quinta-feira, 30 de junho de 2011

Spirit Bound – Vampire Academy #5

 

Spirit bound A salvação tem o seu preço…

Depois de uma longa viagem à Sibéria, o local de nascimento de Dimitri, Rose Hathaway finalmente retornou a St. Vladimir – e sua melhor amiga, Lissa Dragomir. É formatura, e as meninas mal podem esperar para que suas vidas fora dos frios portões de ferro da Academia finalmente comecem. Mas mesmo com a expectativa de intriga e excitação da vida na Corte, o coração de Rose ainda dói por Dimitri. Ele está lá fora, em algum lugar.

Ela falhou e não conseguiu matá-lo quando teve a chance, e agora seus maiores temores estão para realizar-se. Dimitri provou sangue, e ela sabe em seu coração que ele está à sua caça. E se Rose não se juntar a ele, ele não descansará até que a tenha silenciado…para sempre.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOPCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DE VAMPIRE ACADEMY!

Não só de livros anteriores, mas alguns deste também. Não tem jeito, para comentar algumas coisas, tenho que revelar outras, senão fica sem contexto. Sorry!

Depois de uma luta entre vida e morte numa ponte, quando Rose tem que finalmente enfrentar Dimitri, ela falha e não consegue matá-lo (oba!). Não por falta de tentativa, mas ela não consegue colocar a estaca no lugar certo. Mas, depois de ser resgatada, ela é levada para Oksana, uma outra Moroi dotada de espírito, onde, numa conversa, descobre que ainda há um jeito de salvar Dimitri. Sua alma, quero dizer. Só tem um probleminha: quem tem a chave do enigma é o meio-irmão de ninguém menos que Victor Dashkov, que além de inimigo número um de Rose, ainda tem o inconveniente de estar preso em uma das prisões de segurança máxima dos Moroi. Não que isso seja obstáculo para Rose.

Já sabemos que em se tratando de planos mirabolantes e quase impossíveis, Rose é quem a gente chama. Bom, só pra encurtar, ela consegue libertar Victor, e conhece Robert, seu irmão, com quem descobre mais um probleminha: para salvar Dimitri, ela precisa de uma estaca infundida com todos os elementos: ar, água, fogo, terra e espírito. E, quem tem que enfiar a estaca no coração dele é um Moroi dotado de espírito. Acertou quem falou Lissa. (SPOILER!) Já vou logo falando que, claro, ela consegue salvar nosso querido, lindo, sexy e tudo de bom vampirão russo.

Tudo isso para falar da dualidade que toma conta de Dimitri neste livro. No começo, como Strigoi, ele só pensa em vingança. E não se engane: ele deseja Rose acima de tudo, mas por causa da estaca que ela enfiou nele, o cara está totalmente pissed off (sou muito educada para colocar a palavra em português, mas deu pra entender, né?). E sua sede de sangue está pior que nunca. E não é qualquer sangue: é o de Rose que ele quer. Até aí, Strigoi até o fim: puro ódio. Aí, o inesperado: Lissa empala o coração dele com a tal estaca, e consegue trazer o dhampir de volta. YAY! Tudo vai voltar a ser como antes, certo?

ERRADO! Enquanto Dimitri encara Lissa como uma santa, e jura que fará qualquer coisa para retribuir, uma pessoa não consegue chegar nem perto. Rose. Acontece que ele lembra de tudo que fez com ela enquanto a manteve prisioneira, e de todos que matou enquanto Strigoi, e a culpa corrói. Ele pede especificamente para não ver Rose, porque não se acha digno dela. E ele faz de tudo pra manter a distância, chegando a falar que não a ama mais. Foi cruel, mas ele fez o que achava certo, apesar de ser claro como água que não é verdade. E, apesar de ele não demonstrar os sentimentos, com certeza essa decisão não foi fácil. Só que quando as coisas se complicam, ele se entrega (apesar de negar até o fim), e sai em defesa dela com toda a força que tem. Particularmente, prefiro o Dimitri Strigoi ao segundo, mas Richelle Mead fez um trabalho maravilhoso retratando esse lado de Dimitri.

E Rose, como está encarando tudo isso? Bom, no começo, convencida de que seu Dimitri está fora de alcance, ela tenta seguir a vida com Adrian. E, apesar de achar que ela foi muito depressa, ela até gosta dele, talvez até ame. Não como Dimitri, mas o suficiente para querer que a relação dê certo a todo custo. Mas, ainda assim, ela não consegue deixar de pensar na salvação de Dimitri, o que vai gerar alguns problemas com Adrian. E quando Dimitri finalmente volta ao mundo dos vivos, seus sentimentos todos vêm à tona. Ela quer desesperadamente chegar perto dele, e sofre muito quando ele nega tudo. Na verdade ela está confusa, dividida entre a amor por Dimitri, a possibilidade de um futuro com Adrian, e ainda o dever com Lissa. Que pode não acontecer, já que sua ficha não é lá das mais exemplares. Sinceramente, não sei como ela consegue. E cadê a terapeuta agora que ela realmente precisa de uma?

Adrian finalmente consegue sua chance. Mas ele não se ilude. Sabe muito bem que Rose nunca vai superar Dimitri, mas gosta dela o suficiente para tentar mesmo assim. E dá dó quando ele descobre porque ela foi libertar Victor da cadeia. Ele mostra que por trás da cortina de cigarros de cravo e da bebida, ele na verdade é um cara inseguro e apaixonado. E ciumento. Achei o máximo ele com ciúme. E, ao contrário dos outros, ele admite que tem ciúme de Rose. E, já ia esquecendo de falar, mas ele gosta tanto dela que até aceita parar de fumar (yay!) e moderar na bebida por ela. Fala sério, não é romântico? Só fico com pena porque sei que no final ele não vai ficar com Rose. Mas acho que sozinho ele também não fica…Ou muito me engano, ou já está aparecendo uma candidata para o lugar de Rose. Mas vou deixar pra falar disso depois de ler o sexto. Vai que eu estou errada…

Lissa não está tão chatinha neste. Bom, pra começo, ela ataca ninguém menos que Dimitri Strigoi. E antes disso, ajuda Rose a tirar Victor da cadeia. Quem diria que a toda certinha e boazinha Lissa conseguiria? Com certeza não eu. As coisas ainda não estão bem com Christian, mas eles estão mais próximos. E ela também sofre como ciúme, pois ela passa bastante tempo com Mia. E Christian ainda não esqueceu o que Lissa fez com ele, mas também é o primeiro a ceder, e ajuda Lissa no ataque a Dimitri. Eu fico falando do ataque…é que além de ser importante, também foi muito legal. mas não vou estragar ainda mais a surpresa. E Christian ainda tem um motivo pessoal para acreditar na cura dos Strigoi. Não que agora faça muita diferença para ele, já que seus pais morreram, mas para ele, a salvação de Dimitri é pessoal, tanto quanto para Rose.

Neste livro, há ainda o retorno de Ambrose, o dhampir/top model que Rose e Lissa conhecem em Shadow Kiss, e que é alegadamente amante da rainha. E Rose ainda conhece um guardião, Mikhail, que perdeu a amada pois ela virou Strigoi. A história deles foi contada nos anteriores. A tal mulher foi a professora que as meninas tiveram que enlouqueceu por causa do espírito. Mikhail, seu guardião, foi atrás dela, mas acho que não conseguiu encontrá-la. Então, com a esperança de cura, ela ajuda Rose, e será fundamental mais pra frente (aqui já estou adiantando o próximo, mas não vou falar mais nada. Só guardem esta informação).

E falando na rainha Tatiana, ela já não está mais tão contra Rose. Já nem se opõe muito à relação que ela tem com Adrian. O que para Rose, e para mim também, é muito estranho. Ela até está mais agradável. O que não a impede de ainda agir como uma megera manipuladora. E Lissa é peça fundamental em seu jogo. E outra que aparece neste livro, e até simpatiza com Rose, é Daniella, a mãe de Adrian. Claro que ela não aprova totalmente o romance de Rose e Adrian, mas está OK com isso, já que acha que é uma coisa passageira. Bom, é mesmo, só que ela não sabe que para Adrian, a relação é muito séria. Já o pai dele…um verdadeiro babaca. Mas ele nem aparece tanto, então nem vou perder tempo com ele.

E Rose também encontra de novo a tia de Ambrose, aquela que fez a leitura das cartas para ela, Lissa e Dimitri. E ela faz outra para Rose, bem mais completa e enigmática. Só que depois que a leitura anterior se comprovou, Rose agora leva a coisa mais a sério. Só que não vou dizer o que ela diz, para não entregar mais ainda o que acontece.

Ainda acho Shadow kiss o melhor deles, mas este não fica atrás. Ele meio que pode ser dividido em dois: antes e depois da salvação de Dimitri. E gostei disso. Outra coisa é que ela dá umas voltas inesperadas, e quando a gente pensa que está tudo bem e dá aquela respirada, uma reviravolta acontece. Mas sobre isso, aguardem a resenha de Last Sacrifice, que não deve demorar.

Trilha sonora

Read my mind, do The Killers, Rolling in the deep e Make you feel my love, da Adele, são ótimas. Blind as a bat, do Meat Loaf, é perfeita (e rapara no desenho do vídeo!):

Your love is blind, blind as a bat
The way that you're leading me home like that
Your love is blind, blind as bat
Your heart is kind, mine's painted black
The way me forgive me and just take me back
Your love is blind, blind as bat...

Ainda, Bring me to life, do Evanescence, que só pelo nome já se explica, It's my own cheating heart that makes me cry, do Glasvegas, de novo o nome explica tudo, e finalmente, Heavy in your arms, do Florence and the machine:

And is it worth the wait
All this killing time?
Are you strong enough to stand?
Protecting both your heart and mine?

Who is the betrayer?
Who's the killer in the crowd?
The one who creeps in corridors

This will be my last confession
I love you never felt like any blessing
Whispering like it's a secret
Only to condemn the one who hears it
With a heavy heart

Se você gostou de Spirit Bound, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • série House of Night – P. C. e Kristin Cast;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Música do mês – Pra você guardei o amor – Nando Reis e Ana Cañas

 

nando reis Para quem acha que eu só gosto de música estrangeira (apesar de ouvir muito mais músicas em inglês, é verdade), aqui está a prova que não é assim. E escolhi a brasileiríssima Pra você guardei o amor, parceria do Nado Reis com Ana Cañas esse mês. Vou logo dizendo que adoro Titãs, e, para mim, nenhum deles funciona sozinho, sem a banda. O que não quer dizer que eu não aprecie ou dê valor a algo só porque no geral não me agrada. E essa música, mais uma vez, é prova.

Comecei ouvindo na novela, Cama de Gato (que atire a primeira pedra quem nunca assistiu novela na vida!). Ela era tema de um casalzinho de adolescentes muito fofo, que na trama teve uma história trágica. E eu adorava ver os dois, só pra ouvir a música. Acontecia o mesmo com aquela novela que a Carolina Dickman tinha leucemia. Eu adorava ver as cenas dela, primeiro feliz, pra ouvir Save me, do Hanson (embarassing!) e depois ela chorando copiosamente pra ouvir Love by grace, da Lara Fabian.

Mas voltando a Pra você guardei o amor, como eu disse, sei reconhecer o que é bom. E essa parceria deu muito certo (tanto que eles gravaram mais algumas músicas juntos). As vozes dos dois combinam direitinho, e o ritmo leve, descompromissado, já botam um sorriso na cara da gente ao cantar. Ela está no CD Drês, dele, cuja capa está aí em cima (desculpa pela qualidade, mas ela era pequena e aumentar distorce. Isso foi o melhor que consegui…)

A letra também é muito bem escrita, e destaco em particular o seguinte trecho:

Quem acolher
O que ele
Tem e traz
Quem entender
O que ele diz
No giz do gesto
O jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite
Do silêncio
Exibe
Em cada olhar

Sério, é um dos melhores que eu já vi. Sonoridade pura. E parece simples, mas na verdade é um toque de gênio.

Então, sem mais a acrescentar, só falta mesmo curtir. Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Faixa a faixa Meat Loaf – Bat out of Hell II

 

Bat out of hell II Quem me abriu a porta para o rock mais melódico, como Evanescence, Nightwish e Within Temptation, foi com certeza Meat Loaf, lá na década de 90, quando ouvi pela primeira vez I’d do anything for love.  Primeiro eu achei que era uma banda, por causa de todo o instrumental e o coro, mas descobri que é só um cara. E se tenho mencionado ele muito recentemente, é porque me deu vontade de escutar, depois de um tempão, e agora não consigo parar. E quis aproveitar esse espaço para apresentar, para quem ainda não conhece.

Bat out of Hell II (são ao todo três, e quem sabe eu apresento os outros dois em outras oportunidades), foi lançado em 14 de setembro de 1993, em parceria com Jim Steinman (parceria essa constante), e é, como o título sugere, continuação de um de 1977.  Esse é um dos meus CDs preferidos. Gosto de tudo, as músicas a capa, o encarte, com figuras maravilhosas…

Nesse post, vou fazer uma coisa um pouco diferente dos outros Faixa a Faixa, e vou linkar todas as faixas, em vez das mais conhecidas ou de trabalho, pois acho que TODAS são muito boas. São 11 ao todo, distribuídas em 75 minutos, que na verdade passam correndo. Então vamos lá!

1) I'd do anything for love (but I won't do that)  – foi a música de trabalho, e a que me pegou. Tocava no rádio e eu aumentava o som pra ouvir (aliás, é IMPOSSÍVEL ouvir Meat Loaf em volume baixo, então aumente o som!). A introdução, apesar de longa, é linda, e nem parece longa. E o vocal, dividido com Lorraine Crosby são belíssimos. No CD, a música tem quase 12 minutos, mas como eu disse, nem parece.Foi essa música que Amy Lee tocou ao piano e que garantiu a parceria com Ben Moody, no que era o começo do Evanescence. Hoje, Ben Moody saiu da banda, que a meu ver caiu um pouco, e eles nem se falam mais. Infelizmente no clipe ela é cortada, e uma parte dos vocais de Lorraine ficaram de fora.Mas dá pra ter uma ideia do que vem por aí;

2) Life is a lemon and I want my money back – pessoalmente eu prefiro a versão original desse ditado: If life gives you lemons, make yourself a lemonade. Mas se o cara da música está tão decepcionado que quer o dinheiro de volta, quem sou eu pra contrariar? De qualquer forma, mais uma faixa poderosa, com um coro muito bem colocado e solos de guitarra de arrepiar;

3) Rock and roll dreams come through – depois de duas faixas arrasadoras, essa dá uma acalmada. É mais romântica, e eu adoro. E o que eu mais gosto é o piano e, de novo, o coro (que eu esqueci de mencionar que é uma constante). A qualidade está ruim, mas repara na Angelina Jolie bem novinha no clipe!

4) It just won't quit – sabe quando você  tem aquela sensação de que algo está errado e você não sabe o que é? É sobre isso que fala essa música. Ela também é um pouco mais calma. Mas apesar do tema mais sombrio, a música em si não é muito para baixo, e nem sombria demais;

5) Out of the frying pan (and into the fire) – música mais para cima, com outra introdução que eu amo, e que só de ouvir dá pra sentir o calor…Solos de guitarra eletrizantes e vocais poderosos aumentam a sensação de calor.

6) Objects in the rear view mirror may appear closer than they are – uma ótima metáfora para os acontecimentos-surpresa e que nos pegam desprevenidos. A letra é triste, e Meat Loaf transmite todo o drama de crescer sem o amigo, morto na infância, e com um pai abusivo. Isso é uma das coisas que eu gosto nele: a capacidade de transmitir a dor e a alegria.Também gosto como a música vai crescendo. E a mistura da dor da perda com a doçura da descoberta do amor, ambos transmitidos, como já disse, muito bem pelos vocais. De novo, o clipe corta um pouco da música, mas dá para perceber tudo isso do mesmo jeito;

7) Wasted youth – na verdade uma faixa falada. E narrada por Jim Steinman, com tanta habilidade que se você fechar os olhos vê a cena se desenrolar toda na sua frente. Ela pode ser considerada a introdução da próxima faixa.Adoro;

8) Everything louder than everything else – embalando o clima de rebeldia da anterior, essa faixa sarcástica e bem-humorada é sensacional. Mais corais fantásticos, solos maravilhosos e muita irreverência;

9) Good girls go to heaven (bad girls go everywhere) – um das minhas preferidas de todo o álbum. É uma faixa sexy, até sacaninha (leiam nas entrelinhas!), mas sem ser vulgar. Adoro a parte instrumental dela. E, esqueci de mencionar antes, mas serve de tema para meu querido Jon Snow (principalmente no terceiro livro, quando ele se atormenta por ter dormido com Ygritte) e Sam, no quarto (pelo mesmo motivo), Afinal “a boy should do whatever he can”. Eu queria colocar um vídeo com letra, mas não achei (com o Meat Loaf, achei com outra banda, mas pelo comecinho, essa é bem melhor), mas se quiser ver a letras, clique aqui;

10) Back into hell – faixa instrumental que eu AMO! E não me canso de admirar o teclado nesta faixa. Meu queixo cai toda vez que ouço…Adoro o fato de usar o refrão de Good girls go to heaven, e tem um quê de O Fantasma da Ópera. Também a utilização inteligente dos sintetizadores, que fazem mais do que dar efeitos especiais cafonérrimos, tudo combinado, é perfeito. E daí vem o choque final: TODOS os instrumentos são tocados por um só cara – Jeff Bova. Hats off for him!

11) Lost boys and golden girls – é a faixa mais fraquinha do CD, meio melancólica, em tom de despedida. não tem a mesma força das outras, mas ainda vale a pena.

Então é isso. Só uma introdução a um grande artista. Mas cuidado! É viciante!

Beijos e até o próximo post!

sábado, 25 de junho de 2011

Blood Promise (Promessa de Sangue)

 

Blood promise Ligada por amor, jurada para matar…

O mundo pensava que Dimitri estava morto. E até certo ponto, ele estava. Mas eu não consegui esquecer a conversa que ele e eu tivemos uma vez. Nós havíamos concordado que preferíamos estar mortos – verdadeiramente mortos – do que andar pelo mundo como Strigoi. Estava em tempo de honrar nossas palavras.

A vida da guardiã Rose Hathaway nunca será a mesma. O recente ataque à Academia St. Vladimir devastaram todo o mundo Moroi. Muitos estão mortos. E, para umas poucas vítimas levadas pelos Strigoi, seu destino é ainda pior. Uma rara tatuagem agora adorna o pescoço de Rose: uma marca que diz que ela matou muitos Strigoi para manter a conta.

Mas somente uma vítima importa…Dimitri Belikov. Rose deve escolher entre dois caminhos diferentes: honrar seu juramento de vida de proteger Lissa – a última princesa Dragomir – ou, deixar a Academia e partir sozinha para caçar o homem que ama. Ela terá que ir até o fim do mundo para encontrar Dimitri e manter a promessa que ele implorou para fazer. Mas a questão é: quando chegar a hora, será que ele vai querer ser salvo?

Agora tudo está em jogo – e mundos de distância de St. Vladimir e sua desprotegida, vulnerável, e recentemente rebelde melhor amiga – poderá Rose encontrar a força para destruir Dimitri? Ou, irá ela se sacrificar por uma chance de amor eterno?

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DA SÉRIE ACADEMIA DE VAMPIROS!

Este é o livro mais triste, e por enquanto, mais chatinho da série. Mas ele melhora depois que Rose encontra Dimitri, e nem demora tanto assim. Mas, e de novo fazendo um paralelo com Lua Nova, Rose está sofrendo sim, e muito, mas não fica chorando pelos cantos. Mais uma vez, Rose sabe que o mundo não gira em torno dela, e sabe muito bem as suas responsabilidades. Por isso, ela empurra o sofrimento para o lado, e enfrenta o que tem que fazer.

Depois que Dimitri é capturado e transformado em Strigoi (como já falei no post anterior, para mim um golpe igual a Lord Voldemort voltando no fim de O Cálice de Fogo), Rose parte para a Sibéria atrás dele para cumprir uma promessa feita por ambos de morrer antes de viver como Strigoi. Mais ou menos. Na verdade, a promessa foi ela que fez a si mesma, mas conhecendo Dimitri, ela sabe que é exatamente isso que ele gostaria. E é de partir o coração ler a última frase de Shadow Kiss: “eu parti, parti para matar o homem que eu amava”. Confesso que levei um tempo para me recuperar do golpe, mas como logo mergulhei em Blood Promise, aos poucos o choque foi diminuindo. Mas nunca por completo.

A primeira vez que Dimitri aparece como Strigoi é outro choque.Mas tenho que confessar que gosto mais ainda dele assim. Tá, os olhos vermelhos são meio clichê, e um tanto desconcertante, mas a atitude dele, mais relaxado e sem tantos escrúpulos só deixaram ele ainda mais sexy. Você pode estar pensando que sou louca, mas já disse uma vez, e vou repetir quantas mais: adoro os screw-ups. Quanto mais desequilibrado, melhor (lembrem-se, eu gosto de Draco e Lúcio Malfoy, Lord Voldemort e Theon Greyjoy! Precisa mais?). Claro que às vezes ele dá medo, mas dá pra perceber que por baixo dessa nova fachada, o antigo Dimitri ainda está lá, em algum lugar. Só pra registrar, se ainda não ficou óbvio demais, claro que a missão de Rose é salvar Dimitri, no sentido mais amplo da palavra: salvar sua vida, sua alma. E a resposta claro que não é a morte. Dele ou dela.

E quem sabe disso muito bem é Yeva, a avó de Dimitri. É ela que dá o empurrão para que Rose saia do estado de semi-apatia. A velhota é insidiosa. Na verdade, ela é o membro mais interessante da família dele. Sendo vidente, como Dimitri já havia esclarecido no livro anterior (daí o negócio de acreditar na outra vidente), ela sonha com Rose e com ela salvando Dimitri. Ela sabe muito bem o que aconteceu a ele, e sabe que ele ainda tem salvação. A velhinha é perspicaz pra caramba, e ela faz um teste para ver se Rose é digna de seu neto. E ela não quer dizer isso como uma coisa póstuma, com certeza. É pena que ela não aparece muito. Espero que ela retorne em algum dos outros dois.

Quanto às outras Belikovas (em russo, o sobrenome das mulheres é assim, meio que concorda em gênero. Na verdade não é bem assim, elas levam o nome do pai, mas com o A), não tem nada de muito especial. Olena, a mãe, é isso mesmo: mãezona, dona de casa, carinhosa, em resumo, tudo o que a mãe de Rose não é. Karolina, a irmã mais velha, tem dois filhos e também faz o estilo mãezona, mas sabe muito bem se impor, quando necessário. Sonya (não está claro no livro, mas acho que esta é mais nova que Dimitri, mas mais velha que Rose) está grávida e há um mistério sobre quem é o pai (ops!), e, finalmente, a mais nova do clã, Viktoria, mais ou menos da mesma idade de Rose, e a que fica mais amiga dela, naturalmente. Ela é uma típica adolescente, com uma paixonite secreta. Em outras palavras, uma família normal e feliz.

Acompanhando Rose em Baia (a cidade natal de Dimitri), apesar de contra a vontade, está Sydney, uma humana Alquimista, um tipo de faxineiro do mundo Moroi, limpando a sujeira que os Guardiões deixam (desculpa o termo, mas não tinha outro). Ela tem medo de Rose, pois acredita que por ser dhampir, ela é uma criatura da noite, como os Moroi e Strigoi. Mas ao passar um tempo com Rose, ela começa a se afeiçoar a Rose, entende que suas ideias talvez sejam muito pré-concebidas (aliás, isso ocorre frequentemente com Rose também) e até se dispõe ajudar Rose no que for necessário. E ou eu muito me engano, ou ainda veremos Sydney por aí. E acho que ela vai ter um papel muito importante na salvação de Dimitri.

Outra figura importante que Rose encontra no meio do caminho é Abe Mazur, um tipo gângster que persegue Rose e dá a entender que está a serviço de alguém. O cara é todo misterioso, obviamente muito rico e influente, e sempre anda com dois capangas (na verdade, dois guardiões que ele paga). Bem Don Corleone. Os objetivos do cara não são muito bem definidos, ele apenas intimida Rose a voltar para a Academia, e faz isso através de ameaças. Dá arrepios.

Do outro lado do mundo, em Montana, Lissa sofre pela falta da amiga. Mas também conhece uma Moroi, que chega à Academia com o pai e o irmão. O pai assume o posto de novo diretor da Academia, e arrasta a filha, Avery, por causa de alguns problemas que ela já havia criado na Corte. O quê exatamente não sabemos, mas também não importa. Está bem claro, desde o começo, que Avery tem um objetivo: por algum motivo ela quer porque quer se aproximar de Lissa. Só que a garota é má influência total, sempre com um copo de bebida na mão, nem aí para as regras e indiferente ao fato de Lissa estar se auto-destruindo. Nunca fui com a cara dela, menos ainda do irmão, Reed, um adolescente carrancudo e de poucas palavras. Tudo bem que Lissa é chatinha, mas essa rebeliãozinha dela é ridícula, e infantil. Parece coisa de menina mimada e birrenta.

O pior dessa influência de Avery é que ela consegue fazer com que Christian termine com Lissa. Que dó! Que vontade de dar colinho pra Christian! E o pior é que ele sabe que as atitudes de Lissa não correspondem à mulher que tanto ama. É de partir o coração quando ele finalmente termina o namoro. E o pior disso é que Christian não aparece muito no livro. Mas ele e Lissa com certeza vão superar isso.

Finalmente, Adrian. Depois de emprestar o dinheiro para Rose, com a esperança de que ela finalmente lhe dê uma chance (pobre coitado iludido!), ele se aproxima mais de Lissa, e também de Avery, com quem tem até um casinho. mas não é o suficiente para fazê-lo esquecer Rose, e ele se preocupa genuinamente com ela e com Lissa. Mas o coitado acaba levando na cabeça também. Fiquei com pena dele.

Como eu disse logo no começo do post, esse é o menos empolgante, mas ainda assim é difícil largar. E, quando acaba, deixa aquele gostinho de quero mais. E o que é mais legal da série é que a cada volume, a trama fica mais intrincada, complexa. E mais profunda também. A evolução dos personagens é evidente, eles crescem com a história. Ponto pra Richelle Mead.

Trilha Sonora

The monster's loose, do Meat Loaf é perfeita (adivinha pra quem?). The space between, do Dave Matthews Band também tem tudo a ver, assim como Open your eyes, do Snow Patrol (que eu AMO!), Set fire to the rain, da Adele, de novo, por causa de uma parte, que na verdade cai direitinho para a série toda, já que ninguém é o que parece:

But there's a side to you that I never knew, never knew,
All the things you'd say, they were never true, never true,
And the games you'd play, you would always win, always win,
But I set fire to the rain,
Watched it pour as I touched your face,
Well, it burned while I cried,
'Cause I heard it screaming out your name, your name

E a letra tem ainda mais a ver, e pode ser o tema de Rose e Dimitri. Finalmente It's all coming back to me now, pode ser com o Meat Loaf, ou até com a Celine Dion (sim, eu sei que ela é meio brega, mas tem algumas músicas boas, e essa é uma delas. Pessoalmente, apesar da versão do Meat Loaf ser muito boa, prefiro com ela. Não por acaso, ela soa como Meat Loaf. Ela é de Jim Steinman, amigão de Meat Loaf e responsável pelos melhores CDs deste último, os três Bat ot of hell). E aqui vai porque ela é perfeita:

But when you touch me like this
And you hold me like that
I just have to admit
That it's all coming back to me
When I touch you like this
And I hold you like that
It's so hard to believe but
It's all coming back to me
(it's all coming back, it's all coming back to me now)

If I kiss you like this
And if you whisper like that
It was lost long ago
But it's all coming back to me
If you want me like this
And if you need me like that
It was dead long ago
But it's all coming back to me
It's so hard to resist
And it's all coming back to me
I can barely recall
But it's all coming back to me now
But it's all coming back

Se você gostou de Blood Promise, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • série House of Night – P. C. Cast e Kristin Cast;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Shadow Kiss (Tocada pelas sombras)

 

shadow kiss Rose sabe que é proibido amar outro guardião, Sua melhor amiga, Lissa – a última princesa Dragomir – deve sempre vir em primeiro lugar. Infelizmente, quando se trata do lindo Dimitri Belikov, algumas regras são feitas para ser quebradas…

Então uma estranha sombra começa a crescer na mente de Rose, e vultos fantasmagóricos a avisam de um terrível mal que se aproxima dos portões da Academia. Os imortais estão chagando perto, e eles querem vingança pelas vidas que Rose tirou. Em uma batalha eletrizante para rivalizar com seus piores pesadelos, Rose terá que escolher entre vida, amor, e as duas pessoas que mais importam…mas será que sua escolha significa que apenas um pode sobreviver?

CUIDADO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DA SÉRIE VAMPIRE ACADEMY!

(Obs: não vou chamar a série de O beijo das sombras, já que esse é o nome do terceiro livro em inglês. E não sei porque raios foram mudar isso! Concordo que soa melhor que Academia de Vampiros, mas poderiam fazer como House of Night e deixar em inglês mesmo.)

Mais sombrio, mas também o mais movimentado da série por enquanto, Shadow Kiss me deixou presa como os outros, e já adianto que o final foi um golpe comparado ao que eu senti ao acabar O Cálice de Fogo, o que não é dizer pouco, já que o final do quarto Harry Potter, para mim, é o mais pesado de todos (sim, mais até que saber que depois do sétimo não vinha mais nenhum).

Depois de Spokane, onde Rose foi resgatar os amigos e matou os seus primeiros Strigoi, ela tem que retornar à Academia e tentar levar a vida o mais normalmente possível. Assim, começa o período mais crítico de sua vida acadêmica: a experiência de campo, onde terá que provar que nasceu para ser Guardiã para que possa tomar conta de Lissa após se formar. Só que seus planos começam a dar errado quando ela não é destinada a guardar Lissa, e sim Christian. Era meio óbvio, mas eu gostei. Assim, ele aparece mais (volto a falar dela daqui a pouco). E também, por ter matado, começa a sentir alguns efeitos nada agradáveis de ser beijada pelas sombras. PeraÍ! O quê? você deve estar se perguntando. Eu explico. Rose morreu e Lissa a trouxe de volta, Com isso, ela fica meio na fronteira entre os vivos e os mortos, o que quer dizer que ela pode ver os mortos que não ainda não conseguiram paz. É o caso de Mason, seu melhor amigo, que ela viu ser assassinado na sua frente e que morreu jovem e violentamente. Isto explicado, ela naturalmente começa meio a perder o controle, e teme estar enlouquecendo, como Anna, a Guardiã de São Vladimir, o patrono da Academia.

Junte-se a isso o fato do julgamento de Victor, o cara que sequestrou e torturou Lissa no primeiro. Como há uma pequena chance dele sair livre do julgamento, Rose e seus amigos vão tentar desesperadamente comparecer, o que será fundamental para conseguir a condenação. E aí começam os jogos políticos que Lissa terá que enfrentar no futuro. E é quando Rose tem o primeiro colapso. Tanto que corre o risco de ficar de fora da etapa final do treinamento. É assim que nossa querida Guardiã está. E se isso fosse parar por aí…O pior golpe ela leva no final. Não se preocupem, não vou falar o que é, mas digo que meu coração bateu fora de compasso quando li, e ainda não me recuperei inteiramente do golpe…

De volta a Christian. Como eu disse, o lado bom de Rose não ter que guardar Lissa (que, convenhamos, é meio chatinha) é que ele apareceu mais. E, surpreendentemente, quando todo mundo duvidava de Rose – inclusive Lissa – Christian nunca perdeu a fé nela. Um verdadeiro amigo. Como ele também estava presente em Spokane, e até teve papel fundamental na libertação deles, ele também está mudado. Está mais ficado em seu treinamento com magia para combater os Strigoi (e o poder dele é show de bola), ela está mais forte. No final, quando ele se junta à batalha, achei o máximo. E ele faz uma ótima dupla com Rose. Acho até que merecia uma tatuagem no pescoço, como os Guardiões. Para nosso deleite, entretanto, seu humor ácido continua. Só fiquei com muita raiva da rainha, que tem outros planos para Lissa. Claro que Christian descobre, e fica arrasado. Também com o Adrian sempre rondando…Tudo bem que Adrian só quer Rose, mas Christian se sente isolado de Lissa por causa do estigma de sua família, e naturalmente a insegurança aparece, não importa quantas vezes Rose o assegura que Lissa gosta mesmo dele.

Dimitri. Ah! Dimitri! O que dizer? Continua sexy, como sempre. Acho que até mais. E sempre controlado. Mas aos poucos, ele vai derrubando a barreira e a gente vê que ele também tem uma certa vulnerabilidade. O que só faz dele ainda mais sexy (vontade de dar colinho!). Fala sério, que negócio é aquele de acreditar em vidente? No mínimo inesperado. Também é uma das poucas vezes que Dimitri fala de sua fam;ilia, tirando aquela vez que ele contou que deu umas porradas no pai (Ai! Be still my heart!) E também ele neste corre mais riscos com Rose (Edward, aprenda com o mestre!). Só que continua o mesmo badass, de sempre. No final, quando ele enfrenta sei lá quantos Strigoi sozinho…aff! Fico só imaginando, se virar filme mesmo, que vou ter que levar babador pro cinema…De novo, aprenda com o mestre, Edward! E os Volturi também podem ter umas aulinhas com os Strigoi).

Adrian, depois de encher a paciência (e ao mesmo tempo deixar a gente babando com seu ar de bad boy) no segundo, retorna à Academia para estudar com Lissa. Com Lissa?! É isso mesmo. Como eles dois são os únicos que se especializaram em Espírito, e podem comanda todos os elementos, eles tentar decifrar esse mistério, já que esse quinto elemento era até então desconhecido. E ele aprendem muito juntos, e ajudam muito no final. Adrian também começa a mostrar que não é tão nojento como quer que os outros pensem. E até vai prestar vários favores para Rose. Claro, continua querendo tirar suas roupas, mas não é que o cara gosta dela mesmo?

Lissa (quase ia me esquecendo dela) já mostra porque será peça fundamental na futura política vampiresca. Claro que ela pode usar compulsão, mas nem precisa. A garota é natural, consegue encantar todos, sem esforço. E também mostra que não é tão tolinha como parece. Ela é esperta, e não vai cair facilmente nas garras da rainha, apesar de firmar um contrato meio duvidoso com a monarca. Só que ela tem seus objetivos, e sabe muito bem que só assim poderá conquistar o que deseja, e pode apostar que ela vai ser peça fundamental para mudar a história dos Moroi.

E Eddie, depois de fugir para Spokane e sofrer o diabo, volta mais determinado que nunca a exterminar todos os Strigoi que puder encontrar. É ele que tem que proteger Lissa no final do treinamento, e ele faz um ótimo trabalho, até Rose reconhece. E, pela ligação com Rose e com Christian pelo que passaram, ela se torna um amigo fiel e eu tenho a sensação de que ele ainda vai aparecer mais e terá um papel importante no desenrolar dos eventos.

Como eu disse logo no começo, esse livro come;começa a dar uma guinada para o lado mais dark, e também é o mais agitado, por enquanto. Por isso mesmo é o meu preferido até aqui (depois que acabar a serie, eu digo se isso continua), apesar do baque no final. Esse baque meio que vai se anunciando aos poucos, mas mesmo assim, quando acontece, é um choque. E por causa disso, logo mergulhei no seguinte. Não tem jeito, essa é outra série que vai me deixar grudada até o fim, não importa quantas vezes eu leia.

Trilha sonora

If this is the last kiss, let's make it last all night, do Meat Loaf é perfeita, se não pelo ritmo, pela letra:

If this is the last kiss, let's make it last all night
If this is the last time I'm ever, ever gonna hold you
Let me hold you tight till the morning light
If this is the last time, ooh we'll ever be together
Kiss me and baby give me something
Tender to remember you by

E de novo, Set fire to the rain, da Adele.

Se você gostou de Shadow Kiss, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • série House of Night – P. C. e Kristin Cast;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith.

sábado, 18 de junho de 2011

Frostbite (Aura Negra)

 

frostbite Lissa Dragomir é uma princesa Moroi: uma vampira mortal com um raro dom de controlar a mágica da terra. Ela deve ser protegida todo o tempo contra os Strigoi: os vampiros mais ferozes – os que nunca morrem. A mistura poderosa de sangue humano e vampiro que corre pelas veias de Rose Hathaway, sua melhor amiga, faz com que ela seja uma dampira. Rose é dedicada à perigosa vida de proteger Lissa dos Strigoi, que estão determinados a tornar Lissa um deles.

Rose tem um sério problema com homens. Seu instrutor, Dimitri, está de olho em outra pessoa, seu amigo Mason tem uma grande paixão por ela, e ela sempre é atraída para a mente de sua melhor amiga Lissa enquanto ela está com o namorado, Christian.

Quando um ataque próximo coloca a Academia St. Vladimir em alerta, e eles decidem mandar os estudantes para longe, em férias obrigatórias em um resort de ski. Mas a brilhante paisagem de inverno e as acomodações luxuosas do hotel em Idaho somente dão a ilusão de segurança. Quando três estudantes fogem para contra-atacar os mortíferos Strigoi, Rose tem que juntar forças com Christian para salvá-los. Só que desta vez Rose – e seu coração – estão em perigo maior do que ela poderia imaginar…

Nem bem terminei Vampire Academy, já engatei Frostbite. Mais um vício…E se eu tinha achado o primeiro tudo, nem imaginava o que seria o segundo. Bem melhor, com mais tramas paralelas, mas todas de certa forma interligadas de um jeito convincente.

Rose agora tem que enfrentar sentimentos e situações novas para ela, como já mencionado na sinopse. E, de novo, é inevitável não fazer um paralelo com Lua Nova: Dimitri se afasta de Rose, e começa a se interessar por outra (na verdade é mais o oposto, mas ele até está disposto a levar a sério para tentar esquecer Rose. E por que essas separações sempre acontecem no segundo? ). Mas, ao contrário da outra, ela não fica chorando pelos cantos. Claro que isso a incomoda, e ela tem ataques de ciúme divertidíssimos. Por outro lado, sabendo de suas responsabilidades, ela também tenta partir para outra, dando uma chance a Mason. Ela ainda sofre com o assédio de um novo Moroi que aparece no resort atrás de Lissa, mas que sempre que vê Rose, já a imagina sem roupa (falo dele daqui a pouco). Como se isso não bastasse, ela ainda tem que lidar com a sua mãe ausente, que reaparece para reforçar a segurança no resort. E sua relação com a mãe é, claro, complicada, para dizer o mínimo. Como a mãe nunca esteve por perto para criá-la, já que é uma das Guardiãs mais respeitadas, Rose obviamente se ressente, e deixa bem claro para quem quiser ver. Com tudo isso acontecendo, Rose está mais nervosa, mais briguenta, mas ao mesmo tempo também se sente solitária, já que Lissa está bem, firme com Christian, e não tem mais tanto tempo para ela. E ‘dá para sentir toda a raiva e frustração enquanto lê.

O alvo principal da raiva de Rose, claro, é Dimitri, que parece que está em total negação. Tudo bem, o cara é supercontrolado, não deixa suas emoções transparecerem, mas também fica meio óbvio que ele está fazendo um esforço grande demais para não cair no jogo de Rose. Mas confesso que eu dou razão para Rose, já que ele também não falou para ela que já tinha um acordo com Tasha…Foi mal. Mas tudo bem (olha um spoilerzinho aí!), já que ele meio que compensa no final, e confessa que também está com medo (e a gente sabe o quanto custa para um cara, especialmente um como Dimitri, admitir isso).

Quanto a Tasha. Ela é tia de Christian, mas devido à situação de sua família, vive isolada de outros Moroi e, ao contrário deles, aprendeu a se defender sozinha. Ela tem uma personalidade leve, alegre e amorosa, e não tem medo de dizer o que pensa., o que é bem legal. Mas toda vez que ela chama Dimitri de Dimka dá raiva. Quem ela pensa que é? Admito que me deu uma vontade louca de enfiar uma estaca no coração dela (será que isso mata Moroi?).

Falando em Christian, ele aparece um pouco mais neste livro (até mais do que a gente quer), já que ele e Lissa estão bem firmes no namoro. E depois porque Rose precisa de sua ajuda no fim, e ele mostra para ela (e para todo mundo) que não tem nada a ver com a imagem que todo mundo faz dele. E se mostra também um amigo leal. E ele também treina combate, o que o deixa ainda mais cool.

Finalmente Mia, depois de sofrer uma humilhação gigante na escola, sofre outro baque ainda maior. (SPOILER!) Sua mãe é assassinada por Strigoi, o que desperta na menina uma sede de vingança incontrolável. Não preciso dizer que ela é um dos que fogem para caçar Strigoi, né? E no final tem que engolir o orgulho e agradecer Rose. Não acredito que elas sejam amigas de verdade mais para frente, mas deu para notar uma mudança profunda na relação das duas, que passam a se respeitar mutuamente. Ah, e Mia ainda vai deixar muita gente de boca aberta, pode apostar.

Lembra que eu queria que os Strigoi aparecessem mais, deixando de ser só uma ameaça? Pois meu desejo foi concedido, e deparamos com um casal que deixa os Volturi no chinelo (eles deviam ter umas aulinhas em como ser maus com esse cara). O nome da criatura é Isaiah, e sua comparsa é uma Strigoi nova chamada Ellen.(SPOILER!) O cara sequestra Rose, Mia, Mason, Christian e Eddie, e os mantém presos com requintes de crueldade. Confesso que dá medo, mas também foi show ver Rose dando fim nos dois (seria muuuuito melhor se fosse Dimitri, mas mesmo assim, foi bem bacana).

Ah! Quase me esqueço do tal assediador de Rose. O nome dele é Adrian Ivashkov, um Moroi a realeza e má influência até a ponta dos cabelos cuidadosamente desarrumados. O cara é um tanto arrogante e irritante, mas tem lá seu charme. Só não deve ser lá muito agradável ficar muito tempo do lado dele, já que o cara é uma verdadeira chaminé de cigarros de cravo. E ela aparece do nada, todo interessado na Lissa, o que já levanta suspeitas.

Como eu disse antes, esse é ainda melhor que o primeiro, mais agitado e com mais romance. Tanto que li em três dias (e teria acabado bem antes se não tivesse que dormir, trabalhar, comer, etc). Já engatei o terceiro, então não demora muito, vou postar mais uma resenha. E gostei tanto da série que já falei pra minha irmã, que anda meio enjoada de livros de vampiros e coisas afins, para ler. E isso vale para todos.

Trilha sonora

Com todo o ciúme, Mr Brightside  Killers cai como uma luva para Rose (é só trocar os papéis). Ainda Attack, do 30 seconds to Mars e Set fire to the rain, da Adele (repara como a mulher manda bem ao vivo)

Se você gostou de Frostbite, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • série House of Night – P. C. e Kristin Cast;
  • The Vampire diaries – L. J. Smith

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vampire Academy (O beijo das sombras)

 

vampire academy Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma Dampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi - os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade.
Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola.
Mas isso é só o começo. Em O beijo das sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar?
Richelle Mead dá uma nova face à literatura vampiresca com este romance: mais ácida, apimentada e inteligente do que nunca, a saga dos Moroi e seus guardiões surpreende pelas reviravoltas e pela ousadia desses cativantes personagens.

Já fazia tempo que eu estava com este livro na estante para ler, mas estava esperando comprar toda a coleção para ler. Finalmente consegui. Eu já tinha visto comentários sobre a série, todos elogiando, até dizendo que era melhor que a saga Crepúsculo, e pude comprovar que é verdade.

Para começar, Rose Hathaway, a mocinha, não é nenhum pouco indefesa. Ela é uma dhampir, meio humana, meio vampira, e por isso mesmo, tem reflexos e força muito mais apurados que os humanos. Ao contrário de Bella (desculpe, mas é inevitável não fazer comparações), seu mundo não gira ao redor de Dimitri, o cara perfeito (chego nele logo, logo). Claro que ele é uma boa parte dele, mas ela tem outros amigos, e outras prioridades. Sendo dhampir, ela tem a função de servir de guarda-costas para os vampiros nobres, os Moroi, mais especificamente sua melhor amiga, Lissa. E, depois de ficar de fora da academia por quase dois anos,m seu treinamento ficou atrasado. Para conseguir se formar a tempo de ocupar seu lugar como guardiã de Lissa, ela tem que fazer treinamentos extras, com quem? Dimitri, claro (para sorte dela, mas o porquê eu falo mais tarde). E ela leva seu treinamento a sério. Apesar de uma distração aqui e outra ali, ela está focada nele. Outra coisa que eu gosto nela é que ela é briguenta e tem uma língua rápida e venenosa nas respostas. E como ela é a narradora da história, seus comentários sarcásticos são um show à parte. Ela consegue deixar a narrativa divertida e leve.

Lissa é uma princesa Moroi, a raça de vampiros mortais e bons. Ela está sempre em perigo por causa dos Strigoi, os vampiros do mal, imortais e que não são lá muito fãs dos Moroi. Lissa é doce, tem uma natureza boa, sempre busca o melhor nas pessoas e tem poderes sobrenaturais. Por causa deles, ela tem um vínculo com Rose, que percebe suas emoções e consegue entrar em sua cabeça. O laço é unilateral, Lissa não consegue perceber as emoções de Rose, mas também não gosta muito que Rose fique em sua mente, o que na verdade a outra não consegue controlar. Mas Lissa tem um segredo, e sofre de depressão (bem pesada, aliás), o que a deixa vulnerável. Ela é a última da sua família, os Dragomir, já que seus pais e seu irmão morreram num acidente.

Finalizando o trio principal, Dimitri. Ela é um guardião de 24 anos (sete a mais que Rose) e mentor de Rose. É um verdadeiro badass, nas palavras da própria Rose. É quieto, mas observador, e, óbvio, misterioso. Mas Rose consegue sacar ele bem rápido, o que o deixa surpreso, e aos poucos ela vai se aproximando de Rose (quer dizer, mais do que a simples relação de treinador/aluna). Como Rose, ele também é guardião de Lissa, e também coloca seu trabalho acima de tudo. Mas por trás da fachada de durão, há um cara sensível, e até divertido.

Merece destaque ainda Christian, outro Moroi cuja família caiu em desgraça quando seus pais se tornaram Strigoi. Christian é sarcástico e perspicaz e não está nem aí para as convenções. Ele é bem aquele tipo bad guy, mas que no fundo é bonzinho. Acho que ele faria uma boa dupla com o Dr House Enxaqueca. É pena que Rose não vá muito com a cara dele (pelo menos neste primeiro), então sempre que ele aparece, já que a história é narrada do ponto de vista de Rose, ele já vem meio estigmatizado. Espero que nos próximos esse quadro mude, porque, junto com os comentários de Rose, ele também é uma atração à parte.

Quase me esqueço de Mason, o outro melhor amigo de Rose, que na verdade é apaixonado pela garota, fato que não fica nem um pouco mais fácil quando Rose fala com ele, flertando o tempo todo. Mas tenho que admitir que esses diálogos são inteligentes e divertidos.

Do outro lado está Mia, a popular que morre de inveja de Rose e Lissa. Ela age como uma garotinha mimada e birrenta (fato que Rose faz questão de mostrar e tira um sarro legal dela), mas a garota é uma manipuladora de primeira, e sabe exatamente onde atacar. Ela também tem um segredo, que ela morre de medo que descubram, e por isso, faz de tudo para manter. Tudo mesmo. Ela até pode parecer fútil e birrenta, mas há muito mais nela do que aparenta, e com certeza ela ainda vai aprontar muito até o fim da série.

Servindo como pano de fundo para tudo isso, há a complicada, porém delicada política vampiresca. Eles não tem muito destaque, pelo menos neste primeiro, mas o jogo de poder está sempre ali. E, para ser sincera, estou louquinha para ver os Strigoi, que ainda não apareceram de fato neste (aqui eles são mais uma ameaça distante), entrarem em ação. Se com eles na periferia já é difícil de largar o livro, imagino que quando eles aparecerem de verdade aí não vou nem dormir para ler :)

E lembra que eu falei lá em cima que Rose tinha sorte de ter Dimitri como treinador? Bom, há um projeto de transformar a série em filme, e quem está cotado para fazer Dimitri é Ben Barnes, e não é segredo nenhum que eu babo por ele, né? Ainda é só um projeto, e a previsão é para 2013. E acho que a possibilidade de Ben Barnes fazer Dimitri é grande porque li uma entrevista bem divertida, aliás, com ele há um tempo atrás (desculpa, mas não consegui achar) em que o repórter pergunta do projeto, e ele responde com um sotaque russo. Acho que a brincadeira não foi de graça. De qualquer jeito, ele é perfeito para o papel (descrição de Rose: moreno, alto, de olhos castanhos e absolutamente sexy), e é ele quem eu imagino ao ler, bem sarado e com roupa de academia.

Trilha sonora

Just like a pill e Don't let me get me, da Pink. Também In this together, do Apoptygma Berzerk e The kill, do 30 seconds to Mars. E ainda Send the pain below, do Chevelle.

Se você gostou de Vampire Academy, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • série House of Night – P. C. e Kristin Cast;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith

domingo, 12 de junho de 2011

X-men Primeira Classe

 

xmen first class Já disse antes que adoro filmes que vêm de quadrinhos. E isso começou lá na década de 90, quando eu assistia a primeira série animada de X-men, com aqueles uniformes ridículos amarelos e azuis. Assim, claro que logo que saiu o primeiro X-men, eu fui assistir. Adoro todos os filmes da franquia, incluindo aí X-men origens: Wolverine, e, óbvio que não podia deixar de assistir como tudo começou. E, mais uma vez, não me decepcionei com o resultado.

O filme começa retomando uma das melhores cenas de todas, quando o jovem Erik é brutalmente separado da mãe no campo de concentração,  momento em que ele faz a primeira demonstração de seu poder. Sempre achei a cena tensa, e muito bem feita, e aqui ela foi reproduzida quase à exatidão. O que faz a gente gelar mesmo, agora, é descobrir que tinha alguém observando tudo, friamente tomando uma xícara de café ou chá.

E quem está observando tudo é Sebastian Shaw, o homem responsável pela criação daquele que viria a ser Magneto, e também o homem que matou sua mãe na frente do adolescente Erik, alimentado assim todo o ódio e desprezo que Magneto nutre pela humanidade. Não que eu o culpe, afinal acho que também não teria muita fé na humanidade que não só assassinou sua mãe, mas também o fez de cobaia. E este ser com tanto poder é interpretado maravilhosamente por um quase esquecido Kevin Bacon, que volta à cena em grande estilo.

Magneto

Do outro lado estão, claro Magneto, interpretado muitíssimo bem por Michael Fassbender, e um jovem Charles Xavier, que ganha vida através de James McAvoy (o Mr. Tumnus do primeiro Nárnia, e que brilha também em O último rei da Escócia). Ambos estão muito bem no filme e têm uma química boa, o que é crucial para entender a amizade dos dois. Sim., porque mesmo em lados opostos, os dois sempre se respeitam muito e, a meu ver, nunca chegaram a ser realmente inimigos. E, enquanto estamos falando dos dois, apesar de adorar Sir Ian McKellen e Patrick Stewart como os dois mais velhos, tenho que admitir que eles nunca estiveram tão bem na fita. Tem uma hora em que Erik invade uma base russa atrás de Shaw, sozinho. O que foi aquilo, meu Deus? Tudo de bom, assim como Xavier apontando uma arma para Erik, incentivando-o a parar ou desviar a bala. Really sexy.

prof x E falando em Professor Xavier, uma das coisas que eu mais gostei foi descobrir um lado do Professor X bem descontraído, saindo para beber e passando as cantadas mais absurdas nas pobres garotas que cruzam seu caminho. Confesso que se fosse comigo, mesmo com as cantadas mais absurdas, seria difícil resistir. E, mais tarde, já com o que viria a ser o embrião da sua famosa escola, como ele ensina os outros mutantes, inclusive Magneto, a usar seus poderes, de forma descontraída e por vezes até cômicas. A cena em que Banshee tenta voar pela primeira vez é hilária. E antes que eu esqueça, na sua caça por outros mutantes, adivinhem quem o Professor X e Magneto encontram. Uma dica, a cena começa mostrando alguém fumado um charuto. Adivinhou? Um doce pra quem disse Wolverine, que, claro, recusou a proposta com seu charme usual. E sim, quem apareceu foi Hugh Jackman, numa cena impagável.

Voltando ao elenco, este é em geral muito bom. Apesar de só falarem da January Jones como Emma Frost, os outros também merecem destaque, muitas vezes até mais do que ela. É o caso por exemplo de Jennifer Lawrence, que faz Raven/Mystique e Nicholas Hoult (o já ótimo Marcus de Um grande garoto), como Fera. Eles dois têm uma relação delicada e protagonizam uma das cenas mais comoventes do filme.

X-men first class elenco

Ambientado em 1962 e tendo pano de fundo a Guerra Fria, o enredo se utiliza muito bem de um incidente real, a crise dos mísseis, para contar o início de uma relação e uma história que vai durar anos. O filme só peca em um detalhe, que na verdade não bate com algumas coisas nos outros. para quem se lembra, Xavier vai atrás de Jean, juntamente com Erik, já na década de oitenta, e Xavier está andando. Também no final de Wolverine, ele vai buscar Scott (curiosidade: seu irmão Alex Summers  está neste filme, e tem o mesmo poder dele, mas não concentrado somente nos olhos, e sim no corpo inteiro) e os outros também andando. Aqui e revelado como ele ficou paralítico. Mas discrepâncias à parte, X-men First Class é um ótimo filme, não se limitando a ser só mais um filme de super-heróis, e sim sobre as relações humanas e o que o homem é capaz de fazer ao se deparar com o desconhecido, tema recorrente na franquia. E ainda tive como bônus o trailer de Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte 2 (já estou com o coração apertadinho!) e Capitão América. E a música dos créditos finais, me surpreendeu por ser do Take That (não que eu não goste deles, pelo contrário), porque está bem longe do estilo deles, até irreconhecível, mesmo na voz de Robbie Williams, que eu AMO. E é ótima. Confira e delicie-se aqui.

E para dar aquele gostinho e vontade de ver, assista o trailer aqui e aqui.

O festim dos corvos

 

o festim dos corvos Continuando a saga mais ambiciosa e imaginativa desde O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Gelo e Fogo prosseguem após o violento triunfo dos traidores. Enquanto os senhores do Norte lutam incessantemente uns contra os outros e os Homens de Ferro estão prestes a emergir como uma força implacável, a rainha regente Cersei tenta manter intacta a força dos leões em Porto Real. Os jovens lobos, sedentos por vingança, estão dispersos pela terra, cada um envolvido no perigoso jogo dos tronos. Arya abandonou Westeros rumo a Bravos, Bran desapareceu na vastidão enigmática para além da Muralha, Sansa está nas mãos do ambicioso e maquiavélico Mindinho, Jon Snow foi proclamado comandante da Muralha mas tem que enfrentar a vontade férrea do rei Stannis e, no meio de toda a intriga, começam a surgir histórias do outro lado do mar sobre dragões vivos e fogo... Quando Euron Greyjoy consegue ser escolhido como rei das Ilhas de Ferro não são só as ilhas que tremem. O Olho de Corvo tem o objetivo declarado de conquistar Westeros. E o seu povo parece acreditar nele. Mas será ele capaz? Em Porto Real, Cersei enreda-se cada vez mais nas teias da corte. Desprovida do apoio da família, e rodeada por um conselho que ela própria considera incapaz, é ainda confrontada com a presença ameaçadora de uma nova corrente militante da Fé. Como se desenvencilhará de um tal enredo? A guerra está prestes a terminar mas as terras fluviais continuam assoladas por bandos de salteadores. Apesar da morte do Jovem Lobo, Correrio ainda resiste ao poderio dos Lannister, e Jaime parte para conquistar o baluarte dos Tully. O mesmo Jaime que jurara solenemente a Catelyn Stark não voltar a pegar em armas contra os Tully ou os Stark. Mas todos sabem que o Regicida é um homem sem honra. Ou não será bem assim?

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DAS CRÔNICAS DO GELO E DO FOGO!

Depois da morte de Robb (chuif, chuif! Falo mais daqui a pouco) e de Joffrey (hurray!) e de Lorde Tywin, Westeros tem um trégua tensa. E os outros lordes menores enxergam a oportunidade perfeita para fazer sua tentativa de conquistar o Trono de Ferro. O título do livro vem bem a calhar, não só pelas centenas de corvos se banqueteando nos cadáveres que infestam a terra, que depois da guerra enfrenta bandos de foras-da-lei, cada um com suas próprias regras e matando os rivais (privilégio não só deles, mas também dos muitos vassalos que sobraram das intrigas e batalhas anteriores), mas os metafóricos também se banqueteiam.

Já aviso que nesta resenha vocês não verão nada do meu querido Jon, porque neste ele aparece, se muito, em três páginas, e pelo ponto de vista de Sam. O que na verdade é muito ruim, não só porque sou apaixonada por ele, mas porque ele orquestrou um golpe bem cruel, e se eu conheço um pouquinho Jon, isso está corroendo ele por dentro. Mas fazer o quê? Agora o meu xodozinho é o Lorde Comandante (sabia que ele ia assumir esse posto) ele é obrigado a tomar decisões difíceis. O pouco que ele aparece neste livro está quase irreconhecível. mas uma coisa não mudou, e mesmo através de Sam (falo dele daqui a pouquinho) dá para perceber: Jon é muito mais esperto do que se pensa, e percebe as coisas muito antes que os outros. Falando das ausências, também ficaram de fora Tyrion, Bran e Daenerys. Mas não se preocupem, eles estarão de volta no quinto volume, que chega às livrarias americanas (e na minha estante, espero) agora em julho.

Em compensação, ganha voz uma personagem central que até então só conhecemos pelos outros: Cersei Bitch II (primeira bitch é e sempre será Atia dos Júlios, de Roma). Após a morte da sua cria Joffrey (em pleno casamento – hehehe!) e logo a seguir de seu pai, Lorde Tywin, ela comanda o reino como regente de Tommen. E ela, claro, trata logo de se cercar de conselheiros fiéis a ela e que possam ser facilmente manipulados. E ela se delicia (e nós também!) ao se dar conta de como suas maquinações funcionam. Ela acha que é a mais digna de ser a filha de Tywin, e com certeza ela é bem filha dele mesmo. E descobrimos que, quando criança, Cersei foi a uma vidente que previu seu futuro. E por causa dessa profecia, ela parte para uma verdadeira cruzada contra sua nova nora, Margaery Tyrell. Só que Cersei comete um erro básico (admito, não inteiramente por culpa dela), que é interpretar de forma errada a profecia. Mas o maior erro dela é desprezar Jaime, o que vai lhe custar caro. Quanto, só vamos saber no próximo (talvez), mas ela mostra bem em que ordem coloca as coisas.

Jaime ainda tem voz, e aos poucos vai mostrando que sua lealdade ao clã Lannister não é assim tão forte como se pensa. Sim, o Regicida tem honra, afinal. E, mais uma vez, mostra que é muito perspicaz. Enquanto a gente ainda está indo com o trigo, ele já está voltando com o pão quentinho do forno. Após retornar a Porto Real, ele assume o posto de Lorde Comandante da Guarda Real, ao mesmo tempo que se consome de culpa pela morte de seu pai e se ressente do tratamento frio que Cersei lhe deu desde sua chegada. Assim, ela parte para Correrio para dar fim ao cero que se instalou por lá desde a morte de Robb e de Catelyn. Mas, ao contrário do que se pensa, ele consegue conquistar a fortaleza com astúcia, e não com armas. Seu senso de humor, no entanto, não mudou e algumas das melhores sacadas são dele. Foi ele quem sacou quem estava realmente por trás da traição que matou Robb (sniff, sniff) e sua mãe, por exemplo. E, falando nisso, a sacanagem da morte de Robb é que justamente quando estávamos conhecendo ele, ele morre.

De volta a Sam. A mando de Jon, ele parte da Muralha em direção a Oldtown com duas missões muito importantes. Uma é levar Gilly, seu bebê e Maester Aemon Targaryen para Oldtown para mantê-los a salvo de Melisandre e do Stannis. Só para dar contexto, no terceiro volume, Jon faz um trato de concessão de terras para Stannis, e Melisandre diz que precisa de um sacrifício com sangue real para consagrar Stannis como rei. É aí que entra Sam e o plano de Jon, que é bem articulado. Como Maester Aemon tem sangue de dragão, ele tem que ir embora para manter-se a salvo. E Gilly e o bebê não têm lugar na Muralha. A ideia é que Sam os leve para sua mãe e apresente Gilly como sua amante e o bebê como seu filho bastardo. Sam, a princípio,e como sempre, se atormenta com a viagem e se sente magoado com Jon. Mas ele tem outro dever em Oldtown, que é estudar para se tronar Maester para depois retornar à muralha e assumir o posto de Aemon. Essa perspectiva também não é lá muito atraente para ele, que sabe que vai ter que dissecar corpos e outras coisas que fazem com que ele se sinta enjoado só de pensar nelas. Mas ele vai, e durante a viagem se aproxima muito de Gilly, até que o que já estava bem claro desde que Sam a salvou no segundo livro acontece. E aí vem mais tormento por ele ter quebrado o juramento de não tomar mulher, como Jon antes dele. Por outro lado, a ideia de ter que deixar Gilly também o atormenta, mas algo me diz que ele não terá que fazer isso. É esperar pelo quinto para saber. E outra coisa. Sam descobre que há um profecia sobre Dany, que está caminhando para seu cumprimento. O conteúdo dessa profecia ainda não foi totalmente revelado, mas uma coisa é certa: profecias geralmente são charadas, e sempre têm mais de uma interpretação, e sempre se cumprem. Veja por exemplo a profecia de Harry Potter e em Star Wars. Elas se cumprem, mas sempre de forma diferente do que imagina.

Enquanto isso, os Greyjoy das Ilhas de Ferro brigam entre si para determinar quem será seu novo rei no lugar de Balon Greyjoy, que morreu de forma meio esquisita. Asha, irmã de Theon,entra na briga, mas por ser mulher, não tem muito apoio. E falando;ando em Theon, ainda não há certeza de sua morte, ou seu paradeiro, Pessoalmente, acho que ele não está morto, mas como eu já disse antes, sempre que acho uma coisa, Martin dá uma virada na história e minhas certezas vão por água abaixo. Voltando a seus adoráveis parentes, quem ganha o trono nas ilhas é Euron Greyjoy, um homem ambicioso e cruel, cujo maior prazer é fazer pilhagens em todos os portos possíveis. E sua maior ambição é justamente o Trono de Ferro. E para conseguir isso, ele tem um plano, de conquistar Dany. É, mesmo não aparecendo nesse livro, seus dragões ainda despertam muita cobiça e ela vai precisar de muita ajuda e perspicácia para escapar das armadilhas que com certeza vão surgir no seu caminho.

Se Jon não está presente, suas irmãs aparecem neste livro. Depois de escapar do Cão e deixá-lo como morto, Arya toma um navio e parte para Braavos, onde chega a um templo. Lá, ela encontra um velho que vai ensiná-la lições valiosas. Mas par isso, ela terá que esquecer quem é, e assim ela assume a identidade de Cat dos Canais. Como Cat, ela até encontra Sam, sem saber que ele é o melhor amigo de seu irmão Jon. Mas é claro que ela não esquece totalmente de quem é, só que ela entende que para atingir seus objetivos, tem que passar por aquilo. Afinal, seu destino a levou até lá, não foi de graça. Para ser sincera, não gostei muito da parte de Arya neste livro. Ela não parece ela mesma, e, fora a parte em que ela ajuda Sam, a parte dela está meio entediante.

Já Sansa, depois da morte de Joffrey e a fuga dela com Mindinho, ela agora tem também que assumir outra identidade: a de Alysanne, filha bastarda de Mindinho. Este agora é o Protetor do Vale, depois da morte de Lysa Arryn (a tia de Sansa, irmã de Catelyn), até que Robert cresça. Robert é uma criança mimada e cheia de vontades, e só quem dá jeito nele é Sansa. Além dele, Sansa ainda tem que lidar com Mindinho, que é um personagem fascinante também, porque tem um dualidade legal: Mindinho e Petyr Baelish.  E Sansa, quem diria, percebeu isso. Na verdade, depois que ela assumiu a identidade de Alysanne, parece que ficou menos burra. Mas ainda há nela aquela mesma sonsa que sonha com bailes e príncipes. Ela ainda não acordou totalmente para que realidade que a cerca.

Ainda há mais outros personagens,alguns novos, outros não, que têm sua voz neste livro, mas para comentar tudo, eu teria que escrever um livro, e não uma resenha. Ainda acho o terceiro melhor, mas este também não fica atrás. Só peca mesmo por não trazer o ponto de vista de Jon, como eu já mencionei antes. Fez falta.

Trilha sonora

Especialmente para Cersei e Jaime, Poison, tanto na voz de Alice Cooper, como na da Tarja Turunnen. E ainda, para Jaime I used to love her, do Guns’n’Roses.

Se você gostou de O festim dos corvos, pode gostar também de:

  • ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley

domingo, 5 de junho de 2011

Apenas uma vez

 

once filme Como prometido, já que assisti o filme, agora vou comentar. Glen Hansard faz um cara (está assim mesmo nos créditos, nunca sabemos seu nome), um jovem que mora com o pai e ganha a vida trabalhando na loja do pai, onde conserta aspiradores de pó. Após o trabalho, ele ainda faz um bico tocando suas músicas nas ruas de Dublin. Marketa Irglova faz uma garota (de novo, não sabemos seu nome) tcheca que mora com a mãe e a filhinha e ganha a vida vendendo flores na mesma rua de Dublin onde o carinha toca suas músicas. Eventualmente os dois se encontram e descobrem que têm uma coisa em comum: ambos são apaixonados por música. E conversa vai, conversa vem, ele acaba convencendo a garota a ajudá-lo a gravar um CD e ir para Londres. E vou parando por aqui para não entregar mais do que já fiz.

A história é envolvente, e a química entre os protagonistas é inegável, mas o que chama a tenção mesmo no filme é a música, e como os dois tocam suas vidas em função dela. Uma cena em particular que eu gostei muito foi uma em que eles estão no ônibus, conversando, e ele responde as perguntas delas com música. E a cara da velhinha que viaja com eles quando ele solta uns palavrões é impagável.

Voltando à música, além de Falling slowly, destaco ainda When your mind's made up, que repete a fórmula de Falling slowly com sucesso, e The hill, só na voz de Marketa Irglova, numa cena comovente do filme. Mas a trilha em geral é muito boa, e vale a pena conferir. E, só uma observação: como é que o cara tira músicas maravilhosas daquele violão detonado para mim é um mistério. E reparem que no vídeo que eu coloquei de When your mind’s made up, ele toca o mesmo violão caindo aos pedaços do filme.

Apenas uma vez é mais um musical que um romance, mas ao contrário de Moulin Rouge (que eu amo, aliás) ou outros do gênero, foca mais na música que na história, tanto assim que os protagonistas não têm nome. Na verdade, é uma história de duas pessoas que compartilham algo muito profunda e intensamente, e o esforço que elas fazem para que essa paixão não passe em branco. Só tenho uma reclamação: o filem termina em aberto. Não que eu tenha algo contra isso, pelo contrário, mas é que curiosa que sou, fico esperando para ver o que acontece em seguida (aliás, às vezes faço isso até com filmes que têm final fico imaginado o que acontece depois), fico querendo mais. Mas é um filme muito gostoso de se ver e vale de lição para nunca desistirmos de nossos objetivos. Vale conferir.