sábado, 31 de março de 2012

Faixa a faixa – Foo Fighters – Wasting light

 

Foo Wasting light Como o show do Foo Fighters está chegando (\o/) , eu resolvi fazer um aquecimento, e dedicar o Faixa a faixa deste mês ao CD Wasting Light, lançado no ano passado, em 12 de abril pra ser mais precisa.

Eu já disse que adoro Foo Fighters, e quem me segue e acompanha as resenhas, percebe que volta e meia eu coloco uma música deles. Como todo mundo (acho) sabe, o Foo Fighters nasceu depois da morte de Kurt Cobain e o fim do Nirvana, o baterista David Grohl começou a banda. E tem sido bem sucedido desde então. O que eu gosto muito é que o Foo Fighters adotou um estio próprio, não seguiu a linha do Nirvana (que eu não curto muito, só algumas músicas, mas acho muito bacana que com o Foo seguindo numa direção diferente, a identidade do Nirvana foi preservada). E outra coisa que eu gosto muito no Foo Fighters é que, apesar de trabalharem com afinco, eles não se levam muito a sério. É só conferir os clipes, muitos deles com boas doses de humor.

E uma curiosidade, Wasting light foi gravado na garagem de David Grohl (quem pode…). Então, sem mais delongas (até porque eu estou muito ansiosa para o show), vamos ao que interessa:

1. Bridge burning: começa com tudo. These are my famous last words…Na verdade as primeiras do CD e já anuncia o tom do álbum todo. Adoro a alternância de ritmo, constante em quase todas as músicas do CD;

2. Rope: também enérgica, mas bem diferente de Bridge burning. A guitarra pode ser meio cansativa, mas quebra no refrão, o que é bem legal. E ainda com direito a ponte e solo;

3. Dear Rosemary: adoro essa música. Ela quebra um pouco o que vinha com as anteriores. Mais ou menos como Arlandria, ela alterna bem os ritmos. Eu vi em um comentário no YouTube (não foi desse link) que essa música é sobre a relação deles com Courtney Love. Não sei se é verdade, mas a letra é bem sugestiva. Polêmicas à parte, a música é ótima;

4. White limo: mais uma que vem com tudo e de novo há uma quebra em relação à anterior. Guitarra eletrizante e vocais bem à moda de Sepultura. Ou seja, meio que um grunhido. Eu particularmente não curto muito isso, nem as distorções na voz, mas acho que aqui funcionou bem;

5. Arlandria: pra mim, a melhor faixa do álbum. Mas já falei dela aqui, então não vou me repetir;

6. These days: começa mais calminha, mas depois cresce. Batida mais pop. Gosto da repetição de One of these days, cada um fazendo uma previsão diferente;

7. Back and forth: outra que au adoro. É a música que eles estão usando para divulgar o documentário sobre a banda, que tem o mesmo nome, Back and forth;

8. A matter of time: e mais uma que eu adoro. Como todas as outras do CD é bem enérgica, e com um refrão que cola na cabeça (it’s just a matter of time before…);

9. Miss the misery: ótima música, com solos da guitarra estridentes;

10. I should have known: única balada (mais ou menos) do CD, escrita para os vários amigos que Dave Grohl perdeu (sim, inclusive Kurt Cobain). Participação de Krist Novoselic no baixo;

11. Walk: eu já falei dela quando escrevi sobre Thor e depois aqui. Eu adoro a música, desde que ouvi nos créditos finais de Thor. Depois de Arlandria, é a que eu mais gosto no CD. E o clipe é um exemplo do que eu disse antes sobre o humor. E aí, galera de SP, eu me coloquei no lugar dele no começo ;D

Bom, é isso. Louca pra ir ao show (uma semana! \o/), e, claro que eu vou contar tudo depois. Beijos e até o próximo post.

terça-feira, 27 de março de 2012

Música do mês – Sara Bareilles – Love Song

 

Sara bareilles love song Na verdade eu não sabia de início que essa música era dela. E acho que Sara Bareilles é mais conhecida por aqui pelo dueto com o OneRepublic, Come home, que eu já conhecia com eles. E a música já é linda só com eles, confira aqui. O dueto funciona superbem, as vozes dos dois casa muito bem, e Come home ficou ainda mais bonita. E, só como curiosidade, a versão só com o OneRepublic faz parte da trilha de Cold Case, o seriado que tem uma das melhores trilhas sonoras na minha opinião. E também recomendo esse CD do OneRepublic, Dreaming Out Loud, que é muito bom (quem sabe eu comento ele mais pra frente? Esse mês eu já escolhi, então vai ficar mais pro futuro)

Mas hoje vou falar de Love Song. Eu nem sabia que essa música era dela. E hoje, sei lá eu porque, ela empacou na minha cabeça. Ela faz parte do CD Little voice, de 2007. E eu amo como o título engana bem.

À primeira vista, você acha que é uma baladaça, bem melada. Mas, apesar de ser sim uma canção de amor, ela não podia ter o significado mais diferente:

I’m not gonna write you a love song
Cause you ask for it
Cause you need one
You see, I’m not gonna write you a love song
Cause you tell me it’s make or break in this

Essa é parte do refrão, confira o restante da letra aqui.  Mas acho que deu para entender o que eu quero dizer. Ela é na verdade um ultimato, e com umas verdades bem desconfortáveis.

Adoro o ritmo pop, e nada choroso (nada contra, funciona muito bem com Adele, e vocês sabem como eu AMO Adele), com o piano bem marcado e o modo como ela canta o refrão. Ela ainda tem uma voz linda e forte, o que deixa a música ainda mais impactante, e como ela começa mais truncadinha e vai crescendo aos poucos. E, apesar do tema, ela na verdade me anima bastante.

Também achei a ideia do clipe superoriginal, e ele é bem feito também. Confira abaixo o resultado:

Bom, não tenho mais nada a acrescentar. Beijos e até o próximo post!

domingo, 25 de março de 2012

Jogos Vorazes – filme

 

hunger games movie Enfim a espera chegou ao fim. Depois de muita ansiedade (o que pode não ser nada bom, porque cria muitas expectativas), eu consegui assistir Jogos Vorazes. E AMEI! Com certeza uma das melhores adaptações que eu já vi. Claro que ajuda muito o fato de Suzanne Collins ser uma das roteiristas (aprende aí Stephenie Meyer).

Como muita gente por aí, eu também estava apreensiva. Mas já tinha visto muitos elogios ao filme, o que me deu certo alívio. Mas até aí, eu vou pela minha própria cabeça, e não pelo que os outros falam ou escrevem. Mas fui recompensada com um filme bem fiel ao livro, denso e emocionante. E saí do cinema morrendo de vontade de ver o segundo (que segundo o IMDB sai o ano que vem. Confira aqui. Só não tem muita coisa porque ainda está em produção, e eu não tenho acesso a mais nada. Para isso tem que pagar :/).

seneca O filem começa com Cesar Flickerman (Stanley Tucci, como sempre muito bem no papel) fazendo uma entrevista com Seneca Crane (Wes Bentley, de Motoqueiro Fantasma. Nesse filme conseguiram deixar ele não tão lindo, mas por trás daquela barba esquisita há isso tudo aqui. E eu AMO ele como Blackheart), falando de como é criar os Jogos Vorazes. Logo corta para o Distrito 12, e o cenário é espetacular. Exatamente como eu imaginava que seria. Aliás, a caracterização em geral do filme está excelente. Effie Trinkle (Elizabeth Banks está praticamente irreconhecível, e perfeita) e Cinna (Lenny Kravitz, que me surpreendeu muito) também está perfeito.

kat e cinna

Jennifer Lawrence nem precisa de comentários. Ela brilha e passa muito bem todo o conflito de Katniss (Kirsten Stewart can suck it). As cenas em que Prim é escolhida e depois quando Rue morre (lágrimas caíram, reconheço) foram lindas. Muito bem feitas e emocionantes. Especialmente Rue. Ainda mais tocante que no livro. E a atriz que faz Rue (Amandla Stenberg) é brilhante.

kat e rue

Confesso que quando vi que Josh Hutcherson ia fazer Peeta não botava muita fé (adolescentes enlouquecidas me aguardam para apedrejar em praça pública agora). Mas ele aguenta bem as pontas e gostei muito da atuação dele. A entrevista que ele dá a Cesar é ótima, com humor e ao mesmo tempo tocante. E depois na caverna, também muito bem. E também quando Katniss se lembra dele jogando o pão para ela. Dá pra perceber todo o conflito que se passa na cabeça dele naquela hora. Também destaco a cena no telhado e o disfarce dele no rio, ficou muito bacana, e eu tive um pouco de dificuldade de visualizar isso no livro. Nota 10 para o pessoal da maquiagem.

Kat e peeta

Gostei que não deram muita ênfase a Gale (Liam Hemsworth, irmão de Chris Hemsworth, de Thor. Fala sério, ô família agraciada pelos deuses! E de bônus ainda vi o trailer de The Avengers e me deliciei com o brother mais velho). Ele aparece um pouquinho mais que no livro, claro, já que o livro é contado por Katniss. Mas foi quando necessário, e nem forçaram um triângulo amoroso ainda. E ele também está muito bem no papel. E, falando nisso, também, ao contrário dos spots de TV que eu vi antes, o romance passa para segundo plano, e, como no livro, a gente fica na dúvida sobre os verdadeiros sentimentos de Katniss.

kat e gale

E quem rouba a cena é Woody Harrelson, como Haymitch. Perfeito! Mistura muito bem o beberrão e o mentor. E dá pra ver mais dele tentando conseguir patrocinadores para Kat e Peeta. E uma coisa muito legal foram os comentários dele nos presentes que ele manda. A caracterização dele também, como tudo o mais, está perfeita.

kat   haymitch   effie

Como eu disse, o filme é bem fiel ao livro. O que foi acrescentado tinha mesmo que ser. E às vezes é até mais chocante. Como os bastidores dos Jogos, e como aquelas pessoas vão criando provas e situações para forçar um resultado. A frieza com que essas coisas acontecem, enquanto um bando de jovens se digladiam na arena para ganhar é de arrepiar. E também as conversas do Presidente Snow (Donald Sutherland, também como sempre fantástico, com a voz calma e controlada, mas que disfarça um sadismo desmedido. De dar arrepios) com Seneca são fantásticas.

E uma coisa que eu esqueci de mencionar nas resenhas dos livros foi a forte crítica social que permeia a trilogia toda. E no filme fica ainda mais evidente, o ideal de uma sociedade perfeita, contrastando com a feia realidade. E os contrastes entre a opulência de Capitol e a pobreza dos distritos é gritante. E nesse ponto, tanto Jennifer Lawrence como Josh Hutcherson expressaram muito bem o choque de ver essa idealização.

Claro que algumas coisas são diferentes, mas isso seria inevitável. E como eu disse, muitas das mudanças foram bem vindas. O que ficou de fora, e eu acho que deveria constar, foi a fala de Peeta: “She doesn’t know the effect she has” (acho que é isso). Isso parece besteira, mas mais tarde essa fala vai ser retomada, e vai ter um certo impacto. E também modificaram um pouquinho o final. Para quem ficou chateado porque Peeta perde metade da perna, no filme isso não acontece. E também ele não percebe que Katniss estava fingindo gostar dele. O que vai afetar o começo do segundo, Mas este último fato é coisa que ainda pode ser consertada. E a perna dele, vamos combinar que não faz diferença, exceto que assim ele é o mocinho perfeito (não me refiro ao caráter dele, mas no sentido de não ter nenhuma deficiência). Eu tenho apenas uma crítica, e não é sobre o filme, mas sim sobre a legenda. Eu li os livros no original, em inglês, então não sei como está na versão brasileira (me ajudem, por favor), mas no filme traduziram “The Girl on Fire” (por causa do traje dela quando faz apresentação nas carruagens. outra coisa que eu tinha um pouco de dificuldade de imaginar no livro) como “Garota Quente” (hot girl= gostosa, numa tradução literal). Peraí, né! O tempo todo Kat é referida como “A garota que estava em chamas” (em, inglês no livro, “the girl who was on fire”), que é a tradução literal. Eu sei que há uma limitação quanto ao número de caracteres na tela, bem como o tempo de leitura, mas podiam colocar só “A Garota Em Chamas”. Problema resolvido.

Assim, não me resta mais nada a não ser recomendar que assistam. Vale a pena. E, só para deixar vocês com água na boca, aí vai o trailer:

Beijos e até o próximo post!

sábado, 24 de março de 2012

A invenção de Hugo Cabret – Brian Selznick

 

Hugo Cabret Hugo Cabret é um menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930. Esgueirando-se por passagens secretas, Hugo toma conta dos gigantescos relógios do lugar: escuta seus compassos, observa os enormes ponteiros e responsabiliza-se pelo funcionamento da máquinas.
A sobrevivência de Hugo depende do anonimato:ele tenta se manter invisível porque guarda um incrível segredo, que é posto em risco quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam o caminho do garoto.
Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e uma homem mecânico estão no centro desta
intrincada e imprevisível história, que, narrada por texto e imagens, mistura elementos dos quadrinhos do cinema, oferecendo uma diferente e emocionante experiência de leitura.

Não sei porque não me interessei por esse livro logo de cara. Também não assisti o filme (ainda. Pode demorar, mas vou assistir), e de novo não sei o motivo. Afinal, trata da história do cinema, e eu sou apaixonada por filmes. O fato é que alguém emprestou pra minha irmã, e ela veio me mostrar o livro, que é lindo, todo ilustrado (só rivaliza com essa edição de As Crônicas de Nárnia, que eu tenho também. E essa é parte da minha página no Skoob, pra quem quiser saber). Daí, já despertou a minha curiosidade.

O livro conta a história de Hugo, um menino de 12 anos, órfão, que vive na estação de trens de Paris na década de 30. Hugo é um menino curioso, mas triste. Nem podia ser diferente. Sem pai nem mãe, seu único parente vivo, um tio que cuida do relógios da estação, desaparece misteriosamente, deixando o menino a cargo de cuidar dos relógios. Só que ninguém sabe do sumiço do homem, e Hugo vive com medo de que o inspetor da estação descubra que ele mora na estação e o manda para um orfanato. E esse não é o único segredo que ele guarda.

Antes de morrer, seu pai deixou para ele um autômato. E Hugo além de manter os relógios da estação, é muito bom consertando coisas. O autômato não funciona, mas Hugo o conserta, certo de que o boneco guarda uma mensagem do pai. Mas falta algo para o funcionamento da engenhoca. A vida segue mais ou menos calma para Hugo, até que entram em cena dois personagens que irão mudar sua vida.

Um deles é Isabelle, uma menina mais ou menos da mesma idade que ele. Isabelle também é curiosa como Hugo, e por algum motivo é atraída pelo garoto. Nada romântico não. Como ele, ela é órfã e vive com os padrinhos e sem contato com outras crianças. Então é só pela idade próxima mesmo. E também por causa do segredo que ele guarda. Ela também é um tanto mandona, pra falar a verdade, mas é doce. E fica genuinamente intrigada por Hugo. Mas ela também é persistente e aos poucos vai vencendo a resistência dele. E acaba por ajudá-lo no fim das contas.

O outro é o padrinho de Isabelle, Georges Méliès. Ele é o dono de uma loja de brinquedos na estação, e Isabelle várias vezes o ajuda na loja também. Mas Georges também tem um segredo, ligado a um desenho misterioso (mas famoso). E, apesar de parecer durão, ele na verdade tem a saúde frágil. E ele é a chave do mistério de Hugo. E só pra esclarecer, (SPOILER) Georges Méliès é um personagem real. Ele foi um dos pioneiros na história do cinema. E criou vários autômatos, que se perderam no sótão de algum museu. Depois eles foram resgatados, e eventualmente restaurados. Isso está nos agradecimentos do autor no final do livro.

Vale a pena também destacar Etienne, um jovem estudante da Academia de Cinema Francês e amigo de Isabelle. E também a madrinha da menina. Eles acabam ajudando também a desmascarar o mistério de Hugo.

Na verdade, o que mais chama a atenção nesse livro não é a trama em si. O livro é infantil, e escrito para crianças, em uma linguagem fácil. É encantadora, sim, mas o fascinante é a forma como ela é contada. Como eu disse, o livro é todo ilustrado, com uma figura mais linda que a outra. Mas, diferente dos livros ilustrados, incluindo a edição de Nárnia que eu mencionei aí em cima, é que as figuras não são meramente ilustrativas. Elas também contam a história, por vezes, a narrativa pára, vem um seqüência de figuras, e quando a narrativa recomeça, ela retoma do ponto onde as figuras pararam. Desta forma, apesar das 530 páginas, dá pra ler bem rápido. Eu levei 2 dias porque tenho que trabalhar e ir pra faculdade. Se não fosse por isso, eu provavelmente teria terminado em questão de algumas horas. Enfim, é um passeio belíssimo pela história do cinema, e com um final emocionante. Eu quase chorei. Recomendadíssimo.

E aí vão algumas das ilustrações do livro. E uma curiosidade: elas são todas feitas pelo autor:

autômato

consero do ratinho

hugo cabret 2

hugo e isabelle

trem

uma viagem à lua

Trilha sonora

Tonight tonight, do Smashing Pumpkins. Não pela música, mas o clipe é todo em cima do filme Uma viagem à Lua, de George Méliès. Não dá pra evitar, eu via as figuras no livro e imediatamente lembrava do clipe.

Se você gostou de A invenção de Hugo Cabret, pode gostar também de:

  • A história sem fim – Michael Ende;
  • As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis;
  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling;
  • Os contos de Beedle, o Bardo – J. K. Rowling;
  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A esperança – Suzanne Collins

 

Mockingjay ATENÇÃO! SINOPSE COM SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM DOS LIVROS DE THE HUNGER GAMES!

Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais de lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução.
A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo.
O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra?
Acompanhe Katniss até o fim do thriller, numa jornada ao lado mais obscuro da alma humana, em uma luta contra a opressão e a favor da esperança.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DE THE HUNGER GAMES!

E alguns deste, portanto, leia sob sua conta e risco. Depois de ser resgatada da arena do Jogos. Katniss é levada para o Distrito 13, e cai num torpor profundo. Isso por causa da captura de Peeta pelo governo de Capitol. Finalmente a garota compreende o que sente por ele e se permite demonstrar (da maneira Katniss de ser, que fique claro) isso. Ao mesmo tempo, ela percebe que não passa de um peão nas mãos dos poderosos. Ela não passa de uma arma de manipulação em massa. Claro que ela não gosta disso, mas tendo perdido Peeta e seu lar (o Distrito 12 foi totalmente destruído), ela resolve assumir o papel do Tordo, mas não para agradar ninguém, e sim como uma vingança pessoal contra o Presidente Snow (falo dele daqui a pouco).

Ela também começa a questionar as forças rebeldes. Se as coisas já eram ruins com o Presidente Snow, elas não são lá muito melhores com a Presidente Coin no distrito 13. Tudo é controlada. Todo dia, os habitantes do 13 tem seu horário tatuado no braço (só sai à noite, sozinha, para preparar para o próximo dia). E esse horário deve ser seguido à risca. Claro que. sendo Katniss, ela da um jeito e num gesto de um apequena rebelião particular, ela foge dos seus compromissos e escapa de qualquer punição devido a sua instabilidade mental. A Presidente só a tolera por seu status de Tordo e ser o símbolo da revolução.

Só que esse status também confere a Katniss um certo poder. E uma vez que ela toma consciência desse poder (para variar, alguém tem que apontar a direção para ela, e nesse caso ela vem de uma pessoa inesperada: Prim. que se mostra muito mais madura e perspicaz do que se pensa), ela não hesita em usá-lo para manter Peeta vivo (já falo dele e explico melhor). De certa forma, os Jogos ainda estão valendo, e eles ainda tentam de tudo para manter o outro vivo.

Peeta, nas mãos de Snow, sofre uma metamorfose total. Logo na primeira vez que ele aparece, em uma transmissão de TV, já dá pra notar. Sua reação ameaçadora (e bota ameaçadora nisso) ao defender Kat é chocante. Mas isso é só o começo. E Peeta não muda por vontade própria. Na verdade, Snow o tortura tanto física como psicologicamente, a ponto do hiper-mega-fofo-quero-dar-colinho Peeta perder totalmente sua identidade e se transformar em uma arma letal (tipo Jason Bourne), especificamente planejada para matar Katniss. Snow é inteligente e seu plano e refinado: não só ele destrói Peeta como também atinge Kat de forma muito pior que a morte. Esse é o ponto onde ela quebra. Ela não suporta o que acontece com Peeta, e isso a corrói. E, de novo, quem abre os olhos dela para esse fato é Finnick. E pior de tudo é saber que foi ela mesma que forneceu a arma a Snow: quando perdeu o controle na arena na hora que Peeta tem a parada cardíaca e Finnick o traz de volta.

É de partir o coração ver a derrocada de Peeta. Dá raiva, mas por outro lado, apesar dos requintes de crueldade, eu achei bem ousado e legal da parte da autora. E antes que todo mundo me crucifique por isso, lembrem-se que eu ADORO personagens perturbados (Theon Grayjoy, Draco Malfoy, Voldemort, Dorian Gray…). E não, não é justo, é muita sacanagem, mas assim a história também ganha um anova dimensão: a salvação de Peeta. Porque de alguma forma, aquele garoto doce que a gente tanto ama ainda está lá e vale a pena ser resgatado.

Gale finalmente dá as caras pra valer neste. Fala sério, até aqui ele é desnecessário, formando um triângulo amoroso bem sem graça com Kat e Peeta. Mas, agora, depois de salvar boa parte (mas não todos) da população do Distrito 12, ele vira uma espécie de líder da revolução. Agora, ele pode expressar todas as ideias que tem a respeito do governo de Snow, e elas são ouvidas. O cara nasceu para ser guerrilheiro, e ele pensa exatamente como seu inimigo. Não tem pudores para planejar as táticas de ataque, ainda que isso custe a vida de milhares de vidas inocentes. Ainda tem uma esperança de ficar com Kat (pobre diabo iludido), mesmo sabendo como ela se sente em relação a Peeta (agora é evidente pra todo mundo, até para quem não quer ver). Mas também não força a garota a nada (como um certo lobisomem adolescente) e dá espaço para ela se recuperar. Acho que de certa forma ele é tão vítima das circunstâncias como os outros dois (leia-se Kat e Peeta), mas não consigo gostar muito dele. Falta alguma coisa nele. E isso é um defeito do livro: a autora poderia ter desenvolvido mais o personagem e criado mais tensão (fala sério, quem é que achava que ia sair alguma coisa do romance entre Kat e Gale?).

Finnick também retorna. Ele foi resgatado da arena junto com Kat, e está tão arrasado como Kat. Sua Annie (superfofo!) também está em poder de Snow, e assim, ele e Kat se aproximam. Ambos entendem o que o outro está passando. E se apegam na mesma esperança: suas respectivas caras-metades estão vivas porque assim servem de garantia para o outro lado. Esse é outro personagem que poderia ser melhor aproveitado. Mas mesmo com o pouco que aparece, consegue me conquistar mais que Gale. E, pelo menos para Finnick, a vida dá uma colherzinha de chá e ele tem uma recompensa pelo seu sofrimento. (SPOILER) E é megafofo ele com Annie. E eles merecem esse pedacinho de felicidade.

Haymitch, um dos responsáveis pelo resgate de Kat, volta e continua o mesmo beberrão de sempre. Lembra que eu disse que ele tinha uma agenda só sua? Pois é, ele manipulou todos os participantes dos Jogos do segundo livro para resgatar Katniss e Peeta (#fail) só para ter uma carinha bonita para fazer propaganda da revolução. Mais raiva. Só que ele tem os amigos certos e Kat confia (mais ou menos) nele. Claro, até dá para relevar seus atos, depois de descobrir sobre sua família e sua amada, mas mesmo assim, não consigo deixar de julgar o cara um covarde. Por que não dá ele mesmo a cara a tapa em vez de manipular os outros?

E outro personagem que é tão pirado com ele é Plutarch. Ele é parte dos rebeldes, mas foi ele que arquitetou os Jogos do segundo. Ou seja, para ele, toda batalha é entretenimento. Ele se junta a Gale (na verdade é o contrário) para desenvolver tática e armas, e fica feliz mesmo é com o sangue correndo, inocente ou não.

Muita gente diz que o segundo é melhor, mas tenho que discordar. Eu acho que este é o melhor dos três. Eu entendo, tem muita coisa que dá raiva neste. Mas finalmente Katniss demonstra algo que não seja indiferença e também há mais reviravoltas. Também há mais emoções envolvidas: raiva, traição, frustração, ódio, compaixão, amor…É uma verdadeira salada. E a história, como eu disse antes, fica mais densa. E tenho que confessar que o final me surpreendeu. Eu achava que ia numa direção, mas foi em outra. Gostei disso. E já estou com saudades.

Trilha sonora

Resistance e Uprising, do Muse, falam por si mesmas. São perfeitas para este também. Peeta, essa é pra você: Best of you, do Foo Fighters. E também deles, Times like these. For your entertainment, do Adam Lambert pode não ter o ritmo certo para o livro, mas a letra é perfeita, não só para este, mas para toda a trilogia. E ainda o dueto dele com a P!nk, Whatya want from me. Mais A beautiful lie, do 30 seconds to mars (acho que o Jared tá tudo de bom nesse clipe…Esse olho azul e essa barba por fazer…ô aqui em casa!). Também Love me back to life, do Bon Jovi (uma das minhas preferidas. Pena que não tocou no show…Saudades de 06 de outubro de 2010! E ainda com tudo em cima aos 50! Mais uma vez: ô aqui em casa!). E por motivos muito parecidos com Murtagh (leia a resenha de Inheritance para entender, E essa resenha tem mais alguma coisa em comum com de A esperança), The reason, do Hoobastank e Save me, do Hanson. Finalmente, para fechar, Crawling back to you, do Daughtry. E mais uma que eu lembrei mais tarde (na verdade, fazia tempo que eu não ouvia, mas ela é perfeita), que é Come home, do OneRepublic,  tanto deste jeito como no dueto com Sara Bareilles. O link com o OneRepublic tem a letra, e ela parece que foi escrita para Kat e Peeta. Veja um trecho:


Hello world
Hope you're listening
Forgive me if I'm young
For speaking out of turn
There's someone I've been missing
I think that they could be
The better half of me
They're in their own place trying to make it right
But I'm tired of justifying
So I say to you

Come home
Come home
Cause I've been waiting for you
For so long
For so long
And right now there's a war between the vanities
But all i see is you and me
And the fight for you is all I've ever known
So come home

Se você gostou de A Esperança, pode gostar também de:

  • Os Legados de Lorien – Pittacus Lore;
  • A mão esquerda de Deus – Paul Hoffman;
  • As últimas quatro coisas – Paul Hoffman;
  • A hospedeira – Stephenie Meyer;
  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling;
  • coleção Percy Jackson – Rick Riordan;
  • coleção Os heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini.

domingo, 18 de março de 2012

Em chamas – Suzanne Collins

 

catching fire SINOPSE COM SPOILERS! NÃO LEIA SE NÃO LEU JOGOS VORAZES!

Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado.
A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU JOGOS VORAZES!

E depois de terminar Jogos Vorazes, eu não podia deixar de ler o segundo. Depois de ganhar os Jogos, Katniss e Peeta voltam ao Distrito 12, mas quase não se falam, por causa da descoberta do garoto da estratégia de Katniss: fingir que era apaixonada por ele. Ao mesmo tempo, ela também não anda lá muito bem com Gale. E ainda tem que fingir a paixão por Peeta, depois da ameaça do Presidente Snow. Ou seja, confusão pura na cabeça de Katniss. Para piorar, ela não tem ninguém com quem conversar, o que a deixa ainda por cima sozinha com tudo isso. E ela continua com a mistura de maturidade e inocência, mas esta cai devagar dando lugar a algo mais sombrio.

Mas sua relativa paz não dura muito. Como parte dos deveres dos campeões, Katniss e Peeta devem percorrer os Distritos. O que torna a situação com Peeta ainda mais estranha. Já vou entregar que claro que isso não dura muito. Logo os dois se entendem, mas decidem manter amizade, apesar da farsa de serem namorados. Mas eles se unem por uma coisa em comum: nenhum dos dois saiu ileso dos Jogos. Katniss tem pesadelos e não consegue dormir a não ser que Peeta esteja com ela. E ele também tem pesadelos, mas dá vazão a isso com seus desenhos. Os dois aos poucos vão se aproximando, até que o impensável acontece: os dois tem que voltar para a arena na comemoração dos 75 anos dos Jogos. Isso faz parte da punição imposta pelo Presidente Snow ao ato de desafio de Katniss nos Jogos anteriores. E também por causa dos distúrbios que ela e Peeta causaram nos Distritos, e que testemunham ao viajar por Panem.

E com essa reviravolta, novas alianças se formam, e novos personagens aparecem. O que eu acho que merece maior destaque é Finnick, o campeão dos Jogos una 10 anos atrás. Como ele ganhou com apenas 14 anos, ele é bem novinho ainda. Ele é do Distrito 4, e é um lutador nato. Domina a água como ninguém, e é inteligente também. Tem um senso de humor meio ácido, e como é lindo e maravilhoso, se acha a última Bono chocolate do pacote. Mas acho que ele só faz isso de brincadeira. E além disso, ele tem um segredo, que só Katniss descobre no final. Ele é o responsável por manter Katniss e Peeta vivos durante essa nova edição dos Jogos, e com certeza ainda vai causar alguma confusão no próximo.

Além dele, vale a pena destacar também Beetee, um campeão de meia-idade, e um inventor, que vai ser peça chave no final desse livro, e Johanna, uma campeã não me lembro de quando nem de onde, mas que tem muita, mas muita raiva de Katniss. Mas ela também não hesita em formar uma aliança com a garota, e até se sacrificar para salvar tanto Katniss como Peeta. Acho que ela também será importante no próximo, e também não posso deixar de gostar dela. Lembrei: ela é do distrito que fornece madeira, então sabe manejar o machado habilmente, e também não tem pudores para falar o que pensa. 

Haymitch continua neste, mas está mais ou menos sóbrio agora. Continua como mentor de Kat e Peeta, mas como agora ele mesmo pode parar na arena, é obrigado a treinar. E, apesar da idade e da bebida, ele mostra porque foi campeão. Só que ele tem uma agenda só sua, o que só vai ficar claro no final, e juro que dá muita raiva dele.

A primeira parte do livro, apesar de bem legal, eu achei meio que enrolação. Mas depois que eles entram na arena, é de tirar o fôlego. Não dá pra largar. E a trama também vai se adensando, como os personagens também vão evoluindo. E no final, a gente já quer logo pegar o terceiro (foi o que eu fiz ;D).

Ops! Quase esqueço de falar do mega-hiper-fofo-quero-dar-colinho Peeta. Como eu já disse, ele também sofre as consequências dos Jogos, e está magoado com Katniss (colinho!), mas também está mais maduro, mais adulto. E apaixonado por Kat. É ele quem toma a iniciativa de transformar o trio de campeões do Distrito 12 em lutadores profissionais. E ele já não tem mais muitos escrúpulos. Desafia o governo e também vai fazer de tudo para manter Kat viva na arena. Inclusive apostar numa mentira das grandes (vou manter a surpresa).

E quanto a Gale? Bom, neste ele também não dá muito as caras, mas quando dá, é bom prestar atenção. E a maior prova de amor de Peeta para Katniss é justamente relacionada a Gale (de novo, vou manter o suspense). Agora ele trabalha na mina de carvão, o que quer dizer que não pode mais passar o tempo com Kat. E finalmente ele admite que gosta dela, mas ela continua indecisa sobre ele e Peeta. Pessoalmente, eu acho que Gale é mesmo para ela só amigo, e que ela ainda não se deu conta de que é de Peeta que gosta de verdade. Tudo bem, estou baseando isso tanto nos dois primeiros livros, como no que já li do terceiro, mas não quero adiantar mais nada porque já percebi que Suzanne Collins gosta de surpreender a gente com uma reviravolta aqui e ali (pelo menos ela não é tão sanguinária como George R. R. Martin ;D).

Bom, é isso. Super recomendo pra todo mundo.

Trilha sonora

Uprising (ou a revolta dos Teddy Bears), do Muse é perfeita, já pelo nome (uprising=revolta). Também deles, Resistance. Mais uma vez This is war, do 30 seconds to Mars (de novo, we will fight to the death). Mais Send the pain below, do Chevelle, Live and let die, com o Guns (vou sempre pedir perdão, e se um dia encontrar com ele, de joelhos, para Sir Paul McCartney, mas com o Guns é melhor), Best of you, do Foo Fighters (Show chegando! \o/), e as mais tranquilas, mas que ainda assim tem tudo a ver, Superman tonight, do Bon Jovi, On fire, do Switchfoot e Over my head (cable car), do The Fray.

Se você gostou de Em chamas, pode gostar também de:

  • os Legados de Lorien – Pittacus Lore;
  • A mão esquerda de Deus – Paul Hoffman;
  • As últimas quatro coisas – Paul Hoffman;
  • A hospedeira – Stephenie Meyer;
  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling;
  • coleção Percy Jackson – Rick Riordan;
  • coleção Os Heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • ciclo A Herança – Christopher Paolini.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Jogos Vorazes – Suzanne Collins

 

Hunger games Katniss escuta os tiros de canhão enquanto raspa o sangue do garoto do distrito 9. Na abertura dos Jogos Vorazes, a organização não recolhe os corpos dos combatentes caídos e dá tiros de canhão até o final. Cada tiro, um morto. Onze tiros no primeiro dia. Treze jovens restaram, entre eles, Katniss. Para quem os tiros de canhão serão no dia seguinte?...
Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!
Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?

 

Confesso que de início esse livro não me chamava muita atenção. Mas fui ouvindo (e lendo) coisas boas a respeito, e resolvi arriscar. E não me arrependo. Só demorei um pouco para começar porque queria toda a trilogia primeiro, e também queria ler mais próximo do filme. E, com a estreia na semana que vem, somado ao fato que Mockingjay chegou, agora me pareceu o melhor momento para ler.

Katniss Everdeen é uma garota de 16 anos, mas na verdade ela é bem mais velha que sua idade. As circunstâncias a levaram a isso. Depois da morte do pai, sua mãe entra em uma depressão profunda, e deixa nos ombros de Katniss, então com 11 anos, a tarefa de sustentar sua família (sua mãe e sua irmã de 7 anos, Prim).Coisa que não é fácil no estado opressor em que ela vive, imposto pelo governo de Panem. frente à escassez, ela se vira caçando (ilegalmente) fora dos limites de seu Distrito, 12, e fazendo negócios no mercado negro.

Assim, Katniss é uma menina prática e nada sentimental. Pelo menos de início. Ela se permite alguns momentos de mais suavidade (mas nunca de vulnerabilidade) quando caça com seu melhor amigo, Gale. Mas a realidade logo bate à porta e ela volta a ser a mesma menina estóica e endurecida que a vida a abrigou a ser.

Isso muda a partir do momento em que ela se oferece para participar dos Jogos Vorazes, um reality show em que 24 jovens, de idades entre 12 e 18 anos, batalham até a morte para entretenimento da nação (na verdade, isso é uma punição imposta pelo governo). Ela faz isso para salvar a irmã, agora com 12 anos, que foi a escolhida realmente. De repente, Katniss tem que abandonar tudo o que conhece e embarcar para Capitol, e ela tem que enfrentar coisas novas. E, se ela é extremamente madura em certos pontos, em outros é completamente inocente. Entre eles está o amor. Por sua vida até este momento, ela nunca teve tempo, ou disposição, para romance. Mas, ao entrar nos Jogos, ela é obrigada a agir como se estivesse perdidamente apaixonada por seu parceiro, Peeta (chego nele daqui a pouquinho). Só que aos poucos, o que era uma estratégia de sobrevivência vai mudando, e ela não sabe bem o que está acontecendo com ela, nem como lidar com isso. Ela é inteligente, astuta e até perspicaz, mas nesse quesito não tem a menor ideia.

Já Peeta, mega-hiper-fofo-quero-dar-colinho Peeta é outra história. Ele é inteligente, mas não temos instintos de sobrevivência de Katniss, mas é sim perdidamente apaixonado pela garota. E sempre foi. Ele á carismático e carinhoso, mas não hesita em fazer o que deve para proteger Katniss. Se tem que matar (e, claro, ele tem), ele o faz, sem pestanejar. Ele provavelmente é o personagem mais humano do livro. Tanto que ele mesmo fala que já que vai ter que morrer (porque só pode haver um vencedor), ele quer morrer como ele mesmo.

Ele tem certa competição, além dos Jogos, no coração de Katniss. Gale, apesar de amigo, pode ser algo mais, mas não dá para saber ao certo, porque Gale pouco aparece no livro. Mais pelas memórias de Katniss. E Katniss ainda não decidiu se Gale é mais que amigo para ela.

Ajudando a dupla nos Jogos está Haytmitch, o único campeão do Distrito 12. Ele é um bêbado inveterado, e só faz pagar mico (em rede nacional, no less), mas esperto o bastante para bolar estratégias e orientar Peeta e Katniss. E ainda tem o trio de personal stylists de Katniss. Mas destes, o mais legal é Cinna, encarregado das roupas que ela veste.

O livro não tem vilões, por assim ser. O grande vilão é mesmo o Jogo. E o governo, mas como qualquer governo, este está mais pelos bastidores. O que se destaca aqui é Cato, o candidato do Distrito 1, um brutamontes meio descerabrado que faz dos Jogos uma carreira. E este está determinado a ser o campeão e a eliminar Katniss, sua maior ameaça. Mas na verdade, ele é mesmo só vítima das circunstâncias, apesar de ter sede de sangue. O jogo afinal é de sobrevivência, e nesse jogo, o que vale é mesmo a lei do mais forte. Não há alianças, porque eventualmente elas irão se desfazer. No fim é mesmo cada um por si.

O livro é tenso, toda hora a ameaça de morte espreita. E ela é cruel, violenta. Mas também é viciante, não dá pra largar. E a narrativa é em primeira pessoa, no presente, deixando as ações ainda mais próximas. O ruim é que, sendo narrado por Katniss, a gente só vê um lado da história, só o ponto de vista dela. E recomendo que você espere para ler até ter toda a coleção mesmo, porque o final dele já dá o ganchinho para o próximo. E para terminar, olha que fofo que eu achei no We heart it (e estava só espertando ler o livro para postar):

Fire girl Seamus

Eu sei que Katniss tem mais problemas, e que nem é a mesma série, mas que se Seamus Finnigan conhecesse Katniss iria cair de quatro, iria ;D. Como diria Prof. McGonagall: BOOM!

Trilha sonora

Stop and Stare, do OneRepublic é perfeita, assim como This is war, do 30 seconds to Mars (we will fight to the death).  Run for your life, é perfeita para uma certa hora do livro, com Katniss e Rue, sua aliada nos Jogos. E também You found me, ambas do The Fray. E mais Fuckin perfect, da Pink. Confesso que quando vi que Taylor Swift ia participar da trilha sonora do filme, estava meio cética. afinal, o que a fofa da Taylor Swift tem a ver com uma história tão forte? Mas ao ver Safe and sound, depois de ler, vi que a música tem a ver sim com o livro, particularmente com Katniss. Ela transmite muito bem a melancolia da garota. E também dela e fazendo parte da trilha do filme, Eyes open. Finalmente, Everything burns, com Ben Moody a Anastasia.

Se você gostou de Jogos Vorazes, pode gostar também de:

  • coleção Os Legados de Lorien – Pittacus Lore;
  • A mão esquerda de Deus – Paul Hoffman;
  • As últimas quatro coisas – Paul Hoffman;
  • A hospedeira – Stephenie Meyer;
  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling;
  • coleção Percy Jackson – Rick Riordan;
  • Os heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • Ciclo A Herança – Christopher Paolini.

domingo, 4 de março de 2012

Faixa a faixa – Pink – Greatest hits… so far!!!

 

Pink Greatest hits Como eu já disse no post de Sober, uma das melhores cantoras da atualidade, e que não recebe o devido crédito, é Pink. Sério, fala-se muito em Lady Caca, Rihanna, Bitchney Spears, e deixam de fora esta cantora sensacional. Desbocada, com letras ácidas e sarcásticas, e em geral com muito bom humor (muitas das vezes direcionados a ela mesma), poucas pessoas tem uma percepção tão clara de quem são. Ela sabe muito bem que não é modelo pra ninguém, e não está nem aí. E ela ainda faz um pop de ótima qualidade e tem uma voz linda. E manda muito bem em tudo que faz.

Como já falei bastante dela no post anterior, vamos ao álbum, lançado em 16 de novembro de 2010. Como o nome diz, é uma compilação dos maiores sucessos dela até agora. Vários hits estão aqui. Como ela tem vários clipes, vou colocar só os que eu acho mais legais, para não ficar pesado, e vou linkar o resto no YouTube. Então, vai lá:

1) Get the party started: primeiro grande hit dela, bem dançante e animado, é daqueles que animam qualquer festa mesmo;

2) There you go: dançante com uma pitada de latinidade, gosto do ritmo mais truncado, e com letra ácida. É uma boa representante do início dela, antes de ela dar uma mudada no estilo, e com vocais caprichados, principalmente no final, mostrando a versatilidade dela;

3) Don’t let me get me: o grito de independência. Aqui ela já mostra um estilo diferente. A letra é bem reflexiva e um desabafo. Atenção ao trecho:

L.A. told me
You'll be a pop star
All you have to change
Is everything you are

Tired of being compared
To damn Britney Spears
She's so pretty
That just ain't me

E aí vai o vídeo:

4) Just like a pill: outra letra ferina, não sei se ela está falando mesmo de drogas (que ela admite que já tomou) ou fazendo um metáfora. Em qualquer dos casos, é também ácida. E o ritmo remete mesmo a uma fuga, seja ela figurativa ou real. Gosto da alternância de ritmos, mais afitada no refrão e mais lenta no restante;

5) Family portrait: um desabafo cheio de ironia sobre relações familiares. Infelizmente, muita gente (não eu, graças aos deuses) pode se identificar. Ritmo mais próximo do hip hop, com vocais ótimos, e um coral infantil no final que dá um toque especial;

6) Trouble: música divertida, com um clipe que combina, no Velho Oeste (repara na participação de Jeremy Renner, de Missão Impossível 4). Mais puxada para o rock, também é uma daquelas que a gente coloca no carro e dirige pulando, com o rádio no último volume (e, falando nisso, por que que todo mundo que escuta o rádio no carro assim, só escuta rap, sertanejo ou pagode?);

7) Stupid girls: uma alfinetada nada sutil nas Paris Hiltons da vida (será que elas entenderam? ;D…Enxuga o veneno), mas com muito bom humor e o clipe é hilário. Confira:

E só para constar: as Stupid girls independem da cor do cabelo! E aqui está a letra;

8) Who knew: essa é de dor de cotovelo, mas nem um pouco parecida com Adele. É meio dançante, apesar do tema. Acho que é a única dela que eu conheço assim, que ela escreveu para um cara que ela conheceu e morreu de overdose. Ela ainda tem problemas para superar, por isso é mais séria. Mas não de todo, no refrão, que eu adoro, ela mostra um pouco da personalidade explosiva dela. Também gosto da parte instrumental, com as cordas e a voz dela fica linda no refrão;

9) U + ur hand: essa é engraçadíssima, irônica. E nada sutil. Veja a letra aqui. Bem pop, gosto da alternância de ritmos;

10) Dear Mr. President: essa também é séria, e uma das poucas baladas dela, pelo menos que eu conheço. E não tem nenhuma ironia, e sim apelo social, e o tal presidente é o Bush (ele dispensa comentários, né? Sem ofender, mas os Estados Unidos poderiam ter feito melhor que ele…). E a letra é pesada e direta, sem rodeios. Show de bola, veja aqui;

11) Leave me alone (I'm lonely): e volta a ironia, com um ritmo mais puxado para as músicas pop da década de 80. E posso dizer o quanto eu invejo ela por dançar e pular pra caramba no vídeo, de salto alto? Minha falta de coordenação não permite isso;

12) So what: pura tiração de sarro com as divas (e até ela mesma) pop, que dão aqueles pitis à toa. O clipe também é superengraçado, com participação do marido dela. Como a maioria dela, é bem pop e contagiante, não dá para ficar parado;

13) Sober: pra mim a melhor dela. Não vou comentar, porque já falei dela (veja link lá em cima), mas aí vai o vídeo:

14) Please don't leave me: batida pop, mas com letra meio melada, implorando perdão. Mas no clipe o humor está de volta, com ela fazendo meio que o papel de Glenn Close em Atração Fatal;

15) Bad influence: letra bem consciente de quem ela é. Como eu disse antes, poucas pessoas tem uma noção tão clara de como são, mas lembrando sempre que ela é superirônica. Ritmo bem marcado, dá vontade de bater palmas pra marcar;

16) Funhouse: bem dançante, gosto bastante do refrão, com várias vozes, e também das alternâncias no final;

17) I don't believe you: outra balada, bem orquestrada, com cordas ao fundo, muito lindas, aliás. Gosto de como ela vai crescendo, chega na ponte e retoma depois;

18) What you want from me: faixa pop, gosto de como ela fica no refrão. Tem também uma versão em dueto com Adam Lambert, de quem eu já falei aqui – Aftermath.As vozes deles casam muito bem, e ficou muito bacana, melhor até que só ela. Veja o resultado aqui;

19) Raise your glass: bem animada, lembra um pouco Friday Night, da Katy Perry. Anima qualquer festa;

20) Fuckin' perfect: gosto do jogo de palavras que ela faz com várias palavras que começam com  MIS em inglês. E a letra é inspiradora. Seja você mesmo. Como já ouvi num música do Bon Jovi (que eu amo, aliás): Remember that you’re perfect, God makes no mistakes;

21) Heartbreak down: para terminar, uma música que alterna bem o refrão mais agitado com partes mais calmas.

Eu já vi alguém comparando ela com a Ke$ha, dizendo que ambas são trashy. Talvez, e acho que ela explora um pouco demais o corpo, mas não gosto dela por isso, e sim pela músicas divertidas e irônicas, além de serem bem animadas. Perfeitas para quando a gente está meio para baixo e precisa daquela animada, apesar das letras nem sempre corresponderem. E também acho que ela deve ter mudado um pouco depois do nascimento da filhinha, Willow. Foi ela que assumiu os vocais de Gloria em Happy Feet 2, depois da morte de Brittany Murphy (uma pena. Ela era uma boa atriz, e tão novinha…). E aí vai a versão de Under Pressure, do Queen, no filme. Ficou uma graça, e Pink manda muito bem. E quem faz a voz de Eric, o filhotinho de Mambo e Gloria é essa fofurinha aqui. Adoro a vozinha dela no começo!

Eu ainda não assisti o filme, porque infelizmente aqui só passou dublado (quando é que vão aprender que gente um tantinho mais velha, e que não gosta de filmes dublados, também gosta de desenho?) Pelo menos, parece que não dublaram as músicas. E não é de fazer owwnnn?

Beijos e até o próximo post!

PS: demorei um pouquinho e atrasei este porque levei uns 4 dias para escrever, e também estou em um novo emprego, com os horários meio maluquinhos. Não posso garantir que isso não vai voltar a se  repetir, mas vou tentar manter em dia. Isso vale para as demais atualizações também, tá? Só não estou fazendo nenhuma porque estou matando a saudade de Dimitrilicius Belikov, de Vampire Academy ;D