sábado, 27 de abril de 2013

Música do Mês – Breath of Life – Florence and the Machine

 

Breath of Life Snow WhiteAproveitando a estreia da terceira temporada de Game of Thrones, vou aproveitar para falar dessa música. OK, ela não faz parte da trilha, nem foi usada em nenhum trailer, mas há vários vídeos no YouTube com ela e cenas da série, e ela tem tudo a ver com as Crônicas, muito mais do que com Branca de Neve e o Caçador. Breath of life está mesmo só na trilha sonora do filme, e foi lançada em 26 da abril do ano passado.

A música é enérgica, com batida forte, e um coro maravilhoso, tudo muito bem acompanhado do vocal poderoso de Florence Welch, que mostra várias nuances, altos e baixos, como a música. E ela combina com a série desde os dothraki de Dany até as lutas épicas de espada. E a letra, mais uma vez, parece que foi feita para a série e não para o filme (se bem que também tem um pouco a ver com o filme):

I was looking for a breath of life
A little touch of heavenly light
But all the choirs in my head sang ''no''
To get a dream of life again
A little vision of the start and the end
But all the choirs in my head sang ''no''
But I needed one more touch
Another taste of heavenly rush
And I believe, I believe it so
And I needed one more touch
Another taste of divine rush
And I believe, I believe it so
Whose side am I on?
Whose side am I?
Whose side am I on?
Whose side am I?

Também não posso deixar de comentar o vídeo que postei. Escolhi este porque além de ter as cenas da série, acho que também é uma das melhores montagens do tipo que eu já vi. A pessoa que fez (Sapphiamur) soube muito bem escolher as cenas, elas batem com as nuances da música, e os diálogos que ela (ou ele) escolheu são perfeitos, todos muito significativos. Não sei quem você é, mas está de parabéns. Fez um ótimo trabalho.

Assim, não me resta mais muita coisa, a não ser deixar vocês como vídeo:

terça-feira, 23 de abril de 2013

GoT 3x04 – And now his watch is ended

 

ATENÇÃO! SPOILERS DOS LIVROS! VOCÊ FOI AVISAD@! Leia por sua conta e risco.

GoT 3

Depois daquele final absurdamente chocante de Walk of Punishment, continuamos com Jaime e seu sofrimento por ter a mão decepada. E, exatamente como no livro (eu estava em dúvida se fariam isso), lá está a mão direita dele pendurada no pescoço. Se eu já me sentia mal ao ler, imaginando isso, vendo então… Mas eu nem sabia o que me esperava no decorrer do episódio, que foi cheio de altas emoções.

Mas vamos fazer como os produtores e ir aos poucos. De volta a Jaime. Ele está no seu cavalinho, mais pra lá do que pra cá, sem forças para nada. Atrás, Brienne visivelmente preocupada, e alerta que ele vai cair do cavalo, literalmente, e ali fica. Brienne, toda aflição, pula da sela e vai atrás dele, mas quem chega primeiro é Locke, e, como se não bastasse ter amputado Jaime, e deste estar no chão, não liga e parte para a ignorância. Jaime, mesmo sem a mão boa, ainda tenta se defender com a espada, o que eu achei muito legal, porque já adianta um pouco do que ele tenta fazer mais para a frente, que é justamente treinar a mão esquerda. Só para que Locke (ainda esperando que ele fale thapphireth – fafiraf, em português. Sacanagem, eu queria muito ver o Jaime tirando um sarro dele por isso) logo o desarme e ameaça cortar sua outra mão.

Mais tarde, já à noite, Jaime está ainda taciturno e Brienne conversa com ele, visivelmente impressionada por ele saber que Tarth é chamada a Ilha das Safiras, e o porquê, mas também questionando o porque de Jaime a ajudar. Ele não responde. Acho que nem ele sabe ainda. Mas Jaime está notavelmente apático e fraco. Brienne então fala para ele comer, o que ele acaba fazendo. Me cortou o coração quando Brienne pergunta o que ele está fazendo e ele responde que está morrendo. Todos os atores neste núcleo muito bem em cena, especialmente Nikolaj Coster- Wardau e Gwendoline Christie. E ficando cada vez mais patente a ligação dos dois personagens.

E de Jaime passamos a Bran e mais um green dream. Mais uma vez, Bran correndo atrás do corvo de três olhos, e Jojen entrando no seu sonho. Sinceramente, apesar de amar Bran, achei essa cena desnecessária aqui. Não mostrou nada demais, a não ser Cat recriando diálogo que tem com Bran para que ele não escale os muros de Winterfell. Se isso foi uma premonição dele sobre o que está por vir, achei meio precipitada, poderiam deixar para mais tarde. (SPOILER) O que me leva a especular se mostrarão Arya como warg em Nymeria e vendo sua mãe morta. Mas aqui, ficou mais para encher linguiça mesmo.

GillyDe Bran, corta para Sam. Lá estão os Patrulheiros sobreviventes na cabana de Craster, esfomeados e com os ânimos exaltados. Sempre uma combinação perigosa. Enquanto Edd (ai!) e Grenn reclamam de só escavar latrinas e lama, Sam vai visitar Gilly e o bebê. Aqui eu acho que caberia uma explicação do por quê Gilly ainda não nomeou seu filho, mas talvez isso ainda aconteça. Gilly está desesperada, e cobra de Sam a salvação que ele havia prometido. Hannah Murray mandando muito bem, seu desespero era palpável. E ela manda Sam embora, com a promessa de que ele vai pensar num jeito de tirá-la daquele lugar. Vou retomar Sam daqui a pouquinho.

E, ainda no meio do nada, Theon segue com “boy”, sem desconfiar de nada, e despejando a alma. Conta como se sentiu desprezado quando seu pai lhe deu apenas um navio para saquear a costa e de como se ressente do fato de que Yara recebeu 30 navios para tomar Deepwood Motte. E lá vão os dois pelos túneis da fortaleza, e daí eu tive um treco. Theon cai sentado enquanto “boy” abre o portão, e todo o arrependimento de ter tomado Winterfell, e a confissão de ter matado (ou melhor, deixado matar) os dois órfãos, o desejo não confessado de ser um Stark, culminando com a frase: “meu pai verdadeiro perdeu a cabeça em King´s Landing”. Dei piti, assustei minha gata, meu coração disparou, e eu mal tive tempo de me recuperar e “boy” abre o portão e revela quem realmente é, levando Theon de novo ao calabouço. MORRE LOGO RAMSAY MALDITO! Show de interpretação de Alfie Allen e Iwan Rheon, numa cena tocante e que eu acho que vai fazer muita gente reavaliar o Theon. A cara de sádico que ele (Ramsay) faz quando Theon finalmente descobre quem ele de fato é foi sensacional. E assim, num passe de mágica, passamos a odiar a carinha de anjo dele. Confira a cena abaixo:

E eu nem havia me recuperado disso quando voltamos à cabana de Craster, onde agora Rast e cia. compram briga com o velhote comedor de filhas. Se vocês se lembram, essa parte está igualzinha no livro, e na verdade faz parte de um complô de Rast e seus amiguinhos para um ataque a Comandante Mormont. Confesso que essa parte ainda é meio confusa para mim, mesmo tendo lido os livros duas vezes. Fato é que ao tentar defender Craster, Mormont acaba atacado e morre. And now his watch is ended. No meio de toda a confusão, Sam vê uma oportunidade e corre atrás de Gilly, e acaba saindo com a garota e o bebê. Mas não deu nem tempo de eu lamentar ou chorar a morte do Lorde Comandante, porque tudo aconteceu tão rápido, foi tão confuso. E não estou reclamando, os produtores conseguiram passar toda a sensação de ler essa passagem. Foi perfeita. Meu pobre coração já estava em frangalhos a esta altura. E gostei de ver Sam tomando o controle. Como John Bradley entrou rapidinho nesse outro lado de Sam. Perfeito. Ou quase. Ainda falta ele matar um white para virar o Matador.

E vamos passar para um núcleo um pouco mais tranquilo. Mais ou menos. Em King´s Landing, Varys convida Ros para um chá, e aqui fica evidente o papel da ruiva como espiã da Aranha. E é interessante notar que as proezas de Pod entre quatro paredes ainda rendem Alegre. O que leva a especular se tudo não passou de uma armação. Sinceramente? Eu não acho. Ros diz claramente que Mindinho nem notou a falta do dinheiro, e depois, é a cara do Tyrion uma coisa dessas. Lembrem-se da temporada passada e a famigerada cena de Joffrey com Ros e sua amiguinha. Mas agora pensei se não tem um dedo de Varys nessa história. De novo, acho improvável, mas nunca se sabe. E depois, acho difícil que consigam comprar o Pod, quem quer que seja.

Varys   Tyrion ANHWIE

Ainda com Varys, o que foi aquela cena dele contando a Tyrion como foi cortado? Qual o objetivo de manter o mago encarquilhado no caixote? Não tenho certeza, mas acho que isso não está no livro. Anyways, por outro lado é bom, porque mostra um lado mais implacável de Varys, que nem sempre aparece. Sim, ele pode se esconder atrás de um rosto empoado e boas maneiras, mas não duvide que ele é sim muito calculista e quando sua fúria aflorar, deve ser um espetáculo digno de se ver. Eu não duvido nada que ele tenha esse lado mais macabro.

Varys   Oleana ANHWIE

Mas, tirando essa máscara, ele coloca outra e vai visitar a Rainha dos Espinhos. Sequência sensacional. Diana Rigg e Conleth Hill em performances maestrais. De um lado, Varys, mostrando-se solícito e fazendo sua dose necessária de puxação de saco. De outro, Oleanna, não acreditando nem por um minuto, e com seu jeito direto e franco, indo direto ao assunto, que no caso é o fato de Mindinho estar interessado em Sansa. Achei muito bem colocado desta forma. No livro, fica claro que os Tyrell sabem das intenções de Mindinho, mas não sabemos como. Aqui, dá essa ideia de que foi Varys que informou, só que também ficou evidente que Oleanna já sabia disso. Ficou mais claro ainda que todo mundo espiona todo mundo e não há lugar salvo em King´s Landing. Não há privacidade e mostra que o jogo é muito mais sutil que batalhas sangrentas travadas pelo trono.

Joff   Margaery ANHWIEEnquanto isso, Margaery e Joffrey se encontram no Septo, com Cersei discutindo detalhes do casamento com Oleanna. Joffrey se delicia ao mostrar os restos de Targaryens enterrados dentro do Septo (aliás, que cenário mais lindo é esse, minha gente?), com uma precisão de detalhes impressionantes, e visivelmente deliciado pelo deleite aparente de Margaery com suas histórias. Margaery mais uma vez manipulando o garoto sem que ele sequer desconfie. Natalie Dormer mostrando mais uma vez que dominou a personagem e a faz com perfeição. Jack Gleeson também perfeito no papel, mostrando todo o sadismo de Joffrey, dessa vez de forma bem mais sutil. A cena culmina com a parição pública deles na porta do Septo, para horror de Cersei. Jack Gleeson brilhou aqui. Logo que Margaery propõe abrir as portas, com o discurso preparado, dizendo que falou da bravura (cof, cof! E ficou clara a ironia na voz dela) de Joffrey ao defender a capital de Stannis, Joffrey engole seco, claramente desconfortável com a situação. Nota dez para os atores.

E, bolada com isso, Cersei vai chorar as pitangas para seu pai. Além disso, ela já fica toda na defensiva, querendo saber porque não é ela a herdeira de Tywin, só porque é mulher. E lá vem solapada. “Não é por ser mulher que eu não confio em você, é porque você não é tão inteligente quanto pensa”. Ai, poderia ter ido pra cama sem essa, hem Cersei? Amargura palpável em Cersei. Lena Headey perfeita. E nem preciso falar de Charles Dance. Frio e direto e creepy como sempre. E vejam que ele não poupa nenhum de seus filhos. Acho que é ele que ganha o troféu de pai do ano (Balon Greyjoy e Randyl Tarly pelo menos favorecem um dos filhos). E Tywin foi firme ao dizer que deve aos Tyrell a vitória em Blackwater Bay, mas também deixou claro que não confia tão plenamente assim neles.

Sansa ANHWIEE Margaery vai atrás de Sansa, que está no jardim orando. Para quem leu os livros ficou claro o por quê de Sansa estar fazendo suas orações ali, mas não vou elaborar mais para quem não leu. Sansa visivelmente preocupada por ter sido descoberta ali. Mas Margaery chega como BFF, e com jeito meigo aos poucos ganha a confiança da garota. Mas Sansa mostra que está aprendendo a jogar, e não revela por quem rezou, nem porque estava rezando ali, e não no Septo. Margaery mais uma vez manipulando com maestria a situação, dizendo que pode tirar Sansa dali, se ela se casar com Loras. E observem que ela deixa claro que sabe muito bem a opção sexual do irmão, mas joga com a inocência de Sansa e diz exatamente o que a garota quer ouvir. Ambas as atrizes maravilhosas em cena. E também tenho que falar do cenário, que é lindo. Realmente souberam escolher a locação. Ah! Esqueci na resenha do episódio anterior que também amei a vista do castelo de Riverrun. Os Tullys podem não ter 10 neurônios entre si, mas sabem escolher muito bem a localização de seu imóvel Smiley piscando.

Beric ANHWIE

E em algum lugar no meio do nada, Arya segue com a Irmandade Sem Fronteiras, desta vez, tanto ela como Gendry encapuzados, para garantir que eles não saibam onde se encontram. Mais por precaução mesmo, porque não senti hostilidade de Thoros em relação a nenhum dos dois. Agora, as coisas são um pouco diferentes para o Cão. Esse sim como prisioneiro, e já começa seu julgamento. E lá vem ele com a ladainha de sempre, que todo homem gosta de matar, e mimimi. OK, ele até tem razão, os homens da Irmandade não podem exatamente estabelecer o exemplo. Mas o que está em jogo não é o ato de matar em si, mas o por quê matar. O Cão até que se sai bem das acusações, justificando seus atos como ordens cumpridas. Até que Arya, toda fodástica, toma a palavra e o acusa da morte de Mycah, seu amiguinho filho do açougueiro. Aí Clegane percebe que não tem escapatória. Ferrou. E para piorar as coisas. sai das sombras Beric Dondarrion, com a palavra final. Clegane bem surpreso por ver Beric ali. E tenho que dizer que a caracterização de Beric está linda, com o tapa-olho e a cicatriz na garganta. Gostei de Beric. Aliás, gosto dele no livro também. E lá vem ele como discurso sobre o verdadeiro deus, o Senhor da Luz, e mimimi. Ainda não dá para saber muito dele, foi muito pouco, mas senti o personagem um pouco mais ativo que no livro. (SPOILER) Só acho que ele tem que morrer e voltar pelo menos uma vez na série, antes de…deixa para mais tarde.

Dany his watch is ended

E acho que só falta eu falar da parte mais incrível do episódio: Dany. Lá vai ela entregar Drogon (yeah, right) para Graznys em troca de seus Imaculados (é tão estranho para mim me referir a eles assim. Estou acostumada com Unsullied. E a tradução está boa neste caso). Ela caminha com determinação, só para ouvir mais desaforos do carecão. Ela entrega Drogon, que puxa as correntes atrás de sua mãe. Me doeu no coração ver isso, mesmo sabendo que Dany não ia entregar o dragão. Só quem tem cachorro ou gato pode entender porque me senti assim. Enfim, enquanto Graznys luta com Drogon, gritando insultos em valiriano, eis que Dany começa a falar na mesma língua, surpreendendo todo mundo. E tenho que dizer que foi melhor que no livro. Isso porque no livro a gente sabe o tempo todo que ela fala valiriano, bem como seus empregados também sabem. Então na série foi muito mais impactante ver Dany desembuchando em valiriano. As feições de Missandei e Ser Jorah, de pura surpresa, foram sensacionais. Perfeitas. Dei mais um grito nessa hora. E ainda todo o discurso de Dany para os Imaculados, libertando-os, agora sim levantando um exército que a seguirá por amor, e não por dinheiro, como Ser Barristan havia mencionado antes. Digno de Aragorn em O Senhor dos Anéis e William Wallace em Coração Valente. Emilia Clarke em atuação impecável. E a cerejinha do bolo: DRACARYS! ISSO AÍ DANY! BURN, BABY, BURN! Queima tudo! E mais uma vez, aplausos para a equipe de efeitos especiais. Perfeitos. Em cenas assim que a gente percebe porque eles tem que escolher bem como vão gastar o dinheiro do orçamento, fazendo escolhas que nem sempre agradam todo mundo. É por isso que nem sempre vemos direwolves, e alguns personagens são incorporados por outros. Para cenas assim. De que adianta termos Orell e Varamyr se cenas cruciais como esta ficam a desejar? Sinceramente, eu prefiro que seja do jeito que está. E ainda nem chegamos ao famigerado nono episódio, que aí sim, deverá mostrar todo o investimento.

DAny ANHWIE 2

Enfim. não quero me precipitar, mas de novo, emoções dosadas, com um episódio oque misturou cenas de ação sensacionais e cenas dramáticas e de tramas políticas densas. A série está pegando ritmo, e o episódio passou muito rápido. Num minuto estávamos com Jaime quase caindo do cavalo, para no minuto seguinte Dany incendiar tudo. E agora a gente começa mesmo a ver que esta temporada vai ser épica. Quem leu os livros sabe disso, mas agora mesmo que não leu já percebeu. E isso é só o começo. Aguardem que muito mais nos espera.

Beijos e até o próximo post!

Dia Mundial do Livro

 

Acho que não foi por acaso que nasci nesse dia. Minha paixão pelos livros vem de berço, desde que nasci. Acho que isso explica muita coisa. Hoje é comemorado o Dia Mundial do Livro, além de ser meu aniversário.

Dia do livro

 

Também não por acaso, hoje é aniversário de Shakespeare, o grande bardo, autor de tantas peças e sonetos que até hoje inspiram e encantam.

Will Shakespeare

Sim, eu sei que esse é o Joseph Fiennes (irmão do Ralph Fiennes, The Dark Lord), mas desde que ele fez Will em Shakespeare Apaixonado, mudou como eu vejo esse grande poeta, que eu adoro. E de qualquer modo não poderia deixar de prestar minha homenagem.

Por enquanto é só. Beijos e até o próximo post!

sábado, 20 de abril de 2013

Citação do Mês

 

Essa é uma das minhas preferidas, de um dos meus livros preferidos:

Mesmo a menor pessoa pode mudar o curso do futuro”

Galadriel, O Senhor dos Anéis, J. R. R. Tolkien

E ela foi incluída na versão cinematográfica, então aí vai dos lábios da própria:

Beijos e até o próximo post!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

GoT 3x3 – Walk of Punishment

 

ATENÇÃO! SPOILERS DOS LIVROS! VOCÊ FOI AVISAD@!

E o post também é longo, então paciência até o fim, OK? Apesar de já estarmos no terceiro episódio, e a série estar pegando ritmo, ainda algumas introduções. No caso, dos Tully, e num momento tenso. Tudo começa com Robb e Blackfish empurrando a barcaça onde vai o corpo de Hoster Tully. Seguindo as tradições, Edmure lança uma flecha incendiária na barcaça. Ou melhor, tenta, em vão, 3 vezes. OK, perfeito, exatamente como no livro, onde se menciona o nervosismo dele nessa hora. E Tobias Menzies mandou muitíssimo bem. Atuação perfeita. Entra em cena Blackfish interpretado muito bem também por Clive Russell. Só o olhar de “como meu sobrinho é inútil” já valia a pena.

Tullys

Corta para dentro do castelo de Riverrun, onde Edmure comunica a Robb que tomou um moinho e dois mini Lannister, todo cheio de orgulho, só para levar um acorda para a vida de Robb, que havia ordenado que Edmure esperasse e atraísse Tywin até ele. Mais uma cena fantástica, com atuações brilhantes de Tobias Menzies e Richard Maddenlicious. A cara de Edmure ao ser repreendido pelo sobrinho muito mais novo e milhões de neurônios mais inteligente foi sensacional. E, só um adendo, Tobias interpretando uma versão mais ousada, mas ainda assim sem muita personalidade de Brutus, que ele havia feito em Roma. Falhas de personagem à parte, atuação brilhante, e outro acerto da produção. Tobias Menzies  captou Edmure direitinho.

blackfish

Quanto ao único Tully que tem cérebro, Blackfish, ele retorna em outra cena carregadíssima emocionalmente, com Catelyn se lamentado pela morte do pai e a parente perda dos filhos. Sim, Catelyn é uma estrupícia, mas não podemos, novamente, menosprezar a atuação de Michelle Fairley. Transmitiu com maestria toda a angústia de uma mãe que não sabe o destino dos filhos, inclusive se eles ainda estão vivos. Retomando um pouco o que eu havia dito aqui sobre o monólogo dela sobre Jon, esta cena humanizou a personagem, já preparando a audiência para o que está por vir. E aumentando o choque quando finalmente acontecer, tanto para quem não leu os livros como para quem leu. Sim, porque não acho que ninguém jamais estará preparado para o nono episódio, não importa quantas vezes tenha lido isso. E acho esse rumo da personagem de Cat muito interessante, e aguardo ansiosa a atuação dela depois dos eventos retratados no nono episódio. E Blackfish nisso tudo? Como eu disse, consolando a sobrinha e Clive Russell mostra como já entrou bem no personagem, retratando a sensatez e o caráter realista dele. Pessoalmente, acho que essa cena foi um dos pontos altos do episódio.

Antes de ir embora de Riverrun, vale mencionar a cena de Talisa cuidando do dois pequenos Lannisters (tadinhos! Sério! Eles não merecem o que vão receber). E dando vida aos rumores de que Robb vira lobo à noite. Fofíssima! Mas o que ela diz para eles: “vocês não tem nada a temer do meu marido” doeu. Justamente porque Robb eles podem não temer, mas aquela praga do Karstark está lá também. E daí vem mais caca, mas não posso adiantar mais que isso.

E de Riverrun passamos para King´s Landing, onde acontece a primeira reunião do Conselho Menor sob o comando de Tywin Lannister. E mais mudanças. A sala é menor, mais apertada, como ressalta Tyrion, e mais escura. Acho que justamente antecipando mais do que vem por aí, afinal esta temporada é provavelmente a mais sombria para muitos dos personagens, alguns inclusive presentes no Conselho. A cena foi fenomenal, com cada membro chegando e se deparando não só com uma sala diferente, mas com uma nova disposição das cadeiras. Mindinho, Varys e Gran Maestre Pycelle, todos surpresos com a mudança. Mas a surpresa maior terão Cersei e Tyrion, ao ver que as cadeiras não estão dispostas ao redor da mesa e sim concentradas em um lado, com Tywin na cabeceira, lugar que já deixa clara sua posição mais elevada.E começa a versão mais fodástica da dança das cadeiras que eu já vi. Cersei, linda e diva, não se intimida, pega uma cadeira e a coloca ao lado direito do pai, como a mostrar ao mundo como ela á importante, pois é o braço direito do pai e a única de quem Tywin pode se orgulhar. O sorrisinho irônico dela para Tyrion foi um toque de sutileza maravilhoso. Mas sua alegria dura pouco, pois Tyrion não se dá por vencido e, arrastando a cadeira, a coloca na cabeceira oposta a Tywin, ele sim em posição de igualdade. Peter Dinklage e Lena Headey sensacionais em cena, dispensam comentários. confira abaixo:

E eis que no meio da discussão do Conselho surge o assunto de Harrenhall e Roose Bolton, que inevitavelmente leva à situação de Mindinho como Lorde de Harrenhall. Tywin mantém a fortaleza sob o domínio oficial de Mindinho, mesmo que na prática isso não se observe (prenúncio de um certo casamento ?) e anuncia que Mindinho seria uma boa opção como marido de Lysa Arryn, assegurando assim o Vale como aliado e aumentando a lista de inimigos de Robb. Mindinho recebe a incumbência feliz, e Tywin nem desconfia dos planos do antigo mestre da moeda, cargo agora exercido por Tyrion, para grande satisfação de Cersei e horror do anão.

Mais tarde, ainda em King´s Landing, Tyrion consulta Mindinho sobre as incumbências do cargo que agora é seu, enquanto o primeiro se prepara para ir para o Vale. Mindinho passa tudo o que pode para Tyrion, que segue com Bronn e Pod entre os corredores do bordel de Mindinho. Conversa vai, conversa vem, Tyrion se dá conta de que não recompensou Pod por ter salvado sua vida. E aí vem a sequência mais hilária da série até agora desde que Ygritte humilhou Jon ainda na segunda temporada. podPara surpresa de Pod, o anão o presenteia com o mesmo que já havia oferecido a Joffrey antes: mulheres (leia-se p**as). E desta vez, Tyrion é ainda mais generoso, fornecendo logo 3 de cara para que Pod perca a virgindade. SEN-SA-CIO-NAL! Daniel Portman arrasou na cena, a cara de surpresa misturada com ansiedade foi perfeita. E desta vez, o anão acertou, pois o resultado foi bem diferente do que havia ocorrido com Joffrey. Passa um bom tempo, Tyrion está conversando com Bronn em seus aposentos, discutindo como irá manter as contas do reino, quando Pod retorna, com a cara bem satisfeita e com as moedas de ouro, deixando Tyrion, o expert em satisfazer as prostituas, e Bronn, concorrente de Tyrion no quesito, boquiabertos como fato de que as p**as recusaram o dinheiro Smiley surpreso! AÊ POD! VIORU O GARANHÃO DE WESTEROS!  O virgem conseguiu o que Tyrion e Bronn, com toda a sua experiência, nunca conseguiram. Agora só falta Jon, um dos últimos virgens de Westeros (ainda tem o Sam, que vai esperar um pouquinho mais) pegar emprestado um pouquinho desse sex appeal (tá chegando! E ele vai aprender direitinho! Smiley piscando). E a cerejinha do bolo: Tyrion pedindo detalhes copiosos do que ocorreu naquele quarto. Baba visível em Tyrion e Bronn. Chorei de rir! Smiley de boca aberta Sim, eu sei que essa cena não está no  livro, e Pod no livro é uma criança, mas levanta a mão quem acha que a cena foi fantástica e necessária sim, como um alívio cômico antes de toda a tragédia que se anuncia: o/

Pod   Tyrion details

E falando em Jon, vamos lá para Além da Muralha junto com Snowy Goodness. O grupo de Mance chega no Punho dos Primeiros Homens e se depara com uma cena grotesca: uma espiral desenhada com restos de cavalos mortos. Mance ainda ironiza, “os artistas”, mas fiquei pensando o significado daquilo. Vale lembrar que na primeira temporada, no prólogo, também há GoT S1 white walkersum desenho formado pelos restos humanos pelos walkers. Chama a atenção neste da primeira temporada o fato de todas as cabeças estarem voltadas para fora. Isso me lembra os rituais relatados por Derfel nas Crônicas de Artur, onde colocavam-se crânios humanos numa porta, por exemplo, formando o que eles chamavam de cerca-fantasma, para manter afastados os inimigos e o mal. Já no Punho, o desenho forma um espiral, o que para a simbologia celta (que creio que foi a inspiração), a espiral simboliza a união de duas grandes forças naturais, que dividem o ano em duas partes: uma clara e uma escura. Elas eram desenhadas em diversos rituais celtas, com significados diferentes: durante o Beltane (equinócio de primavera), ela representa a parte clara do ano e marca um período de ação exterior. Já no Samhain, ou seja, no equinócio de outono, ele cruza a parte escura do ano, marcando um período de busca interior e união de dois mundos: espiritual e material. Bom, a história se passa no outono, ou seja, o começo da parte escura do ano, e como diz Melisandre, a grande batalha será entre o bem e o mal, o gelo e o fogo.

White walkers espiral

Bom, abri espaço para especulação. Vivo dizendo que o nome da saga, As Crônicas do Gelo e do Fogo é bem sugestivo, e que Jon e Dany vão acabar se unindo. Também vivo dizendo que os produtores sabem como a saga termina e que eles colocam uns spoilers dos livros durante a série. Acho que este é mais um deles, e reforça o que eu venho dizendo sobre Jon e Dany desde o início.

A espiral também representa o movimento de evolução a partir de um ponto inicial, e um movimento sem fim. É associada com o feminino e a fertilidade e a vida e é um símbolo auspicioso (leia mais aqui). Eu acho que a simbologia celta tem mais a ver com a série.

Mance   tormundRetornando a Mance, Jon e cia., vem a parte mais assustadora. Mance interroga Orell, que havia dito que tinha visto “corvos mortos”. Mance esperava encontrar os restos dos Patrulheiros que foram atacados, mas nada. Gelei, junto com Jon e cia, que já sacou de cara o significado disso. Frente a isso, Mance planeja um ataque a Castle Black, pelo meu ponto de vista, porque quer proteger seu povo do que está por vir. Então, ele manda Tormund escalar a Muralha e levar junto Jon, não sem antes dar um bullying básico em Jon: “Se ele não se comportar, jogue-o da Muralha e veja se corvos pode voar”. Tadinho do Jon, só porque ele é bonitinho (bonitinha sou eu, ele é lindo!)!

Sam   GillyEnquanto isso, respondendo à pergunta que Jon havia feito sobre sobreviventes, os Patrulheiros restantes chegam à cabana de Craster. E dentro da cabana, Craster nota a redução do número de Patrulheiros enquanto Gilly se esgoela em algum lugar dando luz a seu filhinho. Depois de sofrer um bullying básico de Craster por ser fofinho (ri mesmo seu velho idiota! Mal sabe você que o gordinho vai traçar a sua filha! É, Sam, quem ri por último ri melhor!), e da ameaça de Craster de bater em Gilly, Sam, sem aguentar mais tanta baboseira, sai e vai atrás de Gilly. Só para chegar assim que nasce o garoto e da triste constatação de que é um menino. O olhar que os dois trocaram disse tudo. Já mostrou toda a cumplicidade entre os dois. John Bradley e Hannah Murray mandaram muito bem, e sem dizer nada. E, antes de chegar, para quem estava preocupado com a falta de Ghost ao lado de Jon, a série também já deu um jeito ao mostrar que o lobo vai embora, se afastando de Sam, certamente para ir atrás de seu dono. Isso já era bem previsível, eu já imaginava que fariam algo do tipo. Assim, eu penso que Ghost ficou com Sam enquanto ele mais precisava, e vai retornar a Jon justamente quando Jon mais precisa. De novo, acho muito legal essa ligação deles. Mostra que Sam realmente é um dos poucos em quem Jon pode confiar a vida.

Hot pie´s breadPartindo para a estalagem no meio do nada, mais uma despedida. Thoros de Myr se prepara para ir embora, junto com Arya e Gendry. Lá vem o Cão e mais bullying (esse episódio foi cheio! Smiley piscando): “você é muito feio, não quero te ver mais". HIHIHI. Arya, toda cheia de fazer marra, enfrenta Clegane, perguntando se ele se lembra da última vez que ele esteve ali, se referindo ao massacre de seu amiguinho filho do açougueiro, morto pelo Cão na primeira temporada. Claro que o Cão se lembra, mas finge que não. É aí que vem Hot Pie, com um pão com forma bem tosca de lobo, para se despedir de Arya e Gendry. Que cena mais fofa, minha gente! Adorei! O que já me deixa o coração apertadinho, imaginando como será a despedida de Arya e Gendry (prevejo lágrimas).

Theon WoPDe Sam passamos a Theon, ainda crucificado, mas recebendo a ajuda do “boy” que a gente sabe muito bem quem é. Raiva,muita raiva! E o pobre Theon, sem desconfiar de nada, ainda promete uma recompensa a este digníssimo FDP! Parte meu coração. E lá vai Theon, montado num cavalo branco, só para mais tarde ser “surpreendido” por um bando de homens mau-encarados. Entre aspas porque não tem nada de aleatório nesse encontro. Começa a caçada ao Theon, ameaça de estupro e mais sofrimento. Mas eis que na hora H, surge o Arqueiro Verde (ops, série errada) e o salva do perigo, ganhando ainda mais a confiança de Theon. Mais um show de Alfie Allen, e a quimica entre ele e Iwan Rheon é ótima. Precisa ser. E não se engane, isso é só parte do esporte. Se você ainda não entendeu, fique tranquilo que quando a hora chegar, eu explico melhor. Talvez nem todo mundo saiba, mas nestas cenas estamos testemunhando a construção de um personagem com perfeição.

Ramsay WoP

Em Dragonstone, Melisandre se prepara para deixar Stannis por um tempo, para desespero do que se acha o verdadeiro rei. Mais uma cena que eu chorei de rir. Stannis todo fogoso (Oi? Quem é você e o que fez com Stannis?), pedindo mais um filho à Mulher Vermelha (mentira, ele quer é sexo. Acabou gostando da brincadeira Smiley piscando) só para ouvir isso: “Seu fogo está se apagando, meu rei”. Tradução para quem não entendeu: você está broxa e vou atrás de um jovenzinho bem bonitinho e gostosinho para me satisfazer. Smiley de boca aberta. E mais nada. Mas valeu para ver a atuação impecável de Stephen Dillane e Carice van Houten. E, pode ter sido impressão minha, mas a perspectiva de ir atrás de carne nova parece ter dado uma rejuvenescida em Mel. Melhor que botox Smiley piscando.

Stannis   Mel WoP

Enquanto isso, em Astapor, Dany passei pelo famigerado Walk of Punishment, que dá nome ao episódio, tenta em vão dar água a um escravo e discute com Jorah e Barristan o seu futuro: será melhor ir embora ou comprar um exército? Pessoalmente, eu adorei quando Ser Barristan diz que Rhaegar levantou um exército de homens que o seguiam por acreditarem nele, e não porque ele os havia comprado. Não me entendam mal, eu adoro Ser Jorah, e entendo a situação de Dany e sei o papel que os Imaculados terão, mas acho que tem mais valor o que Ser Barristan disse. De todo o jeito, Dany volta a negociar e anuncia que quer comprar todos os Imaculados. Claro que o tal lá recusa, mas daí veio o melhor blefe da história de Westeros (can´t read my, can´t read my, no he can´t read my poker face…Me veio na cabeça na hora): eu te dou um dragão em troca. OK então. E Coelhinho da Páscoa e Papai Noel existem. E ainda pede Missandei de presente. D*I*V*A*. Maravilhosa! E voltando a falar como khaleesi, mantendo a autoridade e ameaçando Jorah e Ser Barristan caso eles contestem suas ações em público novamente. Essa é a Dany que a gente conhece e ama.

dany walk of punishment

E só falta falar do casal sensação da série: Jaime e Brienne. Eles começam numa floresta a caminho de lugar nenhum, ao som de The bear and the maiden fair, para variar discutindo e Jaime dando sábios conselhos em como ser estuprada sem muito trauma. Aí quem já está reclamando: aprendam a pegar as ironias! E este diálogo, onde Jaime fala para Brienne fechar os olhos e imaginar Renly foi um dos mais irônicos que eu já vi. É óbvio que os escritores não são a favor do estupro e essa fala não é a sério. Mas ela se encaixa na realidade enfrentada por Brienne. E mostra na verdade uma preocupação genuína de Jaime em relação a Brienne. E mais tarde, já à noite, quando este momento quase chega, e Jaime vem com aquela lorota das safiras, mais uma vez, mostra a preocupação genuína de Jaime. Perfeito. Mais uma vez, o olhar de Brienne agradecida depois de Jaime a salvar, disse tudo. Milhões de mensagens passaram entre os dois somente com o olhar, sem uma palavra. Ambos os atores, Nikolaj Coster-Wardau e Gwendoline Christie, mostram que está perfeitamente à vontade em seus respectivos papéis. Atuação mais uma vez impecável. E o ápice: a mão cortada de Jaime, recompensa por inventar lorota. E Noah Taylor, com Locke, que incorpora características de Vargo Hoat, também perfeito no papel.

Locke

Melhor episódio até agora, e dá para perceber que realmente os produtores estão dosando bem as emoções, aumentando gradativamente. Reservando tudo para o que está por vir. Antes de terminar, preciso comentar The Bear and the Maiden Fair. Adorei que este episódio acabou com ela, quebrando a tensão deixada pela amputação da mão de Jaime, e também adorei a música, bem debochada exatamente como no livro. Com uma batida moderna, mas quem sou eu para falar alguma coisa? Sempre atribuo as músicas mais improváveis aos livros, mas sempre por algum motivo (geralmente é porque e letra bate com alguma coisa).  Então, só nos resta esperar angustiados pelo próximo episódio, que só pelo nome, And now his watch is ended, já anuncia fortes emoções. E deixo vocês com a versão do Hold Steady de The Bear and the Maiden Fair.

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sepulcro – Trilogia Languedoc #2 – Kate Mosse

 

SepulcroEm Sepulcro, duas histórias paralelas estão separadas por mais de um século. Em outubro de 1891, a jovem Léonie Vernier e seu irmão Anatole saem apressadamente de Paris para a Herdade de Cade, a imponente propriedade da família de sua mãe, próxima da cidadela medieval de Carcassonne. O rapaz corre risco de vida e divide um segredo com sua tia Isolde, que mora no local. Logo, Léonie também terá seu segredo guardado sob a copa das árvores das florestas escuras da região, dentro da sinistra câmara mortuária que ali se esconde desde tempos imemoriais. E cuja chave é um baralho de tarô muito particular, de poder inimaginável.

Mais de cem anos depois, em outubro de 2007, a bordo de um trem recém-saído de Paris, Meredith Martin tem muito sobre o que refletir. O que a leva ao exclusivo Hotel Herdade de Cade parece ser apenas a pesquisa de uma biografia do compositor Claude Debussy. Mas ela sabe que há mais: o desejo de descobrir as origens de sua família, que parecem remontar à misteriosa região. A velha partitura de piano amarelada e as fotos antigas que foram só o que sua mãe lhe deixou são a única chave de que dispõe. E as cartas, em que até então nunca acreditara.

As encruzilhadas que ligam Léonie e Meredith são o grande mistério de Sepulcro. Os antigos enigmas que as cercam - se desvendados - podem levar a um grande tesouro, de serenidade e crescimento pessoal.

Apesar de ser sequência de Labirinto, a história é na verdade independente. Alguns personagens reaparecem, mas não faz mal não ler na sequência. Só o que ela tem de comum com o livro anterior é a localização, na região e Languedoc, na França.A estrutura deste é semelhante: as histórias de duas mulheres se cruzam através do tempo. E a narrativa se divide entre 2007 e 1891.

Léonie Vernier, uma moça de 17 anos, fútil, avoada e infantil, mora com sua mãe, Marguerite, e seu irmão Anatole, em Paris em finais de século XIX. Ela é uma típica heroína romântica, lê muito e tem uma imaginação muito fértil. Mas não enxerga nada além de seu mundinho de rendas, vestidos e idas à Ópera. E ela permanece assim por quase o livro inteiro, só acorda e melhora um pouco no final. Após testemunhar o ataque dos opositores da Alemanha em Paris, justamente na Ópera (agora não lembro, mas acho que era de Wagner) e de outros acontecimentos, ela é convidada juntamente como irmão a passar um tempo na propriedade da família em Herdade do Cade, em companhia da tia. E é lá que sua vida vai mudar radicalmente

Anatole, irmão mais velho de Léonie, tem todo o jeito de homem da casa, já que sua mãe é viúva. É um jornalista falido, que enfrenta uma campanha de difamação que o obriga a se afastar de Paris por um tempo, não por acaso coincidindo com a viagem de sua irmã. Anatole aparenta ser o jovem equilibrado e seguro na frente de sua família, mas tem um segredo que o persegue. Consequência de seus atos, mas não posso revelar mais do que isso. Basta saber que sua vida está em risco por causa disso. Longe da família, Anatole se comporta de maneira paranoica e desconfiada. Também por vezes eu acho que ele tenta ser muito autoritário, e egoísta. E no fundo é tão superficial como Léonie.

Preciso também falar de Isolde, sua tia. Viúva jovem, refinada e reservada, é amável, mas sofre com uma saúde frágil. Não tem mais muita coisa sobre ela. Apesar de importante, ela é secundária, e aparece no livro somente pelo foco de outros personagens. Chama atenção em relação a ela que um personagem querido de Labirinto retorna como um de seus amigos, e fiel ajudante de Léonie: Audric Baillard.

Já em 2007, Meredith Martin viaja pela França a pretexto de uma pesquisa sobre Claude Debussy, cuja biografia escreve. Mas na verdade, ela vai atrás de suas raízes na região de Languedoc. Meredith é minuciosa e racional. Mas a leitura de um tarô a faz mudar algumas coisas, e a partir daí, sua busca será mais pessoal que nunca.

Em sua busca, Meredith encontra Hal, um jovem inglês que perdeu seu pai recentemente num acidente de carro muito estranho. Inconformado com a falta de interesse aparente da polícia, ele faz sua própria investigação, sem imaginar que sua vida pode ser posta em risco por causa disso. Mas Hal não sossegará enquanto não colocar todos os seus demônios para trás.

Completando os personagens principais em 2007, é bom chamar atenção para Julian, tio de Hal, e dono do hotel Herdade do Cade. Julian é ambicioso e obcecado por um baralho de tarô antigo, que tem ligação com Léonie e Anatole, e também com Meredith. E não irá parar por nada para conseguir o que quer. Inescrupuloso, ele sabe ser charmoso e encantar quando quer, mas sempre com um sorrisinho cínico e cheio de segundas intenções.

Como eu disse lá em cima, este livro também se divide em duas partes: em 1891 e 2007. Mas eu sinceramente prefiro a parte em 2007. Os personagens são mais profundos e, na minha opinião, mais bem construídos. A ação também é maior em 2007. Outra coisa que deixou um pouco a desejar foi Debussy. Quer dizer, ele foi o pretexto para a história se passar em 1891, e a desculpa encontrada por Meredith para ir à França, mas fora o fato de ser vizinho dos Vernier em Paris, nada mais se fala dele. Certo, um pouco da sua biografia, mas na verdade, me pareceu mais para encher linguiça. Ele não é fundamental para a história, que passaria muito bem sem ele como desculpa, e do meio do livro para a frente, sai por completo de cena, nem aparecendo nas pesquisas de Meredith mais. No geral, é um livro envolvente e de leitura boa, mas a autora não soube aproveitar o gancho de Debussy e nem desenvolveu um clima de mistério tão bem como em Labirinto, deixando muitas pontas soltas, que acho que não serão sanadas no último livro da trilogia, Citadel (que eu procurei no site da Suma das Letras, mas não achei, ou seja, nem sei se vai sair por aqui) parece ser também independente. Fora isso, eu recomendo.

Trilha sonora

The phantom of the Opera, aqui com Sarah Brightman e Michael Crawford, mas qualquer versão vale. Apesar de mencionar só uma vez, Clair de Lune e Nocturne, de Debussy e finalmente Crawling in the dark, do Hoobastank.

Se você gostou de Sepulcro, pode gostar também de:

  • Labirinto – Kate Mosse.

terça-feira, 9 de abril de 2013

GoT 03x2–Dark wings, dark words

 

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS LIVROS!

GoT 3

Bom, como sempre, não vou falar na ordem dos acontecimentos, mas conforme for me lembrando, OK?

Uma coisa que muita gente (quase todo mundo, really) estava esperando (e muitos caíram matando ano passado pela falta) foi os Reed. OK, OK, eles tinham que aparecer antes, mas, vem cá? Mudou alguma coisa na história? Winterfell ainda queimou, Bran e Rickon tiveram que fugir e eles se encontraram agora. Gente, entendam que se trata de uma adaptação, e que os produtores precisam fazer escolhas. Eles tem um orçamento para seguir, e Game of Thrones já é a série mais cara produzida pela HBO, e se fossem colocar todos os personagens, ia ser realmente “infilmável”.

Jon   Robb   Bran

Bom, desabafo à parte, Jojen não entra em cena logo. Primeiro vemos Bran em um de seus green dreams, andando pela floresta. E, caraca, como o Isaac cresceu! Eu tinha visto a cena da primeira temporada, com ele, Kit Harington e Richard Maddenlicious treinando com o arco no dia anterior, e ao ver a cena recriada aqui, seven hells, ele está quase do tamanho de Kit e Maddenlicious! Fiquei boquiaberta. E bem no final do sonho, aparece Jojen, com um sorrisinho metido…e Bran acorda. E como os lobos estão grandes também! Quando Ghost apareceu no primeiro episódio, não deu para ter uma ideia clara.

Bran   Jon   Robb

JojenAvança um pouquinho, e logo Jojen chega de verdade. E já deu para sacar o ar de última Bono de chocolate do garoto, não? Um pouco diferente do livro. Aqui ele é mais seguro de si, e eu acho que isso foi bom. Vamos convir que se o garoto tem os green dreams e sabe o que vai acontecer, ele pode se dar o direito de ser um pouquinho metido. E Thomas Brodie-Sangster (vish, nominho complicado) fez o papel muito bem. Levei um susto com a voz grave dele, mas gostei do resultado. E junto com ele, claro que vem Meera, na defensiva, como Osha. E já começa um climinha de rivalidade entre as duas. Sim, eu sei que no livro não é assim. Mas calma lá. Para nós, que lemos, faz todo o sentido que Meera, Jojen e Hodor fiquem com Bran enquanto Osha fica com Rickon. Mas vamos pensar em quem NÃO leu um minutinho. Chega lá na hora que eles tem que se separar, e daí que quem não leu vai ficar boiando querendo saber por quê. Eles tinham que criar um atrito para justificar a separação. E, pelo pouco que deu para ver de Meera, foi ótimo. Ellie Kendirck foi muito bem, mostrando que Meera sabe o que faz. A provocação de Osha, sobre ela ter que defender o irmão, foi bem colocada, uma pitadinha de humor, e como eu disse, serviu para mostrar a animosidade entre as duas. Gostei de como, igual à temporada passada, inventaram um transporte alternativo para Bran, porque Isaac não para de crescer. Só não ficou legal a declaração de bromance entre Jojen e Bran: eu fui atrás do mais importante: você. Menos, molecada, menos, já basta Stannis e Davos. Fala meio despropositada. E podia jurar que na hora que Jojen deixa Summer cheirar sua mão, o lobo ia levantar a perna e marcar o território Smiley de boca aberta.

Meera

Corta para Sam, ainda penando Além da Muralha, se arrastando e quase ficando para trás. Exatamente como no livro. Me partiu o coração ele falando para Edd (sniff, sniff) e Grenn que eles o abandonaram. E chama atenção Rast dizendo que não vai morrer por Sam,  (SPOILER) o que é exatamente o que acontece. Não sinto pena de Rast, principalmente porque eu tinha acabado de ver um episódio da primeira temporada em que Rast é especialmente ruim com Sam. Mas coloca as coisas em perspectiva. Inclusive com a declaração de Comandante Mormont proibindo Sam de morrer.

Jon 3x3Ainda Além da Muralha,mas agora com Snowy Goodness. E mais um cara que todo mundo estava ansioso para conhecer: Orell, que vai fazer as vezes de Varamyr também (de novo, contenção de gastos, people!). Achei bem legal ele warging, com o olho revirado e todo branco, como Storm. E eu não sei vocês, mas eu consegui ver as engrenagens rodando na cabeça de Jon quando explicam para ele o que é um warg, tipo: será que eu também sou um? Kit Harington fez bonito, assim como Mackenzie Crook (Orell) e Ciarán Hinds. E não podia deixar de ter um bullying básico de Ygritte: você não sabe o que é um warg? Como???? You know nothing, Jon Snow!!! Linda!

Orell

Mais ao sul, em Harrenhall, mais exatamente, Robb recebe a notícia da morte de seu avô. E aí, você que estava se contorcendo porque no livro ele não vai para Harrenhal (sério, não dava para adivinhar que isso ia acontecer?) descobre que eles deram um jeito de separar Robb e aquele verme Roose Bolton (morre logo, praga!), dizendo que enquanto ele vai para Riverrun, esta besta fica em Harrenhal. Pronto, problem solved. E também há a má notícia, da queda de Winterfell. Brilhante como na série eles fizeram direitinho, parecendo que Ramsay (você também, morre logo, praga! Já vou falar mais dele) chegou tarde e que viu Winterfell queimando. Nada do paradeiro de Bran e Rickon e o desespero de Catelyn (muito bem em cena, aliás. Falo mais dela daqui a pouco): nenhuma notícia de Theon? E corta para…

Theon 3x3Ai. AI! THEON! Daí você, Theon hater, vê que eu tinha razão em falar que ele não merecia o que vem por aí. E olha que na série, pelo menos por enquanto, deram uma amenizada na coisa. Ainda assim, cenas fortes. O grito dele, a corda apertando…doeu em mim. Alfie Allen, só para variar, dando show. E não convencendo ninguém naquela sala sobre os motivos de tomar Winterfell. O que faz todo o sentido, porque ele só começa mesmo a ter consciência de que é mais Stark que Greyjoy muito mais tarde. E não é que ali, bem quietinho, vemos Iwan Rheon (eita, outro nominho complicado. Não sei nem falar isso) como “boy”, mas nós que lemos o livro sabemos muito bem quem é. Não vou elaborar mais para não dar spoiler caso haja alguém aí que ainda não leu o quinto, mas adianto que vai dar muita, mas muita, raiva dele.

Voltando para Catelyn. Agora na estrada para Riverrun, lá está a outra praga Karstark buzinando no ouvido de Robb que ninguém gosta da Talisa, a vingança por seus filhos, mimimi. A mesma ladainha de sempre (de novo, morre logo,praga!). Robb nem aí, com jeito de cala a boca que ninguém te aguenta mais seu velho idiota, enquanto Talisa, meio desajeitada desmonta e senta perto de Catelyn, que está fazendo aquele enfeite para os deuses protegerem os filhos. Talisa, toda linda e solícita, se oferece para ajudar. Catelyn, delicada como um mamute, já dá uma patada na coitada. Ninguém pode acusar de Talisa de não tentar contentar a sogra, apesar de seu casamento ter sido uma tremenda irresponsabilidade. Bom, Catelyn tenta remediar explicando que só uma mãe pode fazer o tal negocinho. Talisa então pergunta se ela já havia feito algum uma vez, e a estrupícia diz que sim, duas vezes. Bom, uma vez a gente viu, enquanto Bran estava em coma. Mas daí vem a bomba: da outra vez, um dos meninos teve varíola, e quase morreu, etc, etc. Não sei vocês, mas daí eu já desconfiei o que ela ia falar, mas foi uma bomba do mesmo jeito: o garoto foi Jon Snowy Goodness. Dei um grito, assustando a minha pobre gata (ela sofre junto comigo quando assisto Smiley piscando). E depois ela choraminga que é sua culpa toda a tragédia que se abate sobre a sua família, por ela ter quebrado a promessa de que iria amar Jon como se fosse seu filho (prêmio mãe do ano para ela. Não me conformo como ela pode deixar seu filho pequeno e em coma para se meter no que não devia, e depois vem com essas). Bom, se isso te ajuda a dormir à noite, estrupícia. Sim, foi tudo culpa sua e da sua burrice, mas whatever works for you. Cena muito bem conduzida, tanto Oona Chaplin como Michelle Fairley muito bem. E eu sei que não está no livro, mas acho muito legal que tenham colocado o ponto de vista de Catelyn.

Cat prayer

Joffrey pradaVamos para King´s Landing e logo de cara já aparece Joffrey em seu momento de princesa, experimentando vestido, ops!, uma capa muito de “machu(cado)”. Na mesma sala está sua mommie dearest, Cersei, falando de política, e claro que o assunto Margaery vem à tona. Fica claro que apesar de toda a bajulação, Joffrey só se casa mesmo por obrigação (acho que ele nem é tão chegado assim, se vocês me entendem). Cersei perfeita fazendo a cabeça do filho, e Jack Gleeson,para variar, brilhando. E logo mais um show: Joffrey e Margaery. Lá está a besta sendo manipulada pela outra (hehe) quando chega Margaery toda linda e flutuante num vestido com um decote que era quase um abismo. E a besta nem sequer nota. Mas a garota não é boba, e manipula Joffrey direitinho, com o mesmo discurso que já havia utilizado com Renly: você é orei,pode fazer o que quiser. E daí, acrescentando motivos para ser o rei idiota e louco que todo mundo detesta, Joffrey declara que fará com que a homossexualidade seja crime. Mas a manipulação de Margaery dá certo e logo lá está ele ensinando a garota a usar a besta (a arma, não a humana). Chama a atenção o que Joffrey diz nessa hora. Quando pergunta se Joffrey acha que ela pode matar, Joffrey responde a Margaery: sim. (SPOILER) Ele nem sabe o quanto está certo. De novo, cena muito bem conduzida, e a química entre Jack Gleeson e Natalie Dormer é ótima.

Joff   Margaery 3x3

Ainda falando dela, uma cena que muita gente queria muito ver: o jantar de Sansa com a Rainha dos Espinhos. Uma palavra: MARAVILHOSA! Adorei a apresentação de Diana Rigg, que arrasou em cena, e apresentou a Rainha dos Espinhos perfeitamente. O mesmo senso de humor ácido e o jeito direto do livro. E Sophie Turner fantástica em cena, transmitindo habilmente todo o conflito da personagem: conta a verdade ou mente? E ela se atrapalhando, misturando as duas coisas foi sensacional. As três atrizes em cena brilharam. E pouco antes, Loras levando Sansa ao chá, mais uma ótima cena. Finn Jones totalmente no papel. Adorei a conversa dos dois, Sansa toda tolinha perguntado se ele se lembrava de dar a rosa vermelha para ela no Tornei da Mão, e ele: mas eu só tinha olhos para o Renly! Sensacional.

Queen of thorns

Antes de ir embora de King´s Landing, vale comentar a cena entre Shae e Tyrion. Peter Dinklage sempre magnífico e Sibel Kekilli linda como Shae. A cena entre eles, como sempre, fofa. (SPOILER) E chama a atenção para a introdução do motivo para a traição de Shae mais tarde. Já disse que gosto bem mais da Shae da série. Ele é mais profunda, e não é fútil como a do livro. E antes de você reclamar porque ela é diferente, vamos pensar um pouquinho em quem não leu os livros e não tem como saber que Shae é interesseira. Ela precisa de um motivo para trair o anão. E a atração de Tyrion por Sansa é um motivo tão bom quanto.(SPOILER) E ademais, o fato de ela realmente gostar dele na série só vai fazer com que a traição dela seja ainda maior, e vai dar muito mais raiva.

Enquanto isso, em algum lugar perdido de Westeros, Jaime e Brienne seguem em seu caminha até King´s Landing. E para variar, discutindo. No caso, sobre a sexualidade de Renly. Foi fofo Brienne defendendo Renly. E Jaime dizendo: não escolhemos quem amamos. Ele sabe disso melhor que ninguém. A química entre os dois é incrível também. Adoro como Nikolaj Coster-Wardau retrata Jaime. Perfeito. E Gwendoline Christie também encarna Brienne maravilhosamente. E o duelo dos dois no final? 10! Só para chegarem os malditos Bolton. Mas aí são cenas do próximo episódio Alegre.

Jaime   Brienne 3x3

E em algum outro lugar, Arya, Hot Pie e Gendry (suspiro) continuam seu caminho para lugar nenhum. Arya tomando o comando (já sabemos quem vai mandar em casa, certo?) e enfrentando todo mundo intempestivamente. Linda. Hot Pie sendo Hot Pie e Gendry meio que seguindo os passos de Arya. Mais uma vez, deu para notar que Maisie Williams deu uma espichada. E as interações entre ela e Joe Dempsie (agora nos créditos iniciais) são ótimas.(SPOILER) Fico com o coração apertadinho ao pensar que nessa temporada eles se separam. Anyways, de volta à cena. ela foi exatamente igual ao livro, com Anguy e Thoros chegando. Não deu para ver muito de Thoros, que é um personagem que eu estava muito ansiosa para ver. E acaba com eles encontrando o Cão, de novo, exatamente como no livro. Show de bola. Esperando muito ver Arya e o Cão.

Arya   Gendry   Hot Pie 3x3

O segundo episódio foi melhor que o primeiro, e passou muito rápido. Como eu disse antes, parece que eles estão dosando as emoções. E essa temporada promete muitas delas, então prepare seu coração que as coisas só tendem a esquentar.