domingo, 29 de julho de 2012

Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

 

Dark Knght Rises Confesso que, apesar de gostar de super-heróis, não sou muito fã de Batman. Mas essa trilogia do Christopher Nolan é excelente, e eu estava contando os dias para ver a conclusão. E ela é nada menos que épica.

Oito anos se passaram desde os eventos retratados em O Cavaleiro das Trevas. Gotham está em paz, livre do crime organizado e Harvey Dent é reverenciado como herói que salvou a cidade. Batman agora é procurado depois de assumir a culpa pelo assassinato de Dent e Bruce Wayne se tornou um milionário recluso e aleijado.

Tudo vai bem, até que em uma celebração em memória de Dent na Mansão Wayne, agora totalmente reconstruída, uma ladra acorda Bruce de seu estado de apatia. O roubo é só uma desculpa para conseguir algo mais, que só vai ser esclarecido mais tarde.

Enquanto isso, uma ameaça muito maior se aproxima de Gotham. A sequência inicial já mostra bem o vilão da vez, Bane. E no maior clima Lost, Bane mostra que não está para brincadeira. E se eu achava que o Coringa (papel espetacular de Heath Ledger, o melhor de todos os Coringas– RIP) era totalmente demente, era porque não conhecia Bane. E Tom Hardy, mesmo com a cara escondida por trás da máscara (muita sacanagem isso!), está sensacional no papel.

Bane

Muita gente (eu inclusive) estava curiosa sobre  Mulher-gato. Anne Hathaway assume o papel maravilhosamente, e dá um pouco mais de personalidade a essa personagem, sem ficar à sombra de Michelle Pfeiffer. O figurino, decente, fala por si só (bem diferente do visual dominatrix/vagaba de Halle Berry). E admito que eu queria ter um pouquinho só da graça dela: luta, corre e de salto 7,5 agulha, pilota a moto envenenada do Homem-morcego e tudo isso sem tirar um fiozinho de cabelo do lugar. E ainda tem o bônus de tirar uma casquinha de Bruce Wayne. Bom, é felina, né? Graciosa por natureza…

Bruce   Catwoman

Além dela, outro personagem novo é Blake, interpretado muitíssimo bem por Joseph Gordon-Levitt. Ele faz um policial de Gotham, idealista, órfão, e que sempre acreditou no Batman. Fiquem de olho nele, que vai ser importante, mas não vou estragar o final (caso você ainda não tenha sacado).

Blake

Personagens antigos retornam, como Alfred, claro, o comissário Gordon e o Sr. Fox. Todos muito bem representados, por Michael Caine, Gary Oldman e Morgan Freeman, respectivamente. Aliás, uma cena em particular entre Bruce e Alfred é linda demais, super tocante. Há outros, mas de novo não quero estragar a surpresa. Só uma dica: fiquem de olho quando aparecer um julgamento.

Destaco ainda Marion Cotillard, que eu nem sabia que estava no filme, mas foi uma ótima surpresa. Ela faz Miranda Tate, uma das executivas da Wayne Enterprises. E é mais uma que tira uma casquinha (aliás, um pedaço todo) de Bruce. Se ele não se dava bem nos primeiros (oi? Cadê a mulherada de Gotham? Lindo, rico e gostoso daquele jeito e nada…Vai entender…), neste finalmente ele dá umazinha. E, claro, Christian Bale também arrasa como o Homem-morcego.

Mais brinquedinhos da hora, obra do Sr. Fox, dão as caras, e muito mais ação marcam esse terceiro filme da franquia. Tanto que as 2 horas e 40 passam voando, a gente não sente (se bem que pra quem assistiu todas as versões estendidas de O Senhor dos Anéis, isso não é nada). Todas as pontas são bem amarradas, não restam dúvidas, mas ainda acharam um ganchinho para algo mais. Há também muitas reviravoltas, muitas surpresas ao longo do filme. E confesso que quase chorei em um momento. Vale a pena assistir, mesmo se você, como eu, não curte muito Batman. Mas assista Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas antes, caso ainda não tenha visto. Aí vai o trailer:

Beijos e até o próximo post!

Faixa a faixa – Matchbox Twenty – More than you think you are

 

Matchbox twenty more than Uma das minhas bandas preferidas (e que eu não acredito que eu NUNCA mencionei aqui, nem em trilha) é o Matchbox Twenty. Tenho todos os CDs deles, e confesso que fiquei em dúvida sobre qual escrever. Decidi por More than you think you are simplesmente porque ele está no meu computador e estou escutando enquanto escrevo.

O Matchbox Twenty, para quem não conhece, é uma banda de rock americana formada atualmente por Rob Thomas (vocais e piano), Paul Duecette (bateria e guitarra), Kyle Cook (backing vocals e guitarra), Ryan MacMillan (bateria e percussão) e Brian Yale (baixo). Seu primeiro álbum, Yourself or someone like you, é de 1996, e tem hits como Push, 3 a.m. e Real world.

O álbum seguinte, Mad season, é de 2000, e tem as faixas Bent (tadinho do Rob! Só apanha nesse clipe!) e If you're gone. Depois desse vem More than you think you are, de 2002. Depois dele, o grupo deu um tempinho, lançou uma compilação, Exile on Mainstream, com quatro músicas inéditas. E Rob Thomas também lançou um álbum solo nesse período. E agora vem um fresquinho em setembro desse ano (yay!), e vai se chamar North. O primeiro single, She's so mean já foi lançado.

Mas eu não estou aqui para falar desses álbuns, e sim de More than you think you are. Então vamos lá:

1. Bright lights: já começa bem, eu adoro essa música. Começa bem calminha, só com Rob e o piano. A letra fala de uma menina que se muda para NY para tentar carreira na Broadway. Mas assim que toca o refrão pela primeira vez, a música ganha força. Adoro o refrão (baby, baby , baby…). Aí vai o vídeo:

2. Cold: continua o tom, e com um jogo de oposições na letra muito bem colocado. é uma faixa enérgica, com a guitarra forte, mostra um pouco da potência da voz de Rob, que acompanha muito bem;

3. Could I be you: mais uma faixa forte, com o piano combinando bem com a guitarra e a bateria, e mais uma vez, Rob mandando muito bem nos vocais;

4. Disease: parceria na letra de Rob e ninguém menos que Mick Jagger. O resultado é uma faixa deliciosa, com um trocadilho bem legal no refrão (you taste like honey, honey, tell me can I be your honeybee?), e simplesmente não dá para ficar parado nesta faixa. Confira o clipe:

5. Downfall: uma boa combinação do baixo, guitarra e piano. Mais uma forte, e que fica ainda mais forte no refrão, flertando com  gospel. Gosto também do coro na música, ficou bem legal;

6. Feel: faixa mais raivosa (pelo menos a julgar por Rob no começo). E mais uma vez, com um coro bem colocado, e guitarra estridente, com uma batida forte da bateria;

7. Soul: mais calma, mas ainda assim ganha força no refrão, que tem várias vozes também. Ela alterna bem os ritmos;

8. Unwell: mais para uma balada, e acho que a mais conhecida deles por aqui. Adoro essa palavra, unwell, e Rob trabalhou bem o refrão. O bandolim também foi uma boa adição à música. Confira o clipe (que é bonitinho):

9. Hand me down: Rob manda muito bem nas músicas mais enérgicas, mas também nas baladas, como essa. O piano é bem marcado na faixa, bem como a guitarra;

10. All I need: bom começo, com um trabalho de cordas muito legal, e que combinou muito bem. Batida mais pop, com bons vocais;

11. The difference: essa tem uma música dentro dela, escondida e que não consta da lista na capa do CD. Ambas são muito boas. The difference é mais pra uma balada, mas alterna altos e baixos, como sempre muito bem. Já a outra (que eu não sei o nome) é meio que o oposto, com batida mais enérgica, e lembra também um pouco aquelas músicas com coral gospel, mas de alguma forma elas combinam juntas;

12. You're so real: começo com o baixo marcando presença, e depois cresce, e fica mais dançante, também com um toque gospel.

A ordem das músicas pode não corresponder ao CD, porque confesso que eu gravei o meu. Mas como a ordem dos fatores não altera o resultado (uau! Meu pai, professor de matemática, ficaria feliz agora! ;D), o CD está todo aqui. E continua sendo ótimo do mesmo jeito. Espero que vocês gostem.

Beijos e até o próximo post!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Música do Mês – Need you now – Lady Antebellum

 

Um gênero que eu gosto bastante é country. Não do tipo de Dolly Parton, mas como Shania Twain (que eu já comentei aqui), Faith Hill, LeAnn Rimes e Barenaked Ladies (que eu comentei aqui), que se aproximam do pop/rock. E mais recentemente eu descobri o Lady Antebellum, um trio formado por Charles Kelley (vocais principais), Hillary Scott (vocais) e Dave Haywood (backing vocals e multi-instrumentista). Eles se juntaram em Nashville (a capital do country nos EUA) em 2006, e estouraram mundialmente com o hit Need you now.

E eu escolhi essa música porque ela grudou na minha cabeça por dias esse mês. Eu adoro essa música, mas não sei se ela funcionaria tão bem sem a combinação das vozes lindas de Hillary e Charles (no caso dele, não só a voz ;D). Também gosto da introdução com o piano, e da guitarra slide no decorrer da música. Então, sem mais delongas, vamos ao clipe:

Beijos e até o próximo post!

domingo, 22 de julho de 2012

Amante eterno –Irmandade das Adagas Negras #2 – J. R. Ward

 

Amante eterno Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Possuído por uma besta letal, Rhage é o membro mais perigoso da Irmandade da Adaga Negra. Dentro da Irmandade, Rhage é o vampiro de apetites mais vorazes. É o melhor lutador, o mais rápido a reagir, baseado em seus instintos, e o amante mais voraz, porque em seu interior arde uma feroz maldição lançada pela Virgem Escriba. Possuído por esse lado sombrio, Rhage teme constantemente que o dragão dentro de si seja liberado, convertendo-o num perigo para todos à sua volta. Mary Luce, uma sobrevivente de muitas adversidades, entra de maneira involuntária no universo dos vampiros, contando apenas com a proteção de Rhage. Concentrada em combater a sua própria maldição, potencialmente mortal, Mary não está buscando o amor e perdeu sua fé em milagres tempos atrás. Mas quando a intensa atração animal de Rhage se transforma em algo mais emocional, ele sabe que Mary precisa ser sua e de mais ninguém. E enquanto os inimigos fecham o cerco, Mary luta desesperadamente para alcançar a vida eterna com aquele que ama...

Não li esse livro antes, apesar de ficar com água na boca depois do final do primeiro, porque eu já tinha planejado reler As Crônicas do Gelo e do Fogo. Então, intercalando os livros de George R. R. Martin, eu preciso de algo mais light, ou, no caso, absolutamente não-pensante. Mas um alerta: essa coleção eu recomendo só para as meninas, porque é livro de mulherzinha, falou?

Como diz a sinopse, este segundo é focado em Rhage, também conhecido como Hollywood. Isso porque o cara é lindo de morrer (óbvio), louro, alto a atlético. E se não me engano, além de ser membro da Irmandade, o cara é ator (isso está no primeiro, mas não lembro dos detalhes). Rhage não tem esse nome (fúria) à toa. Há aproximadamente 100 anos, ele fez uma besteira das grandes, e desagradou profundamente a Virgem Escriba (espécie de divindade adorada pelos vampiros. Mas esta entidade é bem real), que o amaldiçoou: durante 200 anos, sempre que se descontrola, Rhage vira uma espécie de dragão (em algum lugar, Dany deve estar fervendo de raiva) e nessas horas, ele não reconhece amigo ou inimigo. Para manter a besta sob controle, só há duas maneiras: brigas ou sexo. Por isso, o cara é meio instável, e o maior pegador da Irmandade. Mas isso só até aparecer na sua vida Mary.

Mary é um jovem um tanto amargurada com a vida, depois de assistir impotente à morte da mãe. E se isso não bastasse, ela ainda sofre de leucemia, e está para morrer. Tudo bem, isso não é nada legal, mas a moça é chata pra burro. E acho que bem insossa. Não se envolve com ninguém, não tem amigos, a não ser Bella (chego nela daqui a pouco). Não tem muita coisa para dizer sobre Mary, mas é claro que a vida dela vira de ponta cabeça quando surge Rhage. Até aí, o livro é bem como o primeiro, a mesma fórmula: menina sem graça e doente, solitária, encontra homem (ou vampiro) irresistível e um verdadeiro deus do sexo, que não sabe como lidar com as emoções.

E no meio disso tudo, a guerra entre a Irmandade e os Redutores corre solta. Após a derrota do primeiro, os Redutores estão se reagrupando, e com novas ideias para combater os vampiros e liquidar a Irmandade. O Sr. O continua subindo na organização, mas ainda está em posição inferior ao Sr. X. Mas neste, a gente descobre um pouco sobre o passado de O, antes dele virar um redutor.

Também destaco neste um novo personagem: John Mathew, um jovem franzino e mudo, que cresceu em diversos orfanatos. John na verdade é um vampiro, mas não sabe disso. E está bem próximo da transformação. E também Bella, a amiga de Mary, que também é vampira, e vai ser importante no próximo. Ela é a corajosa que chega perto de Zsadist, o vampiro mais cruel e mal-encarado da Irmandade. Beth e Butch também aparecem neste, mas pouco (mais Butch que Beth).

Novamente, a história é fraca, e no caso deste livro, demorou para emplacar (eu só persisti porque queria muito reler A Storm os Swords, e queria começar logo). E a autora se superou nas cenas de sexo. Sério, George Martin ia ficar bem ruborizado com elas. Como eu disse na resenha do primeiro, não tenho nada contra, mas elas beiram a baixaria. Mas na verdade, é isso que mais vale no livro, porque como eu disse, não tem muita história. E a ação fica em segundo plano. Este também deixa um gancho para o próximo livro da série. E só mais uma coisa que eu esqueci de mencionar no outro: para uma série de vampiros, ela tem surpreendentemente pouco sangue. Como eu já disse, não é nada especial, só mesmo um alívio entre um livro denso (leia-se melhor) e outro. Mas descartável.

Trilha sonora

The number of the beast, do Iron Maiden (e fala sério, esses vampiros dessa série tem um mau gosto musical do caramba: 2Pac, 50 Cent…argh! Esqueci de mencionar isso no outro post). E The monster's loose, do Meat Loaf (mas esta última merece livros e personagens melhores, como eu já relacionei aqui, por exemplo).

Se você gostou de Amante Eterno, pode gostar também de:

  • Vampire Academy – Richelle Mead;
  • As Crônicas de Sookie Stackhouse – Charlaine Harris (e a série True Blood);
  • As Crônicas vampirescas – Anne Rice;
  • Drácula – Bram Stoker.

Citação do Mês

 

Já mencionei essa várias vezes, e é umas das minhas preferidas:

 

Arthur

O destino é inexorável

Merlin, As Crônicas de Artur, Bernard Cornwell

(PS: eu sei que o filme não corresponde ao livro, mas sempre que eu leio, é Clive Owen que eu imagino como Artur)

Beijos e até o próximo post!

sábado, 21 de julho de 2012

Mais sobre As Crônicas do Gelo e do Fogo

 

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS LIVROS!

Game of Thrones 2

O post anterior eu procurei focar um pouco mais no que eu notei na segunda leitura do primeiro livro (confira aqui). Neste, vou tentar me ater ao segundo livro. Mas vou continuar a elaborar suposições do que eu acho (ênfase no acho) que vai acontecer.

Começo dizendo que sim, foram muitas mudanças entre o livro e a segunda temporada. Por exemplo, Arya em momento algum chega perto de Tywin Lannister em Harrenhal, mas eu particularmente gostei muito disso na série. Foi um presente que os produtores nos deram, com interpretações lindíssimas de Maisie Williams e Charles Dance. Depois, no painel de Game of Thrones na Comic-con, George Martin parece estar bem com as mudanças, inclusive citando algumas cenas (confira aqui). E se ele, que é o pai da criança, está OK com isso, quem somos nós para julgar? Eu entendo perfeitamente que a gente quer ver o que leu, sou fanática também, mas também sei que trata-se de uma adaptação, não cópia fiel, e há um orçamento que deve ser respeitado, tudo tem um custo. E mesmo que seja um grande sucesso, dinheiro não dá em árvores. Depois, as mudanças não foram tão absurdas assim a ponto de a gente não reconhecer as passagens do livro, ou mesmo a essência dele, como acontece em Harry Potter e o enigma do príncipe, o filme. Dito isso, esclareço que não vou me ater nas mudanças, a não ser que elas sejam relevantes.

Uma das mudanças que incomodou muita gente foi a ausência dos Reed. Tudo bem, eles são importantes mesmo, mas eles estarão presentes na terceira temporada, e não é nada que não possa ser remediado. Agora, uma que parece que passou batido foi a ausência de Reek (Fedor). Esse sim faz diferença (apesar de na série quem meio que assumiu o papel dele foi Cleftjaw). Uma coisa que me chamou muita atenção foi que ele apareceu em Winterfell ANTES, muito antes de Theon invadir a fortaleza. Vamos retomar algumas coisas. Reek chega em Winterfell como prisioneiro, depois que Ser Rodrick retoma Dreadfort (p. 524 edição pocket americana, de capa roxa). Este forte foi capturado pelo bastardo do Bolton, Ramsay, que acaba morto por seus crimes (quem leu os livros, se segura. Quem não leu, guardem esta informação, que ela será relevante mais pra frente, mas não vou elaborar mais para não revelar mais do que o necessário). Aí já começa a se mostrar a traição dos Bolton. Por que Ramsay quis se casar à força com Lady Hornwood?

Theon what is dead

Mais tarde, quando Theon invade o castelo (o que acontece só lá pela página 665), Reek convence Theon a soltá-lo, e começa a encher a cabeça de Theon de abobrinhas. É dele a ideia de usar os corpos dos órfãos no lugar de Bran e Rickon. E ele (Reek) sai de Winterfell com esse plano já na cabeça. E Theon na verdade não se sente bem com isso, mas segue com o plano de qualquer modo, para ganhar o respeito de seus homens. E nessa parte, a série foi muito fiel, e Cleftjaw fez o papel muito bem. E Asha quando chega a Winterfell faz igualzinho à serie (apesar de eu achar que a atrizinha que fez a Yara ainda ter deixado muito a desejar). E depois, quando as coisas ficam feias para o lado de Theon, Reek se manda, sem deixar rastro. De novo, quem leu o livro, se segura, quem não leu, guarde esta informação, que vou retomar mais tarde, com a leitura dos outros. Mas aí tem coisa, isso com certeza. E vale lembrar que Roose Bolton se casa com uma das mil Walda Frey. Eu fiquei com a pulga atrás da orelha.

Eu havia dito aqui que Ned ajudou Robert a usurpar o trono. Ajudou mesmo, e alguém contestou nos comentários. Se a tomada do trono foi justificada ou não, é outra coisa, mas que usurpou, usurpou. Digo isso porque Renly diz a mesma coisa: “que direito tinha meu irmão Robert tinha ao trono?” (p. 352) para justificar o seu direito ao trono. Ela continua explicando que haveria ligações de sangue entre os Baratheon e os Targaryen no passado remoto, mas de qualquer jeito ainda está dando uma indireta que não, Robert não tinha direito nenhum. E por favor, né? Aerys II podia ser louco de pedra, mas o trono estava com os Targaryens há gerações, Robert usurpou o trono sim. E o pai e o irmão de Ned foram executados como rebeldes. Eles justificaram tudo por causa do suposto sequestro de Lyanna. Mas leia aqui neste post da Lidiany do Game of Thrones BR fez sobre os pais de Jon Snow. Se você não leu ainda, eu recomendo. É longo, mas vale a pena. E você vai ver que Lyanna não foi sequestrada. Isso foi só a desculpa encontrada para justificar a rebelião.

Outra coisa que meio que incomodou o pessoal na série (acho que mais o público masculino que o feminino. Eu não achei nada de ruim, pelo contrário!) foi a semi-nudez de Gendry. E digo que isso está no livro. Não só uma, mas DUAS vezes. E Arya, que não é boba nem nada, tirou uma casquinha precoce: “quando ela viu Gendry, seu peito nu estava molhado de suor…” (p. 549/550). E mais tarde: “ela observou o movimento dos músculos em seu peito e ouviu a música que o aço fazia. ‘Ele é forte’, ela pensou” (p. 679). E aqui vai mais uma coisa que eu acho que vai rolar: Arya e Gendry. Tanto no livro como na série rola uma química legal entre os dois. Vou voltar neste assunto mais tarde, tem mais que eu quero colocar, mas vou de acordo com os livros.

Gendry 2

Mencionei Jojen e Meera lá em cima. Acho que todo mundo lembra que Jojen sonha que Winterfell vai ser invadida pelo mar, o que depois se confirma. É o tal do green dream. E segundo Jojen, sempre que o sonho é assim, ele sempre acontece. Mas ele também sonha que Bran e Rickon estão nas criptas, entre os reis mortos e seus lobos. Ele acha que significa a morte dos dois pequenos Stark, mas a gente sabe que não é isso que acontece. Achei muito interessante isso. E mostra que os sonhos dependem de interpretação, e isso vale também para as tais profecias.

E já que falei em Bran, deixa eu falar de outra coisa que me chamou a atenção. Quando Theon invade Winterfell, o relato é contado sob o ponto de vista de Bran, e inicialmente ele está em Summer (mais uma coisa importante sobre esses dons dele, e que Jon também tem. Mas vou elaborar mais pra frente, de novo, senão vou dar um mega spoiler do quinto livro antes da hora). O lobo sente que há algo de estranho no ar, e também sente falta do irmão, mais especialmente Ghost (p. 664). Acho muito interessante essa ligação especial de Summer com Ghost, e vamos lembrar que Bran também tem uma ligação especial com Jon. Claro que Bran gosta de todos os seus irmãos, e Jon também, mas relendo agora, fica clara a ligação mais forte entre estes dois e Arya.

Jon   Bran

E falando em Snowy Goodness, lembra que eu falei que ele ainda não atingiu todo o seu potencial? Então, ainda não (acho que ainda vai demorar um pouco para isso, mas paciência pessoal. Aguardem até eu comentar o quinto, pelo menos até lá acho que muita gente já vai ter lido e não vai ter tanta surpresa pelo que vem por aí). Uma coisa que me chamou a atenção foi um pouco antes da morte de Renly (chuif, chuif), a abestalhada da Catelyn está num septo, rezando. Ela reza por todos, a cada um dos deuses. O que me chamou a atenção foi uma coisa relacionada ao Guerreiro: “O Guerreiro era Renly e Stannis, Robb e Robert, Jaime Lannister e Jon Snow. Ela até vislumbrou Arya naqueles traços. Então um sopro de vento pela porta fez a tocha tremular, e a semelhança se foi.” (p. 496). Em primeiro lugar, me espanta que a estrupícia veja Jon ali (lembra que para Catelyn, Jon é menos que a pulga do Ghost). E também acho interessante que ela veja Arya no Guerreiro, e não na Virgem. Depois, é mais uma evidência da semelhança (física e de personalidade) entre Jon e Arya. E aí está uma pista do destino que eu acredito que será o de Arya: ser uma guerreira. Na verdade, acho que é um pouco mais que isso. Acho que ela vai se tornar algo como Jaqen. E mais uma coisinha sobre Arya. Quando ela vai embora de Harrenhal com Hot Pie e Gendry, ela pega a moeda que ganha de Jaqen e ouve um lobo uivando longamente (p. 903). Já falei mais de uma vez, e repito: ela vai reencontrar a Nymeria. E vamos lembrar que Harrenhal fica perto de onde a loba de Arya foi solta, e está tocando o terror. Mais de uma vez neste livro eles falam de uma matilha de lobos, liderada por uma loba gigante que não teme ninguém. Me desviei um pouco, mas volto em Snowy Goodness daqui a pouco.

Arya   Jaqen

Antes, uma coisa para se pensar sobre Lysa. Guardem isto para o quarto livro. Pouco antes de morrer, quando o velho Tully já estava mais pra lá que pra cá, no meio dos delírios, ele fala para Cat (pensando que esta fosse a irmã): “aquele moleque…garoto imprestável…não me diga seu nome, seu dever…sua mãe, ela iria…” (p. 571). Desde menina, Lysa é apaixonada por Mindinho. E é a ele que o velho Tully se refere. Ele está se lembrando do casamento das filhas, que foi no mesmo dia, e isto com certeza é parte de uma discussão. Mas Catelyn ainda fica se perguntando quem é o moleque de Lysa. Além de burra, é cega. Ou tão absorvida em si mesma que não notava a atração da irmã por Mindinho. Claro que Mindinho só tinha olhos para Catelyn, mas Lysa era o contrário. E provavelmente deve ter guardado um ressentimento gigantesco da irmã. Repito, guarde esta informação até o quarto. Ela vai fazer mais sentido então.

Melisandre   Stannis De volta a Snowy Goodness, via Melisandre. Isso vai fazer mais sentido depois do quinto, mas aí vai. E lembrem-se do que eu falei sobre ele ainda não ter atingido todo o seu potencial. Já no segundo Melisandre menciona o tal Azor Ahai renascido, que ela acha que é Stannis. Tudo que ela faz, as sombras, etc, é acreditando que Stannis é esse tal herói reencarnado. Eu não acho, acho que a feiticeira está redondamente enganada, mas só vou explicar porque depois que reler o quinto. Basta dizer que eu acho que esse tal é Snowy Goodness. Guardem isso. Por enquanto, vamos voltar ao segundo. Há uma passagem que a Mulher Vermelha diz: “E esta espada será Portadora da Luz, a Espada Vermelha dos Heróis, e aquele que a empunha será Azor Ahai reencarnado, e a escuridão fugirá diante dele” (p. 148). Bom, junte isso a este trecho do juramento dos Patrulheiros da Noite: “Eu sou a espada na escuridão. Eu sou o guardião na Muralha. Eu sou o fogo que arde contra o frio, a luz que traz a alvorada” (p. 522, AGOT, edição pocket americana com Ned na capa). Há mais coisas, mas vocês terão que aguardar eu comentar o quinto. Mas só por isso dá para deduzir que Jon é que é o tal herói. E ele tem todo o perfil de herói mesmo, só não se desenvolveu ainda. Adianto que isso deve servir para quem já leu o quinto (inclusive eu), ou já andou espiando os spoilers por aí. E só mais uma coisinha. Lembra que eu sempre falei, ao comentar as cenas dele com Ygritte na segunda temporada, que os hormônios falaram mais alto. Então, eu tava meio que chutando, mas eu estava mais certa do que imaginava. Snowy Goodness pode ser devagar, mas não é bobo, não. Olha só: “Ela parecia gorducha encolhida ali, mas a maior parte daquilo eram camadas de lã e peles. Por baixo de tudo aquilo, ela poderia ser tão magrela como Arya” (p. 744). Taí a prova: mal conheceu a mina, e já tava imaginando como ela é debaixo de todas as peles. Hum…aguardem mais no terceiro…

Jon e Ygritte

E já que falei em Melisandre, esclareço que ela com certeza tem um caso com Stannis. Veja: “Desde a morte de Lorde Renly, ele anda perturbado com terríveis pesadelos. Poções do maester não funcionam. Somente Lady Melisandre consegue sossegá-lo em seu sono” (p. 605). Acho que deu para entender, não? Agora como ela faz isso, só pode ser com uma poção do amor bem mais poderosa do que a que Vanilda Bane (acho) dá para Rony em O Enigma do Príncipe. Isto porque Stannis é um porre, e dos grandes. Não é à toa que ninguém gosta do cara. Ele não bebe (só água, e quente ainda por cima), não gosta de música, nem de risos, e só faz sexo umas duas vezes por ano com Selyse (não é à toa que a mulher é amarga. Mal-comida desse jeito…). E também não suporta que ninguém goste dessas coisas (ou seja, viver).  E ainda é amargurado, ressentido pelo fato de todo mundo preferir Robert, ou Renly, e até Ned. Sétrio, Stannis e Selyse se merecem. E o cara ainda quer governar? O Grinch é animado perto disso. O que ele faz muito bem é impor medo nas pessoas. Seus seguidores só estão com ele por medo. E Melisandre acha que isso aí é Azor Ahai reencarnado?! Não dá mesmo. Só por aí dá pra perceber o erro dela.

dany E agora só falta falar de Dany. Não vou focar na Casa dos Imortais, porque a Lidiany já fez isso no Game of Thrones BR (link acima). No post Explicando a Casa dos Imortais ela menciona cada uma das passagens, dá explicações para cada uma das visões, mas cuidado que há spoilers do terceiro e do quinto livro. Só vou comentar que nada do que passou na série está no livro (eu confesso que fiquei decepcionada ao não ver ela saindo da Muralha. E aqui, como eu já disse antes, eu acho que série deu uma mega dica de que Jon e Dany são sim feitos um para o outro). Mas fiquei imensamente aliviada pela série não mostrar o que ela lista no item 2 da postagem. Ainda não estou preparada psicologicamente para ver isso (;D). E mais uma coisa. Quaithe diz para Dany: “Para ir para o norte, você deve viajar para o sul. Para alcançar o oeste, você deve ir para o leste. Para seguir em frente, você deve voltar para trás, e para tocar na luz, deve passar embaixo da sombra” (p. 583). Em primeiro lugar, acho interessante esse jogo de opostos, que remete à profecia/maldição que Mirri Maz Duur lança em Dany. E depois, esse negócio da luz e da sombra, além de se referir a Asshai,  também faz um paralelo com o juramento da Patrulha (veja trecho acima).

Lembro que tudo isso é especulação minha, pode nunca vir a acontecer, depende de George R.R. Martin. Mas antes de ir, lembrei de mais algumas músicas para a trilha sonora.Em primeiro lugar, duas que caem como uma luva para Theon: Fairytales and castles, do Lifehouse (essa é Theon do começo ao fim, parece até que foi escrita para ele, inclusive no quinto. Preste atenção na letra) e I wanna be loved, do Bon Jovi (I had a roof overhead, had shoes on my feet…Tem mais outros trechos também, e novamente até para o quinto) e para Jon e Dany, posso estar me adiantando um pouco, mas Blurry, do Puddle of Mudd (There’s oceans in between us, but that’s not very far…mas também tem mais trechos da música que se aplicam, confira a letra). Tenho outras músicas em mente para eles, mas por enquanto vou ficar só com essa, falou?

Beijos e obrigada por ficar comigo em mais um post longo.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dia do Amigo

 

Hoje é o Dia do Amigo. Queria aproveitar para agradecer e dedicar a você, que me acompanha sempre. Se não fosse por vocês, o blog não existiria. Mais uma vez, meu muito obrigada. Em especial, dedico este post a: Fefa, Gabi, Nerito, Adriano, Luana, Wander, Fernanda Godoy (que me ajuda com minhas teorias malucas sobre As Crônicas do Gelo e do Fogo), Luciana (minha irmã), Nádia, Vítor, e muitos outros.

Um beijo no coração!

Calvin amigo

Até o próximo post e

Feliz Dia do Amigo!

Selinho

 

Oi pessoal! Ando sumida, mas é porque estou relendo devagar As Crônicas do Gelo e do Fogo, e estou já faz uns dias preparando mais um post com minhas suposições, baseadas no segundo livro. Hoje  fofa da vim postar mais um selinho que eu ganhei da Gabi, do Abrindo os livros. Obrigada Gabi!

selinho vício

Regrinhas:

1. Divulgar o blog que te indicou:

Abrindo os livros, da Gabi

2. Divulgar o selinho: feito;

3. Colocar o selo no blog: feito;

4. Indicar para dez blogs:

Não vou escolher, mas quem quiser sinta-se à vontade para se sentir presenteado.

Beijos!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Sombras da Noite

 

Dark Shadows Filme de vampiro, com Johnny Depp, Helena Bonham Carter e direção de Tim Burton, alguma dúvida que eu ia assistir? Aliás, nem precisava ser de vampiro, só juntando os três já é motivo suficiente para me levar ao cinema.

Barnabas Collins (Depp, que mesmo pálido como um white walker ainda é tudo) migra pra os Estados Unidos com sua família no século 18, e constroem no Novo Mundo o império de pesca que rende ao lugarejo onde eles moram na costa do Maine o nome da família, Collinsport. A cidade prospera, junto com a família que logo também constrói uma mansão, Collinwood. Tudo vai bem, até que Barnabas cresce e desperta o desejo de uma serviçal, Angelique (Eva Green).

A moça acha que é correspondida, mas surge na cidade uma outra moça, nobre, que arrebata o coração de Barnabas. A tal moça é Josette (Bella Haethcote), delicada e romântica. Mas, claro que Angelique não vai deixar isso barato, afinal, hell hath no fury like a woman scorned. E se ela não pode ter Barnabas, então ninguém mais pode. E como Angelique é uma bruxa (literalmente), sua vingança é feroz. Primeiro ela mata os pais de Barnabas, e depois lança uma praga sobre o rapaz, que se torna vampiro. Logo ela põe toda a cidade contra Barnabas, e o enterra num caixão trancado com correntes.

Duzentos anos se passam, e por acidente, uns operários acabam trombando como caixão de Barnabas. Crentes que há aí algum tesouro, eles abrem o esquife, mal sabendo o que ele contém. E de cara Barnabas já mostra que é vampiro das antigas. Massacra todos os operários. Mas ele é educado, pede desculpas, mas sempre com um toque de humor negro bem requintado. E aqui já vem uma das tiradas mais inteligentes do filme: os operários estavam preparando o terreno para abrir um McDonald’s, e aqui deparar como enorme luminoso com aquele M amarelo, Barnabas se apavora, pois essa e a letra de Mefistófeles, do demo em pessoa (eu já tinha sacado algo assim em uma cena anterior ;D Mas olha aí, cuidado ao pedir um Big Mac ;D).

dark shadows cast

A partir daí, o filme gira em torno de restaurar a antiga glória da família Collins, agora quase falida por causa de uma nova empresa pesqueira, a Angel Bay. Preciso dizer quem está por trás desta concorrente? ‘

A matriarca da família agora é Elizabeth (Michelle Pfeiffer), e ela luta não só para manter a família, mas também para guardar o segredo de Barnabas. Logo ela e Barnabas formam uma aliança, para derrubar a Angel Bay.

O filme é bem divertido, melhor que a média dos últimos filmes de Tim Burton. Uma atração à parte é a adaptação de Barnabas à década de setenta. E também o restante da família, principalmente Carolyn (Chloë Grace Moretz), filha adolescente de Elizabeth, sempre indiferente, e David (Gulliver McGrath). Também fiquem de olho na Dra. Julia Hoffmann (Helena Bonham Carter, em uma participação pequena, mas muito importante, e sempre divina) e Victoria Winters (essa eu não vou dizer quem faz, pra não entregar).

Sombras da Noite é baseado em uma série de TV do final dos anos sessenta/ começo de setenta. E curiosamente tanto Johny Depp como Michelle Pfeiffer eram fãs. Aliás, Depp também assina a produção do filme. A década de setenta pode não ter sido a mais bonita esteticamente, mas a trilha sonora é muito boa, e o filme ainda conta com a participação de Alice Cooper, contribuindo para a trilha e mais uma tirada sensacional. Os cenários são belíssimos e o filme combina bem vampiros, fantasmas, bruxas e outros seres fantásticos. O roteiro fica por conta de Seth Grahame-Smith, autor de Abraham Lincoln: caçador de vampiros (alguém aí leu? Queria saber se é legal, mas acho que vou ler de qualquer jeito), que estreia em 31 de agosto por aqui (vou ter que ler antes ;D), e que só por ter um dedinho de Tim Burton na produção, eu já fico com vontade de ver.

Aí vai o trailer:

Beijos e até o próximo post!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Mais teorias sobre As Crônicas do Gelo e do Fogo

 

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS LIVROS!

Game of Thrones 2

Depois de terminar a segunda temporada de GoT, a síndrome de abstinência bateu brava (ainda não me recuperei ;D) e eu resolvi reler a saga toda. Já terminei o primeiro há uns dias, mas só agora deu tempo de sentar e elaborar algo. Na verdade, eu já vinha pensando em escrever algo enquanto lia.

Posso dizer que fica muito mais fácil ler pela segunda vez. Eu adoro o livro, mas reconheço que para quem começa é complicado. São muitos personagens (eu me perdi só na renca de filhos do Ned;D). E muitos detalhes que passavam batido, personagens que só ganham força nos seguintes, chamam mais atenção.

I am the sword in the darkness Muitas das minhas teorias tem a ver com a verdadeira identidade do meu amado Snowy Goodness, mas a Lidiany, do Game of Thrones BR já fez isso muito bem, e tudo que ela coloca, eu ia colocar também, inclusive as citações. É só conferir aqui.

Mas isso não quer dizer que eu não tive mais algumas ideias ao longo da leitura. Vou começar por Bran. Já no primeiro dá para sacar o dom dele de prever/ver coisas que não estão óbvias pra ninguém. Em inglês, Jojen diz que os sonhos dele são “green dreams” e ele se diz um “green seer”. Quer dizer, seus sonhos são verdes (não sei como está em português). Destaco isso porque uma das discussões mais acaloradas é quanto a quem vai montar os dragões de Dany. Um dos candidatos mais fortes é justamente Bran, e eu acho que ele vai montar um dragão sim, e voar literalmente, não só em sonhos com o corvo de três olhos. Já expressei isso aqui. Guardem esta informação, que retomarei mais tarde.

Uma coisa que me fez pensar foi a passagem em que Catelyn prende Tyrion. Ela começa convocando todos os presentes, alguns dos quais ela conhece, e que são vassalos de seu pai, Hoster Tully. Um a um, eles vão dando sua palavra que irão ajudar Catelyn. Entre esses lordes (na verdade nem todos são lordes, alguns são soldados que servem a algum lorde vassalo de Tully) estão 3 Freys, que como observa Tyrion, são os únicos que não se manifestam sobre prender o anão (p. 326 da versão pocket americana com Ned na capa). Isso me fez pensar em quanto tempo os Frey estão sob o poder dos Lannister. Vale lembrar que alguns Freys são ligados aos Lannister menores por casamento. Tudo bem, o velho Walder Frey manda seus homens e seus filhos lutar por Robb, mas isso não quer dizer que eles já não tinham sido comprados. Traições por definição são segredos, e nada mais acima de suspeita do que botar os Frey para lutar ao lado de Robb.

robb e catelyn

Mais um detalhe que passa despercebido, e só faz sentido depois de ler o quarto, é que Catelyn prende Tyrion graças à manipulação de Mindinho (p. 345). Já plantando a discórdia entre Lysa e os Lannister. Faz também pensar que isso foi planejado desde o momento que Bran é atacado. Pensem bem, desde a carta de Lysa para a irmã acusando os Lannister de matar Jon Arryn, e depois a teimosia dela em matar o anão, o acusando de matar o antigo Mão. Tudo bem, Lysa é louca de pedra, mas ela insiste muito em manter o anão preso. E por que ela acusaria Tyrion? Quem leu o quarto sabe perfeitamente quem matou Jon Arryn. Ela poderia acusar Cersei, mas foi acusar logo Tyrion, cuja adaga quase matou Bran. Muita coincidência, não?

Já comentei em mais de uma ocasião que eu acho que Theon sabia o tempo todo onde Bran e Rickon estavam escondidos quando ele toma Winterfell. Confira aqui (está em mais de um post, e não lembro exatamente em quais). Não que prove alguma coisa, mas quando a notícia de que Robb vai partir para a guerra chega aos ouvidinhos de Rickon, ele desaparece e vai se esconder exatamente nas criptas. Robb coloca todo o castelo atrás do irmãozinho. Ele não diz quem encontra Rickon nas catacumbas (p.573), mas Theon estava no castelo ainda, com Robb, e é logico se assumir que se isso ocorreu uma vez, pode ocorrer de novo. E Theon não é burro, e é bastante observador.

Robb   Talisa

Para quem anda recriminando Robb por ter casado com Jeyne/Talisa, por ter quebrado a palavra com os Frey, ele realmente não teve escolha. Ele não estava presente nas negociações de sua estúpida mãe. “Você vai se casar com uma das filhas dele, a sua escolha”. Isso ela fala para ele DEPOIS que volta das Gêmeas (p. 650).Como ele mesmo fala pra ela na série, ela não tem o direito de chamá-lo de irresponsável, depois das mil e uma asneiras (pra não dizer outra coisa) que ela fez. E falando nela, ela tinha várias opções quando descobriu que a adaga era de Tyrion. Ser Rodrick e Theon (entre outros) se oferecem para ir a King’s Landing contar a Ned. Por que ELA teve que ir? Repito: que mãe é essa que abandona um filho doente e o outro quase um bebê?  Não sou mãe, mas não consigo entender isso.

Outro dia, a Fefa, do Apaixonada por Papel me perguntou se eu ainda acho que Dany e Jon vão ficar juntos. A resposta é sim, mais do que nunca. Já disse isso (ver link acima, no quarto parágrafo), e algumas coisas me levam a isso. Algumas envolvem os livros seguintes, mas no primeiro já há algumas coisas que me levam a pensar isso. No final, quando Dany está delirando depois de parir sua aberração, no meio dos delírios ela vê “a sombra de um  grande lobo, e a figura de um homem envolto em chamas”(p.715). A referência ao lobo é fácil, mas as chamas só ficam mais evidentes depois de ler o quinto (sacou Adriano? ;D). E acho que a série deu uma mega dica ao colocar Dany saindo ao Norte da Muralha quando entra na Casa dos Imortais. Sinceramente não lembro se isso está no livro, não cheguei aí ainda, mas eu digo se estiver.

E depois tem a maldição que Mirri Maz Duur lança sobre Dany. Todo mundo assume que ela não poderá mais ter filhos, e eu também quase acreditei nisso. Já disse que Dany vai ter sim um filho, e que o pai vai ser o Jon. A maldição diz o seguinte:

“Quando o sol nascer no Oeste e se por no Leste, quando os mares secarem e as montanhas soprarem no vento como folhas. Quando o seu útero se avivar novamente e você carregar uma criança viva. Então ele retornará, não antes.” (p.759).

“Ele retornará”, não diz exatamente que ela não poderá ter filhos. Isso é a gente que entende. Quando ela faz essa maldição, Drogo havia acabado de morrer, junto com seu filho, que seria o “garanhão que cavalga o mundo”. Já disse que ESSE filho de Dany nunca seria, mas isso não quer dizer que ela não dará luz ao “escolhido”, vamos dizer assim, por falta de termo melhor. E esse “escolhido” tem que ter pais igualmente fortes na história. Fica só a dúvida de quem é que retornará, Drogo ou o filho. Eu particularmente acho que é o filho.

Dany e Drogo 2

Depois, quando Dany arruma Drogo na pira, junto com os ovos de dragão, ela arruma da seguinte maneira: o verde perto da cabeça, o negro próximo ao coração, e o creme entre as pernas. Lembra que eu disse para guardar a informação sobre Bran? Pois então, um dos dragões é verde, justamente o que fica próximo à cabeça do khal. Bran sonha, e faz outras coisas com o pensamento. Portanto, acho que isto é indício de que ele irá montar o dragão verde, Rhaegon (acho que é assim que escreve).

O negro, Drogon, quem vai montar é Dany mesmo. Ela já tem uma ligação especial com ele, mais do que com os outros dois. Isso fica evidente no quinto, mas não vou revelar o que acontece. E a série também mostra mias Drogon do que os outros dois. Pode ser por controle de gastos, mas poderia alternar. Drogon tem uma exposição maior. E a localização do seu ovo também sugere que ele será a montaria de Dany. Drogo foi seu primeiro (e até agora único) grande amor.

Dany   dragons

Isso deixa somente um, Vyserion, o cor de creme. E aqui já vou matar dois coelhos de uma vez. Creme é quase branco, e Ghost é branco, o único da ninhada. Já disse que Jon vai ser o pai do filho de Dany, pois então, esse dragão ficou entre as pernas do falecido khal (acho que não preciso ser mais explícita). E Maester Aemon diz para Jon: “o que é dever contra segurar seu filho recém-nascido no braços…” (p. 662). Já disse que Jon foi para a Muralha para quebrar TODAS as regras. Ora, há aquela famosa linha do juramento da Patrulha da Noite que diz que ele não terá filhos…pois bem, isso não está aí à toa. Fazendo um paralelo com Star Wars, tecnicamente os Jedis também não podem, mas isso não impediu que Anakin tivesse dois. E Dany sabia exatamente o que estava fazendo quando colocaos ovos na pira. Passa batido, mas no livro, pelo menos duas vezes ela diz que sonha com dragões (eu nào lembrava disso, achei que isso foi invenção da série). Guardem isso para o futuro (não neste post, mas mais pra frente, quando eu for comentar mais o quinto).

jon e bran

E tem mais uma linha que diz “eu sou o fogo que queima contra o frio, a luz que traz o amanhecer”. Bom, por aí já dá pra ligar com o que eu disse acima sobre a visão de Dany, e esse negócio de luz também pode significar alguma coisa. Imagine que Dany chegue a Westeros por Eastwach-by-the-sea, então Castle Black fica a oeste, e se pensarmos no sentido figurado para a maldição de Dany, faz sentido. Posso estar forçando um pouco (eu acho mesmo que estou), mas eu também nunca vi essa profecia como literal. Aliás, profecias quase nunca são literais. Assim, eu junto a teoria de que Jon e Dany foram mesmo escritos para ficarem juntos, mas também esclareci quem vai montar o terceiro dragão. Ah, sim, e o fogo contra o frio também é meio óbvio agora: os white walkers. Duas coisa acabam com os walkers: fogo e obsidiana.

Jon   Dany

E outra coisa que eu quase esqueço. Jon também já começa a mostrar dons como os de Bran. Ele só não sabe, e nem a gente, até ler o segundo. Duas vezes ele sonha com Winterfell deserta. Na primeira (p. 267), ele sonha que está perambulando em Winterfell, que está deserta, até chegar na porta das criptas, e ele sabe que tem que entrar lá. Ele está com medo, e grita que não é Stark. E não é dos antigos senhores de Winterfell que ele tem medo, mas de algo mais. Ele desce nas criptas, sem tocha, e o caminho fica cada vez mais escuro. É aí que ele acorda. Ele tem esse sonho várias vezes. Depois, na p. 553, ele tem o mesmo sonho, mas o sonho continua, e aos poucos ele ouve sons, e os túmulos vão se abrindo, e os senhores do Norte vão saindo um a um, levantando dos mortos. Esse sonho pode significar três coisas: 1) a tomada de Winterfell por Theon; 2) a aparição dos white walkers (esqueci de mencionar que quando Bran está para acordar, ele “voa” e vê todo o reino, e além da Muralha, e o que ele vê ao norte o assusta imensamente. Seriam os white walkers?); ou 3) uma combinação dos dois anteriores.

Jon ainda não alcançou todo seu potencial. Mas para desenvolver isso, eu vou precisar levantar acontecimentos dos livros seguintes, então vou deixar quieto por enquanto. E vale lembrar que tudo isso são suposições minhas. Sinta-se livre para discordar (sempre mantendo o respeito), e também George Martin sabe muito bem surpreender a gente. (SPOILER) Quem imaginaria que Ned morreria no primeiro livro? E Robb depois (nessa eu tive que deixar o livro de lado um tempo, pra digerir)? Eu vivo sendo nocauteada pelas reviravoltas que a história dá. E como eu disse lá em cima, muitos detalhes, dicas que Martin dá, passam batido na primeira leitura. Enfim, isso é o que eu acho.

Antes que eu me esqueça, tenho mais três músicas pra acrescentar na trilha sonora, e que na verdade valem para toda a saga. A primeira é Fear of the dark, do Iron Maiden (como eu fui me esquecer dessa?). E a outra é I don't wanna be, do Gavin DeGraw (eu tinha pensado só para o Jon, mas se inverter os papéis para o feminino, pode servir pra muito mais gente, como a Dany, por exemplo). E finalmente It's my life, do Bon Jovi (fala sério, esse carinha do clipe gosta mais de BJ que eu…E de novo, dá pra mais de um personagem).

Beijos e até o próximo post!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A sombra da Serpente – As Crônicas Kane # 3 – Rick Riordan

 

serpent's shadow Apesar de seus melhores esforços, Carter e Sadie Kane parecem não conseguir abater Apófis, a Serpente do Caos. Agora Apófis está ameaçando mergulhar o mundo na escuridão eterna, e os Kane se deparam com a tarefa impossível de destruí-lo de uma vez por todas. Infelizmente, os magos da Casa da Vida estão à beira de uma guerra civil, os deuses estão divididos e os jovens iniciados da Casa do Brooklyn lutam quase sozinhos contra as forças do Caos. A única esperança dos Kane é um feitiço antigo que pode transformar a própria sombra da serpente em uma arma, mas a magia esteve perdida por um milênio. Para achar a resposta que precisam, os Kane devem contar com um fantasma assassino de um mago poderoso que pode ser capaz de levá-los à sombra da serpente... ou pode levá-los à morte nas profundezas do mundo inferior. Nada menos que o mundo mortal está em risco quando a família Kane cumpre seu destino nessa conclusão eletrizante de As Crônicas dos Kane.

 

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DAS CRÔNICAS KANE!

Apesar dos esforços dos Kane em O trono de fogo, Apófis conseguiu acordar e parece indestrutível. O plano deles de ressuscitar o deus-sol Ra deu mais ou menos certo. Eles conseguiram, mas o deus é um ancião meio gagá. Então, como fazer para impedir mais um apocalipse?

Seis meses se passaram e em segredo Carter, Sadie, Walt e Bast bolam um plano, mas é arriscado, e pode levar os irmãos à morte. Enquanto isso, Apófis causa a destruição de vários nomos ao redor do mundo, atrás do Livro para Derrotar Apófis. A última cópia deste livro está no nomo de Dallas, e, sabendo que Apófis atacará logo, já que segue um padrão. Mas, no meio do caos (sem trocadilho), uma nova possibilidade se forma.

Tudo gira em torno de uma sombra. Os antigos egípcios acreditavam que a alma era dividida em 5 partes, uma delas a sombra,. que poderia ser armazenada em um recipiente para garantir a volta do dono após a morte (alguém aí pensou nas horcruxes?). E eles conseguem um artefato ainda mais valioso que o livro: um recipiente com a sombra de Apófis. A partir daí, é só ir atrás da sombra de Apófis, e trabalhar no feitiço, que, novamente, é potencialmente mortal. E novamente o tempo é essencial, pois a serpente pretende engolir o sol no  seguinte, que, óbvio, está logo ali.

E agora, mais que nunca, os Kane tem que confiar nos seus instintos e habilidades. Bes, seu fiel e horroroso amigo anão, não está em condições de ajudar, depois de quase morrer e se tornar um quase vegetal. Alguns deuses estão encrencados em suas próprias batalhas, e os nomos estão divididos e guerreiam entre si. Estes últimos, sob a influência de Sara Jacobi, que ainda acha que os Kane são rebeldes e querem tomar o poder. E o fanatismo dela é tão forte, se não pior, que o de Desjardins.

Mas os Kane estão mais fortes também, mais maduros. Carter é o responsável pela Casa do Brooklin. É o líder dos iniciados e mais um pouco (mais do que isso eu vou dar spoiler). O que não quer dizer que sua vida anda às mil maravilhas. Depois de despertar Zia, ele tem que lidar com o fato de que a menina por quem é apaixonado não sente o mesmo. Mas eles tem se falado muito, e estão mais próximos. E a relação deles vai ficar ainda mais complicada neste livro. Ainda há um pouco de insegurança em Carter, mas ele puxa ela pra trás e faz o que tem que fazer.

Sadie, por outro lado, continua com a mesma língua afiada, e ainda mais segura de si. Também  enfrenta problemas no departamento amoroso. Ela continua dividida entre Walt e Anúbis. E agora ambos estão mais inacessíveis para ela do que antes. E é dela a ideia de atacar a sombra de Apófis. Mas ela também é fiel a seus amigos, em especial Bes, e não mede esforços para ajudá-los.

E Walt agora está ainda mais perto da morte. A maldição que corre em suas veias está cobrando seu preço, e ele está cada vez mais fraco. O que não o impede de ajudar da forma como for para evitar o novo apocalipse. Sua determinação é infalível, e ele tem plena consciência de que não tem muito tempo mais. Mas ele também anda guardando seus segredos e compartilhando esses segredos com ninguém menos que Anúbis. E ele disfarça bem o seu estado real. Só quem o conhece bem sabe o que ele está passando.

Vale destacar ainda Setne, um fantasma que ajuda os irmãos em sua missão. Mas Setne não é muito confiável, já enganou muita gente, só que é o único que sabe onde se encontra a sombra de Apófis, e também foi ele que criou o feitiço que pode derrotar a serpente de uma vez por todas.

Os deuses, fora Anúbis e Bast, tem menos participação neste livro, apesar de ajudarem na batalha final. Falando em Anúbis, uma das partes mais engraçadas do livro é justamente com ele. E Bast continua se achando o centro do universo, como todo gato (ela chega a falar algo parecido, mas eu não marquei a página e não encontrei depois). E quanto ao outro lado, só posso destacar mesmo Apófis, mas ele é a serpente do Caos, o que mais pode ser dito?

O ritmo, como sempre, é acelerado, cheio de reviravoltas e muita ação e humor. Principalmente por causa de Sadie. E ainda há um gancho para uma provável continuação, nos moldes de Percy Jackson e Os Heróis do Olimpo (a segunda é spinoff da primeira). E muito possivelmente podemos esperar um crossover (dedinhos cruzados!) entre os Kane e Percy.

Trilha sonora

Novamente, Meet me on the equinox, do Death Cab for Cutie. Também Whataya want from me, P!nk e Adam Lambert é perfeita para a complicada vida amorosa dos Kane. Claro que não poderia ficar de fora It's the end of the world (as we know it), do REM.

Se você gostou de A sombra da Serpente, pode gostar também de:

  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • Harry Potter – J. K. Rowling;
  • coleção Ramsés – Christian Jacq;
  • coleção A Pedra da Luz – Christian Jacq.