Sidney Sage é uma Alquimista, uma de um grupo de humanos que mexem com magia e servem como ponte entre os mundos dos humanos e dos vampiros. Eles protegem segredos dos vampiros – e vidas humanas. Em Coração Ardente, Sidney arriscou tudo para seguir seus instintos, caminhando em uma linha perigosa para manter seus sentimentos em segredo dos Alquimistas. Agora com as consequências de um evento que despedaçou seu mundo, Sidney e Adrian lutam para reunir os pedaços e encontrar o caminho de volta. Mas primeiro, eles precisam sobreviver. Para Sidney, encurralada e cercada de inimigos, a vida se torna um esforço diário para manter sua identidade e a memória daqueles que ama. Enquanto isso, Adrian se apega na esperança frente aqueles que dizem que Sidney é uma causa perdida, mas a batalha se prova dura enquanto velhos demônios e novas tentações começam a tomar conta dele… Seus piores medos agora uma realidade amarga, Sidney e Adrian agora enfrentam sua hora mais difícil neste quinto volume de tirar o fôlego da série best-seller do New York Times onde tudo vale.
ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS DEMAIS LIVROS DA SÉRIE!
Depois da traição de Zoe (duas palavras, colega: Valar morghulis), Sidney agora está em poder dos Alquimistas, em algum lugar desconhecido, em re-educação (aka Escola de Lavagem Cerebral. Método: Inquisição Espanhola de ensino). Sozinha e assustada, numa salinha pequena e com frio, Sidney não sabe há quanto tempo está ali, nem recebe notícias do mundo exterior. Totalmente alienada, ela ainda assim consegue forças para manter a sanidade e sua identidade. Admirei muito Sidney neste livro por causa disso. Tudo o que ela passou e não quebrou. E ainda achou forças para ajudar os outros detentos, por falta de palavra melhor. Claro que você não achou que ela ia ficar em solitária o livro todo, certo? E, ao sair, ela ainda tem que enfrentar a desconfiança dos que ali se encontram.
Mas não seria Sidney se não tentasse (e fosse bem sucedida) ajudar os outros. Mesmo em confinamento, ela continuou praticando magia, o que ajuda a enfraquecer os feitiço de compulsão colocado na tinta dos Alquimistas, e também compartilha com os outros o que sabe, isto é, fornecendo o tipo de tinta fabricado por ela para bloquear a compulsão. E o que a mantém forte na re-educação é a crença de que Adrian vai encontrar um meio de libertá-la. Centrum permanebit, ou seja, o centro permanece. E, acredite, ela precisa muito dessa crença, e de muita força, porque a tal re-educação é brutal.
Sidney não está sozinha lá dentro. Ela conta com alguns aliados, como Duncan e Emma. Mas eles todos ainda tem muito medo do que pode acontecer se por acaso forem descobertos. Porém, eles encontram um modo de colaborar uns com os outros. Francamente, essa parte é um pouco chata, e só faz dar mais e mais raiva dos Alquimistas. Em especial de Sheridan, a big boss da instalação em que eles se encontram. A mulher tem cara de anjo, fala mansa e amigável, mas é uma sádica de dar inveja a Ramsay Snow.
Enquanto isso, do lado de fora, Adrian sofre com as consequências da falta de Sidney. Lembra quando eu falei em The Fiery Heart que Sidney era a salvação de Adrian, em todos os sentidos? Bom, em resumo é isso mesmo. Sem ela, todos os efeitos malignos do espírito retornam, e Adrian se afunda novamente no álcool para amortecer esses efeitos. E agora com um agravante: ele ouve a voz de sua tia Tatiana em sua cabeça, servindo como advogado do diabo. Mas óbvio que Adrian não vai ficar nessa apatia o tempo todo. Na verdade, ele só quebra mesmo quando acha que não há mais esperanças de salvar Sidney, de esgotar todos os recursos que ele achava que tinha. Só que é claro que uma hora, como Sidney manteve a força, ele acaba reencontrando forças para manter a promessa de ir atrás dela. E uma vez que ele consegue focar nisso, tudo que ele não consegue controlar do espírito acaba por entrar em equilíbrio. E uma coisa que Adrian é é determinado. Uma vez que colocou algo na cabeça, ele vai até o fim. E o lado mais badass de Adrian aparece, o que é bem bacana.
Como boa parte do livro se passa ou na re-educação, ou acompanhando Adrian na Corte ou em busca de Sidney, a galerinha de Palm Springs quase não aparece. Só dá para saber que Eddie está se remoendo de culpa por não ter sido capaz de proteger Sidney e impedir que a levem para re-educação, e que ele e Jill ainda está separados. Trey e Angeline continuam namorando sério. Mas quando eles aparecem, é bom prestar atenção, porque nessas horas é que fica bem aparente o quanto o grupo é unido, e que eles são capazes de fazer qualquer coisa um pelo outro. Dimitri, Rose e Lissa também aparecem um pouquinho, mas é coisa bem passageira.
A trama, como sempre nos livros de Richelle Mead, é cheia de reviravoltas e os capítulos são bem encaixados uns nos outros, tornando a leitura fluida. A narrativa novamente se alterna entre Adrian e Sidney, e Richelle faz a separação entre os dois personagens muito habilmente. E, para variar, ela deixou aquele cliff-hanger de matar no fim, deixando a gente babando para o sexto livro.
Trilha sonora
Mais uma vez, porque tem tudo a ver com a história de Sidney e Adrian, Madness (our love is ma ma ma mad madness … come to me, just in a dream, come and rescue me, yes, I know, but I can´t be sure, maybe we´re just too headstrong) e Neutral Star Collision, do Muse. Come home, OneRepublic; The Reason, Hoobastank; Here without you, do 3 Doors Down; Somebody else´s song, Lifehouse (I´ve got somebody else´s thoughts in my head); On fire, Switchfoot (they tell you where you need to go, they tell you when you need to leave…); Wonderwall, Oasis (cause maybe, you´re gonna be the one who saves me); Someday (someday, somehow, we´re gonna make it all right, but not right now) e Saving me, do Nickelback.
Se você gostou de Silver Shadows, pode gostar também de:
- Vampire Academy – Richelle Mead;
- A Canção do Súcubo – Richelle Mead;
- Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
- Beautiful Creatures – Margareth Stohl e Kami Garcia;
- House of Night – P. C. e Kristin Cast.