quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Música do Mês – Remy Zero –Perfect Memory

 

Eu não ia escrever sobre essa música. Na verdade, eu não tinha muito aideia de qual escrever, pensei em uma velhinha do A-ha (fica pra próxima), mas daí aconteceu a tragédia em Santa Maria e me veio essa música na cabeça. E resolvi fazer uma pequena homenagem às vítimas. Indignação (gigante) de lado, estou aqui para que, quem sabe, se alguém que perdeu um amigo, um familiar, e também você, que está, como eu, a quilômetros de distância, possam encontrar um pouco de conforto e, se por alguns poucos minutinhos, conseguir esquecer da dor.

Perfect memory está no álbum The Golden Hum, que é de 2004. Mas eu conheci a música pela trilha sonora de Smallville, que já disse que é excelente. Ela é uma das minhas preferidas, já usei até em atividade em aula.

Começa bem calminha, com uma batidinha gostosa, mas já trasmite uma creta nostalgia. E isso fica evidente com a letra, que vocês podem acompanhar, em inglês e português, no vídeo. Apesar do tom leve, ela é triste, fala de morte, mas de uma forma delicada, agridoce, melancólica. Aos poucos ela vai subindo, e ganha força. E ao mesmo tempo, a letra é confortante. Confiram aí:

Às famílias e amigos das vítimas, lembrem-se deles pela alegtria, pelo riso, pelo que passaram juntos, o cheiro, o toque, a voz. Lembrem-se disso. Não da tragédia. Espero que a justiça seja feita, que possam encontrar conforno sabendo que esse fato não tenha passado em branco, como tantas coisas passam.

Fica aqui minha homenagem. É pouco, eu sei, mas se alguém conseguir se sentir um pouquinhoo melhor com isso, já me sinto bem. Não quero me aproveitar da dor alheia, não faço isso para divulgação, simplesmente me solidarizo com quem está passando por esse momento difícil. E para isso, não é preciso conhecer ninguém lá. Basta ser humano.

In memorian pelas vítimas de Santa Maria. May God rest their souls.

Finale – Hush, hush #4 – Becca Fitzpatrick

 

FinaleNora e Patch pensavam que seus problemas tinham ficado para trás. Hank estava morto, e seu desejo de vingança não precisava ser levado adiante. Na ausência do Mão Negra, porém, Nora foi forçada a se tornar líder do exército nefilim, e era seu dever terminar o que o pai começara — o que, essencialmente, significava destruir a raça dos anjos caídos. Destruir Patch. Nora nunca deixaria isso acontecer, então ela e Patch bolam um plano: os dois farão com que todo mundo acredite que não estão mais juntos, manipulando, dessa forma, seus respectivos grupos. Nora pretende convencer os nefilins de que a luta contra os anjos caídos é um erro, e Patch tentará descobrir tudo o que puder sobre o lado oposto. O objetivo deles é encerrar a guerra antes mesmo que ela venha a eclodir. Mas até mesmo os melhores planos podem dar errado. Quando as linhas do combate são finalmente traçadas, Nora e Patch precisam encarar suas diferenças ancestrais e decidir entre ignorá-las ou deixá-las destruir o amor pelo qual sempre lutaram.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS OUTROS LIVROS DA SÉRIE HUSH,HUSH!

Depois de matar Hank Millar e assumir o controle do exército nefilim, Nora e Patch agora tentam um jeito de evitar a guerra iminente entre os anjos caídos e os nefilins, colocando um fim na escravidão que os nefilins sofrem todo ano com a possessão de seus corpos pelos anjos caídos. E como estão em lados opostos, eles tem que manter seu namoro em segredo e ainda por cima, quando em público, tem que mostrar que não estão mais juntos, que não se suportam.

E para deixar a farsa ainda mais realista, entra em cena Dante, um nefilim aliado de Hank, que acaba topando se fingir de namorado de Nora, enquanto sabe que ela ainda namora Patch em segredo. Ele também toma para si a tarefa de treinar Nora para a guerra, que para ele é inevitável. Também porque ele fez um a promessa a Hank que iria proteger Nora. Se você achou que foi muito fácil para Dante aceitar o fingimento em relação a Nora e Patch, você tem razão. Mais uma vez, nem tudo é o que parece, e fica claro desde o princípio que Dante tem um plano e não conta tudo o que deveria para Nora. Só que ela, bobinha, acredita e confia no sujeito cegamente.

Por outro lado, o relacionamento de Nora e Patch está mais forte do que nunca, apesar das inseguranças e ciúmes dela. Sério, chega a ser patético, não que eu não  entenda. E se você pensou em Dabria quando mencionei o ciúme, acertou de novo. Sem brincadeira, Patch já cansou de dizer que não tem mais nada com ela, mas Nora continua teimando. Claro que Dabria não facilita nada, mas depois de tudo que eles passaram juntos, acho que está mais do que na cara que para Patch só existe Nora, não? Isso irrita um pouco, e mostra o quanto Nora ainda é infantil. Quer dizer, ela está prestes a ir pra guerra, tem que assumir o lugar de Hank mesmo contra a vontade, pois sua vida e de sua mãe estão em risco, e ela ainda dando cena de ciúme? Bitch, please!

Aliás, as cenas de romance estão bem de lado neste, tudo gira em torno da preparação para a guerra. Só há uma ou outra, mas nada do que havia nos livros anteriores, tudo muito sem graça. Há mais ação e um pouco menos de enrolação, mas as inseguranças de Nora e a lenga-lenga dela ter que conseguir sua aprovação com os nefilins é meio irritante. Há também algumas tramas paralelas bem interessantes, mas que não se desenvolvem muito durante o livro. Assim como alguns personagens secundários que aparecem meio que do nada, e depois somem também do nada. E velhos personagens, como Scott e Vee que também não tiveram muito destaque neste. Só Marcie aparece um pouco mais, porque lá pelas tantas decide, assim do além, que vai morar um tempo com sua irmã. Claro que Marcie tem um objetivo, que não vou contar, mas não foi muito explorado e achei que ficou meio solto no ar. E Vee também tem uma revelação a fazer neste, mas de novo achei que foi um pouco de exagero da autora, muito nada a ver, e só pareceu uma desculpa para ter o que fazer com ela no fim.

No geral, o livro é empolgante e a leitura é fluida, fácil. Mas os desdobramentos importantes são meio previsíveis e poderiam ser explorados um pouco mais. Becca Fitzpatrick deixou também algumas pontas soltas, sem muita explicação. E algumas coisas que são citadas e parecem muito importantes simplesmente desaparecem do nada. Mas ainda é uma série interessante, bem escrita e envolvente.

Trilha sonora

Everlasting love, do U2 ainda cai bem. E também Everybody´s fool, do Evanescence. E fazendo o Faixa a faixa desse mês, achei mais uma do Evanescence que tem a ver, Sick.

Se você gostou de Finale, pode gostar também de:

  • série Fallen – Lauren Kate;
  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • A batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr;
  • Filhos do Éden – Eduardo Spohr;
  • Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • série House of Night – P.C. e Kristin Cast;
  • série Os Imortais – Alyson Noël.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Eu sou o mensageiro – Markus Zusak

 

Eu sou o mensageiroEd Kennedy leva uma vida medíocre, sem arroubos. Trabalha, joga cartas com cúmplices do tédio, apaixona-se por uma amiga que dorme com todos os vizinhos do subúrbio e divide apartamento com um cão velho. O pai alcoólatra morreu há pouco; a mãe parece desprezá-lo.
Certo dia, ele impede um assalto a banco e é celebrizado pela mídia. O ato heroico tem consequência. Logo depois, Ed recebe enigmáticas cartas de baralho pelo correio: uma sequência de ases de ouros, paus, espadas, copas, cada qual contendo uma série de endereços ou charadas a serem decifradas. Após certa hesitação, rende-se ao desafio. Misteriosamente levado ao encontro de pessoas em dificuldades, devassa dramas íntimos que podem ser resolvidos por ele. Uma mulher é estuprada diariamente pelo marido, enquanto uma senhora de 82 anos afoga-se em solidão, à espera do companheiro, morto há mais de meio século.
A ele parece caber o papel do eleito, do salvador. Convencido disso, segue instruções e se perde entre ficções de estranhos e sua própria, embaçada, realidade. A certa altura pergunta-se: "Eu sou real?" Markus Zusak cria um personagem comovente capaz de confrontar o mistério e, por meio da solidariedade, empreender um épico que o levará ao centro de sua própria existência.

“Meu nome completo é Ed Kennedy. Sou taxista, tenho 19 anos. Não sou nada diferente dos outros jovens daqui destes subúrbios – não tenho lá muitos planos pro futuro, e as possibilidades são poucas. Tirando isso, leio mais livros do que deveria, sou um zero à esquerda na cama e não entendo nada de imposto de renda. Prazer.” (p. 13)

Esse é Ed Kennedy se apresentando. Achei mais apropriado que ele fizesse isso, pra vocês não acharem que estou sendo má com ele. Sim, o protagonista desse livro é tudo isso aí  em cima: é inteligente, poderia ser o que quisesse, mas não tem ambição nenhuma. Em outras palavras, é o loser profissional. Isso até que ele presencia um assalto no banco em que está com os amigos, igualmente losers como ele. Só que Ed vê uma oportunidade e consegue parar o ladrão, virando um herói sem querer. A partir daí, ele começa a receber estranhas mensagens em cartas de baralho. A primeira, um ás de ouros, vem com três endereços e horários. A carta não vem com mais nada, nenhuma instrução. Sem saber exatamente o que fazer, Ed decide dar uma olhada nos endereços, e vê que muita coisa está errada com esses lugares. Ed então compreende que tem que ajudar essas pessoas de alguma forma. E assim, Ed vê sua vida mudar radicalmente. ele agora não é mais simplesmente Ed, o taxista que não quer mais nada com a vida, ele é Ed, o mensageiro.

Essa mudança se dá aos poucos. A gente vai acompanhando Ed nessa jornada, vendo as mudanças se operarem sem nem mesmo ele se dar conta disso. Ao final, Ed já tem um propósito na vida, é decidido e a apatia se foi completamente dele. E as cartas não mudam só Ed, mas todas as pessoas cujas vidas ele tocou em sua missão. Não posso falar mais do que isso, ou vou entregar o final, que aliás é surpreendente, uma das melhores frases finais que eu já vi.

Ed não está sozinho nessa empreitada. Seu fiel companheiro é Porteiro, seu cachorro mestiço de Rottweiler, já bem velhinho (tem 17anos), viciado em café e com um fedor pungente. Porteiro é dócil e bem ativo para a idade. Não vai lá muito com a cara de Marv, um dos melhores amigos de Ed. Marv trabalha com construção, tem um carro velho tão ferrado que faz o meu parecer uma Mercedes, e tão pão duro que ofereceria a Tio Patinhas uma boa competição. Mas Marv é uma daquelas pessoas que Ed irá ajudar, só digo isso.

Completando o grupo de amigos há Audrey, que trabalha com Ed, e é sua paixão não tão secreta. Audrey tem a mesma idade de Ed, dorme com todo mundo, menos Ed, mas na verdade isso é só um artifício que ela usa pra não se apegar a ninguém. É a que mais apoia Ed com as mensagens, não o julga por seguir as pistas e se preocupa genuinamente com ele. Além deles, 3, também Ritchie, que na verdade não aparece muito, mas que é ainda pior que Ed, porque além de não ter ambição nenhuma, nem trabalho tem. Mas ele também vai ter papel importante na história.

Há ainda um monte de personagens secundários, que Ed ajuda, como Sophie, uma adolescente corredora, Milla, uma velhinha solitária que aguarda o retorno de seu marido há 40 anos, Angie Carusso, mãe de três crianças pequenas, o padre Thomas O´Reilly, Lua Tatupu e sua família, todos muito bacanas, mas se for escrever sobre eles, vou entregar a história. Mas nem todas as missões de Ed são legais, algumas são bem barra pesada, mas deixo isso a cargo de vocês descobrirem, assim como as histórias dos outros.

A narrativa é gostosa, envolvente e tem também um pouco da poesia de A menina que roubava livros, apesar da linguagem mais próxima da coloquial, com direito a palavrões e gírias. Só que a leitura deste é mais fácil, fluida, e a gente fica ávido por saber qual a próxima carta. Quando percebemos, estamos no último ás, e querendo que depois deles venham os valetes, os reis, damas…

Trilha sonora

Três músicas ótimas foram listadas no livro, então vale a pena mencionar. A primeira é 500 miles, do Proclaimers. 8 days a week, dos Beatles e You give love a bad name, do Bon Jovi (peguei um vídeo mais recente porque fase poodle não dá). Mas pensei em mais algumas também. My hero, do Foo Fighters é perfeita para Ed (there goes my hero, he´s ordinary), assim como Heroes, com o Wallflowers (we could be heroes, just for one day), Breathing, do Lifehouse tem tudo a ver com o relacionamento Ed/Audrey, bem como Save me, do Hanson (eu sei, eu sei,mas já disse só gosto dela), que eu gosto de pensar que toca num momento muito especial (won´t you save me, saving is what I need, I just wanna be, at your side… Tem tudo a ver com o livro).

Se você gostou de Eu sou o mensageiro, pode gostar também de:

  • A menina que roubava livros – Markus Zusak;
  • A sombra do vento – Carlos Ruiz Zafón;
  • O jogo do Anjo – Carlos Ruiz Zafón;
  • O prisioneiro do céu – Carlos Ruiz Zafón.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Citação do Mês

 

Esse mês, a citação é de um livro que eu li agora, e que eu amei muito, me marcou. E como este mês comemoramos o Dia do Leitor, a escolhida foi:

“Amava os livros, que são amigos imparciais e seguros”

Os Miseráveis, Victor Hugo, p. 170

Jean Valjean

Essa frase é sobre Jean Valjean, por isso a foto.

Beijos e até o próximo post!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

As vantagens de ser invisível–Stephen Chbosky

 

vantagens invisívelAo mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.

Confesso que não fazia muita questão de ler esse livro, até que li a resenha que a Nádia, do Palavra em Movimento (obrigada pela dica, Ná). Mas me surpreendeu como gostei desse livro. Não chega a ser um favorito, mas gostei muito.

Charlie é um adolescente prestes a fazer 16 anos, começando seu primeiro ano no colegial, depois que seu melhor amigo se suicida. Ele tem um irmão e uma irmã, ambos mais velhos, e sua relação com a família é meio complicada, porque sua família não é lá muito estruturada. Seus pais ainda estão presentes, mas há o histórico de abusos (físicos e até sexuais) em ambos os lados, o que marcou muito ambas as famílias.

Charlie, diferente de seu irmão e sua irmã, que são populares e tem um futuro promissor à frente (seu irmão é jogador de futebol americano com bolsa de estudo em uma universidade prestigiada nos Estados Unidos, e sua irmã também conseguiu bola para outra instituição de prestígio), é introspectivo, tem dificuldade de se relacionar com os colegas, fica à margem. O que dá um ponto de vista diferenciado e privilegiado do que acontece ao redor. Charlie também é muito inteligente, mas tem sérios problemas: além de perder seu amigo como eu disse, também perdeu sua tia preferida quando pequeno e se culpa por isso até hoje. Por isso ele não se aproxima muito de ninguém. Nem mesmo de sua família. No final do livro fiquei pensando se ele não tem algum grau de autismo, porque se isola (nas palavras de Sam, sua amiga), por sua inteligência acima da média, e pela forma como os outros  se dirigem a ele. E Charlie também é muito inocente em alguns sentidos, por exemplo, com relação a garotas e sexualidade e o primeiro amor. Além da montanha-russa de sentimentos dele, que eu entendo que é normal nessa fase, mas Charlie supera em muito o adolescente mediano. Ele não tem problema nenhum em chorar em público, o que é muito incomum, principalmente para garotos, nessa fase. E ele faz isso frequentemente.

Peraí, estou fazendo Charlie parecer um bobão. Não é isso, muito pelo contrário. Ele é preceptivo e eu me identifico com ele em muitos aspectos, só estou ressaltando porque eu fiquei com a impressão que, além da óbvia depressão, ele deve ter algum tipo de autismo: o isolamento, ele não deixa as pessoas o tocarem com frequência, a inteligência, as mudanças de humor, da apatia ao entusiasmo, em poucas horas… Só isso. Estou meramente passando minha impressão.

Ele fica isolado até conhecer Sam e Patrick, dois irmãos do último ano aparecem em sua vida num jogo de futebol. eles começam a conversar e nem Sam, nem Patrick mostram achar Charlie esquisito (entenderam agora o que eu coloquei ali em cima?), e Charlie imediatamente sente que pertence a algo. Se sente “infinito”. E começa a participar das coisas, ao invés de ficar “invisível”.Sam é muito bonita, inteligente, cheia de vida, e é o centro das atenções de Charlie. Patrick é alegre, sempre fazendo piadas, homossexual assumido e também mito sensível. Os dois são a válvula de escape de Charlie para fugir da apatia. Eles e Bill.

Bill é professor de inglês de Charlie, e o incentiva muito a ler (esqueci de dizer que Charlie também adora ler). Não só a ler, mas Bill também oferece livros extras a Charlie, e pede trabalhos sobre eles. É ele que fala da inteligência de Charlie. É ele que enxerga o potencial de Charlie.

Uma história cheia de altos e baixos, como eu disse antes, uma montanha-russa de emoções, temas fortes, como gravidez, drogas, sexualidade, mas mostradas de forma delicada e fácil de ler (eu poderia ler de uma sentada, mas levei 2 dias), e de forma muito íntima, na forma de cartas. Um livro recomendadíssimo, não só para jovens, mas para qualquer um que goste de uma história bem narrada.

Trilha sonora

A única que não é listada no livro (esqueci de dizer que Charlie também gosta muito de música, e ataca de DJ de vez em quando), mas eu acho que tem a ver, é Simon, do Lifehouse. Tiradas do livro: Asleep, do Smiths (essa é a favorita do Charlie, volta e meia ele fala dela), Blackbird (AMO!), Something (AMO também) e Dear Prudence, dos Beatles (AMO eternamente), MLK, do U2, Landslide, do Fleetwood Mac, Another brick in the wall, do Pink Floyd (e uma das únicas que eu gosto deles. Teacher, leave them kids alone…quem nunca?), Vapour trail, do Ride, Scarborough fair, Simon and Garfunkel (que eu ouço desde pequena por influência do meu pai. Amo eternamente também), A whiter shade of pale, Procol Harum, Time of no reply, do Nick Drake, Gypsy, da Suzanne Vega (que todo mundo aqui conhece por causa de Luka, lembra?), Nights in white satin, do Moody Blues, Daydream, do Smashing Pumpkins, Dusk, do Genesis e Heroes, do Wallflowers (que eu prefiro assim, pode me bater Luana! Mas olha de bônus pra você, com o David Bowie Alegre, que não é mencionada no filme, mas está na trilha do filme, que eu não assisti ainda. E escolhi com o Wallflowers porque também tem a ver com o nome do livro, que em inglês é The perks of being a wallflower).

Se você gostou de As vantagens de ser invisível, pode gostar também de:

  • Morte Súbita – J. K. Rowling.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Os Miseráveis

 

Os miseráveisApresentando um dos personagens mais famosos da literatura, Jean Valjean – o nobre camponês preso por roubar um pedaço de pão – Os Miseráveis (1862) consta entre os maiores romances de todos os tempos. Nele, Victor Hugo leva os leitores às profundezas do submundo de Paris, os imersa na batalha entre o bem e o mal, e os carrega para as barricadas durante a revolta de 1832 com um realismo empolgante que é insuperável na prosa moderna. Dentro de sua história dramática há temas que capturam o intelecto e as emoções: crime e castigo, a incansável perseguição de Jean Valjean pelo Inspetor Javert, o desespero da prostituta Fantine, a imoralidade do bandido Thénardier e o desejo universal de escapar da prisão de nossas mentes. Os Miseráveis deu a Victor Hugo uma tela onde ele retratou sua crítica dos sistemas político e judicial franceses, mas o retrato que resultou é épico – um espetáculo extravagante que deslumbra os sentidos ao mesmo tempo que toca o coração.

ATENÇÃO! POST LONGO E COM POSSÍVEIS SPOILERS!

Por onde começar? Em primeiro lugar, dizendo que não acredito que demorei tanto para ler esse livro. Não estou falando do tempo que levei para terminar (mais um menos 3 semanas), mas porque levei 30 e alguns anos para pensar em ler. Muita gente já havia me falado que é muito bom (isso é dizer pouco) e que valia a pena ler. Mas meu exemplar tem 3 volumes bem grandes, pesados, fazendo um total de quase 1500 páginas. E, apesar de não me intimidar com o tamanho dos livros (Hello! Li 2 vezes – e pretendo reler muitas mais! – As Crônicas do Gelo e do Fogo!), me dava um preguiça-monstro de ler. Nem tanto pelo tamanho, mas eu tinha medo que a linguagem seria arrastada e difícil de ler. Não poderia estar mais enganada. A linguagem é fluida, fácil de ler. E com a proximidade da estreia do filme, resolvi ler.

O que dificulta um pouco a leitura são as inúmeras digressões que o autor faz. Nenhuma delas é gratuita, todas tem uma finalidade, explicam algo, mas cansa e a gente se pega pensando onde isso vai dar, e torcendo para voltar logo para a história. Vou citar duas que me chamaram bastante a atenção. A primeira, no começo do meu segundo volume, há uma de umas cinquenta páginas ou mais sobre um convento de Paris, como as freiras viviam, as alunas do colégio do convento, etc, etc, para explicar que foi neste convento que Jean Valjean se refugiou com Cosette. E mais tarde, já no terceiro, há uma digressão de mais de 20 páginas sobre os esgotos de Paris, para explicar que Jean Valjean escapa da barricada com Marius pelo esgoto. Isso sim cansa um pouco.

Isso posto, vamos à história. Ela começa com a libertação de Jean Valjean das galés, onde cumpria pena de 19 anos de serviços forçados por roubar um pedaço de pão para alimentar seus irmãozinhos. A pena de início não era tão longa (porém ainda exagerada frente ao crime), mas foi se agravando cada vez mais por causa das tentativas de fuga de Valjean. Ao sair, Jean Valjean está determinado a ser mau, exatamente como a sociedade o vê. Ele é amargurado, duro, desconfiado e misterioso. Não tem muitos escrúpulos e rouba mesmo. Mas isso só até que encontra o Bispo Bem-Vindo, bispo de um cidadezinha do interior da França que faz questão de praticar o que Jesus pregou: vive com o estritamente necessário, doa todo o dinheiro que lhe sobra para os pobres, e ajuda a todos, independentemente de serem bons ou maus. Esse bispo acolhe Jean Valjean quando este passa pelo lugarejo, e depois de todas as estalagens do local o terem recusado, só pelo fato de ele ser um forçado. Só que Jean Valjean, ainda orgulhoso demais para reconhecer a bondade (até porque nunca conheceu isso na vida) e acaba roubando o pobre padre. Só que as palavras do bispo entram fundo na consciência de Jean Valjean, que a partir desse momento, decide se tornar bom. E ele é mesmo. Acaba fazendo fortuna, mas doa boa parte, ajuda muita gente e acaba até se elegendo prefeito. Tudo sob um nome falso, de Madeleine, para ocultar o fato de ser um forçado. Seu coração, porém, ainda é duro e distante, não se apegando a nada nem ninguém. Mas isso muda mais pra frente.

A única pessoa que Jean Valjean não consegue ajudar é Fantine. Ela é uma prostituta (será? Na sinopse lá em cima, que eu traduzi do goodreads.com diz que sim, mas no livro, não parece. Confesso que no início eu pensei que sim, mas depois fiquei em dúvida, e já explico porque) que acaba engravidando de um riquinho qualquer, que a abandona sem um tostão furado, e com uma filha para criar. A filha é Cosette, a quem Fantine tem que abandonar com uma família estalajadeira, os Thénardier, ainda bebê por não ter como conseguir emprego sendo mãe solteira. A cena é de partir o coração. E guarde o nome de Thénardier. Fantine, depois de deixar Cosette com eles, parte para a cidadezinha (desculpem, mas os nomes são complicados,e  não decorei) onde vive Jean Valjean, e consegue emprego em sua fábrica. E consegue se manter e enviar sempre uma boa quantia para os Thénardier para cuidarem de sua filhinha. Esqueci de dizer que para Fantine, esse arranjo é temporário, ela tem intenção de reaver a filha quando tiver condições. Só que a sorte não é muito amiga de Fantine, e as coisas saem terrivelmente errado, e ela tem mesmo que se prostituir para se sustentar. Tenho que dizer que dos muitos personagens miseráveis do livro, ela é de longe e mais miserável. Sim, Jean Valjean sofreu o diabo nas galés, foi muito injustiçado, mas ele conseguiu dar a volta por cima. Já Fantine não. (SPOILER) Ela morre na mais absoluta miséria. Mas em seu leito de morte, ela faz Jean Valjean prometer que irá tomar conta de Cosette.

Cosette, em poder dos Thénardier, sofreu muito também. Desde muito pequena foi feita de empregada dos Thénardier, passava frio, pois não lhe davam roupas, e fome, porque não tinha o suficiente para comer. E ainda apanhava da mulher, quando demorava com a água, ou não fazia o trabalho direito. E veja bem que ela só viveu com eles até os 8 anos. Por consequência, Cosette era pequena e muito magra para a idade. E muito séria também, pois não era permitido que ela tivesse um momento de felicidade. Por outro lado, as filhas do casal, Éponine (guarde esse nome) e Azelma eram muito mimadas. Nem o filho do casal ganhava tanta atenção, especialmente da mãe. Mas ao conhecer Jean Valjean sua vida muda, e ela começa a viver como uma criança normal. É doce, muito devota, alegre, e muito inocente. Cosette é o raio de sol do livro, o ponto de leveza. E responsável por derreter e encher de alegria o coração de Jean Valjean, pelo menos por um tempo (daqui a pouco explico).

Cosette, logo que é resgatada por Jean Valjean é obrigada a fugir com ele, porque ele ainda é um condenado. E porque em seu encalço está o incansável Inspetor Javert. Javert nasceu na prisão, de mãe cigana, e por isso mesmo detesta e despreza tudo que rompe com a lei. Para ele só existe isso, é a forma que ele achou para se redimir de seu nascimento. Ele ocupa um alto cargo nas galés onde Jean Valjean cumpriu sua pena, e encara as tentativas de fuga do último uma afronta. Principalmente quando vê que Jean Valjean, na pele de Madeleine conseguiu se evadir novamente e vive uma vida normal e até é respeitado. E quando Jean Valjean foge novamente, Javert toma para si a tarefa de encontrá-lo. Porém, antes do fim, Javert se vê em dívida com Jean Valjean, e terá que mudar de opinião.

Thénardier também é outro perseguido por Javert. Por toda a polícia, na verdade. Thénardier é o dono da estalagem onde Fantine deixa Cosette, mas é ambicioso. Vive das glórias conseguidas de modo duvidoso em Waterloo, e quando Fantine aparece com Cosette, vê nisso uma oportunidade de ganhar dinheiro. Mas isso até que Jean Valjean chega e leva Cosette, não sem antes acertar as contas (nem todas em dinheiro) com ele. Nasce aí um ressentimento que vai durar muitos anos. Thénardier foge para Paris, onde vive de dar pequenos golpes, que não tardem a crescer e virar homicídio. Para seus golpes, ele conta coma ajuda das filhas, Éponine e Azelma. Azelma é mais passiva e aceita tudo que o pai impõe sem reclamação. Já Éponine tem língua afiada, é esperta e a única pessoa a enfrentar o pai (fora sua mãe, que é tão horrível como ele). E Éponine em certo sentido até puxou o pai. Mas suas ações são motivadas não por dinheiro, mas por amor.

Alvo da adoração de Éponine é Marius, jovem rico que renuncia à fortuna e à convivência com o avô, Gillenormad, porque este é monarquista, diferente de Marius. Assim, Marius acaba morando ao lado do pardieiro em que vive Éponine e sua família, mas também acaba sendo vítima dos golpes de Thénardier. E, depois de saber que este último salvou seu pai em Waterloo, tem para com ele uma dívida. O que o divide, porque percebe logo que Thénardier é um vigarista. Só que Éponine só percebe que é apaixonada por Marius quando é muito tarde. E na verdade isso não faz muita diferença para ela, porque Marius só tem olhos para Cosette e nem percebe que Éponine o adora.

Marius é introspectivo, tímido, mas determinado. Quando coloca na cabeça que quer fazer algo, vai atrás. E também é orgulhoso, como mostra o seu relacionamento difícil com o avô. É um tanto melancólico também, mas isso muda a partir do momento que aparece em sua vida Cosette. O amor dos dois é tão puro, tão inocente, e muito bonito.

Falta destacar Gavroche, filho também de Thénardier, mas desprezado pelos pais, ganha as ruas de Paris, onde vive como pode. Mesmo assim, Gavroche é um menino feliz, generoso e também com língua afiada. E também Enjolras, amigo de Marius que comanda a revolta na barricada.

A história de todos esse personagens acaba se misturando em um ponto ou outro do livro. A narrativa com eu falei, é fluida, a história é envolvente e emocionante, prende a gente, o personagens são apaixonantes e dão saudades quando a gente termina o livro. Recomendadíssimo.

Nota histórica

Boa parte da narrativa se passa durante e Restauração Francesa, período que vai de 6 de abril de 1814 a 29 de julho de 1830. Nesse período, foi restaurada a monarquia na França, com a dinastia Bourbon no trono e o restabelecimento da Igreja Católica como pilar do poder político. Leia mais em Restauração Francesa – wikipedia

Trilha sonora

Confesso que não pensei em nenhuma até a parte final do livro, porque considerei as músicas do filme mesmo (que vou listar daqui a pouco), mas durante a barricada, me ocorreram algumas (sob a pena de ser assombrada pelo fantasma de Victor Hugo, não pelas músicas serem ruins,o que não é o caso, mas ele teria um ataque). Em primeiro lugar, Long road to ruin (let´s say we take this town, no king or queen of any state), depois Uprising, do Muse (they will not force us, they will stop degrading us, they will not control us, we will be victorious) e We are, da Ana Johnsson (it´s not about power, but taking control, breaking the will and raping the soul). Do filme (eu não vou listar todas, mas algumas), I dreamed a dream, On my own, Who am I, At the end of the day, A heart full of love e Javert releases prisoner 24601 on parole.

Se você gostou de Os Miseráveis,pode gostar também de:

  • Os três mosqueteiros – Alexandre Dumas;
  • O conde de Monte Cristo – Alexandre Dumas;
  • Os trabalhadores do mar – Victor Hugo;
  • O último dia de um condenado – Victor Hugo;
  • Guerra e paz – Liev Tolstói

(só li o primeiro, mas os outros foram indicação do skoob)

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Valente

 

BraveAdoro assistir animações, não é segredo nenhum, mas sofro de um mal que só vem aumentando por aqui. Sempre que estreia um desenho, é dublado, ou, se for legendado, numa sala longe da minha casa, e em horários absurdos. Então fica a dica para os responsáveis: não é só criança que curte animação, e nem todo mundo (aliás, ninguém que eu conheça) gosta de filmes dublados (eu tenho horror, sempre prefiro no áudio original, independente da língua). Então, depois desse desabafo, deixa eu comentar um dos filmes mais fofos que eu vi recentemente.

Valente conta a história de Merida, uma princesinha escocesa que está prestes a se casar. Mas Merida é rebelde e não quer isso para seu futuro. Ela quer traçar seu próprio caminho, quer caçar com seu arco (não vivo dizendo que arco  e flecha é muito legal?) e galopar em companhia de seu fiel amigo, o cavalo Argus. Todo o espírito livre de Merida se reflete em sua vasta cabeleira ruiva, que a mãe, Elinor, teima em tentar esconder. Elinor quer que sua filha seja uma verdadeira lady, que mantenha os costumes e aceite tudo de cabeça baixa. Ambas são por demais teimosas e orgulhosas, e acabam não se entendendo.

Merida e elinor

É aí que entra em cena uma bruxa esquisita com um feitiço que promete mudar a mãe de Merida. Mas o feitiço se torna uma maldição, e para reverter os efeitos, Merida deve enfrentar muitos perigos e confiar em suas habilidades no arco para reparar um laço quebrado.

O filme mostra deforma delicada os desafios de crescer e a relação de uma filha adolescente com sua mãe. E também é recheado de cenas de ação e muita aventura. Chorei em mais de um momento. A Disney, como sempre, faz uma história tocante e emocionante. E em termos de animação, deslumbrante. Os cenários muitas das vezes nem parecem desenhados, e mostram bem a beleza da Escócia. O cuidado é tanto que as vozes fazem direitinho o sotaque escocês (nem todos os atores são escoceses, mas todos são do Reino Unido. Emma Thompson, por exemplo, é de Londres), o que se perde numa versão dublada (viu porque eu não gosto). Destaque para Kevin McKidd (o Poseidon de Percy Jackson), que dubla dois personagens. Mas o elenco todo é muito bom, contando ainda com Julie Walters (a eterna, para mim, Molly Weasley) e Robbie Coltrane (Rubeo Hagrid, always).

Breve 2

A trilha sonora também é belíssima, com músicas tipicamente celtas (deliciosas) e contando com a linda Learn me right, com Birdy feat. Mumford and Sons. Adorei, é uma atração à parte. Confira também Brave Main Theme.

Assim, até para não estragar o filme, eu deixo vocês como trailer:

PS: já faz uns dias que assisti esse filme, mas demorei para postar porque queria terminar os posts sobre Star Wars Alegre

Beijos e até o próximo post!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Star Wars–Episódio VI–O retorno de Jedi

 

Star Wars ep. VIReforçando que eu sou meio do contra, esse é o meu preferido, junto com o terceiro (não disse?). Quando eu era pequena, eu tinha gravado em VHS (olha eu entregando a idade de novo), e quando estava de férias assistia dia sim, e outro também. E não cansava. Também, nessa época, havia um desenho dos Eewoks, que eu adorava (veja aqui a introdução e aqui um trechinho do primeiro episódio, The cries os the trees), então ver essas criaturinhas que muita gente não curte no filme, pra mim era a glória.

O retorno de Jedi foi lançado por aqui dia 06 de outubro de 1983. Ele acontece um ano após a tomada da Cloud City, em Bespin pelas tropas imperiais. O Império se prepara para destruir de vez a Rebelião com a construção, em segredo, de uma nova e ainda mais poderosa Estrela da Morte. Enquanto isso, Luke, Leia, e cia partem para Tatooine a fim de resgatar Solo das garras de Jabba the Hutt, para onde foi levado por Bobba Fett depois de ser encapsulado em carbonite.

Leia and the gold bikini

O plano é bem elaborado, envolvendo várias pessoas, os droides e tem várias fases. E também é arriscado, podendo acabar com todos eles mortos. Mas há também a famosa cena de Leia como biquíni dourado. Que é impossível de ver hoje sem lembrar disso:

Nem preciso dizer que o resgate corre bem, e que todos escapam. Leia, Solo, Lando e 3PO partem para se encontrar com o resto da Aliança, que está reunida discutindo a estratégia para destruir a Estrela da Morte (eles descobrem que o Império está construindo, e também um modo de destruí-la), enquanto Luke retorna para Dagobah para terminar seu treinamento.

Lá chegando, ele depara com Yoda já bem fragilizado e se preparando para morrer. Ou melhor, se juntar à Força. Mesmo assim, Luke o interroga sobre a declaração de Vader sobre ele ser seu pai, e recebe a confirmação que tanto teme (eu disse, terapia pro resto da vida). Luke agora um jovem de uns 23, 24 anos, está sobrecarregado com um fardo para o qual ele não estava preparado. Luke agora está ainda mais sombrio, mas também em conflito. Porque ele sabe que terá que enfrentar Vader novamente, mas se recusa a matar seu pai, mas sobretudo porque, contrariando o que Obi-Wan e Yoda dizem, ele sabe que Vader ainda tem um lado bom. E Luke toma para si a missão de salvá-lo.

Luke   Vader ep. VIVeja bem (eu esqueci de dizer isso antes), Anakin é essencialmente bom, e não importa quanta influência Palpatine tenha sobre ele, e quanto de máquina ele tenha, isso ninguém´me nunca pode tirar dele. Ele não sucumbiu ao lado negro por ambição, sede de poder ou em benefício próprio, mas sim por amor. Para tentar salvar Padmé. Como diz Dumbledore, são nossas decisões que nos definem. O que faz dele muito diferente de Palpatine. Claro, a escolha de Anakn é muito equivocada, mas no lugar dele, depois de tudo que sofreu, não posso culpá-lo. Era a saída que ele tinha como viável, sem saber que fazia um pacto com o diabo. Retomando o que disse no começo do parágrafo, Palpatine corrompe a vontade de Anakin, mas não sua alma. Esta é incorruptível (peguei isso emprestado de Os Miseráveis Alegre). (SPOILER) Tanto assim que, ao ver Luke caído no chão, sendo torturado por aquele que diz ser seu mestre, Vader hesita uma fração de segundo antes de pegar o Imperador por uma mão (a outra ele Luke cortou durante a luta) e o joga no fosso, pondo fim ao seu governo. Ou seja, Luke estava certo. Ainda havia o bem nele.

Luke   Vader ep. VI 2

Assim, de certa forma, Anakin traz mesmo o equilíbrio para a Força. Não só pela destruição de Palpatine, mas através de Luke, que agora é um Jedi completo. Em todos os sentidos. Luke prova que para ser Jedi não precisa abrir mão daqueles que ama, diferente do que pensavam os antigos mestres. Uma coisa que eu nunca entendi porém é que segundo Yoda, a raiva leva ao lado negro, mas Luke ataca Palpatine e Vader com raiva, e é ela que o faz mais letal. Mas enfim, essa é apensa uma das muitas coisas que eu tenho dificuldade para entender.

Outra coisa que Luke aprende em Dagobah é que ele não está forever alone como pensava. Ele tem uma irmã, Leia. E ela também temo mesmo poder que ele tem. E é justamente quando Vader descobre a existência de Leia, e insinua que ela pode ser levada ao lado negro que faz com que a fúria tome conta e Luke lute ainda com mais vontade. E a Força é mesmo (perdão) forte em Leia. Na cena em que Luke conta a ela que é seu irmão, ela diz que se lembra muito pouco da mãe verdadeira. Mas, oi? Ela não morreu no seu nascimento? Certo, esse erro de George Lucas redeu a especulação de que Leia desde pequena tinha os mesmo dons que Luke. E a cena em si é belíssima, tanto Mark Hamill como Carrie Fisher estão muito bem na cena, que fica ainda melhor com um ataque de ciúmes de Solo.

Enquanto tudo isso se desenrola, Lando e os outros rebeldes se preparam para atacar a Estrela da Morte, sem saber que na verdade caminham para uma cilada, prevista por Palpatine. E, de novo, inevitável agora ver o Almirante Ackbar e não lembrar disso:

Sheldon rules! De volta ao filme, a luta agora corre solta em três frentes: Vader/Luke na Estrela da Morte, os caças rebeldes e imperiais e em Endor. cada uma com suas características: Luke e Vader, claro, com sabres de luz, os fighters com muitas explosões e em Endor, os Eewoks mandam ver com armas primitivas e muita criatividade. Essa parte final do filme é cheia de ação, e muito emocionante. Impossível não se pegar torcendo para a galera do bem.

wicketFalando em Eewoks, uma curiosidade: quem faz Wicket, o eewok que ajuda Leia, é Warwick Davis, aka Professor Flitwick. E ele também aparece na corrida de pods em Tatooine no Episódio I. E na época, ele tinha uns 10, 11 anos, e Carrie Fischer se encantou com ele, e ficava mimando ele no set.

O filme tem muitas reviravoltas, muita ação, e atuações excelentes. Além da que eu mencionei acima, destaco também a hora em que Luke se entrega a Vader, e conversa vai, conversa vem, Luka acaba dizendo que seu pai realmente morreu. Mark Hamill arrasa, mas o que eu quero destacar é que mesmo com a armadura e a máscara, Darth Vader é muito mais expressivo que muito ator por aí (se você pensou Kristen Stewart acertou, mas não só ela). Call me crazy, mas dá para perceber que a declaração pesou. Não sei como Richard Marquand, o diretor, fez isso, mas juro que é verdade. A fotografia também é incrível, e o figurino condiz com o filme, sem exageros, bem prático. Assim, não me resta muito mais a não ser postar o trailer:

E para finalizar, uma foto que eu amo, juntando os elencos das duas trilogias (ficou pequenininha, mas não achei maior):

SW old   new cast

Beijos e até o próximo post!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Star Wars–Episódio V–O Império contra-ataca

 

Star Wars ep. VDiferente de muita gente, eu não venero este episódio, que para a grande maioria dos fãs da saga é o melhor. Não é que eu não goste, veja bem, eu adoro, mas não é meu preferido (eu não disse que eu era do contra?). Mas concordo, ele é muito bom, porque tem muitas reviravoltas, principalmente se a gente ignorar a trilogia mais nova. Comento mais um pouco sobre isso daqui a pouco.

O Império contra-ataca foi lançado nos Estados Unidos em 21 de maio de 1980. É o episódio mais sombrio da trilogia antiga. ele se passa 3 anos após a destruição da Estrela da Morte. Luke, agora Comandante Skywalker, se refugia com um grupo de rebeldes e estabelece uma base no planeta gelado de Hoth. Curiosidade: a cena em que Luke é atacado por um Yeti, Abominável Homem das Neves ou whatever, foi incluída porque Mark Hamill havia sofrido um acidente de carro e ficou com uma cicatriz no rosto. Então filmaram o monstrengo atacando Luke no rosto para justificar a cicatriz (e falando em cicatriz, esqueci de mencionar que acho a cicatriz de Anakin no Episódio III sexy pra caramba).

Anakin scar

Nessa hora, Luke está perdido, ninguém sabe onde ele está. Solo então parte para o resgate, e a tensão já começa aí, com Luke entre a vida e a morte. Nem bem Luke se recupera, e já vem mais emoção com a chegada iminente das tropas imperiais. Aí é a preocupação para que todos os Rebeldes consigam escapar. São momentos tensos. Mas adoro a cena de Darth Vader chegando a tempo de ver a Millenium Falcon saindo.

walkersE a batalha em Hoth também é muito legal, bem emocionante. Desde pequena sempre adorei os walkers. Lembro que quando fui para a Disney, beeem antes deles comprarem a Lucasfilm, lembro que no Disney MGM Studio tinha um simulador (o que hoje é aquele cinema 4D, mas sem os óculos) de Star Wars, e a entrada era justamente um dos walkers de quatro patas. Eu até tirei uma foto, mas estava na câmera da minha amiga, e era uma das últimas fotos do rolo (olha eu entregando a idade), e não saiu Smiley triste. O Império é derrotado aqui, e os Rebeldes partem para um lugar, não sei onde (também não é importante agora), Solo e Leia não conseguem acompanhar na Millenum Falcon, que só para variar está com problemas, e Luke vai para Dagobah, seguindo ordens do fantasma de Obi-Wan para continuar seu treinamento com Yoda.

Luke   Yoda V

Em Dagobah, Luke tem algumas lições bem valiosas. A primeira é que não se pode julgar nada nem ninguém pela aparência. A primeira vez que ele vê Yoda, um anãozinho verde e orelhudo, fazendo a maior bagunça no seu acampamento, nem imagina que se trata de um dos maiores (se não o maior) Jedis do universo. A outra lição eu acho um tanto desconcertante: Luke pela primeira vez enfrenta o que ele pode se tornar caso vá para o lado negro da Força: Darth Vader. E uma pista de que Vader é seu pai. mas ele ainda não sabe, só vai descobrir da voz metálica e assustadora (de James Earl Jones, que, mais uma curiosidade, ganhou uma fortuna na época dos filmes gravando mensagens em secretárias eletrônicas) do próprio Vader, numa cena épica, que mesmo quem nunca viu, ou não curte a saga conhece:

Luke, I am your father!

NOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!

Vader   Luke V

Aqui eu retomo o que eu deixei ali em cima. Esse é o clímax do filme, e, como eu disse, ignorando as prequels, a declaração é bombástica. E foi mesmo a maior bomba do cinema por muito tempo. Por isso que esse filme é o mais adorado pelos fãs. E o sigilo era absoluto. Nem Mark Hamill sabia ao que ele respondia aquele NOOOOOO!!!!!. A fala era diferente, só James Earl Jones sabia. Então, até o elenco foi pego de surpresa por isso. Jogada de mestre de George Lucas.

E voltando ao drama familiar dos Skywalkers, Luka ainda tem uma queda por Leia, sem saber que ela é sua irmã. E ha´mesmo um clima de romance entre os dois, ainda. Logo no começo, quando Luke volta para a base em Hoth, a cena entre ele, Leia e Solo é hilária (até Chewie acha Smiley piscando). E na verdade, o plano inicial era esse mesmo, eles serem um casal, não irmãos. Hoje eu não consigo nem imaginar isso. Mas também começa a se delinear o romance de Leia e Solo.

Focando mais um pouco em Luke, neste ele está mais maduro, e um pouco mais sombrio que no Episódio IV. Aquele garoto cheio de entusiasmo está cada vez mais dando lugar ao cavaleiro Jedi comedido e em controle. Mais ou menos. Ele ainda é impulsivo e teimoso, e, como Anakin, não se conforma em deixar aqueles que ama para trás em favor de seu treinamento e de sua missão. Guardem esse detalhe, que é importante e vou retomar no próximo post.

Lando V

Enquanto Luke segue em seu treinamento, Leia e Solo tentam fugir do Império. Com a Millenum Falcon defeituosa (desculpa aí, Solo), eles encontram refúgio numa caverna em um campo de asteroides. O nível de tosquice (novamente, leve em conta a época) desse filme é tanto que dá pra ver o plástico no chão quando eles saem para explorar a caverna. Isso porque a caverna não é bem isso, e sim as entranhas de um verme monstruoso que habita um buraco no asteroide. Sem outra opção, ele saem da “caverna” e mais tarde encontram refúgio em Bespin, uma colônia mineradora de gás comandada por Lando Calrissian (Billy Dee Williams), uma antigo amigo de Solo. E mais uma tosquice: um dos asteroides é uma batata e outro um sapato. Veja mais aqui.

O que eles não sabem é que foram seguidos por Bobba Fett, filho de Jango Fett (lembra?) e que eles caminham direto para um armadilha armada por Vader para capturar Luke. Segue aí a primeira luta de Luke e Vader. E uma coisa que eu não me conformo, e acho que nunca vou entender: Vader sabe, porque sentiu provavelmente, que Luke é seu filho, mas não sente Leia????? WTF???? Eu falo, as mulheres são Jedis muito melhores Smiley piscando. Anyways, essa luta é superemocionante. Ainda perde feio para as retratadas nos primeiros, mas de novo, temos que considerar a época. E o final deste também, apesar de George Lucas geralmente terminar os filmes num tom mais alegrinho, este é mais agridoce, mais ou menos como o Episódio III. Nota pessoal: quanta terapia Luke vai precisar no Episódio VII? Descobre que seu pai é seu maior inimigo, tem uma paixonite pela irmã, e mais algumas coisas que acontecem depois do sexto? Smiley piscando

O filme novamente conta com ótimas interpretações, como Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fischer, Alec Guiness e Billy Dee Williams. O figurino está melhor que do primeiro e Leia ganhou um penteado mais bonito. E esqueci de mencionar que pela primeira vez aparece o Imperador Palpatine, numa transmissão para Vader. Os efeitos especiais, como eu disse, são meio toscos, mas eram muito avançados para a época. e já se nota uma evolução em relação ao primeiro (que na verdade é o quarto). Assim, não me resta muito mais do que postar o trailer (desta vez com qualidade melhor, do 30º aniversário):

Beijos e até o próximo post!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Star Wars – Episódio IV - Uma nova esperança

 

Star Wars ep. IVEu pessoalmente prefiro a trilogia mais antiga, que começa com Uma nova esperança, que foi lançado em 18 de novembro de 1977 no Brasil. Confesso que nunca entendi porque George Lucas decidiu começar a saga pelo meio. Talvez por não ter recursos para criar os mundos que precisava nos 3 primeiros? Mas é surpreendente o que ele foi capaz de criar com poucos recursos (comparados a hoje em dia).

Uma nova esperança se passa 19 anos após a criação do Império. Luke, um jovem que vive com seus tios em Tatooine, numa fazenda. Mas Luke não quer isso para o resto da vida, e anseia para partir para lutar na Rebelião contra o Império. Só que seu tio Owen, temeroso de que o garoto possa ser muito parecido com seu pai, o mantém no planeta. Até que por acaso (só que não), dois dróides, C3PO e R2D2, acabam por entrar para o serviço dos Skywalkers.

Porém, a chegada dos dróides não foi por acaso. O filme começa com Leia sendo capturada por Vader, mas não sem antes mandar R2D2 em uma missão secreta, com uma mensagem para Obi-Wan, pedindo ajuda. Acontece que Leia está em poder dos planos de construção da temida Estrela da Morte, que ela escondeu em R2. Vader, ao saber que os dróides escaparam manda todo um batalhão de Storm Troopers atrás deles. Leia permanece prisioneira de Vader, que a tortura sem nem desconfiar que ela é sua filha. E aqui faço uma observação pessoal: as mulheres devem ser melhores Jedis que os homens. Fala sério, primeiro Padmé engana 3 Jedis, depois Leia consegue resistir à tortura (nas palavras do próprio Vader) sem que Vader perceba quem ela é!!! Certo, Leia não sabe quem é realmente, mas mais tarde, no mesmo filme, Vader sente que “the Force is strong with this one” (coloquei em inglês porque em português fica muito feio) quando Luke vai tentar destruir a Estrela da Morte. Como eu disse antes, Leia puxou à mãe. De princesinha indefesa não tem nada.

Vader   LeiaAinda sobre Vader, muitos anos se passaram, mas ele ainda é controlado pelo Imperador Palpatine. Ele não age sozinho, só obedece ordens de outros subalternos de Palpatine, ainda que este seja somente uma presença vaga neste filme, sequer aparece. Como eu disse aqui - Star Wars- Episódio III, Anakin se resigna ao papel de Darth Vader. Só que você faz a mesma coisa por tempo demais, acaba se tornando aquilo que as pessoas acham que você é. Mas, como veremos nos próximos, ele não é exatamente o que todos pensam. Não vou elaborar mais por enquanto. Voltando ao controle de Palpatine sobre Vader, se ele foi seu melhor aprendiz, por que então não dá mais autonomia a seu pupilo?

E neste filme, quem exerce tal controle sobre Vader é o General Tarkin (agora não tenho certeza se é isso. Só acho como Grand Moff Tarkin). Esse sim tem autonomia bastante e sede de poder suficiente para tentar governar toda a galáxia. É arrogante e implacável, e Peter Cushing faz o papel maravilhosamente.

Enquanto isso, a bordo do Millenium Falcon, Luke começa seu treinamento com Obi-Wan. Luke é um bom aluno, e quer aprender tudo que puder sobre a Força. Desde cedo mostra grande habilidade com o sabre de luz. Claro que ele tem uma motivação extra após a morte dos tios, e de saber da “morte” do pai pelas mãos de Vader. Luke também é um ótimo piloto, como o pai, e tem o mesmo espírito rebelde e inquieto dele.

Luke ep. IV

Ajudando Obi-Wan e Luke em sua missão está Han Solo, um contrabandista com um prêmio sobre sua cabeça, por dever a ninguém menos que Jabba the Hutt. Solo é impulsivo, cínico e só pensa em dinheiro. Mas também é excelente piloto e muito bom em uma briga. e é muito bacana ver Harrison Ford novinho e em plena forma na tela. Ninguém mais poderia interpretar Solo como ele. E começa aqui também uma amizade profunda entre Solo e Luke. E não podemos esquecer do braço direito de Solo, Chewbacca, que já havia dado as caras no Episódio III salvando Yoda.

Solo   Chewie

O filme é um pouco parado,mas tem boas sequencias de ação. A luta de Obi-Wan e Darth Vader com sabres de luz parece sem graça comparada às das prequels, mas ainda assim é uma das coisas mais legais do filme. Alec Guiness dá vida a um Obi-Wan mais maduro com elegância e (SPOILER) me dói quando ele “morre”. Mas lembra que ele tinha uma coisa a aprender no exílio em Tatooine? Foi justamente um meio de se juntar à Força, e desta forma vencer a barreira da morte, e mesmo depois de partir, ele continua ensinando Luke. E a batalha final, no espaço,com os fighters tentando destruir a Estrela da Morte é muito tensa, e o ponto alto do filme.

Vader   Obi-Wan

Novamente George Lucas apostou em um elenco principal relativamente desconhecido, e descobriu uma verdadeira mina preciosa. Mark Hamill brilha como Luke, e Carrie Fischer dá graça ao mesmo tempo que transmite força como Leia. A baixotinha (1,55 segundo o IMDB. É mais baixinha que eu Alegre) é mandona, e Luke e Solo não pensam duas vezes antes de obedecer.

Luke   Leia   Solo

Os efeitos especiais são toscos, comparados a hoje,mas na época eram top de linha. Mas eu gosto desse visual meio decadente, principalmente em Tatooine. O figurino deixa um pouco a desejar, mas novamente temos que levar em conta a época, que em termos de moda (e eu não sou especialista neste departamento, meu estilo é bem básico) não foi das mais felizes. Gosto só do vestido de Leia no final. Sem contar aquele penteado ridículo dela.

Assim, não me resta mais nada a não ser o trailer (desculpe a qualidade, mas de novo, considere a época):

Antes que eu esqueça. Eu mencionei em algum lugar aqui que Alfie Allen andou dando com a língua nos dentes sobre a paternidade de Jon. O que ele disse, caso você ainda não saiba, foi que rolava algo meio Luke/Leia. O que levou muita gente a pensar que Jon e Dany são irmãos. Embora isso seja uma possibilidade, eu acho ela muito remota e muito pouco provável. Acho que o mais provável é que Jon seja sobrinho de Dany. E o que Alfie quis dizer foi que havia um tabu envolvido e a necessidade de segredo e de manter a identidade de Jon no anonimato. Eu ia comentar isso no post anterior, mas esqueci.

Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Star Wars – Episódio III – A vingança dos Sith

 

Star Wars ep. IIIEsse é outro dos meus favoritos, se não o favorito, de toda a saga. É o mais sombrio e também, para quem cresceu vendo Luke combater Darth Vader, como eu, foi o mais esperado. Pois se trata nada menos que a queda de Anakin e a ascensão de Darth Vader. E o motivo de ele se voltar para o lado negro, pelo menos para mim, foi surpreendente.

A vingança dos Sith foi lançado mundialmente dia 19 de maio de 2005, e claro que eu não perdi tempo em correr para o cinema para ver. Afinal eram muitos e muitos anos de espera. E saí achando, e até hoje acho, que esse é o melhor da saga. E George Lucas conseguiu deixar o público de queixo caído com esse episódio.

Este começa 3 anos após as Guerras Clônicas (ou dos Clones. No quarto episódio acho que está Clônicas na legenda), Coruscant está sitiado, e o Chanceler Palpatine foi capturado pelo líder do exército dróide, General Grievous, em sua nave. Então, dois Jedis (adivinha quem?) partem para tentar resgatá-lo. Chegando na nave, e contrariando as ordens de Obi-Wan, que havia mandado Anakin continuar com a missão e deixá-lo para trás, eles dão de cara com Count Dooku, e percebem que caíram numa armadilha. Começa aí um dos muitos duelos de sabre de luz do filme, e no fim, com Obi-Wan inconsciente, Anakin, sob instruções de Palpatine, mata Dooku, sob alegação de que ele era muito perigoso para se manter vivo. Guardem isso, vai ser importante. Daí Anakin humilha todo mundo ao aterrissar a nave (ou melhor, o que restou dela).

Anakin   Padmé III 2

E chegando em Coruscant, ele vai encontrar Padmé (awwwwnnnnn!) e daí vem mais uma das muitas vezes que ela surpreende todo mundo (eu digo que ela é fodástica): anuncia que está grávida. E Anakin não sabia!!! Vem cá, colega, não sentiu nada diferente não? Não sentiu a Força? Anyways, Anakin é pego de surpresa, mas fica muito feliz. A cena é superfofa, e de novo, show de interpretação dele. E está só começando. Mas tenho que fazer uma observação aqui. A saga não ficou completa, faltou a cena da concepção de Luke e Léia. Você me contesta e diz que a gente sabe que Anakin é  pai. Eu concordo, mas até aí, Anakin foi gerado pelo espírito santo, então, a meu ver essa cena era fundamental. Até para mostrar que Anakin realmente quebrou as regras. depois, havia rumores na época que isso seria mostrado. Talvez tenha no blu ray, mas paciência, eu tenho em DVD (mas eu bem que queria o blu ray…meu aniversário é em abril, #ficadica). Sem contar que era mais uma desculpa para ver Anakin sem o uniforme Smiley piscando, não meninas?

Anakin pesadelo

Começa aí uma série de manobras políticas e ardis de um lado e de outro. E Anakin é pego bem no meio disso tudo, de uma disputa de poder que é muito mais forte que ele. De um lado, os Jedis, que ainda não confiam plenamente nele e se negam a lhe conceder o título de mestre (culpa daquele idiota do Mace Windu, cabeçudo da caramba) e ainda pedem para ele espionar Palpatine. Certo, Palpatine é um verme dos piores, mas Anakin é seu amigo e é inocente o bastante ainda para acreditar no bem das pessoas. E Palpatine é mestre (sem trocadilho) em se aproveitar das fraquezas das pessoas. Ele sabe muito bem que Anakin acredita piamente nele, e também sabe de seu casamento secreto com Padmé. Palpatine manipula Anakin facilmente com isso. E Anakin pode até ser forte com a Força como aliada (ai, ficou feio,mas fazer o quê?), mas também, como eu já disse aqui - Star Wars - Episódio II, é ainda, em muitos sentidos, um garoto órfão e carente. E não tem a força (de novo, sem trocadilho) suficiente para discernir entre as mentiras de um lado ou do outro.

Some-se a isso as visões que ele anda tendo de Padmé morrendo no parto, exatamente como as que teve de sua mãe antes de esta morrer. Ele não quer perder Padmé como perdeu sua mãe. A culpa por não ter conseguido salvá-la (e arrisco dizer que também pelo que fez com o Povo da Areia) ainda é muito grande. Palpatine se aproveita disso, é é esta a porta de entrada de Anakin para o lado negro, com a promessa de vencer a morte.

Mace Windu

Entra aí a tal profecia de que Anakin é o escolhido, que trará equilíbrio para a Força. Infelizmente a gente não tem (pelo menos eu nunca vi, não sei se tem em algum lugar) a tal profecia escrita, como no caso de Harry Potter. Então, não podemos analisar. Só sabemos isso que eu coloquei aí em cima, que Anakin trará o equilíbrio para a Força. E isto não está totalmente errado, mas vou deixar para falar disso mais tarde, quando comentar os outros filmes. O que chama atenção neste é que Yoda já diz que a profecia pode ter sido interpretada erroneamente, e parece preocupado e não muito à vontade com a tarefa imposta a Anakin. Tenho para mim que Yoda sabia muito bem que Anakin era casado com Padmé. Ou pelo menos descobre de alguma forma no decorrer deste filme. Mas fica quietinho.

yoda III

Pois bem, a queda dos Jedis veio de sua arrogância e de suas mentiras. Sim, eles também mentem. E também são capazes de manobras sujas, como mencionei antes. E isto fica aparente neste filme. Não estou dizendo que não sofri com a dizimação deles, porque no cinema eu me lembro que quase chorei, Mas foi responsabilidade deles mesmos, sim. Aliás, a cena em que Anakin chega ao templo Jedi para mim é tanto triste com OMG!, porque ao mesmo tempo que me parte o coração o que ele faz lá, ele também está muito lindo. Eu diria que ir para o lado negro caiu muito bem nele Alegre

 

Anakin ep III

Enquanto isso, uma guerra feroz é travada no planeta dos Wookies, e Yoda parte para ajudar. A situação é grave, e quando Palpatine, agora sem as máscaras, se revela o Sith que os Jedis procuram, e dá o comando para exterminar todos os Jedis, Yoda, percebendo a ameaça, dá um de seus golpes e não dá nem chance para os clones que o atacam. Mas ele está em menor número e é salvo por Chewbacca e Tarfull.

Wookies

Diga-se de passagem que Anakin, que é quem descobre que Palpatine é na verdade Lorde Sidious, o denuncia a Mace Windu, que parte atrás de Palpatine, não sem antes deixar bem claro que não confia em Anakin (cabeçudo idiota) e deixar Anakin de fora. Mas Anakin é influenciado por Palpatine e vai atrás, para conseguir aprender como salvar Padmé. Chegando na casa e Palpatine, a luta é feroz entre o Sith e Mace Windu, que acaba acuando Palpatine e diz que vai matar Palpatine, porque ele é muito perigoso para ser mantido vivo (lembra?). Anakin para Mace Windu e acaba matando o mestre Jedi (ele se arrepende, verdade, não que agora adiante muito). Palpatine então se aproveita do desejo de Anakin de salvar Padmé e faz dele seu aprendiz. Aí sim, fomos surpreendidos novamente. Nunca imaginei que Anakin se tornava Darth Vader por amor. e a cena é fantástica. Mais uma vez, Hayden Christensen dá show, e a mudança de expressão quando ele se levanta como Darth Vader é incrível.

Anakin   Obi-WanOutro show foi de Ewan McGregor quando Obi-Wan descobre o que Anakin fez. Não tenho palavras para estas duas cenas. As duas melhores do filme. Natalie Portman também fantástica como Padmé neste e Ian McDiarmid sensacional com Palpatine. Dispensam comentários.

Este filme também é ação do começo ao fim, com direito a muitos e muitos duelos com sabre de luz (que eu acho mais legais que as espaçonaves). O mais esperado e melhor deles é entre Anakin e Obi-Wan. Sim, entre Yoda e Palpatine também é muito legal, mas eu prefiro entre Anakin e Obi-Wan, é mais emblemático. O melhor da saga. Tudo, mais uma vez, embalado por Duel of the fates. Aliás, a cena depois, com Anakin já caído e todo queimado é forte e também muito bem feita. Para variar, ponto para os efeitos especiais.

DAQUI PARA FRENTE HÁ SPOILERS,CASO VOCÊ NÃO TENHA VISTO!

E aí vem a cena mais emblemática e aguardada de todas: Darth Vader, pela primeira vez com a armadura. Confesso que até hoje, e não importa quantas vezes eu veja, ela sempre me emociona. E novamente a surpresa quando a primeira coisa que ele pergunta é se Padmé está bem. Isso que é amor, fala sério. O que foi ele descobrindo que ela tinha morrido, e que ele a tinha matado (mais um mentirinha de Palpatine, agora Imperador, para manter Vader a seu lado)? De novo, culpa. E a cena final dos dois, pelo menos para mim , parece isso: ele se resignou. Não acho que ele permaneça ao lado de Palpatine só por obediência (até porque Anakin nunca foi muito de obedecer), mas por resignação,e talvez, por auto-punição. A postura dele, de braços cruzados, diz muito.

Vader III

Também me emociona o funeral de Padmé. Como ela está linda, e chorei ao ver o amuleto que Anakin, ainda criança, fez para ela em suas mãos. E como ela morreu de coração partido. De novo, isso que é amor. Se Anakin soubesse que ela ainda estava viva quando a deixou, Palpatine não teria o mesmo controle sobre ele, certeza.

Gosto da forma como George Lucas ligou as duas trilogias também, com Léia partindo com o Senador Organa e Luke sendo entregue a sua família por Obi-Wan, que se exila em Tatooine para ver de perto o crescimento do garoto. E protegê-lo e aprender um truque com seu saudoso mestre Qui-Gon. O que é mais triste é que eu acho que se Anakin tivesse se voltado para Obi-Wan antes de Palpatine, Obi-Wan teria ajudado. Mas também não teríamos a saga, terminaria aqui.

Bom, acho que não me resta comentar mais nada. Fica aí o trailer:

Beijos e obrigada se você ficou comigo até o fim de mais um post bem longo!