra também é ótima;

4. Halfway gone: mais uma que começa mais calminha e depois fica mais animada. E é outra com um refrão chiclete, alternando momentos mais animados, com menos. Também acho ela bem otimista. Aí vai o clipe (olho no Bryce se dando bem ;D):

5. It is what it is: balada mais depressiva, mas que eu amo. É uma das minhas preferidas deles, e eu já coloquei como trilha de A Sombra do Vento. Acho que é por isso que eu gosto tanto da música, porque amo o livro. A melodia é linda, os backing vocals são lindos, nos lugares certos, e o solo é maravilhoso;

6. From where you are: mais uma baladinha, bem calminha. Adoro o violão dedilhado nela, e os toques do piano, bem sutis.

7. Smoke & Mirrors: uma mais animada depois de duas baladas, apesar do tom mais depressivo da letra. E aqui Jason mostra todo seu talento de letrista, com vários jogos de palavras, especialmente a oposição together x alone;

8. Falling in: e depois de duas pra baixo, tem que vir uma alegrinha para animar os ânimos. De novo, adoro o jogo que Jason faz ao inverter a ordem de fall in love, para It´s only love that we´re falling in;

9. Wrecking ball: surpresa! Nessa, o vocal principal é de Bryce, Jason faz o backing, muito bem, por sinal. Mas os dois soam tão parecidos que de início eu nem notei a diferença. Precisei ver no encarte, e depois quando vi ao vivo (repara no Jason só se refrescando ;D);

10. Here tomorrow gone today: já gosto do nome, com um jogo de palavras bem legal, opondo o presente e o futuro. è uma música bem animada, com uma batida mais enérgica no refrão, o que é até novidade em comparação com as outras músicas deles. Também achei um vídeo ao vivo bem lega, confira  aqui;

11. By your side: batidinha mais pop, com letra fofinha, mas com uma subida mais para o final, e logo depois um ponte. O backing vocal também é muito bacana, e combina bem com a música.

E o meu CD é uma edição especial, duplo, com mais algumas faixas bônus. Aí vão elas:

1. All that I´m asking for: baladinha com cordas maravilhosas, e batidinha suave, mas que cresce ao longo da faixa, abre o CD extra. Mais uma vez Jason mostra seu talento de letrista em um jogo de palavras e oposições muito bonito;

2. Crash and burn: mais pop, que também cresce no refrão, com uma ponte bem bacana e ritmo gostoso;

3. Everything (live in studio): simplesmente AMO essa música, mas não vou elaborar muito porque ela merece um post só para ela (não, não ai ser mês que vem. Aguardem). Só recomendo isso: aumente o volume, e berra a plenos pulmões;

4. Near life experience: última das faixas bônus, adoro o título também, em oposição a “near death experience”. É uma balada, e esse jogo de oposições também está presente na letra. A batida, um pouco mais monótona, também reflete um pouco de tédio, mas não acho a música chata, nem depressiva. Acho que Jason foi extremamente feliz ao compor esta faixa, ela combina em tudo.

Isso é tudo. Antes que eu esqueça, eles estão trabalhando no novo CD também, mas ainda não tem data de lançamento.

Beijos e até o próximo post!

domingo, 26 de agosto de 2012

O Vingador do Futuro (2012)

 

total recallEu não sou muito chegada nessas ficções científicas futuristas, mas bastou ver que tinha Colin Farrell no elenco para eu querer ver esse filme. Confesso que não assisti o filme original (até porque, Schwarzenegger, né, please! Já basta O Exterminador do Futuro! Que eu gosto, pelo menos o segundo, aliás, antes que alguém caia matando). Por isso, não tenho com avaliar se é melhor ou pior que o outro, nem se há diferenças entre um e outro. Só posso avaliar esse.

Colin lindo-maravilhoso-gostoso-tudo-de-bom faz Doug Quaid, um trabalhador pobre descontente com sua vida, que tem sonhos recorrentes muito estranhos, de estar preso, fugindo de alguém. Aliás, deixa eu explicar para quem, como eu, não sabia a história. No final do século 21, após uma contaminação de sei-lá-o-quê, o mundo foi dividido em dois polos: a Federação Unificada da Bretanha (acho que é isso), que compreende parte da Europa, e a Colônia, que fica na Ásia, onde moram os pobres trabalhadores da outra, mais rica. O meio de transporte entre os dois continentes é a Queda, uma espécie de metrô que viaja pelo centro da Terra (oi?). Esse meio de transporte também simboliza a opressão exercida pela Federação sobre a Colônia.

lori

E é na Colônia que Colin lindo-maravilhoso-gostoso mora, com sua mulher, Lori (a linda Kate Beckinsale). Cansado de sua vidinha tediosa, ele decide ir a um lugar chamado Total Rekall, que promete lhe dar novas lembranças e uma fuga da rotina. Ao chegar no lugar, uma das condições é que a fantasia escolhida deve ser mentira. O que Doug não imagina é que ao escolher ser espião (o que imediatamente eu um ataque de risadinhas em mim e minha amiga Mari, por causa do filme O Novato, em que Colin faz exatamente um espião em treinamento) ele na verdade, sem saber escolheu algo que já foi. Para piorar as coisas, a polícia aparece, e se segue uma sequencia de ação de tirar o fôlego, bem do tipo Bourne (filme aliás que tem alguma ligação com este, você já vai entender porque), onde Doug mata uns dez policiais sozinho.

Tudo isso porque Doug é na verdade Hauser, um espião da Federação, que tem a memória alterada para acreditar que é Doug (entendeu a semelhança, que acaba aí, aliás, com Bourne, que por sinal é muito melhor). Hauser tem em sua memória algo que a Federação quer, mas traiu a Federação, e se juntou à Resistência e a Matthias, seu líder (Bill Nighy, o Davy Jones de Piratas do Caribe, numa participação pequena, mas muito boa), e a Melina (a também linda Jessica Biel), que é com quem Doug sonha. só que na verdade se trata de uma lembrança.

melina

Perseguido pelos dois lados, Doug/Hauser não sabe em quem pode confiar, nem o que é real e o que é fantasia. Até sua esposa não é quem aparenta ser. A partir daí, o filme é só ação, muitos efeitos especiais e algumas façanhas impossíveis de se acreditar, ainda que se trate do futuro imaginado e muito mais avançado. Mas, talvez por assistir depois do almoço, ou porque não é empolgante mesmo, confesso que me deu um sono monstro, pesquei um bocado. Mas aguentei até o fim, até porque Colin vale o esforço (XD). Mas sinceramente, é só isso mesmo, pelo menos para mim, valeu mais por causa dele que do resto. Esqueci de mencionar Bryan Crenston (de Breaking Bad, que eu nunca assisti, porque não faz muito a minha cabeça, mas já ouvi falar que é muito boa) como Cohaagen, o líder da Federação, ou seja lá como é chamada. Mas é um passatempo, pelo menos. Aí vai o trailer:

E tenho uma reclamação: de novo, Colin, onde estão as tatoos? Por que o povo teima em esconder suas tatoos?!?

Beijos e até o próximo post!

sábado, 25 de agosto de 2012

Música do mês – Collide – Howie Day

 

Howie dayEu ia escrever sobre outra música, mas ela vai ficar para o mês que vem, e vocês vão ter que esperar para saber qual é. Surpresa. Esse mês, pelo mesmo motivo que várias outras, escolhi Collide, do Howie Day porque por alguma razão, ela grudou na minha cabeça como chiclete essa semana.

Howie Day é um cantor e compositor americano que lançou seu primeiro álbum, Australia, em 2000. mas confesso que não conheço muito dele, somente duas músicas, mas adoro ambas: She says e Collide. Howie Day participa de várias trilhas sonoras, como Cold Case (a série que tem a melhor trilha do mundo. Pena que acabou), Grey´s Anatomy, Bones, One Tree Hill, todas elas com trilha maravilhosas. Ele também gravou Help, cover dos Beatles para a trilha do filme Uma lição de amor, que eu já comentei aqui.

Collide serviu de trilha das séries acima série mesmo, porque eu não lembro como eu conheci. Devo ter ouvido, provavelmente em Cold Case (que tudo bem, eu só assisitia por causa do finalzinho, que era a melhor parte, quando tocavam música, e do Scotty). Ela está no álbum Stop all the world now, de 2008. Foi lançada como single em 2005 e é a mais conhecida dele até hoje. É uma balada gostosinha, basicamente só voz e violão, mas também tem um pouco de cordas e uma batida suave da bateria. Tudo combina muito bem com a voz dele, que é linda.Então, sem mais, aí vai o vídeo:

Espero que gostem. Beijos a até o próximo post!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Amante desperto – Irmandade da Adaga Negra # 3 – J. R. Ward

 

Amante despertoNas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Dentre eles, Zsadist é o membro mais assustador da Irmandade da Adaga Negra.
Tendo sido por muito tempo um escravo de sangue, Zsadist ainda carrega as cicatrizes de um passado repleto de sofrimento e humilhação. Conhecido por uma fúria que não acaba e por atos sinistros, ele é um selvagem, temido igualmente por humanos e vampiros. A raiva é sua única companheira e o terror, sua única paixão... Até que resgata uma bela vampira das garras da maligna Sociedade Redutora. Bella sente-se imediatamente enfeitiçada pela ardente força que emana de Zsadist. Entretanto, mesmo quando o desejo de ambos começa a consumi-los, a sede de vingança de Zsadist contra os torturadores de Bella o leva à beira da loucura. Agora, Bella deve ajudar seu amante a superar as feridas de seu atormentado passado e vislumbrar um futuro ao lado dela...

Apesar de Rhage virar um dragão (de novo, em algum lugar Daenerys está babando de raiva. Manda o Drogon, Dany!), esse livro deveria ter o nome de “Domando a besta”. E não digo isto como elogio, muito pelo contrário. Mas, de novo, eu precisava de algo não-pensante entre A Storm of Swords e A Feast for Crows. E li esse livro nos exatos 4 dias que levei para organizar o raciocínio para o post gigantesco sobre Storm.

Este gira em torno de Zsadist, o mais perigoso e misterioso dos Irmãos. O cara é temido até pelos próprios membros da Irmandade, tem a fama de matar mulheres por esporte e não deixa ninguém se aproximar. Seu olhar já é suficiente para fazer marmanjo se borrar. Seu passado de abusos é o responsável pela atitude amigável do fulano. Enfim, tinha tudo para ser um personagem perturbado e fascinante, como eu gosto. Mas, se você quer saber como estragar um personagem, é só seguir os passos de J. R. Ward neste livro.

Zsadist, com esse nome fofo, é assustador só até que aparece em sua vida Bella (sério, qual é a desse nome e vampiros?), uma vampira aristocrata, amiga de Beth, que já deu as caras no segundo volume da série. No final do segundo, Bella é sequestrada pelo Sr. O (esse vale a pena comentar mais tarde), e Zsadist e os outros irmãos partem atrás dela. Mas só conseguem resgatá-la neste. reconheço, ela passa por maus bocados nas mãos do redutor, é torturada e obrigada a assistir as torturas de outros vampiros. Mas, apesar disso, eu acho essa fulana superficial e mimada. No fundo só quer mesmo ser namoradinha de Zsadist.

E esse ser sem-graça nenhuma é que doma Zsadist. Por causa dela, boa parte do livro (mais da metade, na verdade) são lamúrias dele, se auto-recriminando e remoendo auto-piedade. Um porre. Ele a deseja, mas não se acha digno de algo tão puro. Sério, o cara consegue nessas horas ser mais chato que Edward Cullen. Ah! E não posso esquecer de dizer que Z. também é tão careta como Cullen. Acha sexo um ato sujo, e tem vergonha do pênis, chegando ao extreme de só se referir a ele como coisa, assim, em itálico mesmo, demonstrando o nojo que tem de si mesmo. Sinceramente, uma decepção. Muito outros personagens igualmente sofridos lidam muito melhor com seus traumas, sem serem chatos e sem tanta lamúria.(SPOILER) Chega ao ponto de no final, quando descobre que engravidou Bella (esqueci de dizer que as vampiras entram no cio. E aí, são sei lá quantas horas de fogo no rabo, e isso contamina todos os machos – sim, é assim, desta forma nada agradável que a autora se refere aos personagens, macho e fêmea, não sei porque não comentei antes – da casa, que imediatamente começam um bacanal pra deixar até Baco envergonhado) durante seu cio, o cara desmaiar com a notícia! E ficar superprotetor, ao ponto de fazer cara feia quando Bella sai do carro de salto alto na neve, para não cair. Tudo bem, minha coordenação não me permite usar salto, mas mesmo assim, a vampira está grávida, não doente terminal, e nem é de cristal. Ridículo.

Já o Sr. O é interessante porque faz o caminho inverso. A seus olhos Bella é sua esposa, porque se parece fisicamente com uma namorada da época em que ainda era vivo, e de quem abusava física e verbalmente. Ao ver Bella, ele tenta tomar a vampira para si, e fica ainda mais tresloucado quando descobre que não pode tê-la.

Mas nem tudo é ruim. Só melhora nas últimas 100 páginas, mais ou menos (na verdade, nesse meio só valem umas 50), e é penoso chegar até aí. No final acontecem algumas reviravoltas, algumas baixas, e pela primeira vez há um pouco de derramamento de sangue na série, que eu já comentei que tem muito pouco sangue para uma série de vampiros. mas não vou comentar para não dar mais spoilers.

Mais uma vez a autora aposta na mesma fórmula: par socialmente inadequado (em mais de um sentido, neste caso0 que se encontra e imediatamente há uma atração inevitável, tentando lidar com a relação. Até que se descobrem no sexo, e pronto. Já disse antes, que não tenho nada contra o sexo nos livros, acho que é necessário, mas isso não pode eclipsar a história central. E é nisso que peca J. R. Ward, na minha opinião. Tudo bem ter algumas cenas, mas quando elas se estendem por 4, 5 páginas, é excessivo e cansativo. Mas vende com água no deserto. E também não tenho nada contra se reutilizar a mesma fórmula. Rick Riordan e James Rollins fazem isso muito bem, sem ficar cansativo. Só que aqui, já estou cansada no terceiro volume. Sinceramente só vou ler até o quinto, porque são todos os que eu tenho. E só li mesmo pelas razões que eu listei acima, nada mais.

Trilha sonora

Nem merece uma. Mas vá lá, qualquer uma de motel tá ótimo.

Se você gostou de Amante Desperto, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • As Crônicas de Sookie Stackhouse – Charlaine Harris 9 True Blood);
  • As crônicas vampirescas – Anne Rice;
  • Drácula – Bram Stoker

(mas sinceramente, acho que, pelo menos Drácula e Vampire Academy são bem melhores, mesmo sem ter terminado Drácula)

Algumas coisas que eu esqueci

 

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU A TORMENTA DAS ESPADAS!

Game of Thrones 2

Como se um post imenso como esse não fosse suficiente, eu ainda esqueci de algumas coisinhas. Mas juro que este vai ser mais rapidinho.

Dany gentle heartEm primeiro lugar, eu esqueci de complementar os comentários sobre os deuses em forma humana. Falei da Sábia (falando nisso, como está em português? Em inglês é Crone, mas só li o primeiro em português, e faz tempo, então não lembro), do Estranho e do Ferreiro. Já tinha mencionado aqui uma visão da estrupícia da Catelyn como o Guerreiro. Concordo, mas acho que ele também pode se encaixar no Pai, principalmente se o que eu acho, que ele e Dany vão ficar juntos e governar os Sete Reinos (se eles viverem para tanto. vamos manter os dedinhos cruzados!). O que me leva a Dany, que por sua vez seria a Mãe.

Dessa forma só falta a Donzela (ou será virgem? De novo, eu não sei em português). Essa para mim é Brienne. Vi um pessoal comentando que pode ser a Sansa. Entendo, mas apesar de Sansa se manter pura, ela não luta pela honra e tudo o que a Donzela representa como Brienne.

E outra coisa que eu esqueci de comentar foi o capítulo do primeiro ataque dos selvagens a Castle Black, logo depois de Jon escapar deles. Na verdade, são duas coisas. No capítulo em que Jon retrata a sua fuga, bem depois ele se dá conta de que está com uma flecha na coxa direita. Flecha essa das da Ygritte. Bom, mas de quem é a flecha na verdade pouco importa. O que eu ia comentar é que Jon tem que tirar a flecha, mas para isso, tem que fazê-la atravessar toda a coxa, porque não consegue simplesmente puxar. Tudo isso sem anestesia, veja bem. A passagem é tão bem escrita, detalhando cada etapa, que eu senti em mim. Li toda a passagem massageando a MINHA coxa direita. Palmas para George Martin.

Jon watcher on the wallE depois vem o ataque. A guarnição do castelo está severamente afetada, eles contam com menos de 100 (bem menos, diga-se de passagem, mas não lembro o número exato) homens para defender Castle Black. Novamente, o capitulo todo é muitíssimo bem escrito, passa toda a tensão e o desespero da situação. E culmina com uma das coisas mais tristes do livro, mas que passa meio batido por causa do choque do Red Wedding, que acontece não muito antes. Aliás, eu a a minha amiga Fernanda estávamos conversando outro dia, e acho que as duas coisas acontecem ao mesmo tempo: (SPOILER ) as mortes de Robb e de Ygritte. Acho importante ressaltar, mas acho que talvez a série divida esses dois eventos (já vi por aí que a terceira temporada vai acabar no Red Wedding.#tenso).

(SPOILER) De qualquer forma, o capítulo termina com Jon encontrando Ygritte ainda com vida, mas por um fio. Jon ao mesmo tempo que fica aliviado por não ter sido um flecha sua que derrubou a ruiva, também entra em negação (mais em benefício dela do que dele), dizendo que ela vai ficar bem, que eles podem ficar juntos. Ao que ela diz um último “You know nothing, Jon Snow”, e dá o último suspiro. A cena é muito linda, comovente e eu tenho certeza que vou derramar um rio de lágrimas quando ver isso na TV. E o fato de não ter sido uma de suas flechas que a matou, Jon se sente culpado do mesmo jeito. E faz questão de queimar o corpo dela ele mesmo. Com tudo isso, não é de se espantar que ele sofra de uma depressão, que já dá pra notar no começo do quarto, pela perspectiva de Sam, que nota que há algo de errado com o amigo, e depois fica mais evidente no quinto. De novo, eu  li isso neste fórum do westeros.org (cuidado, spoilers do quinto livro no fórum).

Acho que era só isso. Não disse que esse era rapidinho?

Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Mais de As Crônicas do Gelo e do Fogo – ATdE

 

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS LIVROS!

Game of Thrones 2

Continuando os comentários, teorias e afins nessa segunda leitura de As Crônicas do Gelo e do Fogo, agora chegou a vez do meu preferido de todos. E o livro com mais reviravoltas e passagens significativas por enquanto da série (na verdade, o quinto não fica atrás, mas vou focar no terceiro). Por isso aviso já, o post é longo.

Vou começar com algo que já joguei quando comentei o segundo. A queda de Winterfell, Theon, etc. Leia aqui tudo que se passou antes de continuar. Como eu disse nesse link, Reek chega em Winterfell ANTES de Theon tomar a fortaleza. O que eu deixei de fora foi o fato de Reek ser ninguém menos que Ramsay Snow disfarçado. E ele ainda se faz de morto. Eu não sei vocês, mas para mim Ramsay é um psicopata sádico doentio (redundante, eu sei, mas é a definição de Ramsay), mas não me parece lá muito inteligente. Para mim, isso tem a cara de Roose Bolton, seu pai. Quem articulou todo o embuste foi ele. E ANTES de Theon sequer pensar em invadir Winterfell. Acho que ele e o maldito do Frey estavam juntos muito antes. Já falei aqui que achava estranho a reação dos Frey no primeiro quando a estrupícia da Catelyn prende o Tyrion. Já fiquei com a pulga atrás da orelha. Me perguntei já aí desde quando os Frey estão mancomunados com os Lannisters. Bom, os Frey eu não sei, a não ser que um dos Lannisters é casado com uma Frey, e uma coisa pode-se dizer dos Lannisters: eles tomam conta de sua família, mesmo dos mais insignificantes.

theon 2

Bom, mas o Bolton eu posso dizer. Não exatamente quando, mas o motivo da traição. E posso dizer que ele vem desde muito antes do Red Wedding, e acho que é até mesmo anterior à invasão de Theon. (SPOILER) Tywin Lannister promete a ele o posto de Guardião do Norte, além de revogar o título de bastardo de Ramsay, que passa a se chamar Ramsay Bolton. Já na página 260 (edição pocket americana com capa azul), Tyrion está em uma reunião com o pai, e se dá conta de que o velho está guardando algo para si. E se recorda de algo que o pai costuma dizer: “Algumas batalhas são vencidas com espadas e lanças, outras com pena e corvos”. Isso se passa pouco depois da batalha de Blackwater. E tem a ver tanto com a queda de Winterfell como com o Red Wedding. No final, já no epílogo, mais precisamente, Merret, um dos 50 mil Freys (não lembro se é legítimo ou bastardo, e também pouco importa) parte para recuperar um parente seu que está em poder de Lorde Beric Dondarrion, e no meio de suas lembranças, ele diz que Lorde Frey ordenou a matança no Red Wedding, mas que quem planejou tudo, até as músicas que sinalizariam a carnificina (e não custa nada lembrar que foi a famigerada The Rains of Castamere que foi o sinal, a música de Tywin. Ficou claro, não, quem está por trás do Red Wedding?) foi Lame Lothar junto com Roose Bolton (p. 1119).

Robb   Talisa E já que falei nesse maldito Red Wedding, tenho que dar o parabéns para George R. R. Martin. Mesmo lendo pela segunda vez, foi tão intenso como na primeira. Na verdade, foi até pior, porque eu sabia no que ia dar. O capítulo todo é muito bem escrito, tenso, deixa a gente com a sensação de perigo, de que algo está errado. Vai ser bem difícil ver isso na telinha. Admito que fiquei com os olhos molhadinhos no final. Não cheguei a chorar, mas ficou perto. E já que falei nisso, deixa eu comentar o golpe de Talisa/Jeyne. (SPOILER) Ela não cai de paraquedas na vida de Robb. Na verdade, a família dela também ganha um benefício de Tywin por ter vendido a filha (mas não lembro o quê, esqueci de marcar). Mas acho que mesmo assim, ela acabou por gostar de Robb (como não? Lindo e fofo daquele jeito e com aquela voz rouquinha e com sotaque maravilhoso? Quem resiste?) e vice-versa.

Voltando a Theon e Winterfell, já sabemos que ele, apesar de levar a culpa, não toca fogo na fortaleza. Theon nunca faria isso, people! Não estou defendendo o que ele fez, mas ele não entende onde sua lealdade está. E além disso, ele sempre quis um lugar entre os Stark, lugar que foi negado, mas em sua inveja, ele ambiciona o castelo para si, não a destruição do lugar. Theon facilita as coisas para Bolton, mas acho que independentemente de Theon tomar Winterfell ou não, Bolton ainda assim encontraria um meio de destruir o local. Theon agiu inesperadamente para todo mundo, até para os próprios Ironborn, e acabou involuntariamente ajudando um golpe maior.

Antes que eu me esqueça, deixa eu corrigir algo. Lembra que eu falei para guardar a informação sobre Lysa para o quarto. Eu me enganei. Na verdade, era para este, mas como fazia tempo que eu tinha lido, os livros meio que se misturavam em minha cabeça. Bom, dito isto, eu disse antes que Lysa sempre foi apaixonada por Mindinho. Isto é fato, sempre foi mesmo, só a self-absorbed da Catelyn não percebia. E também é fato que Lysa perdeu sua virgindade com Mindinho. E chegou a engravidar dele. Mas seu pai descobriu, e a fez abortar. Catelyn menciona algo nesse sentido, de Lysa ter alguma vez ter sofrido um aborto, mas não lembro exatamente quando ela faz isso. De qualquer modo, Lysa se ressente de ter sido forçada a se casar com Jon Arryn, não suporta o marido, e também se ressente da irmã por ela ser o centro das atenções de Mindinho. (SPOILER) Por isso, quando Mindinho pede para Lysa matar Jon Arryn, ela não pensa duas vezes. Ela até tenta justificar que foi porque o velho Mão iria mandar sua cria, o pequeno e detestável Robert para Dragonstone para ser criado por Stannis, mas na verdade é só mesmo porque Mindinho pede com a promessa de que assim podem ficar juntos, como sempre quiseram. Sendo assim eu me pergunto por que Lysa foi tão rápida ao julgar Tyrion quando ele esteve preso no Ninho da Águia. Agora fica claro que isso era somente mais uma das maquinações de Mindinho, e tanto Lysa quanto Catelyn fizeram exatamente o que ele quis que elas fizessem. E não se engane, ele está usando Sansa da mesma forma. Mas eu acho que de alguma forma Sansa vai escapar das garras dele. Só não tenho ideia de como. Ao contrário dos outros Stark (até o meio Stark), ela eu não consigo pensar no que vai dar. Para ela eu ainda não tenho teoria nenhuma. Talvez se tornar Lady de Winterfell.

E já que falei de Mindinho, aproveito para colocar uma coisa que eu achei muito interessante. Vi outro dia num fórum do westeros.org um ponto que eu não tinha pensado sobre o Mindinho. Sua determinação de destruir tanto os Lannisters como os Stark. Sim, você leu corretamente, Stark. E faz todo o sentido do mundo. Mindinho sempre foi apaixonado por Cat, mas como é de uma classe mais baixa que ela, nunca poderia se casar com ela. Ainda que ele tenha tentado. Mas Cat foi prometida a Brandon Stark, que além de ser tudo o que Mindinho não era, tenho certeza que fazia bullying com Mindinho. Aí Brandon Stark morre, mas quem toma seu lugar é Ned. Foi a gota d’água. A partir daí, Mindinho teve tempo mais que suficiente para planejar sua vingança, que como todo mundo sabe, é melhor servida fria. Já que ele não pode ter Catelyn, desconta em todo o resto. Isso é só suposição, mas que faz sentido, isso faz. E eu nunca entendi muito bem as intenções de Mindinho, só sabia que não eram tão nobres assim. Afinal, ele mesmo diz para Ned que ele deve desconfiar de todos, inclusive o próprio Mindinho.

mindinho

E falando em Catelyn, não posso deixar de comentar o Red Wedding. (SPOILER) Por que, POR QUE, pelos sete novos deuses, e pelos deuses antigos sem conta, GRRM trouxe essa fulana de volta dos mortos? Se ela já era chata antes de morrer, depois de morta fica ainda pior. Mas uma coisa é certa, ela sabe dar conselhos. Pode não segui-los, mas seus conselhos geralmente são bons. E no caso, ela não se cansou de dizer para Robb o tamanho do erro que havia cometido ao se casar com Jeyne. Eu adoro que Robb tenha feito isso, porque pela primeira vez mostra que pensa por si próprio (pode ser com a de baixo, mas pensa), saiu das barras da saia da mãe e da sombra do pai. Mas foi irresponsabilidade, sim, não nego. Só que eu acho que Robb morreu mesmo bem antes do Red Wedding. Quando Cat questiona porque Grey Wind não está mais o tempo todo com ele, logo que Robb chega e conta para a mãe que se casou, Robb dá uma resposta que me tirou o ar. Cat diz: “Ele faz parte de você, Robb. Temê-lo é temer você. " Ao que ele responde: “Eu não sou um lobo, não importa do que me chamem.” (p. 197). Pra mim, foi aqui que Robb assinou sua sentença de morte. Basta lembrar mais uma vez a fala simples de Bran no primeiro, quando Sansa começa a mentir e se comportar de maneira estranha: “Ela perdeu seu lobo. “ Me lembrei disso na hora. Catelyn retoma essa questão várias vezes.

robb e catelyn

E mais tarde, quando o velho Karstark, em meio a seu desejo de vingança contra os Lannisters pela morte de seus filhos (e taí mais uma megaburrada, pra não falar outra coisa, de Catelyn. Ao soltar Jaime, além de cometer traição, ela joga os aliados de seu filho contra ele…), em um ataque de idiotice extrema, o cara mata os dois jovens Lannisters (agora não tenho certeza se não eram Freys…bom, um ou outro) que Robb mantinha cativos. Por esta traição, Robb é obrigado a executar Rickard Karstark, e o velho lança a maldição: “Nenhum homem é tão amaldiçoado quanto o que mata seu parente” (p. 281). E GRRM ainda dá mais dicas da desgraça que vem, não só com a Casa dos Imortais e o que Dany vê, mas também neste. Arya encontra por duas vezes aquela anãzinha que tem green dreams (não lembro como ela é chamada). A primeira vez, em High Heart, a velhinha diz: “Eu sonhei com uma sombra com um coração em chamas, que matava um cervo dourado, sim. Eu sonhei com um homem sem rosto, esperando em uma ponte que balançava. Em seu ombro havia um corvo afogado com algas penduradas em suas asas. Eu sonhei com um rio caudaloso e uma mulher que era um peixe. Morta ela deslizava, com lágrimas vermelhas em suas bochechas, mas quando seus olhos se abriram, oh, eu acordei em terror” (p. 302). Neste primeiro, já dá para ver a premonição das mortes de Renly (o cervo dourado), Balon Greyjoy (o homem sem rosto) e da própria Catelyn (a mulher que era um peixe). E mais tarde, de novo em High Heart, ela sonha de novo: “Eu sonhei com um lobo uivando na chuva, mas ninguém, ouvia o seu lamento. Eu sonhei com tal clangor que eu pensei que minha cabeça iria explodir, tambores, e cornetas e trombetas e gritos, mas o som mais triste eram os pequenos sinos. E sonhei com uma donzela em um banquete com serpentes púrpuras em seu cabelo, veneno pingando de suas presas. E mais tarde eu sonhei com essa donzela novamente, matando um gigante em um castelo feito de neve” (p. 593). O lobo é com certeza Grey Wind, que pressentiu toda a carnificina, mas Robb não deu atenção.(SPOILER) E a donzela é Sansa, e já há aí a menção à rede dos cabelos dela, de onde cai a pedrinha que mata Joffrey. E o castelo de neve, será Winterfell, ou é uma referência ao castelo de neve que ela constrói já no Ninho da Águia, e que Robert destrói, mais ou menos na mesma hora que Mindinho beija a menina? E só para constar, eu adoro quando o Joffrey morre, mas não foi muito legal. Deixa eu explicar: eu acho que Sansa devia matar Joffrey sim, mas de maneira consciente, com uma adaga, e requintes de crueldade, não como foi.

Arya Kill Ilyn Ainda nesta passagem, Arya está meio escondida ouvindo a conversa da mulher com Beric (aquele que morre uma dúzia de vezes, e sempre volta à vida), mas a anãzinha percebe, e diz para ela se aproximar: “Eu a vejo, criança lobo. Criança sangue. Eu pensei que era o lorde que cheirava a morte…Você é cruel de vir à minha colina, cruel. Eu engoli tristeza em Summerhall, eu não preciso da sua. Vá embora daqui, coração negro. Vá embora!”. Aqui eu faço mais uma suposição sobre o futuro de Arya. Já havia dito que acho que ela irá se transformar em algo como Jaqen, uma espécie de anjo da morte. Também no westeros.org, eu vi um outro painel interessante, sobre os sete deuses retornando e como cada um se aplica a um personagem diferente. Veja aqui - The Seven in human form. E no livro, tem uma hora que o Sam canta para a Gilly, e a canção traz a descrição de cada um dos deuses (p. 641, não sei na edição brasileira),mas não vou transcrever porque é muito longa. Dito isto, Arya seria a representação do Estranho, o deus da morte. Não tem mais ninguém que se encaixe. E isso reforça o que eu acho, que ela se tornará uma assassina profissional. E aqui, pela primeira vez ela tem os green dreams, e também mostra a capacidade de se fundir a Nymeria, ainda que não entenda isso muito bem. E, falando nisso, e retomando um pouco o que falei sobre Robb e Grey Wind, de todos os Stark, só quem aceita, mesmo sem entender direito isso, são mesmo Bran, Jon e Arya. Claro que não sabemos o PDV de Robb e Rickon, mesmo Shaggydog sendo tão incontrolável quanto ele, mas eu deduzo que eles três são os que tem o dom em maior grau. Posso estar enganada, e espero que Rickon volte e com PDV. E uma última coisa sobre Arya. Veja: “eu queria me transformar em uma loba e ter asas e voar para longe” (p. 1036). Já disse que ela pode ser a outra a montar o dragão. Para mim, isso é uma possibilidade pequena, acho mesmo que o destino dela é ser uma assassina profissional, é para isso que ela está treinando e Jon eu acho que será a outra cabeça do dragão (especialmente se ele for realmente um Targaryen, como eu acredito, a Alfie Allen andou dando com a língua nos dentes, veja neste post do Game of thrones BR), mas Arya também é uma possibilidade.

Joe Dempsie

E já que estou falando dela, por que não falar de sua cara-metade, Gendry? Ele também se encaixa nesse negócio dos deuses reencarnados (ou como você quiser chamar), no papel do Ferreiro. Não é à toa que seu ofício é esse. E digo mais, acho que ele vai forjar uma espada muito importante, para Arya, de aço valiriano. Não digo Lightbringer (ou Luminífera), porque eu acho que Melisandre está enganada nas suas visões, e a tal espada que vai livrar o mundo das sombras. Já disse, acho que isso tem a ver com o Jon, e a tal espada seja Longclaw (não lembro o nome dela em português). Falo em Snowy Goodness daqui a pouco, deixa eu voltar pro Gendry. Este livro traz mais pistas de que ele e Arya eventualmente vão ficar juntos (não casar, não porque ele seja bastardo e ela não, mas porque eu quero só ver quem vai ser tolo o suficiente de achar que pode forçar Arya a qualquer coisa. Não, ela e Gendry vão ficar juntos por livre vontade). E também torço para ele ganhar PDV. Porque tenho certeza que ele também gosta muito de Arya, mas talvez ainda não tenha completa consciência disso. Ou melhor, começa a ter. Quando eles estão no salão de Lady Smallwood, que faz Arya se vestir como menina, ele se sente mal, e sai do salão. Arya vai atrás dele, e ele diz: “Você está diferente agora. Como uma menina” Arya responde: “Eu pareço um carvalho, com todas essas castanhas idiotas”. Gendry: “Mas bonita. Um carvalho bonito. Você até tem o cheiro bom, pra variar” (p. 308). Arya responde que ele não, e empurra ele na lama. Os dois rolam na lama, rindo. A cena seria super carregada sexualmente, se Arya não tivesse somente 10 anos e ele 14. Na situação que eles se encontram, ela é só fofa (awwwnnn!). Mais tarde, em uma taverna qualquer, Arya se vê ameaçada por um bêbado. Quem aparece para salvá-la? Gendry, claro, dizendo que ela é sua irmã e mandando o sujeito deixar Arya em paz. Arya fica brava, e diz que não é irmã de Gendry, ao que ele responde, também bravo: “Está certo. Eu nasci um maldito humilde, não posso ser parente de uma dama da nobreza” (p.402). (SPOILER) Tudo bem, eles acabam se separando, mas como no caso de Nymeria, tenho certeza de que Gendry e Arya vão se reencontrar.

Bran   Rickon   Hodor

Falando de Bran agora. Ele é outro que se encaixa na descrição dos deuses, desta vez da Sábia, e acho que é o mais forte nesse quesito. Mas esta é que tem mais candidatos, volto neles mais tarde. Lembra que eu falei que Bran é um dos que vai montar um dragão, mais especificamente o verde (se não, veja aqui). Bom, Jojen também sonha com isso: “Eu sonhei com um lobo alado preso à terra por correntes de ferro, e fui a Winterfell libertá-lo. As correntes já foram soltas, mas você ainda não voa.” (p. 131). Certo, ele pode estar se referindo ao corvo de três olhos, e ao fato de Bran não se juntar aos animais (ainda não, neste  momento). Mas também já disse que seus sonhos são passíveis de erro, pois dependem de interpretação. Também já falei da ligação especial entre Bran, Jon e Arya. Neste, quando Snowy Goodness foge dos wildlings, quem aparece para ajudá-lo é Summer (que Jon inicialmente pensa ser Grey Wind). Sim, Bran está no lobo nessa hora, mas mesmo assim, não tenho certeza se Bran consegue controlar as ações de Summer neste momento, talvez mais tarde. Sinceramente não me lembro, e no livro isso não fica claro. Acho que sim, mas de qualquer modo, acho muito significativo que Summer estivesse por perto. Momentos antes, Bran não estava com Summer. E antes, Bran está em Summer, compartilhando seus pensamentos, e o lobo lembra que a irmã não está mais livre, que decidiu percorrer os corredores de pedra feitos pelo homem, e que uma vez dentro, é difícil achar o caminho de volta ao ar livre (p. 123). Acho que isso é um lamento por Lady, e liga com o que eu disse lá em cima sobre Robb e Grey Wind e Sansa e Lady. E Bran também sonha com o Red Wedding.

E falando na ligação entre Bran, Jon e Arya, acho muito significativo que Sam encontra justamente Bran e Arya em sua jornada. E aposto que foi Sam que plantou a ideia de levar Gilly e dizer que o filho dela é seu, para protegê-la. Ele diz algo assim na p. 1046. E acho que Sam pode ser outro candidato à Sábia. Sam lê muito, e sabe muitas histórias, e também mostra que é mestre da manipulação, como fez com a eleição de Jon a Lorde Comandante. Já disse antes (mais precisamente aqui) que Sam vai ter um papel importante na união de Jon e Dany. Mas acho de partir o coração que Sam não pode contar a Jon que Bran está vivo, vendo todo o sofrimento do amigo.

Jon   Bran

E falando em Jon e Dany, lembra que Dany tem sonhos que se concretizam? Bom, ela sonha com alguém ao seu lado, um homem em sua cama: “Às vezes ela fechava seus olhos e sonhava com ele, mas nunca era com Jorah Mormont que ela sonhava; seu amante era sempre mais jovem e mais bonito, apesar de sua face permanecer uma sombra inconstante” (p. 325). (SPOILER) Mais tarde, ela acha que se trata de Daario Naharis, e tenho que dizer que a obsessão dela por ele no quinto é irritante, mas acho que ela está enganada. Com Daario, só o que rola é sexo mesmo, não há uma ligação mais profunda como ela tinha com Drogo, por exemplo. E ela também sonha com Rhaegar, e como ela chega a Westeros montada num dragão (p. 375). E mais tarde, pouco antes de invadir Meereen, ela conhece Brown Ben, que se diz ter sangue de dragão (p. 784). Só menciono isso porque uma das profecias diz para ela tomar cuidado com os falsos dragões, e eu acho que esse é um deles.

Jon   Dany

E agora falando de sua futura cara-metade, meu querido Snowy Goodness. Neste, como eu já disse quando fiz a resenha do livro pela primeira vez, Jon é confusão só. Forçado a trair a Patrulha e se juntar aos selvagens por Quorin, Jon começa a questionar algumas coisas, como o próprio juramento e começa a reconhecer um pouco de ressentimento pelo fato de ser bastardo. Ele reconhece pela primeira vez que quer sim constituir família (e isso fica evidente quando Gilly já está em Castle Black, amamentando o filho de Val, e ele sorri ao ver isso. Essa passagem é contada pelo ponto de vista de Sam, mas dá para perceber certo desejo melancólico por parte de Jon). Depois, lembrem-se do que Maester Aemon disse a ele no segundo, que ele não sabe o que é segurar o filho recém-nascido nos braços. Não foi à toa. Já disse e repito, Jon vai ser o pai do filho de Dany, e vai viver por tempo suficiente para pelo menos segurar seu filho. Essa frase do velho Maester (que aliás é outro que se encaixa na Sábia) não é de graça. Como também não é à toa que ele pede para ver a espada de Stannis, Luminífera (p. 1080). Claro que ele sabe sobre a lenda da tal espada mágica de Melisandre, mas há algo que o velho Maester não conta. Quem descreve a espada para ele é Sam (essa passagem de novo é contada a partir do PDV de Sam), e ao terminar Maester Aemon diz: “Eu vejo agora, Sam. Uma espada cheia de luz do sol. Tão linda de se olhar”. Ora, por que raios o velho maester cego quer ver uma espada? O Maester pode ser cego, mas enxerga muito mais que muita gente, e acho que ele sabe que a espada de Stannis não é a espada de Azor Ahai. Mais tarde, no final desse capítulo, ele diz que a espada tem luz, mas não tem calor. Já disse lá em cima, eu acho que essa espada é Longclaw. Mas não vou elaborar mais para não dar spoiler do quinto livro.

jon snow

Me desviei um pouco, mas deixa eu voltar. Uma das coisas que Jon se pergunta é se Arya ainda é sua irmã (p. 356) Suas palavras exatas são: “Ela ainda é minha irmã? Será que algum dia foi?”. Isso poderia ser atribuído simplesmente ao fato de ele estar entre os selvagens e estar questionando suas lealdades, não fosse pelo fato de ninguém saber sua verdadeira identidade, e a hipótese de ele ser filho de Rhaegar e Lyanna, e não de Ned.

white walker Retomando a teoria de que Jon é Azor Ahai renascido, na p. 348 Melisandre esta falando do Senhor da Luz (não sei escrever o nome desse deus) com Davos, e diz que há dois lados: um do Senhor da Luz (juro que desta vez tentei escrever o nome do tal, mas não deu) e contra ele está o Grande Outro, cujo nome não deve ser dito (será Voldemort? ;D), o Senhor das Trevas, a alma de Gelo, o deus da Noite e do Terror. Bom, depois do final da segunda temporada, acho que ficou evidente até para quem não leu os livros que a luta maior não  é entre Baratheon ou Lannister, mas sim contra os White Walkers. E acho que ficou bem claro quem é o tal do Senhor das Trevas, não? É aí que entra Jon como Azor Ahai, e Longclaw como Lightbringer (tradução literal para o português é a que traz a luz). E falando nisso, um dos propósitos da Patrulha da Noite é justamente manter a salvo o reino dos homens. Veja aqui, mas cuidado, há spoilers do quinto livro. E de qualquer modo, o Lorde Comandante Mormont faz questão de lembrar a Sam:nós nunca soubemos. Mas já soubemos um dia. A Patrulha da Noite se esqueceu de seu verdadeiro propósito, Tarly. Não se constrói uma muralha de setecentos pés para impedir que selvagens em peles roubem mulheres. A Muralha foi feita para guardar os reinos dos homens…e não contra outros homens, que é o que os selvagens são no final das contas. Muitos anos, Tarly, muitas centenas e milhares de anos. Perdemos a noção do verdadeiro inimigo. E agora ele está aqui, mas não sabemos como lutar contra ele.” (p. 450). E só há um capaz de derrotar os servidores das trevas, segundo Melisandre. E antes de Jon ser eleito Lorde Comandante, durante a batalha contra os selvagens, Jon é apontado por Donal Noye para chefiar a Muralha. Nas palavras de Maester Aemon: “A Muralha é sua, Jon Snow” (p. 882).

Melisandre   Stannis

Mais tarde, Stannis está falando com Davos, que mais uma vez, pede encarecidamente a Stannis para deixar Melisandre de lado. Mas Stannis não quer e diz que viu nas chamas, como mandou Melisandre, “as cinzas eram brancas, se elevando em uma corrente, mas de repente parecia que elas estavam caindo. Neve, eu pensei. Então as faíscas no ar pareciam circular, e se tornaram um anel de tochas, e eu olhava através do fogo de cima de uma colina em uma floresta. As cinzas se transformaram em homens de preto atrás das tochas, e havia formas se movendo pela neve. Apesar de todo o calor do fogo, eu senti um frio tão intenso que eu estremeci, e a visão se foi” (p. 500). De novo, acho que Stannis vê uma coisa, mas interpreta de forma errônea. Lembrando, neve = snow. Guardem isto, que vou retomar quando for falar do quinto de novo.

E, voltando ao juramento da Patrulha, ele diz: “eu não vou tomar terra”. Bom, já disse que Jon vai quebrar cada uma das linhas desse maldito juramento. E vai mesmo. Para todos os efeitos, Jon é bastardo de Ned, o que por si só já é mal-visto por todo mundo em Westeros. Seu estigma é ser visto como traiçoeiro porque nasceu de uma relação ilegítima. Bom, Robb, pressentindo que poderia não viver por muito mais tempo, e achando que seus irmãos estão mortos ou perdidos, lembra a estrupícia da mãe que ele ainda tem um irmão, e que Jon pode muito bem ser seu herdeiro através de um decreto real. E diz que ainda encontrariam um forma de ele se livrar dos votos (p. 629). Claro que a estrupícia não gosta, e ainda tem o desplante de dizer que Jon iria trair Robb se Robb fizesse isso. Oi? Ela nem sequer conhece Jon!!! Ele nunca faria isso. E a situação aqui não tem nada a ver com Theon, antes que alguém mencione. Theon era melhor amigo de Robb, mas Jon sempre foi considerado irmão. Jon nunca faria isso, até por seu caráter, que tem mais de Ned do que a estrupícia pensa. Acho que ainda pode aparecer algum documento deixado por Robb nesse sentido, mas pessoalmente eu acho mesmo é que Jon vai é ficar com Westeros toda, junto com Dany. Aliás, ela é a que tem a reivindicação mais justificada, seguida por Snowy Goodness. Só coloco para se pensar.

Snowy goodness 2

E só mais uma consideração sobre a Muralha. Ela não é tão imparcial como todo mundo gosta de lembrar. E isso é realmente impossível, como consta no fórum que eu linkei acima. E prova disso é que Janos Slynt é mandado para lá, e Tywin Lannister tira proveito da situação (p. 439), tentando influenciar a votação pelo novo Lorde comandante. Novamente, guardem isto, que vou retomar no quinto. Por enquanto basta lembrar que ele era um dos concorrentes ao posto de Lorde Comandante.

joffrey old gods

E agora só falta falar do outro acontecimento chave desse livro. O casamento de Joffrey e Margaery. Acredito que tudo estava planejado muito antes do que todo mundo pensa. Antes mesmo de os Tyrell saírem de Highgarden. Logo que chega em King’s Landing, Margaery convida Sansa para um jantar, para saber mais de Joffrey, e armar para Sansa sair da corte. Sansa avisa a outra menina para não se casar com Joffrey , que ele irá machucá-la. Ao que Margaery responde: “eu não acho que vai” (p. 223), com uma certeza de congelar o sangue. E vale lembrar que a avó de Margaery está na conversa também. E depois, já no casamento, pouco antes de Joff morrer, Tyrion deixa bem claro que sabe muito bem que foi ele que mandou matar Bran em Winterfell, com a adaga (p. 805).

Uma última coisa. Quando Jaime chega em King’s Landing e assume o cargo de Comandante da Guarda, ele prende Brienne, mas depois a solta com um missão: encontrar Sansa e Arya. E lhe dá uma espada, a Oathkeeper (não sei em português mas deve ser algo como mantedora de promessas). Só guardem isso para quando eu falar do quarto, isso vai ser importante.

Trilha sonora

Claro que pensei em mais algumas músicas. Algumas se aplicam a mais de um livro, e mais de um personagem. Para começar, Boulevard of Broken Dreams, do Green Day cai como uma luva para Bran, Jon, Dany e Arya em sua jornada, não só neste, mas nos livros seguintes. Para Jon e, mais especificamente, para Dany, Sweet dreams (are made of this), do Eurythmics (some of them want to use you, some of them wanna get used by you…). E novamente, não só para este livro. Para Sansa e Joffrey, The horror of our love, do Ludo, diz tudo no nome. Good girls go to heaven (bad girls go everywhere), do Meat Loaf é para Jon só por um trechinho (Johnny, Johnny, why are you shaking, when a boy should do whatever he can, you’ve been nothing but an angel every day of your life, and now you wonder what it’s like to be damned), se bem que com esse nome, também pode ser pra Ygritte. Nemo, do Nightwish cai direitinho para Arya,não só neste,mas nos seguintes também (e posso comentar como eu adoro o casaco da Tarja nesse clipe?). Fire and Ice, do Within Temptation diz tudo no título. Everything burns, do Ben Moody feat.Anastacia é perfeita para Dany e Arya. Ever fallen in love,do Pete Yorn dá tanto para Cersei/Jaime quanto para outros casaizinhos, como Gendry/ Arya (e coloquei esse vídeo porque eu super concordo que Draco tinha uma queda por Mione, e acho uma supersacanagem da Goddess Rowling não ter incluído uma bitoquinha da Mione no Draquinho ;D). Finalmente, uma que eu não tinha pensado: Even flow, do Pearl Jam é perfeita para Ned.

Por hoje é só. Obrigada por ficar comigo até o final de mais umpost superlongo.

Beijos e até o próximo!

domingo, 19 de agosto de 2012

Bienal do Livro de São Paulo

 

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Louca por livros que sou, claro que não podia ficar de fora desse evento, que eu espero ansiosamente a cada dois anos. Infelizmente, eu não pude aproveitar muito, pois este ano, só pude ir no último dia. Por outro lado, foi bom, porque senão gastaria muito mais do que eu posso.

Bienal

Como fui no ultimo dia, estava muito cheio, mas não pegamos (eu fui com a minha amiga Fernanda) muitas filas. Fomos de ônibus e metrô, e havia transporte gratuito do terminal Tietê até o pavilhão do Anhembi. A fila era longa, sim, mas andava rápido. E depois para comprar o ingresso também não demorou.

A primeira coisa que fizemos foi ir atrás do Trono de Ferro. E olha como eu fico bem no Trono ;D Westeros que se cuide, eu estou chegando XD:

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Enquanto esperávamos na fila para tirar a foto, aproveitei para tirar esta, que achei muito fofa, e com uma citação linda:

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E comprei 4 livros (e foram os únicos! Meu bolso agradece…): O inverno das fadas, da Carolina Munhóz; O Rebelde, de Jack Whyte, que conta a história de William Wallace; e Ruas Estranhas e A morte da luz, de George R. R. Martin. E como havia uma promoção, comprando dois livros dele, ganhei uma camiseta linda:

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Aqui não dá para ver direito, mas é a capa do segundo livro, A Fúria dos Reis.

Também vi de pertinho Maurício de Sousa, de quem sou fã desde pequena. Não deu para pedir autógrafo, pois tinha que ter uma senha, mas deu para tirar foto (na verdade, que tirou foi a Fê, mas eu também cheguei pertinho):

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Eu queria ter aproveitado mais, mas só pude mesmo ir hoje, por causa do trabalho. Não deu para ver mais. Até tentei entrar no stand da Record, e vi várias coisas que me interessavam, como outro livro do Jack Whyte que eu quero ler faz tempo, O estandarte da honra, vários da Philippa Gregory, e do Conn Iggulden, mas estava muito cheio, e abafado. E não havia ninguém por perto para informar preço. O da Leya também estava e havia fila para tirar foto no trono, mas fomos atendidas rápido, e não estava abafado. O da Rocco também estava cheio, e também não deu para explorar direito. Mesmo assim, foi um dia muito gostoso, e mal posso esperar pela próxima edição.

Beijos e até o próximo post!

sábado, 18 de agosto de 2012

Citação do mês

 

Esse mês escolhi uma que eu vi recentemente no FB, e como a Bienal está rolando a todo vapor em São Paulo (eu não fui ainda, mas vou amanhã, provavelmente), achei que combina.

A reader by GRRM

Sábias palavras do meu querido Santa from Hell (apelido carinhoso do velhinho que adora torturar e matar os meus personagens preferidos ;D), e que traduzida fica assim:

Um leitor vive mil vidas antes de morrer.
Aquele que nunca lê vive apenas uma vez.

Leitora voraz que sou, já vivi milhares de vidas, algumas diversas vezes. E você?

Beijos e até o próximo post! 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Batman – O Cavaleiro das Trevas

 

dark knight Terminando o ciclo sobre a trilogia de Batman (eu sei que tem mais 5489 filmes do Batman, mas os únicos que valem menção, e seu precioso tempo, são os 3 de Christopher Nolan), só falta falar de O Cavaleiro das Trevas. Que era o meu favorito, até eu assistir O Cavaleiro das Trevas Ressurge. E tenho que dizer logo, boa parte disso é por causa de Heath Ledger. Aliás, confesso: só comprei o box dos filmes por causa dele. Falo mais um pouco dele já, já.

O filme começa já com uma sequência de tirar o fôlego. E uma cena que para mim é emblemática, a primeira vez que o Coringa aparece, essa aí embaixo:

Joker 2

E toda essa sequência inicial, com o assalto ao banco, é fantástica. E logo de cara dá a medida do Coringa.

Gotham agora te um novo promotor de justiça, Harvey Dent, interpretado lindamente por Aaron Eckhart. Mais tarde, ele se transforma no Duas-Caras, mas no começo, ele lidera a luta de Gotham contra o crime organizado. E num golpe de mestre para bota todos os gangsteres atrás das grades, eles se voltam para o Coringa. E aí, citando o próprio, tudo vira caos.

E, como já falei, Heath Ledger é absolutamente perfeito. Todo o respeito do mundo a Jack Nicholson, mas não chega nem perto do Coringa de Heath Ledger, completamente demente e imprevisível. É um personagem denso, psicótico e sem limites. é uma pena que Heath tenha morrido, uma perda imensa, realmente. E, não que o elenco seja ruim, muito pelo contrário, é muito entrosado, mas é ele que leva o filme. Acho que merecia aparecer mais. E merecidíssimo o Oscar póstumo que ele recebeu. Pena que não pôde desfrutar.

joker

Uma grande mudança acontece entre o primeiro e o segundo. Sai Katie Holmes e entra Maggie Gyllenhaal no papel de Rachel. E gostei muito da mudança. Katie até que leva o papel bem, mas ela tem uma tristeza no olhar que não tem nada a ver com o casamento maluco e sufocante com Tom Cruise. Isso vem desde que ela fazia a Joey de Dawson’s Creek. Mesmo fazendo uma cena mais alegre, ela sempre tem um certo ar de melancolia. Maggie, por outro lado, deixa o personagem mais leve, e é ela que dá leveza ao filme, que é mais sombrio e pesado que o anterior. Prefiro ela no papel.

Rachel 2

A trama, apesar de mais sombria, não é tão confusa, já que agora todo mundo conhece a história de Bruce Wayne. E o personagem só faz ficar cada vez mais denso, culminando no começo de O Cavaleiro da Trevas Ressurge. E, como sempre, Christian Bale leva numa boa. Se Heath Ledger é o melhor Coringa de todos, ele com certeza é o melhor Batman.

HarveyE dizer que a trama é menos confusa não significa dizer que não tenha reviravoltas. A maior delas, óbvio, é a derrocada de Dent. E, repito, Aaron Eckhart faz bonito no papel. E o que é aquela cara dele depois da explosão? Juro que fico imaginando como fizeram. Tenho uma ideia, que deve envolver tinta verde, mas não tenho certeza. De qualquer jeito, é grotescamente perfeito, dá para ver os dentes dele se fechando direitinho. Mais uma vez, deixa o Duas-Caras do Tommy Lee Jones (daquela bobagem do Batman Eternamente) no chinelo. Por outro lado, a trama também se permite um pouco mais de humor, nas tiradas fantásticas de Alfred, e até mesmo o Homem-morcego mostra que tem uma fatiazinha de bom-humor (a tirada do enchimento de hockey é genial ;D).

Falando em Alfred, mais uma vez o brilhante Sir Michael Caine no papel (e curiosidade: ele foi o maior incentivador da campanha para o Oscar póstumo de Heath Ledger). Também retornam Morgan Freeman como Lucius Fox, com mias de seus brinquedinhos irados; Gary Oldman (sério que eu quase escrevi Sirius Black…eh vício! XD) como tenente Gordon (ele é promovido a Comissário neste); e Cillian Murphy como Dr. Crane, numa participação pequena mas muito boa.

why so serious

E como não tenho muito mais o que falar, deixo vocês com o trailer:

Beijos e até o próximo post!

PS: eu sei que ando meio sumida, mas é que estou demorando um pouco mais do que pensei para reler A Storm of Swords (A Tormenta das Espadas – mas já estou acabando, então esperem post fresquinho de ASoIaF ;D) e também agora tenho uma carga horária maior no trabalho, mas eu sempre vou dar um jeitinho de postar algo. Beijos!

domingo, 12 de agosto de 2012

Dia dos Pais

 

Esse é rapidinho só para fazer uma pequena homenagem a todos os pais por aí, os que talvez me acompanhem, e os de quem me acompanha. Em especial ao meu pai, que me influenciou a criar o blog. Então, sem mais:

Dia dos pais gatinhos

E, como mais uma vez, ainda não comprei o presente do meu pai:

Dia dis pais

 I love my dad

Um ótimo domingo a todos! Até o próximo post!

domingo, 5 de agosto de 2012

Batman Begins

 

batman begins Eu sei que está fora de ordem, mas nem sei porque não escrevi sobre esse filme antes. E com todo mundo ainda falando de Batman - O Cavaleiro das Trevas ressurge, me deu vontade de rever. E na verdade, nem sei o que me fez ver pela primeira vez, já que como eu disse, não sou lá muito fã do Homem-morcego. Deve ter sido por causa da publicidade antes. E Christian Bale, claro. ;D

Este, como o nome indica, conta como Bruce Wayne passa a ser o Batman. Depois de testemunhar o assassinato dos pais, o pequeno Bruce cresce alimentando o desejo de vingança. E para isso viaja o mundo, se infiltrando nas mais diversas gangues a fim de entender a cabeça criminosa (seria mais fácil assistir Criminal Minds, mas ele tem $ de sobra, né, e acho que não tem muito em que gastar). Ele volta brevemente a Gotham para a audiência do assassino, com a intenção de matá-lo, mas a bela Rachel Dawes (Katie Holmes, antes de Tom Cruise entrar em sua vida e proibi-la de trabalhar), amor de infância de Bruce (awnnnn!) enfia um pouco de bom senso em sua linda cabecinha. Então ele desaparece por sete anos, e chega a ser declarado morto.

Rachel

Nesse meio tempo, ele é resgatado por Ra’s Al Ghul, que aprimora seu treinamento e se torna o mentor de Bruce. Enquanto isso, em Gotham, o crime organizado toma conta da cidade, e a polícia se tornou corrupta. É justamente para essa Gotham que Bruce retorna. E com um plano, que ele só compartilha com seu fiel mordomo, Alfred (Sir Michael Caine, excelente), e também com a ajudinha do Sr. Fox (Morgan Freeman), que saca logo de cara a identidade do Homem-morcego.

Wayne   Alfred

O vilão da vez, confesso, não é muito expressivo. Trata-se do Espantalho (Cillian Murphy, lindo, e muito eficiente), que se esconde sob a identidade do Dr. Crane, responsável pelo Asilo de Arkham. Mas ele é só a ponta do iceberg,o peão de  um perigo muito maior ameaça Gotham.

Batman   Gordon

Este filme é o mais chatinho da trilogia, mas é compreensível, já que ele conta tudo desde o começo, e apresenta os personagens. Também não é muito fácil entender o começo, pois há muitos saltos no tempo, e regressões. E também estranhei Gordon ser só sargento no começo. E ao mesmo tempo que Gotham é ameaçada, a Wayne Enterprises também tem seu futuro incerto, pelas mãos de Earle (Rutger Hauer). E falando em participações, destaco também Ken Watanabe, Liam Neeson e um Jack Gleeson novinho, com seus 12/13 anos, bem antes de ser o insuportável  (mas que a gente adora odiar) Joffrey, mas já mandando muito bem na tela.

Little Joffrey 2

O filme também tem algumas reviravoltas e eu acho muito bacana ver tudo começando, a batcaverna. os apetrechos, a roupa, etc. No começo, antes de ver o filme, confesso que fiquei meio decepcionada com a aparência do Batmóvel, mas isso foi só até eu ver o que aquela belezinha faz. Meus deuses, quero um daqueles (se vier com o Christian Bale de brinde, melhor ainda ;D). E gostei do final deixando um gancho para o segundo filme da trilogia (comentários em breve). Um começo ótimo. Confira o trailer:

Beijos e até o próximo post!