segunda-feira, 30 de abril de 2012

O Andarilho – A Busca do Graal #2 – Bernard Cornwell

 

O andarilho O Andarilho é o segundo romance da série Em busca do Graal, de Bernard Cornwell, iniciada com O Arqueiro, livro que chegou às listas de mais vendidos em todo o mundo, inclusive no Brasil. O autor conquistou os brasileiros, e seus romances - O rei do inverno, Inimigo de Deus e Excalibur, integrantes da trilogia de Artur - já estão perto dos 50 mil exemplares vendidos.
A série Em busca do Graal traz como cenário a Guerra dos Cem Anos, um conflito dinástico iniciado em 1337, com Eduardo III reivindicando a coroa da França, e que terminou com a tomada de Bordeaux pelos franceses, em 19 de outubro de 1453. As tramas, os homens e as histórias por trás da luta pela coroa francesa confirmam Cornwell como um dos principais escritores históricos da atualidade.
Neste novo romance, a aventura começa em 1346. Os ingleses invadiram a França e os escoceses a Inglaterra. São tempos incertos e obscuros, e o primeiro que encontrasse o Santo Graal - uma espécie de tesouro guardado por anjos e procurado por demônios - seria considerado vitorioso.
Thomas de Hookton, jovem arqueiro inglês, que aos 18 anos viu o pai morrer em seus braços após um ataque de surpresa, deixa a França, seguindo para as Ilhas Britânicas em busca do cálice e do assassino de seu progenitor. Filho bastardo do homem que dizem ter chegado mais perto que qualquer outro do cálice, Thomas tem uma grande e secreta vantagem sobre todos. Um diário escrito em latim, hebraico e grego - uma espécie de código - deixado por seu pai, que parece conter informações sobre o esconderijo do tesouro.
Mas o destino parece desafiar o jovem arqueiro. Bernard de Taillebourg, inquisidor francês, está à caça de Thomas - e do precioso diário de seu pai. Para completar, por trás de Bernard está alguém ainda pior, o calculista Cardeal Bessières, que almeja o mais poderoso e supremo dos cargos, o papado, algo que só o Graal poderia garantir. Para isso, ele seria capaz de absolutamente tudo. Em sua busca desesperada, ele parece contar com o apoio de outros personagens de caráter duvidoso como o fanático Lorde de Roncelets e o lisonjeiro Conde de Coutances. Mas até quando? Até onde o poder do cálice pode corromper, destruir ou construir alianças? Por outro lado, o leal e determinado Thomas contará com o apoio do nobre inglês Lorde Outhwaite e do esgrimista escocês Robbie Douglas, na sua jornada.
O Andarilho é um romance espetacular, conduzido de forma hábil e envolvente por Bernard Cornwell. Guerra, tortura, amor, luxúria e perdas - uma saga histórica que apresenta os elementos que consagraram o autor. Uma fábula sobre nobreza e heroísmo que encanta do início ao fim.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU O ARQUEIRO!

Depois de descobrir que O Arlequim é na verdade seu primo Guy de Vexille, e que sua família é a guardiã do Graal, Thomas parte para a busca do cálice sagrado. Ele volta para a Inglaterra com Eleanor (porque Jeanette o trocou pelo sobrinho – se não me engano – do rei inglês. Não disse que ela era volúvel?) e com o padre Hobbe. Sem querer, ele acaba participando da luta contra os escoceses no norte da Inglaterra. Thomas est;a meio sem rumo no começo. Ele não acredita realmente no Graal, mas vai atrás dele por causa da promessa feita a seu pai. E também não tem um lugar certo no exército, porque acabou por matar Simon Jekill e se tornou fora-da-lei, e seu amigo Will Skeat (falo dele novamente mais tarde) foi gravemente ferido e não pode o ajudar. Assim, o único jeito de Thomas permanecer vivo é fugir.

Mas Thomas é arqueiro, e não sabe fazer outra coisa senão guerrear, por isso ele acaba entrando na batalha em Durham, uma luta que nem era dele, e na verdade ele foi parar lá por causa de uma pista sobre o Graal. Ele vai contra o conselho de Eleanor e do padre Hobbe, e vai pagar caro por isso. Por outro lado, é aqui que ele vai encontrar um novo aliado: Robbie Douglas, um escocês feito prisioneiro e que tem um resgate imenso a pagar para retornar para casa. No começo, eles não se dão muito bem, mas aos poucos eles vão ficando amigos. Robbie e Thomas tem um inimigo em comum, o que os torna aliados. Robbie é, claro, beberrão, e detesta os ingleses, mas também é bem-humorado e vive tirando uma consigo mesmo devido a sua situação. Gosto dele. Ele dá um certo alívio para a narrativa.

robert bruce E deixa eu fazer um pequeno desvio do livro. O exército escocês é liderado pelo rei David the Bruce, filho de Robert Bruce de Coração Valente. E achei muito engraçado o modo como os ingleses se referiam aos escoceses, que pintavam os rostos de azul para causar o pânico, mas os ingleses achavam que eles eram algo como os wildlings das Crônicas do Gelo e do Fogo (e só por curiosidade, foi justamente olhando a Muralha de Adriano , que fica no limite entre a Inglaterra e a Escócia, que George Martin teve a ideia da Muralha, e assim nasceram as Crônicas).

De volta ao livro, alguns personagens retornam. Um é Will Skeat, o antigo comandante da divisão de Thomas, e que sempre o defendeu. Will é um homem de meia-idade embrutecido pela guerra, mas que no fundo tem bom coração. Will sofreu um golpe feio na batalha final do primeiro, e quase morreu. Ele escapa, por pouco, mas com uma terrível lesão cerebral que o deixa mais lento e ele não consegue reconhecer ninguém a menos que a pessoa fale com ele. Seu espírito continua o mesmo, porém.

E outro é Mordecai, um médico judeu que salva a vida de Thomas no primeiro. Ele é quem salva Will. Modecai é tranquilo e inteligente, sempre dá bons conselhos para Thomas e sabe muito bem o seu lugar num mundo onde os judeus são vistos como menos que gente. Ele é outro que traz um pouco de leveza à narrativa, com sua placidez e bom-humor.

Sir Guillaume d’Evecque, pai de Eleanor, depois de se virar contra Guy de Vexille na última batalha (vale mencionar que Vexille lutava no exército francês, então o que Sir Guillaume faz constitui traição), agora tem sua cidade sitiada pelo conde de Coutances, seu suserano. Como ele acaba por perder tudo, ele se junta a Thomas na busca pelo Graal. Ele é um homem que não deixa transparecer suas emoções, mas no fundo, ele sofre por suas perdas. E Jeanette também volta a aparecer, mas não vou elaborar para não revelar nada mais que o necessário.

Mas outros estão atrás do Graal, nem todos com objetivos muito dignos. Além de Vexille, que o procura para restaurar a glória de sua família, e porque era dever dos Vexille guardar o cálice (daqui a pouco eu explico melhor), há também seu aliado, Bernard de Taillebourg, um inquisidor da igreja. Ele na verdade segue as ordens do Cardeal Bessières, este com a ambição de se tornar papa. Mas leste vai ter mais destaque no próximo livro, então vou falar dele depois.

De volta a de Taillebourg, ele é um sádico de fala mansa e cínico. Ele se alia a Vexille, mas eles meio que invertem os papéis, e Vexille assume o papel de seu criado. Na verdade, isto é um disfarce para esconder suas intenções. Eles não querem atrair as atenções para a sua busca do Graal, especialmente de Thomas, para poder armar as emboscadas para Thomas. Não vou falar o que acontece, mas dá muita raiva deles.

Este livro é um pouco mais parado que o primeiro, e foca mais na busca. Há batalhas, claro, e bem sangrentas e contadas em detalhes. Mas tudo gira em torno de um livro que o pai de Thomas deixou, com pistas para se encontrar o Graal. Então, boa parte do livro é mesmo de conspirações. Dá para ler rápido, eu só demorei um pouco porque andava muito cansada e não conseguia ler muito à noite. E é uma boa base para a conclusão.

Curiosidade

A família de Thomas, os Vexille, foram condenados por heresia. Isto porque eles eram cátaros. Eles foram responsáveis por um movimento que se iniciou na sul da França, e acreditavam no Bem e no Mal.  O catarismo era considerado pela Igreja uma heresia, e por isso eles forma perseguidos e exterminados. Eles também afirmavam ser os guardiões do Graal, e foram bem explorados também por Dan Brown em O Código Da Vinci, e veja mais detalhes aqui.

Se você gostou de O Andarilho, pode gostar também de:

  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
  • Azincourt – Bernard Cornwell;
  • Stonehenge – Bernard Cornwell;
  • As aventuras de Sharpe – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • Os pilares da Terra – Ken Follett;
  • Mundo Sem Fim – Ken Follett;
  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley.

Faixa a faixa – OneRepublic – Dreaming Out Loud

 

onerepublic dreaming Já mencionei o OneRepublic algumas vezes por aqui. Essa foi uma banda que eu descobri meio que por acaso. Claro que eu já conhecia Stop and Stare e Apologize, mas um dia fuçando nas Americanas, eu encontrei o CD bem baratinho, e como já adorava Stop and Stare, trouxe para casa. E foi uma grata surpresa. Logo da primeira vez que escutei o CD já me apaixonei. E hoje é um dos meus álbuns preferidos, assim como a banda está lá em cima entre as melhores, na minha humilde opinião.

O OneRepublic é uma banda pop da melhor qualidade de Denver, Colorado. É formada por Ryan Tedder (vocais, piano e guitarra), Zach Filkins (guitarra, backing vocals), Drew Brown (guitarra), Brent Kutzle (baixo, cello) e Eddie Fisher (bateria). Ryan Tedder, o principal letrista, já trabalhou com nomes de peso da música pop, como Leona Lewis (ele é co-autor do megassucesso Bleeding Love, uma das minhas preferidas), Rihanna e Beyoncé. Mas para o OneRepublic o trabalho é mais personalizado (palavras dele, não minhas, mas dá perceber claramente pelas músicas). Tudo isso eu tirei do site oficial deles.

Dreaming Out Loud foi lançado em 20 de novembro de 2007, e logo emplacou dois megassucessos: Stop and Stare e Apologize. Mas garanto que as outras músicas são tão boas quanto estas (se não melhores). E depois deste eles lançaram mais 4: Waking up, Good Life, Live from Zurich e All the right moves (the remixes). Waking up está todo no computador da minha irmã, e eu confesso que ainda não ouvi, mas já ouvi falar que é ainda melhor que Dreaming Out Loud. E como o foco deste post é este último, vamos deixar de enrolação e partir para o que interessa.

1. Say (all I need): descobri depois que comprei o álbum que já conhecia esta música. Gosto de como ela começa mais calminha e depois vai crescendo. E também Ryan Tedder mostrando já do começo toda a versatilidade vocal dele. Arranjo muito bonito e complexo (e já aviso que isso é uma constante no CD). Aí vai o clipe:

2. Mercy: como Say, esta também começa mais calma e aumenta no refrão. Bateria bem marcada, e guitarra estridente, com direito a paradinha e mais uma vez os vocais de Ryan atingindo oitavas impossíveis a reles mortais como nós. Veja o clipe:

3. Stop and Stare: foi essa música que me fez comprar o CD e um dos maiores sucessos dele. Adoro o violão no começo, e também me identifico com a letra, em vários momentos da minha , aquele sentimento de estar estático, de não ir a lugar nenhum (acho que isso vale para qualquer um):

Stop and stare
I think I’m moving but I go nowhere
Yeah, I know that everyone gets scared
I’ll become what I can’t be

4. Apologize: no CD há as duas versões, só com o OneRepublic (bem melhor, na minha opinião), e a mais conhecida com Timbaland. Elas não tem muita diferença entre elas, mas na versão solo, vamos dizer assim, ela tem uma introdução linda de cordas, que meio que se perde na outra (confira aqui e tire as suas conclusões. E como esta é uma faixa bônus do CD – a última – eu não vou me repetir depois) Ela também não é ao vivo, mas achei legal colocar para dar uma ideia deles no palco. E Ryan tocando piano lindamente. E ela tem um dos meus versos preferidos, muito bonito:

I loved you with a fire red
Now it’s turning blue
And you say
Sorry like an angel
Heaven let me think was you

A imagem deste verso é linda demais, pura poesia;

5. Goodbye, apathy: é mais calminha, e adoro o jogo de vozes. O piano também é lindo, e os vocais são maravilhosos. As maracas dão um toque todo especial na música;

6. All fall down: outra que tem um trabalho de cordas belíssimo, e um ótimo jogo de vozes. Adoro os versos:

Lost till you’re found
Swim till you drown
You know that we all fall down
Love till you hate
Strong till you break
You know that we all fall down

Ryan faz um lindo jogo de oposições aqui. É uma das melhores do CD;

7. Tyrant: condizente com o nome, esta é mais enérgica, mas começa com um solo de piano lindo. Depois vem a batida da bateria, marcando o passo. Gosto de como os instrumentos vão sendo introduzidos aos poucos. E ela também vai crescendo aos poucos, mas tem altos e baixos, e os vocais de Ryan novamente alcançam oitavas impossíveis. Também é uma das melhores do CD;

8. Prodigal: e depois de uma sequência forte como essa, uma paradinha com uma mais calminha. A faixa deixa os vocais de Ryan bem evidentes, a parte instrumental fica meio que de lado, mas ainda assim linda e depois vai crescendo, até que dá as caras no final, com força total;

9. Won't stop: batidinha mais pop bem animadinha, e música bem alegrinha, fofinha. Adoro esta faixa, que tem cordas lindas e um piano bem gostosinho e um jogo de vozes também bem bonito;

10. All we are: mais uma que começa mais calma e cresce no refrão. Piano muito bem executado e guitarra combinando bem;

11. Someone to save you: mais agitada, subindo bem no refrão, e batida bem marcada. Adoro o piano no refrão e o final como os nananana;

12. Come home: uma das minhas preferidas. Já mencionei ela antes aqui. E novamente quando comprei o CD e ouvi pela primeira vez, percebi que já conhecia esta música, que tocou no finzinho de um dos episódios de Cold Case (pra mim o seriado com a melhor trilha. Eu adorava ver o final). E, citando o que já disseram sobre Adele, quando a pessoa tem talento, só o piano é suficiente. E isso se repete aqui, só com o piano e a voz maravilhosa de Ryan, com cordas bem discretas. Há também um dueto, como eu já mencionei, além de link acima, aqui um dueto lindíssimo com Sara Bareilles, confira aqui;

13. Dreaming out loud: faixa bônus. Adoro já pelo título, e mais uma vez, praticamente só piano e voz e ganha força no final. Apesar de não ser a última do álbum (depois desta vem Apologize, versão Timbaland), fecha com chave de ouro este CD maravilhoso.

Bom, por hoje é só. Beijos e até o próximo post!

sábado, 28 de abril de 2012

Música do Mês – Game of Thrones opening theme

 

Eu já devo estar enchendo vocês de tanta coisa sobre GoT só neste mês. Mas além de ter a estreia da segunda temporada, e do lançamento da primeira em DVD e Blu Ray, e tudo isso parece boas razões para eu escolher essa como a Música do Mês. Mas a verdade é que desde que chegou o meu Blu Ray. ELA NÃO SAI DA MINHA CABEÇA! Ela dá um tempinho, mas quando vou ver, está lá de volta, martelando.

Não estou reclamando. Eu gosto muito dela, e a abertura da série é fantástica, com as engrenagens aparecendo enquanto a câmera passeia por cada um dos lugares significantes da história. E uma das grandes sacadas da produção foi justamente ao colocar Harrenhal no episódio Garden of Bones toda arrasada, em ruínas. E outra coisa que eu acho bem legal é que a gente meio que pode prever onde se passará a ação do episódio só observando a abertura, que muda em cada episódio.

A música cai como uma luva para a série, e também com a abertura. Ela tem um belíssimo trabalho de cordas, que dão uma certa suavidade, e ao mesmo tempo, as batidas dos tambores lembram os tambores de guerra, bem em acordo com os livros. As engrenagens do começo também lembram a famosa Roda da Fortuna, que lembra a gente que tudo muda (coisa que George Martin faz questão de manter no livros, sempre dando umas guinadas na história e mantendo a imprevisibilidade) e, como diria Merlin, o destino é inexorável. E em meio a isso tido, ainda há o choque de espadas e o barulho do fogo queimando. Sem dúvida, um dos melhores temas de abertura, e uma das  melhores aberturas, ponto final.

E um dos bônus mais legais do Blu Ray (ainda não vi, não. Mas colocaram no YouTube logo que lançou, e minha amiga Fernanda me contou, então fui atrás) é justamente o tema de abertura cantado por Maisie Williams, Sophie Turner e Isaac Hempstead Wright (respectivamente Arya, Sansa e Bran). É superfofo, mas eu acho que seria melhor, em vez de colocar só a voz deles, mostrar os atores. Confira aqui. E não podia deixar de fora deste post a paródia dos Simpsons, muito engraçada (adorei o Burns Landing ;D): Game of Thrones opening The Simpsons.

Beijos e até o próximo post!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Duelo de Titãs

 

cornwell O que esperar quando dois dos seus ídolos, dois deuses do Olimpo da escrita para você, se encontram? Pois então, passeando pelo site oficial de George Martin ontem, atrás de notícias do sexto livro, quase tive uma síncope quando dei de cara com um bate papo entre os dois melhores (pelo menos pra mim) escritores da atualidade (se a Goddess Rowling estivesse aqui também, aí eu ia parar no hospital, certeza ;D): George Martin e Bernard Cornwell juntos…OMG! Meu coração quase parou na hora.

gm-headshot Quem entrevista é George Martin, e ambos falam das semelhanças entre a fantasia e os romances históricos, das diferenças, das suas influências, da criação das cenas de batalha (George Martin admite que tem muita dificuldade com isso, enquanto Bernard Cornwell tem o trabalho facilitado pelo fato de suas batalhas serem baseadas em batalhas reais, e estão documentadas) e das adaptações para a TV de suas obras. E, para aqueles fãs mais puristas, que não entendem o conceito de uma adaptação, saibam que ambos são muito conscientes das alterações, e ficaram muito satisfeitos com os resultados. E aqui vai uma curiosidade: antes de ser Ned, Sean Bean deu vida a Richard Sharpe, na adaptação da BBC para a TV inglesa. E aqui vai o que Bernard Cornwell achou deste fato:

“Sean (Bean) foi um Sharpe maravilhoso, e um ótimo Ned Stark (ele deveria ter vivido, damn you!)”

(obs: não traduzi o damn you porque não achei uma expressão equivalente em português. Maldito não me parece adequado, porque não foi dito em tom de ofensa, mas sim para expressar descontentamento)

E mais uma curiosidade: Kit Harington cresceu assistindo Sharpe, então, claro, adorou contracenar com Sean Bean. Confira neste podcast (está no alto da página, onde diz Kit Harington in studio) onde ele fala isso (gamei ainda mais, com uma pontinha de inveja por não poder assistir o Sharpe por aqui). E aí vai um vídeo com uma amostrinha de Sharpe:

Votando à entrevista de GRRM com Bernard Cornwell, é claro para quem lê que eles são fãs uns dos outros, mas a entrevista não tem aquela rasgação de seda que se poderia ver em outra situação. Ao contrário, o que a gente vê é respeito mútuo, e admiração. Na verdade, a entrevista tem todo um ar de um bate papo entre velhos amigos.

Um dos pontos altos (além do que eu já citei, das batalhas), foi eles falarem de como criam personagens que são humanos, que podem se identificar com muita gente, e o fato de que muitos deles são párias, não pertencem a lugar nenhum (coisa comum entre os dois autores). E Bernard Cornwell ainda cita os dois preferidos : Arya e Jon Snow (ai, derreti…). A entrevista é um pouco longa, e está em inglês (nada que o google não resolva), mas vale a pena. Ela é muito bacana. Confira ela toda aqui.

E, já que estou falando de Game of Thrones, vou aproveitar para fazer alguns comentários sobre o episódio Garden of Bones (2x04). Eu não tinha a intenção e comentar cada um dos episódios, mas esta temporada está muito boa, e sempre há alguma coisa que merece ser comentada. Mas CUIDADO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU OS LIVROS!

Para começar, eu havia dito aqui que não tinha gostado da atuação de Michelle Farley em What id dead may never die (2x03), quando ela chega para falar com Renly. Essa cena eu achei mesmo muito fraca, mas ela mais que compensou por isso em Garden of Bones, quando Mindinho vai levar os ossos de Ned para ela. Já me surpreendi por ela virar apontando uma faca para ele (não esperava isso de Catelyn, mas adorei!) e depois, ao abrir a arca, a cena foi muito comovente.

mindinho Falando em Mindinho, muito legal ele mostrando o lado manipulador, e que é provavelmente o que mais entende o jogo dos tronos. Estão adiantando um pouco isso, mas acho esta alteração bem-vinda e Aidan Gillen muito bem no papel. O diálogo dele com Margaery também foi muito bom, e outra alteração bem-vinda. E deixa eu esclarecer uma coisa: o comentário que fiz sobre Natalie Dormer (de ter cara de vagaba), é só uma brincadeira (mas que eu acho incrível que ela sempre é escalada para papeis bem safadinhos, isso é). Sua atuação está muito boa (equivalente aos últimos momentos de Ana Bolena em The Tudors), e Margaery já mostra o potencial de jogadora. vai se encaixar direitinho na corte.

Vou pular um pouquinho para o final, e a cena de Melisandre parindo a sombra. Meu deus, o que foi aquilo?! No livro é mais assustador, mas achei muito legal na telinha. Eu tive a maior dificuldade de visualizar isso ao ler. E achei muito legal que a sombra vai adquirindo músculos, pernas…E mais um show de atuação de Carice van Houten,e dessa vez dividindo os créditos com Liam Cunningham.

E a parte polêmica: Joffrey e as prostitutas. Mais uma cena que não está nos livros, mas eu achei essencial. Foi chocante, sem dúvida! Mas ela mostra perfeitamente o sadismo de Joffrey, e como ele faz o que bem quer e entende. E palmas para Jack Gleeson, mais uma vez arrasando em cena. A cara de deleite enquanto ele assiste uma batendo na outra é sensacional. É impressionante como ele entrou de cabeça no papel. Para mim, ele e Alfie Allen estão roubando a cena nesta temporada. Merecem todas as indicações que receberem, e também merecem ganhar todos os prêmios (eu vi outro dia que a HBO já enviou as indicações para algum prêmio, mas desculpem, agora não lembro qual).

E, por favor, né? Todo o rebuliço porque a garota estava nua é absurdo. Eu, como mulher, não me ofendi. Entendi perfeitamente o contexto, e era justamente mostrar as prioridades de Joffrey. Pelamordedeus! A fulana é prostituta, já é pressuposto que ela tire a roupa! Como colocou a Lidiany, do blog Game of Thrones BR, se você se incomoda, não se sinta obrigado a ver. Aliás, ela fez uma resenha maravilhosa deste episódio. Leia aqui (e não confunda o blog dela com o Game of Thrones Brasil, do Caio. Ambos são ótimos e eu leio os dois quase todo dia. Aliás, confiram em qualquer um dos dois a última entrevista com Kit Harington e Richard Maddenliciuous que eles colocaram. Hilário o final quando o carinha pergunta pro Kit Harington sobre as preocupações sobre a idade de GRRM e o término da série, E também as piadinhas na internet com Richard ;D).E as cenas de sexo na série são todas justificadas, nenhuma delas é gratuita, e os livros também são cheios delas, em detalhes. Por que tudo bem no livro, mas na TV todo mundo reclama?

Também gostei do ataque de Robb. O que foi Grey Wind, meudeus?!? Quando a cena começou, eu achava que era a Nymeria (aliás, imagina ela daquele tamanhão solta no mundo, tocando o terror). E achei bem legal que focaram no pós-batalha, e os efeitos da guerra no povo mesmo.Claro que para isso contamos (não só nós, mas Robb também) com a ajudinha de Talisa/Jeyne. Fiquei meio perdida quando ela apareceu. Quer dizer, eu sabia que a futura mulher de Robb ia aparecer nesta temporada, mas não sabia que iam mudar o nome dela. Ou será que mudaram? Uma possibilidade é que ELA tenha dado o nome errado para ele. Mas não vou elaborar para não dar spoiler, mas basta dizer que há muita coisa por trás do casamento de Robb e de tudo que ele desencadeia. Voltando à cena, gostei da garota abrindo os lindos olhos azuis de Robb (quem será que vai mandar em casa, hem? ;D). E novamente Richard Maddenlicious muito bem em cena. Também foi a primeira aparição de Roose Bolton. Confira abaixo a sequência toda:

 

Não achei nada de especial a chegada de Dany em Qarth, a não ser a cenografia. Linda, melhor do que eu poderia imaginar. Mas também não achei nada de ruim, não. É o que vem agora, depois que ela chega na cidade, que importa, e isso ficou para o próximo domingo.

Eu sinceramente acho que a temporada está ficando melhor a cada episódio. Como eu disse antes, não tinha intenção de escrever sobre cada episódio separadamente, mas sempre há algo digno de nota. Só uma coisa deixou a desejar nesse episódio: no Snowy goodness (chuif, chuif). Mas eu sei que teremos cenas pra lá da Muralha no próximo episódio (\o/), então é só aguardar.

Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Dia Mundial do Livro

 

Este post na verdade está um dia atrasado, mas é que segunda feira é um dia muito corrido para mim, só tenho tempo mesmo na hora do almoço, e não estava com meu computador.

shakespeare 23 de abril é uma data muito importante por vários motivos. O primeiro (e mais importante de todos ;D) é que é o aniversário desta que vos escreve tão maravilhosamente ;D Brincadeiras à parte, é mesmo meu aniversário. Também é dia de São Jorge e feriado no Rio de Janeiro (mentira, o feriado é por minha causa, apesar de eu morar em São Paulo ;D). Um grande autor (este de verdade, sem brincadeiras): Shakespeare, que não só nasceu me 23 de abril (em 1564), mas também morreu neste dia, em 1616. Para saber mais, clique aqui (só desconsiderem a data de nascimento, que está errada).

E também é o Dia Mundial do Livro. E fiquei superfeliz de descobrir isso. Acho que na verdade, eu já sabia, mas não lembrava. Será então coincidência eu gostar tanto de livros e de ler?

menina, gato livro

Beijos e até o próximo post!

PS: foto We Heart It.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Comentários GoT 2x02 e 2x03 (ou Porque eu amo Theon Greyjoy)

 

Eu havia mencionado em The North Remembers que não sabia se iria comentar cada episódio individualmente. E ainda se aplica, mas acontece que algumas coisas merecem destaque nos dois episódios seguintes. E este post é longo, portanto prepare-se pra passar um tempinho lendo.

CUIDADO! SPOILERS CASO VOCÊ NÃO TENHA LIDO OS LIVROS!

Apesar o título, eu não vou me reter apenas em Theon, apesar de ele ser o foco principal destes comentários. E a razão explicarei daqui a pouco. E também não vou seguir a ordem cronológica, mas vou comentando conforme as coisas me ocorrem.

Como todo mundo, eu acho a participação de Tyrion sempre um show à parte. Suas tiradas e sua perspicácia são deliciosas de se se presenciar. E em What is dead may never die (2x03), isto foi particularmente prazeroso. Achei genial sua armação para descobrir quem o traía. Claro, no livro é um pouco diferente, mais cheio de suspense, mas também foi sensacional ele pressionando Maester Pycelle depois. E, como sempre, Peter Dinklage arrasa em cena, e cresce diante das câmeras.

Arya

Outro ponto forte foi o diálogo de Arya e Yoren no final, quando ela diz que tem problemas para dormir e Yoren aparece com a solução é linda. E foi bacana descobrir de onde veio a ideia dela de listar os nomes de quem ela quer matar antes de dormir, como uma prece. E a seqüência seguinte, com a luta com os homens de Joffrey foi muito boa, cheia de ação. Maisie Williams deu show de interpretação. Promete ser um grande talento.

joffrey

E falando em Joffrey, também tenho que admitir que Jack Gleeson está arrebentando no papel. Ele só apareceu mesmo no primeiro, mas ele encarna Joffrey perfeitamente. E ele vai dar as caras novamente neste domingo, em Garden of Bones, numa cena bem intensa.

Não podia deixar de fora a primeira e muito aguardada aparição de Brienne. Adorei. Gwendoline Christie deu conta do recado maravilhosamente. Além de grandona (a mulher tem 1,91! Pra ter uma ideia, é a mesma altura de Chris Hemsworth, o Thor do cinema!), a voz grave também dá um ar mais selvagem a Brienne. E sua caracterização está perfeita. A atriz é bonita, mas conseguiram enfeiar a coitada para a série. E achei muito engraçado o Loras todo mordido (ui!) por ter perdido para ela. Girl power!

Brienne

Falando em Loras, andei vendo uns comentários sobre a cena entre Loras e Renly. A maioria de gente meio insatisfeita, achando que foi muita apelação. Muito provavelmente, a maioria desse pessoal só está mesmo é julgando o fato de serem dois homens em uma cena de sexo. Se fossem duas mulheres, o bafafá seria menor (acho), e também ninguém acha estranho quando é um casal. Foi exagero da parte da HBO ser tão explícita (menos, povo. Nada de fato aconteceu, porque Loras dá um chega-pra-lá em Renly), mas a cena foi absolutamente necessária sim. Ela explicará, no,  futuro, porque o casamento com Margaery não foi consumado. O que os produtores e roteiristas poderiam fazer diferente é deixar a questão da virgindade dela uma incógnita. E um comentário bem pessoal: acho que Natalie Dormer deve ter, com todo o respeito do mundo, cara de vagaba para os produtores. Todo papel que eu vejo dela (em The Tudors Primeira e Segunda temporadas, como Ana Bolena, em Capitão América ela faz uma pontinha dando em cima de Steve Rogers, o Capitão do título. E em Casanova ela faz Victoria, uma das muitas conquistas de Heath Ledger no filme, mas bem safadinha) é bem safadinho (rs!). E uma coisa que me deixa com a pulga atrás da orelha (SPOILER!): sempre me incomodou o fato de ela ter sido escolhida porque fico pensando no noivado dela com Tommen.

Margaery renly

Quem eu não gostei foi Catelyn. Tudo bem, pode ser simplesmente porque eu não gosto da personagem, mas me incomodou ela falando com Renly, com ar superior. Achei a atuação de Michelle Farley meio forçada. Só valeu mesmo por causa de Brienne.

E as cenas de Dany e Jon foram rápidas e não influenciaram muito na história, o que é razoável, porque por enquanto em ambas as frentes nada significativo realmente acontece. Mas achei bonitinho Sam e Gilly em What is dead may never die, e também gostei dele indo falar com Jon, pedindo ajuda para salvar Gilly em The night lands (2xo2) foi bacana. Uma boa aliviada na tensão

Jon Sam .

E falando em The night lands (2x02), não posso deixar de mencionar Melisandre. Cena bem apimentada, que alguns acharam desnecessária, mas novamente é imprescindível. No livro dá sim a entender que ela e Stannis tem algo mais que uma relação de um rei e uma conselheira. (SPOILER!) E não posso dizer que o culpo por botar uma bela galhada na cabeça de Selyse. Com uma rainha dessas…E novamente Carice von Hauten deu show.

Gostei também de Bran, e que já dá mostra de seu dom de se ligar a Summer. Fico imaginado como vai ser depois que aparecerem Meera e Jojen. Aliás, alguém sabe se eles vão aparecer nesta temporada? Pelas minhas contas, eles dão as caras em Winterfell no segundo livro, então deveriam aparecer.

Bom, tudo isso para chegar ao que eu me propus a comentar, fazendo justiça com o personagem mais injustiçado e incompreendido da série. E já sei que vou criar polêmica. Mas já aviso: se você tem a intenção de discutir e fazer comentários com xingamentos e outras besteiras, nem se dê ao trabalho, pois eles não serão publicados (meus queridos leitores! Isso não se aplica a vocês, que mesmo que discordem de mim, sempre o fazem de maneira respeitosa!). Não estou obrigando ninguém a gostar do Theon, nem sou dona da verdade, mas saiba respeitar a minha opinião. Recado dado. E se você não quer spoilers, pare de ler aqui mesmo, porque vou falar de várias coisas que vão além da segunda temporada e chegam até o quinto livro.

theon

Antes de mais nada, vamos dar uma analisada no personagem. Já falei em mais de uma ocasião que adoro o Theon. Confira aqui. Theon é filho de Balon Greyjoy, que teve a infeliz ideia de se rebelar contra Ned. Claro que Ned não podia deixar isso barato, e colocou Balon no seu devido lugar. E para assegurar que o cara ia se comportar, levou Theon como refém. Palavra-chave: refém! Muita gente faz um paralelo entre Theon e Jon (apples and oranges, people!), quando na verdade um não tem nada a ver com o outro.

Para começo de conversa, Jon foi criado como filho bastardo de Ned (e ainda que não seja, como já discuti antes – leia link acima), ele ainda tem sangue Stark, e ninguém ousaria levantar a mão contra Jon. Já Theon pode até ter sido bem tratado, mas sempre foi uma garantia de que Balon não voltaria a se rebelar. E não se engane: caso Balon voltasse a aprontar, a cabeça de Theon rolaria sim, Ned cumpriria sua palavra, ainda que Theon fosse criado com seus filhos.

Ao mesmo tempo, Theon não se esquece que é filho de Balon e sabe muito bem sua situação em Winterfell. E ao retornar a mando de Robb para as Ilhas de Ferro, ele espera um retorno para sua verdadeira (ou pelo menos a concepção dele de uma) família. O que não acontece. Seu pai o enxerga como fraco, e sequer o considera filho. Como qualquer um, ele busca a aprovação do pai (levante a mão quem nunca fez isso) e faz o que for preciso. Mas ele tenta sim achar um meio termo. Minha amiga Fernanda me lembrou que ele parte para as Ilhas com a ideia de ajudar Robb sim, e DEPOIS fazer com que Robb entregue a coroa a seu pai. Essa é a grande traição que ele planeja no caminho. E se acha a última Bono de chocolate do pacote por isso.

Só que como seu pai o lembra, os Greyjoys tomam aquilo que querem. Não esperam que ninguém entregue nada. E Balon tem outros planos. Não se contenta com as Ilhas de Ferro. Afinal, a derrota deve ter ficado entalada na garganta e seu objetivo passa a ser o Norte todo, particularmente Winterfell. E quando Balon eleva Asha no lugar de Theon, claro que este se sente excluído. Theon se encontra numa encruzilhada: permanece leal à família que o criou, mas de quem era refém, ou dá sua lealdade a seu pai? Ele não é de fato um dos Ironborn, tampouco é um Stark. Onde ele se encaixa? E diante de uma escolha dessas, ele opta pela que lhe parece mais lógica. Na verdade, ele nunca teve escolha. Como diz Merlin, das Crônicas de Artur: o destino é inexorável. E citando a Busca do Graal, a Roda da Fortuna não pára de girar.

Não me entenda mal. Eu não gosto do que Theon faz em Winterfell, me parte o coração. É condenável? Absolutamente! Justificável? Do ponto de vista dos Greyjoys, sim. Há uma lei universal em todos os Sete Reinos de Westeros: olho por olho. Assim, já que Ned arrasou Pyke, faz todo o sentido que ele arrase Winterfell. Inevitável? Sim. Infelizmente sim.

Só que como eu disse antes, Theon está entre  cruz e a caldeirinha. Ele enfrenta uma realidade extremamente conflitante. E é aqui que eu quero chegar. O conflito, a angústia. E Alfie Allen está brilhando no papel. Ele consegue passar tudo isso para a audiência sem dizer uma palavra. Em The night lands, quando Balon diz que não se interessa pelo Trono de Ferro, a expressão de Theon diz tudo.

E depois em What is dead may never die, ele joga tudo na cara de Balon (Patrick Malahide também dando show) e novamente Alfie passa tudo simplesmente com o olhar. E mesmo depois de ser batizado, ele ainda está em conflito, novamente a expressão de Alfie diz tudo. Veja a cena abaixo. E reparem na cara dele quando Balon menciona Winterfell. Brilhante! Ah, e a cena da carta. Primeiro, minha amiga Fernanda de novo me lembrou que Theon chega sim a escrever a tal carta para Robb, mas desiste de mandar, e depois, ela mostra bem a angústia de Theon. Só quem deixa a desejar nessa história toda é mesmo Gemma Whelan, a Yara/ Asha. Desaparece quando entram em cena Alfie e Patrick. E não só isso, mas falta o sarcasmo e a ironia que marcam a personalidade de Asha no livro.

Por outro lado, Alfie captou o personagem completamente.  Confira aqui nesta entrevista com Alfie Allen. Está em inglês, mas ele basicamente diz tudo o que eu enumerei acima. Ele compreende Theon muito melhor que muitos leitores, que cometem o pecado de ler As Crônicas do Gelo e do Fogo como se tudo fosse preto no branco. Nenhum personagem é assim. Ned, que todo mundo endeusa por ser o mais honrado (tudo bem, ele era mesmo), ajuda Robert a usurpar o trono (e por favor, né? Não é porque os Targaryens eram loucos que Robert deixou de usurpar o trono. E Lyanna foi simplesmente a desculpa para justificar a guerra). Jon, meu querido Jon, mata Halfhand e vira a casaca para os wildlings. Ele o fez sob ordens, mas não deixa de trair alguém.(SPOILER!) E depois tem aquele esquema de ele trocar os bebês no quinto. Cersei, que todo mundo ama odiar, faz o que faz para proteger os filhos, como qualquer mãe. E por que está tudo bem gostar da Cersei, mas se você fala que gosta do Theon, o povo cai matando?

Claro que Theon tem que pagar pelo que fez. E, acredite, ele paga. Muito além do merecido. No quinto livro, ele chega quase a perder sua identidade. E, falando nisso, (SPOILER!) o povo cai matando em cima do Theon, mas esquece do Bolton, que toma Winterfell como se fosse para vingar os Stark, mas na verdade toma o castelo para si, sem intenção nenhuma de devolver, e depois ainda se vende para os Lannisters. Esse sim é um verdadeiro (perdão pela expressão) FDP.

Lilly e Alfie Finalmente, depois de tudo isso, vou dar uma aliviada. Para quem não sabe, Alfie é irmão mais novo de Lilly Allen, e ela fez uma música para ele. E nem teve o trabalho de mudar o nome para preservar a identidade dele ;D Veja aqui clipe de Alfie. O clipe é superengraçado, e a letra é hilária. Só posso dizer que fico muito aliviada por ele ter seguido o conselho da mana mais velha ;D

Como um bônus, já que meu querido é Jon Snow, eu deixo ainda esta entrevista com Kit Harington. Como eu já vi por aí, quase 8 minutos de Snowy goodness ;D

Depois desse post loooongo, só posso agradecer a você que ficou comigo até aqui. Beijos e até o próximo post!

Cinco livros para a vida toda

 

Minha amiga Fefa, a Apaixonada por Papel, bolou uma brincadeira divertida, mas bem difícil: listar os 5 livros que você gostaria de ler e reler pra vida toda. Ai, ai, será que consigo só 5? Vamos lá:

livros corujinha

  • Harry Potter – J. K. Rowling (always!);
  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • A Sombra do Vento – Carlos Ruiz Zafón;
  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • Jogos Vorazes – Suzanne Collins;
  • Mundo Sem Fim – Ken Follett;
  • O retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde.

Passei três, não podia deixar de fora JV. Eu só conheci a saga agora, mas acho que ela dá muito o que refletir, e nem bem acabei, já estava morrendo de saudades dos personagens. Pode ser também que eu esteja influenciada por causa de todo o alvoroço criado em torno dos livros. E Mundo Sem Fim é meu preferido de Ken Follett, me identifico horrores com Caris e adoro a relação dela com o Merthin. E Dorian Gray é fantástico, amo a história, o personagem, tudo. Os demais são bem óbvios para quem me acompanha faz algum tempo, dispensa qualquer comentário.

Da lista, já perdi as contas de quantas vezes li e reli Harry Potter, e reli As Crônicas de Artur e Dorian Gray e O Senhor dos Anéis devo ter lido umas 4 vezes. Os outros li uma vez só, mas com certeza vou reler várias vezes. E você? Qual é a sua lista?

Beijos!

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Arqueiro – A Busca do Graal # 1 – Bernard Cornwell

 

O arqueiro Aos 18 anos apenas, Thomas vê o pai morrer em seus braços após um ataque-surpresa à aldeia de Hookton. Um lugar simples que escondia um grande segredo: a lança usada por São Jorge para matar o dragão, uma das maiores relíquias da cristandade. Em busca de vingança contra um homem conhecido apenas como Arlequim, o rapaz, um arqueiro habilidoso, se junta ao exército inglês em campanha na França, onde se envolve em batalhas e aventuras que, sem perceber, lançam-no na busca do lendário Santo Graal. Com este romance, o autor usa o cenário da Guerra dos Cem Anos para dar início a uma saga empolgante.

Para quem lê As Crônicas de Artur (para ler as resenhas separadamente, clique em: O Rei do Inverno, O Inimigo de Deus e Excalibur), pode ser surpreendente que a famosa busca do Graal não esteja presente (entre outras coisas que Bernard Cornwell colocou bem diferentes da lenda que todo mundo conhece). Mas fazendo uma saga à parte, ele consegue dar mais destaque às personagens e às histórias em si, afinal, são duas lendas grandiosas, e misturá-las pode ser desastroso. Artur até é mencionado neste, mas como se passaram cerca de mil anos, ele é tido mais como lenda mesmo, assim como o Graal.

Diferente do que se conhece, Bernard Cornwell situa a busca pelo cálice sagrado em plena Guerra dos 100 Anos. Thomas de Hookton é um jovem de 18 anos quando vê seu pai ser assassinado por um cavaleiro conhecido como Arlequim, para que levem da igreja – e acho que vale mencionar que o padre é o pai de Thomas, e isso é dito logo no final do prólogo, portanto não constitui spoiler – a relíquia (que toda igreja medieval clamava ter: um pedaço do Santo Sudário, ossos de tal santo, lascas da cruz, etc), que no caso é a lança com a qual segundo a lenda São Jorge matou o dragão. Em seu leito de morte, o pai de Thomas o faz prometer que irá recuperar a lança. O que Thomas parte para fazer, mas como ele é filho bastardo, seu objetivo é primariamente descobrir sobre sua família.

Thomas, apesar de ser filho de quem é e ter sido criado na igreja, na verdade não acredita em nada que não seja seu arco. E eu adoro arqueiros não pelo arco super-hiper-fashion de Katniss, mas sim do pesado arco de guerra de Thomas. A tal ponto de querer praticar o esporte (rs!).Ele mudou totalmente o modo como eu via arqueiros até então. Thomas é rude, beberrão e sarcástico, me lembra muito o Derfel das Crônicas de Artur, só que é moreno. Como eu disse, é meio cético, e não bota muita fé no Graal, mesmo caindo de paraquedas na busca pelo cálice. Mas no fundo, Thomas tem bom coração, e é muito honrado. E só a título de curiosidade, ele é avô, se não me engano, do Nick Hook, de Azincourt.

Ironicamente para um cético, seu melhor amigo (ou um deles) é o Padre Hobbe. Gosto muito dele. Padre Hobbe é religioso, sim, mas não é fanático, e tira um sarrinho com a igreja. Também é meio soldado (ele não é lá muito habilidoso), e diz que matar os franceses não é pecado. E ele funciona meio que como a consciência de Thomas, sempre o lembrando de sua promessa.

E claro que o mocinho não pode ficar sem a mocinha. No caso, são duas. A primeira é Jeanette, uma francesa conhecida como Blackbird. Ela é uma condessa, mas na verdade só vive mesmo do nome, porque riqueza mesmo ela não tem nenhuma desde que o marido morreu. E por isso mesmo, com um filho pequeno para criar, ela pega numa besta (arma tipo a que o Hagrid usa) contra os ingleses. Mas ela também é bem volúvel, e muda de ideia como a gente muda de roupa.

A segunda é Eleanor, filha bastarda de um lorde francês, mais precisamente o que aportou em Hookton no dia em que o pai de Thomas morreu. Eleanor é bem novinha, com somente 15 anos, é doce, mas determinada e generosa. E, se formos falar a verdade, também não liga muito para as convenções sociais da época, já que larga toda sua família para seguir com Thomas, sem se casar. E é corajosa, porque nem pensa duas vezes antes de entrar no meio do acampamento inglês, ainda que com Thomas a seu lado, convenhamos ela é francesa, e o período não é o ideal para se juntar a um inglês.

Mas o que seria da vida de Thomas se não fossem seus inimigos? E não estou me referindo ao tal Arlequim (que só é revelado no final, portanto vou deixar para falar dele na resenha do próximo), mas de Sir Simon Jekyll. Ele é um dos comandantes do exército inglês, e, ao entrar na cidade onde mora Jeanette, prestes a estuprá-la, é interrompido por Thomas, que ainda o entrega a seu superior (um conde, não lembro qual. Isso é um dos problemas do livro: muitos personagens!). Como Sir Simon acha que é seu direito possuir Jeanette, ele fica bem contrariado com Thomas, que ainda por cima o deixa em maus lençóis com um conde (se não me engano, William. Esse está do lado de Thomas). Pronto, Thomas arranjou um inimigo mortal. E bota mortal nisso. O cara sempre está atrás de um jeito de fazer Thomas pagar, até mesmo com a vida.

No meio de tudo isso você deve estar se perguntando onde entra o Graal. Bem, não vou me estender agora, porque isso envolveria dar spoilers antes do tempo, mas basta dizer que ele tem a ver com a promessa de Thomas. E para falar a verdade, o Graal só é mencionado mesmo da metade para a frente do livro, e bem pouco. Mas como eu disse, para elaborar mais, tenho que dar spoilers, então vou deixar para falar no próximo.

O livro alterna a narrativa entre os personagens, não como As Crônicas do Gelo e do Fogo, mas cada vez um personagem é focado. O centro das atenções é mesmo Thomas, mas outros personagens também tem seu ponto de vista registrados. E também tem um ritmo bom, alternando as batalhas, que como sempre são detalhadas e bem sangrentas (eu estava precisando depois de terminar a enjoativamente melosa série Os Imortais). O humor sutil de Bernard Cornwell também está presente, e dá para ler bem rápido, sem cansar. Recomendadíssimo.

Trilha sonora

Como mais de uma vez a Roda da Fortuna gira para Thomas (e ela é mencionada no livro), O Fortuna, da ópera Carmina Burana (eu adoro essa música, aliás). Tira Thomas do contexto da Guerra dos 100 Anos e joga ele no Velho Oeste americano e ele vira Billy the Kid, então, Blaze of Glory, do Bon Jovi vira seu tema. Mas a letra também tem a ver. Por causa da mesma Roda da Fortuna, Wheels e Long road to ruin, ambas do Foo Fighters (acho que ainda estou sob influência do show ;D)

Let's say we take this town
No king or queen of any state
Get up to shut it down
Open the streets and raise the gates
I know one wall to scale
I know a field without a name
Head on without a care
Before it's way too late

Maybe the season
The colours change in the valley skies
Oh God I've sealed my fate
Running through hell, heaven can wait

E para finalizar, Pirates of the Caribbean Theme, Wheel of Fortune (também de Piratas, e eu acho que está no meio do vídeo anterior, maior, mas achei melhor ressaltar), The Battle (de Gladiador), ambas de composição de Hans Zimmer.

Curiosidade

Eu não vou mencionar nada, porque como este livro é mais ou menos na mesma época de Azincourt, eu já fiz comentários a respeito da Guerra dos 100 Anos na resenha dele. É só clicar no link acima.

Se você gostou de O Arqueiro, pode gostar também de:

  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
  • Stonehenge – Bernard Cornwell;
  • coleção Sharpe – Bernard Cornwell;
  • Azincourt – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
  • Os Pilares da Terra – Ken Follett;
  • Mundo Sem Fim – Ken Follett.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Foo Fighters – 07 de abril de 2012

 

Repito o começo do post sobre o show do Pearl Jam: finalmente, depois de meses de espera (eu comprei o ingresso no fim do ano passado, em dezembro eu acho), chegou o dia. Ansiedade já estava nas alturas, não via a hora. E como eu prometi, vim contar tudo.

ingresso

Eles vieram, pra quem não sabe, como uma das atrações (na verdade o carro-chefe) do Festival Lollapalooza, que aconteceu neste fim de semana no Jockey Club de São Paulo. Entre as atrações, estavam Cage the Elephant, Band of Horses, TV on the radio, Joan Jett, entre outros no primeiro dia (sábado) e Artic Monkeys e Jane’s Addiction no domingo. Eu só fui mesmo no primeiro porque o que me interessava era mesmo só o Foo Fighters. Mas eu fui mais cedo, com minha irmã e minha amiga Paula, e vi alguns dos shows.

lolla

Chegamos lá pelas 2 da tarde, mas demoramos uma eternidade para entrar. Não havia muita informação. Quer dizer, os portões estavam bem sinalizados, mas ninguém sabia informar quanto a que fila pegar, e onde ela começava. Até aí, tudo bem, sempre acontece algo assim, e o show ainda estava a umas 6 horas de distância, então, eu não tinha pressa nenhuma.

Logo que entramos, fomos para o palco Butantã, onde estava rolando o show do Cage the Elephant. O som deles até que é legalzinho, mas o que mais chamou a atenção foi mesmo a doideira do vocalista, dando mergulho na galera e nada de voltar pro palco. O show terminou por WO, já que o cara só conseguiu mesmo voltar depois do fim da música.

Daí, pausa para comprar os pillapalooza, o dinheiro que valia lá dentro. E devo acrescentar que tudo era muito caro, mas nenhuma surpresa aí. Um copo de água saía por R$4,00! Mas, fazer o quê? Não encontrei copo de água pra comprar e levar (podia entrar copo, mas não garrafinha). E os lanches eram HotPocket, pelo preço exorbitante de R$8,00. E a fila que não andava nunca…

eu no lolla

Finalmente, depois de quase uma hora, com água e tudo o mais, encontramos um lugarzinho para sentar e descansar um pouquinho, esperando o show do Band of Horses, que seria no palco Butantã também. Gostei do som deles, mas infelizmente não pudemos assistir tudo, porque logo em seguida seria o show do TV on the radio, no palco Cidade Jardim (o mesmo do Foo Fighters), e a gente foi buscar lugar pra lá. Mas aí vai uma amostrinha: The Funeral.

Andamos um pouco, pegamos glowsticks e fomos aguardar o show do TV on the radio, outra banda que eu curti, o vocalista ;e bem simpático e eles tem um som bem bacana. Novamente não pudemos fiar até o fim, porque tivemos que fazer outra pausa para o banheiro, para não ter que perder nada do show do Foo Fighters e depois mais um pausa para descanso e lanchinho. Involuntariamente ouvimos o show do Pavilhão 9, porque a lanchonete era do lado do palco alternativo (hein?), onde os caras estavam tocando.

glowstick

Finalmente encontramos um lugarzinho e nos instalamos, esperando o show começar.

E até que enfim, tocam os primeiros acordes de All my life, e o Jockey vem abaixo. Logo em seguida, emendada vem Times like these (Fefa, lembrei de você!). Na verdade, veio uma sequência longa de músicas: Rope (de Wasting Light), The pretender (outra que arrasou), My hero (de novo, mais uma arrasa-quarteirão) e Learn to fly. Aqui, pela primeira vez, Dave fala com o público, cumprimenta, etc, e Dave pergunta quanto tempo a gente quer de show e quantas músicas queríamos, como se não houvesse tempo determinado ou setlist predeterminado. E a gente finge que acredita. Mas até que ele cumpriu a promessa.

dave

A seguir vem White Limo, que vocês devem lembrar daqui que é a única que eu não curo muito do CD Wasting Light, mas até que ao vivo ficou legal. E depois, para meu absoluto deleite, Arlandria (minha preferida do CD), que eu gritei o máximo que pude. A seguir, Breakout, mais uma vez a galera foi à loucura. Pausinha, Dave assume a bateria, para alegria geral da nação, e Taylor vem para a frente para cantar Cold day in the sun. Depois Long road to ruin, Big me (que eles não tocaram na Argentina) e Stacked actors. E chega a vez da minha segunda preferida de Wasting Light: Walk seguida por Generator. E mais uma que abalou as estruturas: Monkey wrench.

dave bandeira Depois dessa, veio a sequência: Hey, Johnny Park!, This is a call, In the flesh ? (cover do Pink Floyd) e fechando o primeiro round muitíssimo bem, a melhor música deles na minha humilde opinião: Best of you. E nisso já se foram quase 2 horas de show e nem percebi.

Depois do break, começa com Enough space, depois For all the cows e Dear Rosemary. Pausa para mais um discurso de Dave, rasgando seda para Perry, Jane’s Addiction e tal, mas tudo para dizer que vinha aí Joan Jett para uma parceria (que já ocorreu no Chile) com Bad Reputation e I love rock’n’roll. Isso já anunciava o finzinho do show, o que se confirmou com os primeiros acordes de Everlong, que foi como eles encerraram na Argentina e no Chile, com chave de ouro.

No total, foram 2 horas e meia de show, contando com o break e algumas enroladinhas de Dave Grohl e cia, tanto para compensar a falta de voz de Dave (que na verdade não afetou o show, acho que era mais para poupar mesmo) e os solos longos também eram um pouco para se mostrar, vamos falar a verdade. Mas valeu, as duas horas voaram, e Everlong chegou cedo demais. Agora fica a promessa de Dave de voltar logo (vamos cobrar!).

O show foi muito bom, adorei, sé teve um problema: eu não consegui ver quase nada, a não ser vez por outra o telão. Mas isso não é culpa deles, nem da organização, mas da genética, que me deu meros 1,58m. Mas dava pra escutar bem, apesar da falta de voz de Dave (ele já estava assim desde o show na Argentina) e de o som não ser muito legal. Isso porque como foi festival, com vários palcos, ao mesmo tempo que rolava o show do Foo Fighters, tinha coisa rolando na tenda de música eletrônica, então, para não ter muita interferência, o som era meio baixo. E essa interferência atrapalhou bastante no show do Band of Horses, que era do lado da tenda. Ponto negativo para a organização, porque o Jockey não é grande o suficiente para tantos palcos. Que fosse festival, beleza, mas sem tantos palcos (eram 3 no total, mais a tenda). Mas valeu, curti bastante o show e espero que eles retornem, como Dave prometeu. Mas dessa vez sozinhos, e de preferência no Morumbi, para eu poder ir na arquibancada.

Olha ai a setlist. As músicas estão linkadas no YouTube, assim você tem uma ideia do que foi o show:

All my life
Times like these
Rope
The pretender
My hero
Learn to fly
White limo
Arlandria
Breakout
Cold day in the sun
Long road to ruin
Big me
Stacked actors
Walk
Generator
Monkey wrench
Hey, Johnny Park + This is a call
In the flesh?
Best of you
Enough space
For all the cows + Dear Rosemary
Bad reputation + I love rock'n'roll
Everlong

Beijos e até o próximo post!

domingo, 8 de abril de 2012

Infinito – Alyson Noël

 

infinito Após derrotarem seus inimigos mais temidos, Ever e Damen começam uma nova jornada para que ele se livre do veneno em seu corpo. Se encontrarem o antídoto, finalmente serão capazes de viver a paixão pela qual anseiam há séculos. A busca, porém, leva-os a um terreno desconhecido e pavoroso — as profundezas de Summerland. Lá, eles descobrirão a origem obscura e inimaginável de seu relacionamento e serão obrigados a encarar uma dolorosa verdade: o destino tem motivos para mantê-los separados. Agora, o futuro irá depender de uma única decisão, que poderá pôr em risco tudo o que eles têm. Inclusive a eternidade.

Como eu disse antes, quando começo uma série, quero terminar. Assim, mesmo depois da decepção que foi Estrela da Noite, eu fui logo para Infinito, pra terminar logo a série Os Imortais. Essa série que começou, se não excelente, pelo menos com uma certa promessa. Mas que só foi caindo a cada livro, para ter o pior no anterior. Calma, este é melhor, mas tenho que dizer que para uma conclusão, ele deixou muito a desejar.

Agora que não restaram mais inimigos para derrotar (lambança da autora, que matou todos os vilões, um por livro), só resta a Ever continuar sua busca para o tal antídoto que finalmente a permitirá tocar no namorado Damen pra valer (leia-se: finalmente transar). No final do anterior, ela descobre algo sobre o lado obscuro de Summerland, e de algum jeito acha que ela é a responsável (mais egocentrismo é impossível. Tudo é por causa dela. Ridículo). Ela encontra uma velha que lhe diz que ela tem uma jornada pela frente, que pode resolver todos os seus problemas bem como libertar as almas atormentadas de Shadowland. Para isso é necessário que ela restabeleça o equilíbrio do Universo.

O que Ever não sabe é que essa jornada pode separá-la de Damen para sempre. Mas mesmo assim, Ever insiste teimosamente na jornada. Tudo bem, concordo que ela tem mais é que descobrir mesmo alguma forma de resolver seus problemas, e o auto-conhecimento pode ser uma forma de encontrar a solução, mas sua teimosia é irritante. E assim, Ever parte para a tal jornada.

E ela é interessante. Descobrimos que há uma outra vida, que nem ela nem Damen lembram. A encarnação onde tudo começou. E essa parte da história é bem legal. É divertido ver quem é quem e descobrir que muito mais gente que Damen e Jude estão interligados à vida de Ever. Nessa parte a gente não consegue largar, quer ler mais e mais. Mas claro que nem tudo é bom, e logo volta para a enrolação.

Novamente, fora Ever, que continua a mesma, e mais determinada (teimosa) que nunca. os outros personagens sofrem uma mudança radical. Damen por seu lado teima em que a busca de Ever é vã, que a velha é louca. Mas ao mesmo tempo está resignada em deixá-la ir e aceita tudo passivamente. Jude ainda tem a esperança inútil de ter algo com Ever, e parte com ela para a tal jornada, mas não tem mais a leveza e a suavidade que tinha. Até mesmo as patricinhas e pseudoinimigas de Ever, Stacia e Honor estão mudadas. Alyson Noël descaracterizou todos os personagens, e não num jeito legal. Nenhum ficou mais interessante, pelo contrário, todos perderam o que os tornava especiais.

A personagem mais interessante deste livro é a velha Lótus, que diz para Ever partir. Ela é misteriosa, e um tanto louca sim, mas é a personagem que tem mais profundidade. Pena que ela aparece pouco, e mesmo ela, no final, deixa de lado o mistério e cai um pouquinho.

O livro tem umas partes legais e interessantes, mas no geral é muito lento e linear para uma conclusão. Nada de realmente emocionante acontece, e parte disso se deva à estupidez de Alyson Noël de matar todos os vilões. No final, ficou sem ter como desenvolver a história, e teve que achar uma forma que justificasse e esclarecesse tudo. E embora alguns conceitos sejam interessantes, isso não é material para o encerramento de uma série. Acho que parte do problema é que ela misturou muita coisa e não soube desenvolver. Perdeu o fôlego. Mas este até que dá para ler, não é torturante como o anterior mas o final é previsível (adivinhou?) e até meio meloso (fui boazinha, é muito meloso). No geral, a série é fraquinha, nada memorável, mas tem algumas coisas bem legais, como o conceito de almas gêmeas, as auras, e de alma imortal. Isso é bonito mesmo. Mas ela poderia ter desenvolvido uma história bem melhor. Leia aqui o restante das resenhas.

Trilha sonora

Everlasting love, do U2. Também Forever and for always, da Shania Twain, e I knew I loved you e Hold me, do Savage Garden. De novo, eu acho que o livro não merece músicas tão boas, mas elas batem com a história (às vezes até com a série toda).

Se você gostou de Infinito, pode gostar também de:

  • série Fallen – Lauren Kate;
  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • série Hush, hush – Becca Fitzpatrick;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • série House of Night – P. C. E Kristin Cast.

Feliz Páscoa!

 

Oi pessoal!

Esse é rapidinho só pra desejar uma Boa Páscoa pra todo mundo, com muito amor e paz, e com muitos ovinhos de chocolate (HUM!).

Feliz páscoa

Beijos e bom domingo! Até o próximo post!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Estrela da Noite – Alyson Noël

 

Estrela da noite Certa de que Ever é responsável pela morte de Roman, Haven está determinada a destruí-la. Seu primeiro passo é separá-la de Damen, e, para isso, conta com a arma ideal: um segredo terrível sobre suas vidas passadas, que lançará uma nova luz sobre o relacionamento de Ever e Jude. Obrigada a enfrentar seus maiores medos com relação ao companheiro que escolheu para a eternidade, Ever é lançada em um combate mortal contra Haven, que poderá significar a destruição de todos. É chegado o momento de se questionar: para sobreviver, ela seria mesmo capaz de condenar Haven à escuridão de Shadowland? E será que todo o seu futuro com Damen poderia mesmo depender de uma revelação do passado?

Uma coisa chata de ler livros que são séries é que você começa e quer terminar. E nem sempre isso é legal. A série Os Imortais me conquistou primeiro pela capa, como eu disse na resenha de Para Sempre. Mas ela passa longe de ser minha preferida. E este livro em particular deixa bem a desejar. Mas, já que comecei, vou até o fim.

Ever agora tem mais um problema. Depois da morte de Roman (sério? Alyson Noël matou o melhor personagem no quarto livro? Para quê? Quando terminei Chama Negra já fiquei meio desmotivada para continuar a leitura, mas como eu disse antes, já que comecei…), Haven a culpa e jura que vai se vingar. O que seria uma ameaça séria, principalmente vinda de alguém que costumava ser amiga. Mas desde que se tornou imortal, Haven mudou e começa a mostrar um lado invejoso e vingativo e absolutamente irracional. Certo, a garota tem uma família que é um pesadelo, mas isso não justifica suas atitudes e sua constante necessidade de atenção.

Lembra que eu disse que sua vingança seria coisa séria? Seria mesmo, se não fosse patética. Ela se limita a dominar o pátio na escola, manipulando todo mundo a ser seu amiguinho e se torna a abelha-rainha. Tudo para isolar Ever e Stacia, as duas que ela vê como responsáveis por tudo de ruim que lhe acontece. Então a coisa se resume a uma guerrinha no recreio, tipo: eu tô de mal de você! Isso me lembra quando eu estava na escola e as duas mais populares brigavam, criavam-se dois grupinhos: o das amiguinhas da Fulana X e o da Fulana Y. Mas isso quando eu estava na quarta série do primário, não no colegial! Claro que ela também quer matar Ever, mas só o que faz mesmo é provocar e brincar, como qualquer menininha mimada em busca de atenção. Ridículo. Ela faz questão de mostrar para Ever que é mais poderosa e tal, mas logo a razão aparece: ela ficou viciada no tal elixir, ele é o responsável. Mas ainda assim não passa de birra, criancice. Alyson Noël sacrificou seu melhor vilão por isso…Lamentável.

Enquanto isso, Ever continua a mesma chata. Agora, além do problemão de não conseguir tocar seu namorado, ela ainda se questiona se Damen é mesmo com quem deve ficar. Isso porque ela descobre que Damen ainda tem lá seus segredos, e que fez coisas terríveis s no seu passado. Tudo bem, a gente se pergunta o que pode ser tão terrível, mas no fim é mais uma decepção.  (SPOILER!) Porque seu imenso segredo é que ele a comprou uma vez, em uma de suas vidas passadas em que ela era escrava no sul dos EUA, separando a garota (que apanhava de seu amo, aliás) de sua família e da vida passada de Jude. Sério, você acha que algo cabeludo, tipo ele matou sei lá quantos, pra no final ser esse o grande drama. E, Ever, a drama queen por excelência, explode tudo bem mais do que realmente importa, e se afasta de Damen, sem explicação nenhuma, e sem ouvir o restante da história. De novo, criancice pura. Para piorar, na guerrinha pela popularidade na escola, Damen vai proteger Stacia da sede de poder vingativa de Haven, exatamente com fez em Lua azul. Daí, entra o ciúme.

E Damen definitivamente perdeu todo o charme que tinha nos livros anteriores. Agora que não tem mais nada a esconder, ele se tornou piegas e chato. E repetitivo. Tudo bem, as tulipas vermelhas são superfofas, mas cansa. Sempre que ele e Ever tem um discussãozinha qualquer, lá estão as tulipas. Cadê aquele cara misterioso, sexy e com ar de bad guy do primeiro? Cadê aquela cara que se arriscava e que não estava nem aí para as regras? É, porque agora até ir para a escola ele quer. Ou seja, Damen como o conhecíamos se foi.

E Jude, depois de matar Roman (foi ele, não Ever), se corroendo de culpa, nem fala direito com Ever, e também se tornou alvo de Haven. Ele também está diferente, seu bom humor e personalidade leve desapareceram, dando lugar a um sujeito de poucas palavras e deprimido. Ele tem lá seus motivos, e ainda tem esperança de conquistar Ever, mas perdeu o brilho. Só uma coisa não mudou: ele continua fazendo burrada e aparecendo nas horas mais inapropriadas.

Outra coisa que contribui para este livro não ser lá muita coisa é a falta das gêmeas. Elas quase não aparecem, o que é muito chato, porque elas dão leveza à narrativa. Elas continuam na Terra, adoram a escola e estão sob os cuidados de Ava, mas sua aparição é rápida.

O livro, como é contado por Ever em primeira pessoa, fica o tempo todo nos pensamentos dela, se concentrando numa maneira de controlar Haven e proteger Jude. O ritmo se arrasta e nada acontece de fato até depois da metade. E mesmo assim, não é lá muito empolgante. Francamente, este foi pura enrolação, tanto que levei 3 dias para ler, o que é muito, considerando-se que o livro tem apenas 234 páginas. Eu já li mais longos em menos tempo, comparativamente. E também me incomoda que a autora ainda tem um narrativa meio fragmentada. Deixa eu explicar: tem horas que ela termina um capítulo num lugar e no próximo começa com algo totalmente diferente, às vezes com um salto no tempo, e que aparentemente não tem nada a ver com o anterior. Não há conexão clara entre os eventos, e isso pode ficar confuso. Mas vamos ver como termina a série (se é que termina, né? Hoje em dia sempre aparece mais uma continuação de tudo). Como eu disse antes, essa série está bem longe de ser minha favorita (na verdade, pra mim é descartável), mas tem lá seus momentos. Só não vi nada disso neste. E que fique claro, o restante da série (leia toas as resenhas até agora aqui) não são ruins. Não são memoráveis, mas são de leitura simples e relaxante. Foi este que deixou muito a desejar.

Trilha sonora

The space between, do Dave Matthews Band ainda se aplica. Também With or without you, do U2 e Everybody's fool, do Evanescence (apesar de eu achar que este livro não merece músicas tão boas como essas, mas elas tem a ver). E justamente porque deixou muito a desejar, Meant to live, do Switchfoot.

Se você gostou de Estrela da Noite, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer;
  • série Fallen – Lauren Kate;
  • série Hush, hush – Becca Fitzpatrick;
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith;
  • série House of Night – P.C. e Kristin Cast.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Game of Thrones – episódio 2x01 – The North Remembers

 

war is coming Eu nem ia fazer um post sobre a segunda temporada de Game of Thrones, mas daí o Adriano fez um comentário me perguntando o que eu achei, e depois perguntei para minha amiga Fernanda o que ela achava de eu escrever sobre isso, e ela disse que era uma boa ideia, então resolvi escrever. Já adianto que não acho que vou escrever sobre todos os episódios da segunda temporada, mas como esse foi o de estreia, depois de longos meses esperando, acho que merece uma menção.

Como todo mundo que viciou na série, eu também estava contando os dias para finalmente abril chegar e eu poder matar a saudade de Jon (sempre!), Bran, Robb, Dany, Tyrion e cia. E, como todo mundo, estava cheia de expectativas. E não me decepcionei. O episódio foi tudo de bom, com cenas intensas e marcantes.

joffrey sansa

Logo de cara, estamos em King’s Landing, com Joffrey se entretendo com um duelo. Ao seu lado está Sansa-sonsa, mantendo a compostura para permanecer viva, e ainda defendendo que seu pai era um traidor. Até que chega Tyrion, e como sempre, dá aquele tapa com luva de pelica em Joffrey, quando diz a Sansa que sente por sua perda. O reizinho mimado, claro, não gosta, ao que Tyrion responde que mesmo sendo traidor, Ned era pai de Sansa, e que o próprio Joffrey deveria sentir mais a perda do ‘pai’. E, para surpresa (mais ou menos, né?), a gente percebe que Joffrey nem faz ideia que seu pai é na verdade Jaime. Sinceramente não me lembro se no livro dá a entender que Joffrey sabe quem é seu pai (acho que sim), mas ver na série me pegou meio de surpresa.

tyrion E Tyrion não para por aí. Logo em seguida, vai para o conselho, onde anuncia que agora é Mão do Rei no lugar de seu pai. A cara de Cersei nessa hora foi impagável. E, mais uma vez, Tyrion mostra toda sua perspicácia, e quando ele diz que Cersei está deixando muito a desejar como Regente, pois deixou Arya escapar e matou (tá não foi ela, mas ela não fez nada) Ned, agora eles não tem nada com o que barganhar por Jaime. Mais um xeque do anão. Cersei can suck it!

E falando em Jaime, juro que fico com pena quando ele aparece, como prisioneiro de Robb. E por falar em Robb…Meu deus, o que foi Robb nesse primeiro episódio! Primeiro com Jaime, depois com o mensageiro de Cersei (I don’t need a servant to do my beheading for me..aff! Taquicardia!), e depois gritando com mommy dearest Catelyn! Vibrei com isso! Toma Catelyn! Robb cresceu muito, e acho muito legal que ele tenha mais destaque que nos livros. Pena que seu destino é tão cruel. Seria bem legal ver a evolução dele. Ele finalmente mostra que é muito mais astuto e perigoso (e ficou instantaneamente mais sexy por isso) do que todo mundo pensa.

dany Do outro lado do Mar, Daenaerys se depara com a dura realidade. Apesar de os dragões serem considerados um milagre, ele nada pode contra a fome e desolação que encontra no deserto. Seu khalasar (será que é assim?) está reduzido e vai morrendo aos poucos. E ela ainda não sabe nada sobre dragões, para piorar a situação. Ninguém sabe.

Claro que não esqueci do meu fofinho Jon Snow. Além da Muralha, ele acaba de chegar no refúgio de Craster. E ali vai mostrar mais um lado meio esquentado dele (lindo!). Amei a fala do Sam: I haven’t seen a girl in 6 months…Coitado…Mas a gente sabe que é bem ali que Sam vai encontrar algo que vai mudar sua vida. Quanto a Jon, só por essa passagem (curta demais pro meu gosto ;D), já dá pra ver que ele também mudou. Não aguenta levar desaforo pra casa, fala sem pensar, mas ao mesmo tempo, também permanece obediente ao Lorde Comandante Mormont. E ele percebe que  Mormont na realidade o está preparando para liderar.

melisandre E ainda matei a curiosidade de conhecer Melisandre. A feiticeira é exatamente como no livro. E eu adorei a cerimônia na praia. Achei que a atriz (Carice van Houten) é ótima. Estou muito curiosa para ver ela parir os seus fantasminhas do mal, porque tive um pouco de dificuldade de visualizar isso ao ler. E gostei da atitude dela também, bem condizente com a personagem. Arrogância em pessoa.

Mais uma vez, a HBO não mede esforços para trazer essa saga maravilhosa à tela. As locações (na Islândia, Croácia, Malta…) são espetaculares,  o cenário é maravilhoso e a caracterização é fantástica. Ainda falta mostrar Brienne, mas já vi fotos dela e está perfeita. E também ainda falta aparecer Margaery Tyrell, Arya só apareceu no final do episódio, e também já vi uma foto de Jaqar whatever (não lembro o nome do sujeito, aquele que ajuda Arya), e de novo a caracterização é perfeita. O elenco continua fantástico, muito competente, com destaque para Peter Dinklage, o Tyrion. Mas ele é só um no meio de um elenco de peso, e todos tem o seu mérito. E agora fico contando os dias até domingo para ver o que vem a seguir. É pena que a temporada só tenha 10 episódios.

 

ghost

E quase me esqueci dos direwolves! OMG! O que é isso!? Dá para ver Grey Wind na cena em que Robb enfrenta Jaime (e que meda!), e Ghost vai aparecer semana que vem, e lindo! Quero um pra mim (se vier como dono, melhor ;D)! Eles cresceram também, e agora estão realmente gigantes! Imagina só a Nymeria solta no mundo, o que está causando com sua matilha! Mal posso esperar!