segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Trilha do Mês - All I Need - Within Temptation

Já falei do WT aqui, por isso não vou me demorar falando da banda. Também já comentei que só me apaixonei mesmo pela banda com essa música, que tocou na primeira temporada de The Vampire Diaries (se não me engano, no final, quando Elena dança com Damon).

All I need está no álbum The Heart of Everything, lançado em junho de 2007. E eu já estava para falar dela faz tempo, mas por alguns motivos, acabei atrasando a postagem dela.

All I need é uma balada belíssima, que começa bem calminha, basicamente cordas (guitarra e violinos) e a voz doce de Sharon. Mas aos poucos ela ganha força, chegando ao máximo no refrão. Ao mesmo tempo, os arranjos de cordas, em especial dos violinos, fica mais evidente. Acho simplesmente maravilhoso o arranjo dessa música. E Sharon mostra todo o alcance de sua voz, indo de um sussurro até timbres mais altos.


Sem mais, eu deixo vocês com o vídeo:


É isso. E se quiser relembrar a cena da série, clique aqui.

Beijos e até o próximo post!

Citação do Mês

 

Só pra não perder o costume…

“Não há vergonha no medo, meu pai me disse, o que importa é como você o enfrenta”.

Jon “Sabenada” Snow, A Clash of Kings, p. 96, GRRM

Foi difícil, mas escolhi essa foto porque ela é de uma das minhas cenas preferidas, quando ele se despede da Arya Coração vermelho.

sábado, 27 de setembro de 2014

Silver Shadows – Bloodlines # 5 – Richelle Mead

 

 Sidney Sage é uma Alquimista, uma de um grupo de humanos que mexem com magia e servem como ponte entre os mundos dos humanos e dos vampiros. Eles protegem segredos dos vampiros – e vidas humanas. Em Coração Ardente, Sidney arriscou tudo para seguir seus instintos, caminhando em uma linha perigosa para manter seus sentimentos em segredo dos Alquimistas. Agora com as consequências de um evento que despedaçou seu mundo, Sidney e Adrian lutam para reunir os pedaços e encontrar o caminho de volta. Mas primeiro, eles precisam sobreviver. Para Sidney, encurralada e cercada de inimigos, a vida se torna um esforço diário para manter sua identidade e a memória daqueles que ama. Enquanto isso, Adrian se apega na esperança frente aqueles que dizem que Sidney é uma causa perdida, mas a batalha se prova dura enquanto velhos demônios e novas tentações começam a tomar conta dele… Seus piores medos agora uma realidade amarga, Sidney e Adrian agora enfrentam sua hora mais difícil neste quinto volume de tirar o fôlego da série best-seller do New York Times onde tudo vale.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS DEMAIS LIVROS DA SÉRIE!

Depois da traição de Zoe (duas palavras, colega: Valar morghulis), Sidney agora está em poder dos Alquimistas, em algum lugar desconhecido, em re-educação (aka Escola de Lavagem Cerebral. Método: Inquisição Espanhola de ensino). Sozinha e assustada, numa salinha pequena e com frio, Sidney não sabe há quanto tempo está ali, nem recebe notícias do mundo exterior. Totalmente alienada, ela ainda assim consegue forças para manter a sanidade e sua identidade. Admirei muito Sidney neste livro por causa disso. Tudo o que ela passou e não quebrou. E ainda achou forças para ajudar os outros detentos, por falta de palavra melhor. Claro que você não achou que ela ia ficar em solitária o livro todo, certo? E, ao sair, ela ainda tem que enfrentar a desconfiança dos que ali se encontram.

Mas não seria Sidney se não tentasse (e fosse bem sucedida) ajudar os outros. Mesmo em confinamento, ela continuou praticando magia, o que ajuda a enfraquecer os feitiço de compulsão colocado na tinta dos Alquimistas, e também compartilha com os outros o que sabe, isto é, fornecendo o tipo de tinta fabricado por ela para bloquear a compulsão. E o que a mantém forte na re-educação é a crença de que Adrian vai encontrar um meio de libertá-la. Centrum permanebit, ou seja, o centro permanece. E, acredite, ela precisa muito dessa crença, e de muita força, porque a tal re-educação é brutal.

Sidney não está sozinha lá dentro. Ela conta com alguns aliados, como Duncan e Emma. Mas eles todos ainda tem muito medo do que pode acontecer se por acaso forem descobertos. Porém, eles encontram um modo de colaborar uns com os outros. Francamente, essa parte é um pouco chata, e só faz dar mais e mais raiva dos Alquimistas. Em especial de Sheridan, a big boss da instalação em que eles se encontram. A mulher tem cara de anjo, fala mansa e amigável, mas é uma sádica de dar inveja a Ramsay Snow.

Enquanto isso, do lado de fora, Adrian sofre com as consequências da falta de Sidney. Lembra quando eu falei em The Fiery Heart que Sidney era a salvação de Adrian, em todos os sentidos? Bom, em resumo é isso mesmo. Sem ela, todos os efeitos malignos do espírito retornam, e Adrian se afunda novamente no álcool para amortecer esses efeitos. E agora com um agravante: ele ouve a voz de sua tia Tatiana em sua cabeça, servindo como advogado do diabo. Mas óbvio que Adrian não vai ficar nessa apatia o tempo todo. Na verdade, ele só quebra mesmo quando acha que não há mais esperanças de salvar Sidney, de esgotar todos os recursos que ele achava que tinha. Só que é claro que uma hora, como Sidney manteve a força, ele acaba reencontrando forças para manter a promessa de ir atrás dela. E uma vez que ele consegue focar nisso, tudo que ele não consegue controlar do espírito acaba por entrar em equilíbrio. E uma coisa que Adrian é é determinado. Uma vez que colocou algo na cabeça, ele vai até o fim. E o lado mais badass de Adrian aparece, o que é bem bacana.

Como boa parte do livro se passa ou na re-educação, ou acompanhando Adrian na Corte ou em busca de Sidney, a galerinha de Palm Springs quase não aparece. Só dá para saber que Eddie está se remoendo de culpa por não ter sido capaz de proteger Sidney e impedir que a levem para re-educação, e que ele e Jill ainda está separados. Trey e Angeline continuam namorando sério. Mas quando eles aparecem, é bom prestar atenção, porque nessas horas é que fica bem aparente o quanto o grupo é unido, e que eles são capazes de fazer qualquer coisa um pelo outro. Dimitri, Rose e Lissa também aparecem um pouquinho, mas é coisa bem passageira.

A trama, como sempre nos livros de Richelle Mead, é cheia de reviravoltas e os capítulos são bem encaixados uns nos outros, tornando a leitura fluida. A narrativa novamente se alterna entre Adrian e Sidney, e Richelle faz a separação entre os dois personagens muito habilmente. E, para variar, ela deixou aquele cliff-hanger de matar no fim, deixando a gente babando para o sexto livro.

Trilha sonora

Mais uma vez, porque tem tudo a ver com a história de Sidney e Adrian, Madness (our love is ma ma ma mad madness … come to me, just in a dream, come and rescue me, yes, I know, but I can´t be sure, maybe we´re just too headstrong) e Neutral Star Collision, do Muse. Come home, OneRepublic; The Reason, Hoobastank; Here without you, do 3 Doors Down; Somebody else´s song, Lifehouse (I´ve got somebody else´s thoughts in my head); On fire, Switchfoot (they tell you where you need to go, they tell you when you need to leave…); Wonderwall, Oasis (cause maybe, you´re gonna be the one who saves me); Someday (someday, somehow, we´re gonna make it all right, but not right now) e Saving me, do Nickelback.

Se você gostou de Silver Shadows, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • A Canção do Súcubo – Richelle Mead;
  • Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
  • Beautiful Creatures – Margareth Stohl e Kami Garcia;
  • House of Night – P. C. e Kristin Cast.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Garota Exemplar – Gillian Flynn

 

Gone girlUma das mais aclamadas escritoras de suspense da atualidade, Gillian Flynn apresenta um relato perturbador sobre um casamento em crise. Com 4 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo o maior sucesso editorial do ano, atrás apenas da Trilogia Cinquenta tons de cinza , "Garota Exemplar" alia humor perspicaz a uma narrativa eletrizante. O resultado é uma atmosfera de dúvidas que faz o leitor mudar de opinião a cada capítulo. Na manhã de seu quinto aniversário de casamento, Amy, a linda e inteligente esposa de Nick Dunne, desaparece de sua casa às margens do Rio Mississippi. Aparentemente trata-se de um crime violento, e passagens do diário de Amy revelam uma garota perfeccionista que seria capaz de levar qualquer um ao limite. Pressionado pela polícia e pela opinião pública e também pelos ferozmente amorosos pais de Amy , Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamentos inapropriados. Sim, ele parece estranhamente evasivo, e sem dúvida amargo, mas seria um assassino? Com sua irmã gêmea Margo a seu lado, Nick afirma inocência. O problema é: se não foi Nick, onde está Amy? E por que todas as pistas apontam para ele?

Eu não sei porque, provavelmente por causa do nome em português (que dessa vez, vem bem a calhar, é perfeito), mas eu achava que esse livro era uma chick-lit bem açucarada. (Pausa para facepalm). Eu não poderia estar mais enganada, o livro é o posto disso: um thriller psicológico perturbador.

Tudo começa na manhã de quinto aniversário de casamento de Nick Dunne e Amy. Tudo corre normalmente, até que Nick recebe uma ligação de um vizinho dizendo que a porta de sua casa está aberta, e o gato na varanda. Nick volta para casa, e chegando lá descobre que sua esposa desapareceu, e a casa revirada indica que houve algum tipo de luta, e as coisas podem não ter terminado bem. Começa aí o inferno de Nick.

No meio do mistério do desaparecimento de sua esposa, com todas as pistas apontando para ele, ele também não ajuda, mostrando um comportamento estranho, muito relaxado, chegando às vezes a sorrir de modo irônico. Nick nega tudo, mas entre tantas mentiras e meias-verdades, é difícil acreditar nele. Nick e um mentiroso compulsivo, alienado e além disso um mamma´s boy de primeira. Não consegue fazer nada sem que tenha uma mulher por trás. Sério, mais um pouco precisa que mastiguem a comida para ele. Nick segue pela vida simplesmente por inércia, mais nada. Isso até que o desaparecimento de Amy sacode sua existência.

Inteligente e com futuro promissor, Nick vê sua vida desmoronar quando é dispensado da revista onde trabalha em New York e é forçado a voltar para sua cidade natal no estado do Missouri, às margens do rio Mississipi para ajudar a cuidar da mãe doente. e do pai com Alzheimer, mas Nick despreza o pai, e na verdade tem um medo quase paralisante de se tornar como ele: um bastardo misógino. A partir daí, Nick entra numa apatia irreversível. Ele claramente não se encaixa na cidadezinha pequena e desolada pelo desemprego em que está, e nem  bar que gerencia com a irmã gêmea Go (apelido de Margo), sonho de infância.

E, de repente, a monotonia é quebrada de modo brutal pelo desaparecimento de Amy e o circo midiático é formado. Nick agora tem que se virar para mostrar que é inocente em meio a tantas mentiras. E ajudando Nick está Go, sua irmã gêmea. Go é uma mulher forte, determinada e acredita no irmão sem questionamento. Ela fica a seu lado o tempo todo.

E do outro lado, Amy. Amy é a esposa ideal, atenciosa, apaixonada e dedicada ao marido. Inteligente e dona de um humor sarcástico, ela sofre um bocado com Nick. Ela vai com ele para o Missouri contrariada. Ela é a perfeita cosmopolita, descolada e sofisticada. Ela vem de uma família rica, sempre estudou nas melhores escolas e é linda. O tipo de mulher que causa inveja e desperta as paixões mais tresloucadas. Mas isso vem com um preço: seus pais são autores de uma coleção de livros infantis, Amazing Amy (não sei como está em português, já que li em inglês, mas seria algo como Incrível Amy. E é esta a sacada do título do livro), menina exemplar e popular. Na verdade, Amazing Amy é um alter-ego da própria Amy. E, apesar de a coleção de livros estar em baixa há muitos anos, é por isso que o seu desaparecimento causa tanto furor. Na verdade, Amy é a grande personagem do livro, mas não posso desenvolver mais para não dar spoiler.

A narrativa se divide entre Nick e entradas de diário de Amy, e os capítulos se interligam. Quer dizer, se em um menciona um fato, no outro, por outro ponto de vista, ele  se desenvolve. A história flui, cada capítulo é uma surpresa, e nada, absolutamente nada, é o que parece. A trama é cheia de reviravoltas, e há mais personagens interessantes, mas não posso falar deles sem dar spoilers. É um livro instigante e perturbador. O final é surpreendente, mas sinceramente eu não gostei muito, acho que poderia ser melhor. O livro vale – e muito – pela desconstrução dos personagens, muito bem trabalhados. E agora é esperar para ver se Ben Affleck consegue transportar Nick para a tela.

Trilha sonora

Eu sei que parece que não, com a batidinha suave a a voz sussurrada de Christopher Carabba, mas Hold on, do Dashboard Confessional é perfeita, preste atenção na letra. Também Jenny was a friend of mine, do The Killers, Seven devils (também cai perfeitamente) e Heavy in your arms, de Florence and the Machine e finalmente outra que parece feita para o livro: Bones, do Ms Mr, confira a letra.

Se você gostou de Garota Exemplar, pode gostar também de:

  • A volta do parafuso – Henry James;
  • A menina que não sabia ler – John Harding;
  • A menina que não sabia ler 2 – John Harding.

sábado, 13 de setembro de 2014

Tag- Shippers

Mais uma tag respondida! Essa foi criada pela Carissa e pela Monique do canal Sopa Primordial. Essa tag se chama Shippers, e é sobre casais na literatura. Cuidado que eu dei alguns spoilers no vídeo, mas avisei sempre. Assista por sua conta e risco :) Então vamos lá:


Livros mencionados:

1. Casal grudento/ coma diabético:
Crepúsculo - Stephenie Meyer;
2. Casal que deveria ter acontecido e não foi:
Harry Potter - J. K. Rowling;
Ciclo A herança - Christopher Paolini;
3. Casal que aconteceu e não deveria:
Dragões de Éter - Raphael Draccon;
A Crônica do Matador de Reis - Patrick Rothfuss;
As Crônicas do Gelo e do Fogo - George R. R. Martin;
4. Casal mais bonito:
Os Pilares da Terra e Mundo Sem Fim - Ken Follett;
5. Casal mais nerd:
Os Instrumentos Mortais - Cassandra Clare;
6. Casal romance de cinema:
A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón;
7. Casal io-iô e 8. Casal sexual:
Vampire Academy e A Canção do Súcubo - Richelle Mead.
9. Casal amor: ver itens 3 e 4.

Alguns dos links tem tudo que eu já publiquei sobre os autores, mas no meio disso tudo, há as resenhas dos livros mencionados.

Não esqueça de visitar o canal no YouTube e curtir o vídeo!

Beijos e até a próxima!



domingo, 7 de setembro de 2014

A menina que não sabia ler - volume 2 - John Harding



Um acidente de trem. Uma identidade trocada. Os detalhes poderão mudar o rumo dessa história... Depois de viver presa num mundo obscuro, assustador e sem palavras em 'A menina que não sabia ler', a pequena Florence viverá uma nova e misteriosa aventura onde nada é realmente o que aparenta ser e todos podem se tornar inimigos em potencial. Mas onde ela encontrará uma saída? Um aliado? O misterioso médico John Shepherd busca um recomeço para sua vida em um lugar nada promissor - uma ilha que funciona como uma clínica psiquiátrica exclusivamente para mulheres. Nesse antro de segredos e sofrimento, Shepherd tentará esquecer seus pecados devolvendo a humanidade às pacientes. A primeira em quem vai experimentar sua doutrina de cuidados, o 'tratamento moral', é uma atraente jovem pálida de cabelos escuros que não se lembra do próprio nome, fala de modo estranho e não consegue saber quando e como chegou àquele lugar. Por que afinal ela desperta tanto a curiosidade do médico? Entre pacientes mais inteligentes que as próprias enfermeiras responsáveis por elas, segredos por todos os lados e figuras assombrosas (e assombradas) percorrendo misteriosamente os corredores da clínica durante a noite, as vidas de Florence e John Shepherd estarão mais ligadas do que podemos imaginar... Arrisque-se e tente achar uma saída no labirinto claustrofóbico criado em 'A menina que não sabia ler volume 2'.


ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU A MENINA QUE NÃO SABIA LER!

Depois dos acontecimentos trágicos narrados em A menina que não sabia ler, alguns anos se passaram e agora Florence está num hospício em algum lugar no norte dos Estados Unidos. Só que demora até que nós, leitores, sejamos apresentados a ela. Então deixa eu voltar ao início.

O livro começa com o Dr. Shepherd chegando ao hospital. Ele é um médico jovem, chegando para um novo emprego depois de sofrer um acidente de trem. Shepherd está apreensivo, óbvio, com este novo emprego, num lugar nada acolhedor: uma ilha isolada, dedicada exclusivamente ao tratamento psiquiátrico de mulheres. E o médico-chefe, dr. Morgan, não lá um médico muito humano para nossos padrões. Ele acredita piamente que o tratamento das internas deve ser feito com banhos de água gelada (e não estou falando do ALS Ice Bucket challenge), solitária e contenção. Falta bem pouco para lobotomia. E isso vem como um choque para Shepherd, o que é falar algo. Isso porque logo fica aparente que o dr. Shepherd não é exatamente quem diz ser, mas não vou comentar mais para não dar spoiler. Já Shepherd acredita no "tratamento moral", ou seja, humanizado. É um homem instruído e inteligente, muito prático e também misterioso. Aos poucos vamos tendo pistas de quem ele realmente é, mas é um tanto previsível (especialmente depois da sinopse dar um pequeno spoiler #FAIL).

E Florence?, você se pergunta. Bem, ela aparece relativamente pouco no livro. Ela foi parar no hospício depois de ter sido encontrada vagando sem destino pela cidade, sem memória de quem é. Só que Shepherd logo vê nela a paciente ideal para testar o tal "tratamento moral", e sente uma certa atração pela menina alta, magrela e de cabelos negros, que se apresenta a ele como Jane Pomba.Não é uma atração física em si, mas espiritual. Isto porque acho que fica claro que mentes iguais acabam se atraindo eventualmente (se você leu o primeiro e este, logo vai entender minha colocação). Só que mesmo nas poucas aparições de Florence no livro, fica aparente seu poder de manipulação e sua inteligência acima da média. Porque nós, leitores, sacamos de cara quem é Jane Pomba. Só que o toque de gênio mesmo vem no final. 

A narrativa é gostosa (de novo, demorei porque li em e-book, e como tenho passado bastante tempo em casa depois de trancar a faculdade, não leio tão frequentemente no kobo) e fácil, mas demora um pouquinho para as coisas engrenarem, É em primeira pessoa, contada por Shepherd, e eu preciso confessar que fiquei o tempo todo esperando um capítulo narrado por Florence. Também senti falta de Gyles, que não é nem mencionado no livro, o que achei uma falha. 

O clima é sombrio também, e há alguns mistérios durante a leitura, mas prefiro a narrativa do primeiro. E uma coisa que eu percebi que acabou decepcionando um pouco os leitores é que não se tratava exatamente de uma continuação, e mais parece uma história paralela envolvendo Florence. Nada é o que parece no hospício e na verdade achei que a apresentação dos personagens, exceto Florence e Shepherd, um tanto caricatas, como Morgan como o médico velho e insatisfeito com a vida, preso no conformismo, a enfermeira durona, meio masculinizada e a boazinha, anjinho, e as pacientes dopadas e com olhar distante. Mas é uma boa leitura, até mesmo um tanto intrigante, apesar de previsível. 

Trilha sonora

Mais uma vez, Seven Devils, da Florence and the Machine, é perfeita. Também deles, Heavy in your amrsBones, do Ms Mr, Haunted, do Evanescence e Demons, do Imagine Dragons.

Se você gostou de A menina que não sabia ler - volume 2, pode gostar também de:

  • A volta do parafuso - Henry James;
  • Histórias extraordinárias - Edgar Allen Poe;
  • O prisioneiro do céu - Carlos Ruiz Zafón;
  • A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón.