sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Música do Mês – P!nk – Sober

 

P!ink Sober Uma das cantoras mais talentosas da atualidade, e que não recebe o devido crédito, é P!nk. Gosto de várias músicas dela, mas nem sempre foi assim.

Ela começou a carreira como cantora de hip-hop/pop (outra Beyoncé), por pressão da gravadora. Sabe-se lá porque, mas os caras achavam que ela combinava com esse tipo de música. Mas isso não durou muito. Logo P!nk deu seu grito de independência e assumiu um estilo próprio, mais voltado para o rock.. E ela deixou isso bem claro na música Don't let me get me. A partir daí, comecei a gostar dela, e também comecei a admirar sua atitude.

P!nk fala o que pensa, chegando até a escrever uma carta ao Príncipe William por causa da caçada à raposa, esporte (?) tradicional na Inglaterra, porque ela apóia os direitos dos animais (gosto mais ainda dela), recriminado a atitude real (não é para qualquer um). E também faz o que quer. Não é segredo que ela é doidinha. Mas ela mesma fala que não é modelo para ninguém. E é justamente isso que eu gosto nela. Talvez isso mude agora que ela é mãe (sua filhinha, Willow, nasceu em junho deste ano), mas espero que ela continue autêntica.

Para este post, eu escolhi a música Sober por causa de uma apresentação que minha irmã me mostrou e que me impressionou muito.

Trata-se de uma apresentação ao vivo onde a gente pode comprovar todo o talento dela. Sober, que em português significa sóbria, é uma letra forte e muito franca. fala abertamente do problema da cantora com a bebida, de forma bem pessoal. É sombria e com vocais poderosos que expressam muito bem a angústia de quem passa por isso.

A parte instrumental também é excelente, complexa, com um trabalho de cordas belíssimo. E é tão forte como a letra, com uma batida enérgica. E também gosto muito da forma como a música começa mais devagar e meio truncada, mas explode no refrão.

Este vídeo é de tirar o fôlego. Aqui P!nk faz uma brincadeira com a palavra high, que literalmente quer dizer alto, mas que também se refere ao estado de êxtase que a intoxicação. da forma que for, traz.

I’m safe up high
Nothing can touch me
But why do I feel this party is over
No pain inside
You’re like perfection
But how do I feel this good sober

Ela está literalmente nas alturas. E outro jogo de palavras inteligente, novamente com duplo sentido, é quando ela fala :

And if I let myself go
I’m the only one to blame

Aqui, let go se refere a sair da linha, enfraquecer, mas literalmente quer dizer soltar-se. Mais uma brincadeira belíssima.

E, novamente, não é qualquer um que consegue cantar ao mesmo tempo que faz acrobacias a sei lá quantos metros do chão. E ela está cantando mesmo, não é playback (minha irmã me mostrou porque ficou na dúvida). Isso é que é talento. E, sem dúvida, uma das melhores apresentações ao vivo que eu já vi. Confira abaixo:

A qualidade do vídeo não está muito boa, mas dá para ter uma ideia do que é a performance dela.

Espero que gostem! Beijos e até o próximo post!

Faixa a faixa – Our Lady Peace – Gravity

 

OLP Gravity Como mês passado eu fiz o Faixa a Faixa com Chantal Kreviazuk, nada melhor que esse mês divulgar um pouco do trabalho do maridão dela, Raine Malda. Ele é o vocalista e guitarrista principal da banda Our Lady Peace, que eu adoro.

Confesso que comecei a ouvir OLP por causa de Chantal. Pensei: se ela é genial, o marido também deve ser bom. E é mesmo. O primeiro álbum que eu baixei foi Spiritual Machine, que dizem que é o melhor deles, e quanto mais eu ouvia, mais eu gostava. Mas, apesar de Spiritual Machine ser muito bom, eu prefiro Gravity, de 2002, e por isso ele veio parar aqui.

Our Lady Peace, diferente de Chantal, que faz um ótimo pop, faz a linha rock. E, como ela, de excelente qualidade. As músicas são enérgicas e as letras são incisivas. E os vocais de Raine são também fantásticos. Ele consegue alternar perfeitamente interpretações mais agressivas com outras mais suaves. E, pelo menos eu acho, ele até que canta mais ou menos do mesmo jeito que Chantal. Quer dizer, a entonação e o jeito de cantar dos dois é muito parecido. Talvez isso fique mais fácil entender o que eu estou querendo dizer escutando as músicas. Como eu fiz com o Faixa a Faixa - Chantal Kreviazuk - What if it all means something, eu vou linkar todas as músicas, exceto as que tem vídeo próprio. Então, aumente o som!

  1. All for you: um ótimo começo, e já vai ditando o ritmo do álbum. Faixa enérgica, com solos de guitarra fantásticos. E os vocais de Raine Malda completam o conjunto com perfeição;
  2. Do you like it: música mais leve, divertida, com um jeitinho travesso. Gosto muito da batida dela, principalmente da guitarra;
  3. Somewhere out there: minha preferida do álbum, se não de todas do OLP. É mais tranquila, mas faz a gente viajar. E uma boa mostra da versatilidade de Raine Malda. Confira o clipe (que também é o que Raine está mais gato. E o guitarrista também é fofo):

4. Innocent: esta saiu da trilha sonora de Smallville (já viu como eu falo nessa trilha? Ela é mesmo excelente, muita coisa boa. Para conhecer mais, acesse:The Definitive Smallville Soundtrack. Aqui estão todas as músicas de todos os episódios, separados por temporada. E dá para ouvir. É bem bacana).Innocent tem uma letra bem escrita e densa, realista. Também é uma das minhas preferidas, e tem uma batida leve, apesar do tema sério. Mas ao mesmo tempo é otimista, e a mensagem é muito bonita:

Tina's losing faith in what she knows
Hates her music hates all of her clothes
Thinks of surgery and a new nose
Every calorie is a war
And while she wishes she was a dancer
And that she's never heard of cancer
She wishes God would give her some answers
And make her feel beautiful
I remember feeling low
I remember losing hope
I remember all the feelings and the day they stopped
We are, we are all innocent
We are all innocent
We are, we are...
One day, you'll have to let it go
You'll have to let it go
No...
One day, you'll stand up on your own
You'll stand up on your own

 

5. Made of steel: essa não está na trilha de Smallville, mas bem poderia estar. Não só a música é ótima, mas o nome diz tudo. Ela alterna momentos mais calmos com outros mais enérgicos. E de novo, aqui dá para ver bem o talento de Raine. E a letra também é bem bacana.

6. Not enough: começa calma, mas vai crescendo gradualmente, até que explode no final. Confesso que no começo não curtia muito essa música, mas como todo o resto de OLP, quanto mais eu ouvia, mais eu gostava.

7. Sell my soul: essa é mais lenta, com um ar mais melancólico. Adoro os vocais (aquele I can’t let go do fundinho é tudo). Mas mais para o final ela dá uma virada e o ritmo muda um pouco.

8. Sorry: letra forte que se reflete na parte instrumental, principalmente na segunda parte da música, quando ela fica mais enérgica.

9. Bring back the sun:balada com um toque de cordas muito bem arranjado, e como todas as outras, vai crescendo gradativamente. Essa é daquelas que se você escuta os primeiros acordes, acha que não é muita coisa, mas depois se revela ótima.

10. Story about a girl: e para fechar com chave de ouro esta faixa que eu adoro. Boa batida e uma letra bem bacana.

E é isso. Espero que tenham gostado. Beijos e até o próximo post!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

The Power of Six – Pittacus Lore

 

Power of six Nove de nós vieram para cá.
Mas às vezes eu penso se o tempo nos mudou,
Se nós todos ainda acreditamos em nossa missão.
Eles estão se aproximando.
Eles estão nos perseguindo, nos rastreando.
Eles sabem sobre o amuleto
Eles sabem sobre nossos poderes
Eles sabem muito para nós acreditarmos
Que estaremos a salvo novamente.

Assim que acabei Eu sou o número Quatro, já fiquei ansiosa para ler a continuação, que felizmente não demorou a chegar. Pelo menos em inglês. E assim que vi na livraria, não pensei duas vezes e trouxe para casa. E já aviso: este é ainda mais eletrizante que o primeiro.

Apesar do nome, ele não é narrado por Six (que finalmente descobri que se chama Maren Elizabeth). Ela tem participação maior (falo mais dela daqui a pouquinho), mas quem conta a história é John e Marina (a número Sete), como acontece em A Pirâmide Vermelha.

A ação começa umas duas semanas após a destruição da escola em Paradise, Ohio (eu sou professora, mas fala sério, quem é que nunca sonhou em fazer isso?). E quem começa contando é Marina. Ela vive com sua Cêpan em um orfanato/convento em um povoado bem isolado na Espanha. E acompanha com apreensão o história de John, que agora está em todos os noticiários do mundo e é visto como terrorista. Ao mesmo tempo, ela tem que enfrentar a indiferença de sua Cêpan, Adelina, que após anos vivendo como uma freira no orfanato, virou uma religiosa fervorosa e rejeita tudo que é ligado a seu passado em Lorien.

Marina então tem que se virar sozinha quando seus poderes aparecem e, vivendo reclusa a vida inteira, ela não tem o treinamento necessário para enfrentar os Mogadorians. Ela não tem nenhuma amiga no orfanato (é só para meninas) até que aparece por lá Ella, uma menina de uns sete anos de idade que logo de cara se afeiçoa a Marina. Ella é muito talentosa (ela desenha perfeitamente bem), é doce, mas tem um comportamento meio estranho e guarda um segredo que vai ser revelado no decorrer da história.

O outro amigo de Marina no povoado é Hector Ricardo, um beberrão meio vagabundo que não faz mais nada na vida a não ser tomar conta da mãe doente. Ele me lembra um pouco o Fermín, de A sombra do vento, com suas pérolas de sabedoria, com certeza inspiradas pelo álcool. mas é só nele que Marina confia, e no final ele não decepciona.

Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, John leva a vida de um fugitivo junto com Sam e Six. E além disso ele tem que lidar com a dor da perda de Henri e a saudade de Sarah. (SPOILER!) E com a convivência com Six, ele começa a se sentir atraído pela garota, o que o deixa com sentimentos de culpa, tanto em relação a Sarah como em relação a Sam, que arrasta um caminhão por Six. Mas a amizade dos dois é forte, e eles acabam superando isso. E se isso não fosse o suficiente, ele ainda tem que enfrentar uma grande decepção que na verdade deixa uma grande dúvida, que deve ser esclarecida mais para frente (não foi nesse ainda). Mas posso dizer que se trata de uma traição enorme de alguém muito próximo a ele.

E Sam, ainda empolgado por estar fugindo com John também mostra que amadureceu. Apesar das limitações de ser um humano entre dois alienígenas superpoderosos, treina com eles e não faz feio. E ele também faz sua parte contra os Mogs. Ele está mais destemido e mais motivado a encontrar seu pai.

E como fica Six no meio disso tudo? Bom, ela continua durona, e acompanhando ela em ação, dá para entender porque o livro se chama The power of Six, apesar de a história ser focada em John e Marina. Ela é de longe a melhor dos três lorenianos que conhecemos. Mas ela também tem um lado mais molenga, que fica coradinho quando escuta Sam falar dela e ela está dividida entre ele e John.

Uma boa surpresa é a aparição de Nine no final do livro. Ele aparece pouco, mas dá pra perceber que é tão badass como Six. Não vou dizer em que condições ele aparece, mas é bem, tenso. E mesmo sob tensão, ele consegue se divertir. Em outras palavras, o cara é doido de pedra. Adorei ele, e mal posso esperar para ver o encontro dele e Six. Vai ser interessante.

Como já falei antes, este é mais emociona-te que o primeiro. O fato de a ação ser dividida contribui para isso. Às vezes estamos acompanhando John numa seqüencia de adrenalina pura quando a narrativa é cortada e a gente viaja para a Espanha e acompanha Marina, em uma situação igualmente emocionante, deixando o leitor preso ao livro. Não dá vontade de largar. E a narrativa leve deixa a leitura fácil e gostosa.

Como acontece com o primeiro, este acaba deixando alguns ganchos para o próximo. Agora é esperar para ver como a saga continua. Mas para quem quer mais, há I am number Four: the lost files: Six’s legacies, só disponível como ebook (veja em I am number four fans), que conta a hitória da captura de Six pelos Mogs.

Trilha sonora

Para começar, How to save a life, do The Fray (a música acaba de repente neste link, mas eu gostei muito da versão acústica). Também Healing hands, do Marc Cohn (este vídeo não é dele, é um cover. Acredite, a original é beeeem melhor, mas eu não achei em lugar nenhum:/). Ainda We are, da Ana Johnson e finalmente Bizarre love triangle, do Frente (a versào original do New Order também é bem legal, mas prefiro esta), apesar de as coisas estarem mais para quadrilátero ou polígono;)

Se você gostou de The Power of Six, pode gostar também de:

  • Eu sou o número Quatro – Pittacus Lore;
  • A mão esquerda de Deus – Paul Hoffman;
  • As últimas quatro coisas – Paul hoffman;
  • A hospedeira – Stephenie Meyer.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Máquina Mortífera

 

lethal weapon 3 A melhor saga de ação na minha opinião. Eu estava vendo TV hoje de manhã e estava num programa que estava falando de Mel Gibson, então mencionaram essa série, e me deu vontade de ver, pela milésima vez. Escolhi o segundo. Nunca assisto o primeiro. Eu até tenho em DVD, mas ele é muito diferente dos outros, mais sério. O que na verdade está em desacordo com todo o resto.

O que eu gosto na série é justamente a mistura de ação frenética com peripécias impossíveis por parte dos Sargentos Riggs (Mel Gibson) e Murtaugh (Danny Glover) (de onde será que Christopher Paolini tirou o nome do melhor personagem dele?) e comédia. Não aguento todas as vezes que Riggs zoa Murtaugh. Me acabo de rir sempre, não importa quantas vezes eu assista.

E falando nisso, claro que o sucesso da saga também se deve, além das ótimas histórias e essa combinação deliciosa que eu descrevi acima, é o excelente elenco. Todos os atores desde os secundários, como os filhos de Murtaugh até a dupla principal, além de talentosos, são muito bem entrosados.

O melhor de todos, provavelmente é Leo Getz, o picareta que cai nas vidas de Riggs e Rog meio de pára-quedas no segundo filme, e fica até o final do quarto. Interpretado brilhantemente por Joe Pesci, o baixinho é o alvo predileto das piadas dos dois sargentos. Seu melhor momento é quando, no quarto, ele treina suas habilidades de detetive particular num discretíssimo SUV vermelho, e Riggs e Murtaugh conseguem com que ele seja preso por dirigir alcoolizado. É impagável.

Rene Russo, que entra para o time no terceiro, e faz a namorada de Riggs, também brilha. E protagoniza um duelo hilário e bem sexy sobre quem tem mais cicatrizes de guerra. E como esquecer a cena da privada de Murtaugh indo pelos ares? Ou o interrogatório regado a gás do riso que  Riggs, Murtaugh e Butters (Chris Rock) fazem com Uncle Benny? Mas a melhor é essa:

“  - Hey, Riggs, você acha que a minha dança do passarinho ajudou?

- Não, só queria ver se você fazia…Boa escolha!”

Sim, o quarto é o meu preferido da série, mas os dois anteriores são bem bacanas também. Como eu disse, só não gosto do primeiro.

E mais uma coisa legal é que dá para ver que o elenco se diverte fazendo os filmes. Tanto quanto a gente assistindo. Então, se você é uma das poucas pessoas que ainda não assistiu, taí uma boa dica. Diversão garantida. E se já assistiu, assista e se divirta de novo!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

As últimas quatro coisas – Paul Hoffman

 

44 coisas Morte, Julgamento, Céu e Inferno
As últimas quatro coisas a que me apego.

Voltando ao Santuário dos Redentores, Thomas Cale é avisado pelo Lorde da Guerra que a destruição da humanidade é necessária, a única maneira de desfazer o maior erro de Deus. Cale aparentemente aceita o seu papel no fim do mundo: foi destinado a ser a Mão Esquerda de Deus, o Anjo da Morte. O poder absoluto está a seu alcance, o ardor aterrorizante e poderio militar dos Redentores é uma arma para ele utilizar tão simplesmente quanto uma vez utilizara uma faca. Mas talvez nem mesmo o poder sombrio que os Redentores detêm é suficiente para Cale – o menino que se transforma a partir do amor ao ódio venenoso num piscar de olhos, o menino que alterna entre a bondade e a violência pura em um piscar de olhos. O aniquilamento que os Redentores procuram pode estar nas mãos de Cale – mas sua alma é muito mais complexa do que poderiam imaginar.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU A MÃO ESQUERDA DE DEUS!

Assim que vi esse livro na livraria nem pensei. Peguei logo e trouxe para casa. E, mal acabei The Throne of Fire, já comecei. Não aguentava mais esperar, queria ver como a saga de Cale continuava. O livro começa algumas semanas depois do término do primeiro, com Cale agora com o Redentor Bosco.

Sim, você leu certo. Depois da luta com os Materazzi e da traição de Arbell, Cale volta com Bosco para o Santuário, agora no cargo de Anjo da Morte, e com todos os privilégios possíveis. Bosco agora trata Cale como se fosse a própria reencarnação do Redentor Enforcado. Ele tem seu próprio quarto, come do melhor  e pode até fazer umas visitinhas às meninas do convento. Tudo com a conivência de Bosco.

Isto porque Bosco tem um propósito. E sua ambição é bem alta. E Cale só é de serventia para ele enquanto for conveniente.E a política dos Redentores domina esta segunda parte. Boa parte dele se passa com Bosco tramando algo. Algumas vezes ele até deixa Cale por dentro das coisas, outras não. E aqui dá para ver bem como ele é ardiloso e hipócrita.

O que Bosco não sabe é que Cale também só tira proveito da aliança enquanto isso for vantajoso para ele. Ele continua com o objetivo de destruir os Redentores e alguém muito sábio uma vez disse: mantenha seus amigos perto, e seus inimigos mais perto ainda. Se Cale já ouviu isso, deve ter atribuído a IdrisPukke. Mas o fato é que acho que é isso que ele faz. Como no primeiro, é difícil de saber o que se passa em sua cabeça. Por outro lado, ele está mais falante e mais abusado. E tem horas que ele incorpora um espiritozinho Dr. House (ele ainda não domina o dom do sarcasmo como Greg, mas está pegando o jeito).

E se ele não deixa transparecer o que está na sua cabeça, seu coração é um livro aberto. Apesar da mágoa e raiva de Arbell, é claro que ele ainda a ama muito e sente sua falta. E, depois que a raiva inicial diminui, a dor é quase demais para aguentar. Então Cale extravasa fazendo o  que faz de melhor: planejando e lutando a guerra. E assim, ele acaba criando uma reputação de anjo vingador e de fúria de Deus. O que contrasta com o outro lado dele: o de imensa bondade. Ele sabe ser gentil, mas somente com quem merece sua gentileza. Essa dualidade é o que me atrai nele, e é por isso que ele é meu preferido.

Enquanto isso, Henri Embromador, junto com Kleist e IdrisPukke, foge de Memphis e vai atrás de Cale. O plano acaba dando errado e ela é capturado. Mas sua sorte muda quando o levam para o Santuário, e ele reencontra Cale. A partir daí, ele desfruta dos mesmos benefícios do amigo, e passa a ser seu maior conselheiro. E, apesar de Henri ser o mais ingênuo e infantil dos três, ele sempre dá bons conselhos e mostra que é muito observador. Ele percebe muito bem o mundo a sua volta. E, além disso, não é que ele acaba revelando um lado Don Juan bem interessante?

Kleist, por sua vez, continua desconfiado e arredio. E o instinto de sobrevivência dele é o mais forte dos três meninos. Mas isso muda radicalmente quando ele conhece e inadvertidamente salva Daisy, uma integrante do grupo dos cleptos (sim, eles tem esse nome sugestivo por causa do costume de roubar coisas). Kleist é atropelado pela força do primeiro amor, e apesar da resistência inicial, acaba sendo amis forte que ele e ele meio que se torna o líder dos cleptos, por causa de Daisy. Ele amadurece bastante nesse processo, mas ainda mantém uma certa inocência. E mostra um lado novo, mais meigo e carinhoso. Daisy, por outro lado, é uma mulher forte e de opinião. Faz o que quer e aceita as consequências de queixo erguido.

Arbell aparece só na segunda metade do livro. E ela tem novidades. E uma dúvida, mas não revelar o que é. Ela agora está casada, mas, como acontece com Cale, ainda á apaixonada por ele. E a dor de tê-lo traído (ainda que ela tenha sido levada a fazê-lo) ainda é muito grande. Uma das melhores (se não a melhor) do livro é justamente a pequena interação dela com Cale. É muito tensa e, na minha opinião, bem escrita. Mas ela não está nem perto do que era no primeiro.

IdrisPukke aparece pouco, e, como Arbell, só na segunda metade do livro. Mas ele está presente o tempo todo na forma das pérolas de sabedoria que Cale adora citar (mesmo que seja somente em pensamento). Vipond também aparece pouco, só no final.

A impressão é que as peças estão se posicionando no tabuleiro, armando a última jogada. Mas de forma geral, sinceramente esse perde um pouco em relação ao primeiro. O ritmo é mais arrastado (em parte por causa de toda a política) e também porque as batalhas em geral, apesar do número, não são tão movimentadas, ainda que sejam bem sangrentas. E, para ser sincera, eu esperava mais de Cale, agora que ele se tornou o Anjo da Morte. Uma coisa que não mudou foi a fortíssima crítica à Igreja que Paul Hoffman faz. Acho até que está mais pesada neste, chegando até mesmo a citar o nome do atual papa (Bento) em um comentário bem ácido. Mas o final deixa vários ganchos para o próximo. Agora é esperar para ver.

Trilha sonora

This is war, Kings and Queens e, mais uma vez, From Yesterday, do 30 Seconds to Mars. Youth of the nation, do POD; I don't wanna be, do Gavin DeGraw (esta versão está muito legal); de novo Live and let die. com o Guns (Sir Paul McCartney que me desculpe, já disse isso, mas com o Guns é bem melhor) e Send the pain below, do Chevelle.

Se você gostou de As últimas quatro coisas, pode gostar também de:

  • coleção Dexter – Jeff Lindsey

sábado, 17 de setembro de 2011

Teorias sobre As Crônicas do Gelo e do Fogo

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DA SÉRIE!

Já expressei pelo menos uma teoria que eu tenho sobre a série. Para quem anda por fora, ou não leu as minhas resenhas, eu acredito que em algum ponto as vidas de Jon e Dany vão se cruzar e, não por romantismo, mas por outros motivos, eu acho que o destino dos dois é ficar juntos. Nem que seja por um período breve (embora eu ache que eles merecem serem felizes para sempre. Principalmente o Jon, que sofreu um bocado na saga até agora).

Você deve estar se perguntando por que raios eu estou escrevendo isso. A verdade é que não sei. Outro dia li um comentário de alguém (infelizmente a pessoa não se identificou) no meu post de O Festim dos Corvos, e comentando com a minha amiga Fernanda, do blog Can I tell you a story? (listado aí do lado como Dawn of the Worlds), no caminho para a faculdade (apesar de ela ter lido só o primeiro, ela não se importa que eu dê spoilers. Aliás, até me pede!), me inspirei a escrever. E justificar porque eu acredito nisso.

Começo dizendo que isso não quer dizer que vai acontecer. Sempre que eu penso alguma coisa sobre a série, George Martin dá uma guinada na história e minha teoria cai por terra. Então por que não essa?

Simples. Também já falei isso várias vezes, mas o nome da série – As Crônicas do Gelo e do Fogo – já é sugestivo. O sobrenome de Jon é Snow, que quer dizer neve em inglês (GELO) e Dany é a mãe dos dragões (FOGO). George Martin não fez isso à toa. Pode até ser que ele não tenha isso na cabeça, não sou arrogante a ponto de afirmar isso. Mas não acho que seja coincidência. E também não acho que ele se refira apenas a aspectos geográficos da série. Mas como eu disse, posso estar errada.

Dany   dragão

Mas eu também não me baseio só nisso. Tudo conspira para isso. O fato de Jon ser bastardo (talvez) e se achar inferior a uma rainha também são sugestivos. Além disso, ele fez o famigerado juramento da Patrulha da Noite, que o proíbe de se casar e ter filhos. Já falei na resenha de A Guerra dos Tronos que Jon está na Muralha para quebrar TODAS as regras. Assim como Anakin e Luke Skywalker. Ele já quebrou uma, quando pegou a Ygritte, mas ela foi só, digamos, o despertar de Jon. É por causa dela que ele começa a questionar o juramento. Mas ela não é – e nunca foi – a razão dele arriscar tudo o que conhece e acredita.  (SPOILER!) Tanto assim que ela morre. Mas ela cumpriu o seu papel, que foi de mostrar como Jon realmente não sabe de nada.

Jon Snow2

Aliado a isso há o fato da profecia de que Dany não pode ter filhos. Depois que seu filho com Khal Drogo morre, uma feiticeira (desculpem, mas não me lembro do nome) faz essa profecia (de novo não me lembro exatamente das palavras) que basicamente diz que Dany terá outro filho quando o sol se puser no leste (ou seja, nunca mais, já que isso é impossível). Já perceberam onde eu quero chegar? Sim, quero dizer que Dany terá sim outro filho, e ele será fruto de sua relação com Jon. É muito perfeito para não se encaixar. E de novo, por mais que Dany tenha amado Khal Drogo, ele nunca foi destinado a ela. Ele tem o único propósito de mostrar a Dany quem ela realmente é. E todos que vem depois dele tem o mesmo objetivo.

Da mesma forma, o filho que ela teria dele nunca foi o garanhão que vai montar o mundo. Citando Star Wars de novo, a profecia sobre Anakin é que ele seria o escolhido para trazer equilíbrio à Força. Quem é fã da saga de George Lucas, como eu, sabe que Anakin não faz nada disso, mas Luke sim. Então de certa forma, Anakin traz o equilíbrio. Ele provou que é possível ser Jedi sem abrir mão daqueles que se ama. Em outras palavras, para ser Jedi, não é necessário ser robô sem sentimentos. Igualmente, o “escolhido”, digamos assim, em As Crônicas do Gelo e do Fogo tem que nascer de pais igualmente poderosos.

(SPOILER!) E tem aqueles que acham que acham que Jon é na verdade filho de Rhaegar Targaryen e Lianna Stark, o que faria dele sobrinho de Dany, que acham difícil isso acontecer. E depois de ler o quinto, também acho isso muito provável. Mas eu pergunto, desde quando isso foi problema para os Targaryens? E, sinceramente, depois de Jamie e Cersei, que são gêmeos, tia/sobrinho não parece tão ruim. Parece até normal. E eles não se conhecem. Não se esqueçam que Jon não sabe quem foi sua mãe e Ned morreu antes de contar tudo para ele, como havia prometido.

jon   ghost

Como diz um dos meus personagens preferidos, o Merlin, de As Crônicas de Artur, o destino é inexorável (eu AMO essa frase. É uma das minhas preferidas). E há vários exemplos de incesto na literatura, desde Édipo e Jocasta, passando pelo próprio Artur e Morgana, até o clássico mais recente de Eça de Queiroz, Os Maias. Tudo bem, todos eles acabaram em tragédia, mas ainda assim eles provam o que eu quero dizer. Jon e Dany foram escritos para ficarem juntos. Tudo aponta para isso. Só mais um exemplo (que não envolve incesto, mas sim o amor proibido): Tristão e Isolda.

E tem outra coisa. Bran. Ele sonha com o corvo de três olhos que diz que ele vai voar. Vai mesmo. E dragões voam. Sim, quero dizer que ele vai montar um dragão. Repito, não é à toa. Não é por acaso que Bran tem o dom de se ligar mentalmente com os animais (e até outras pessoas). Mas acredito que ele vai voar literalmente, não na mente do dragão.

Finalmente, Jon mandou Sam treinar para ser maester. De novo, George Martin não jogou essa informação por jogar. Acho que é ele quem vai casar Jon e Dany, em segredo. Bem ao estilo Romeu e Julieta. Não podemos esquecer que Sam é o melhor amigo de Jon. Ou pelo menos o que ele mais confia. E a gente sabe que Sam tem talento para intrigas. Lembra que foi ele quem tramou para eleger Jon Lorde Comandante? Então, maquinações são com ele mesmo.

Como eu já disse, posso estar errada. Afinal, em geral a trama de George Martin é imprevisível, a não ser pelo que ele nos deixa ver. O que eu acho muito bom. E ele tem outra coisa, que eu já admirava na Goddess Rowling: ele planta uma coisinha aqui, que só vai explicar, ou acontecer dois livros depois. Aí você faz aquela cara de que caiu a ficha. Ele sempre tem um propósito em tudo que escreve, e eu acho isso genial. Por isso fico ansiosa para que ele continue logo a saga, para amarrar todas as pontas soltas. E já prevejo que quando acabar, vou me sentir órfã de novo, como foi com Harry Potter.

Peço desculpas pela chateação, mas eu já estava com isso guardado há muito tempo, e como não tenho com quem conversar (a não ser a Fê, que não liga para os spoilers), acabei escrevendo. E só para constar, eu fazia a mesma coisa com Harry Potter: criei várias teorias (não acetei nenhuma, a não ser que Snape era leal a Dumbledore. Sempre acreditei nisso, desde a primeira vez que li A Pedra Filosofal). Só que na época eu não tinha um blog para despejar tudo.

E para finalizar, esse é um link bem bacana que a Fê me passou:Teste de personalidade As Crônicas do Gelo e do Fogo. O meu resultado foi Samwell Tarly! Só não gostei que tem semelhanças com Catelyn e Sansa-sonsa :(

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O trono de fogo – As Crônicas Kane 2 – Rick Riordan

 

throne of fire Desde que os deuses do Antigo Egito foram soltos no mundo moderno, Carter Kane e sua irmã, Sadie, estão com problemas. Como descendentes da Casa da Vida, os Kane possuem alguns poderes; mas os maliciosos deuses não deram aos dois muito tempo para dominar suas habilidades na Casa do Brooklin, que se tornou seu campo de treinamento para se tornarem magos. E agora seu inimigo mais ameaçador – a serpente do Caos, Apophis – está ressurgindo. Se eles não conseguirem impedi-lo de se libertar em alguns dias, o mundo acabará. Em outras palavras, é apenas uma semana típica da família Kane.

Para ter alguma chance de lutar com as forças do Caos, os Kane devem ressuscitar o deus-sol, Ra. Mas isso seria uma proeza mais difícil do que qualquer mago já tenha conseguido. Primeiro eles devem procurar as três sessões do Livro de Ra ao redor do mundo; depois eles tem que aprender como pronunciar os feitiços. Oh – e mencionamos que ninguém sabe onde exatamente está Ra?

Narrado por duas vozes astutas, e contando com um vasto elenco de novos personagens e inesquecíveis, e com aventuras espalhadas ao redor do globo, esta segunda parte das Crônicas Kane não é nada menos que uma aventura emocionante.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU A PIRÂMIDE VERMELHA!

Depois de derrotar Set (ainda que parcialmente), fazer um pacto muito duvidoso com ele, ver o pai assumir o espírito de Osíris e descobrir que Zia era na verdade um shabti, Carter e Sadie estão de volta à Brooklin House e agora no papel de professores.

O livro começa três meses após os acontecimentos relatados em A Pirâmide Vermelha. Sadie e Carter estão prestes a invadir o Museu do Brooklin para recuperar a primeira parte do Livro de Ra, acompanhados de dois pupilos, Walt e Jaz (apelido de Jasmine). Seu plano é acordar o Deus-Sol para tentar lutar contra Apophis. E a Grande Serpente planeja acordar no Equinócio, dali a apenas 4 dias. Pronto, a confusão está armada.

Os Kane agora tem que correr contra o tempo para prevenir mais um fim do mundo. Mas agora os dois estão mais poderosos e maduros. E desta vez por eles mesmos, já que abrira mão da ligação com Horus e Isis. Eles dão sua ajudinha, mas não habitam mais os corpos de Carter e Sadie.

Carter, segundo Sadie, agora já começa a aparentar um adolescente. Depois de descobrir que sua quase namorada, Zia, era na verdade um shabti, isto é , uma representação em barro da verdadeira Zia, e de testemunhar a destruição dela, Carter está meio obcecado em encontrar a verdadeira Zia. Esta foi colocada em um sono suspenso por seu mentor, Iskandar, e está escondida porque ela tem um papel importante no desenrolar dos acontecimentos, só não se sabe ainda qual é. E ao acordar Zia, Carter ainda tem que enfrentar um dos seus maiores medos: e se ela não o reconhecer? E pior, e se ela o detestar? Mas a vontade de resgatá-la é mais forte que o medo, e ele vai fazer de tudo para recuperá-la.

Sadie, por outro lado, com 13 anos recém-completados, além de enfrentar as complicações típicas dessa fase, ainda tem um outro problema. Está dividida entre dois garotos. Ela continua de rolinho com Anúbis, o deus-chacal e guardião dos mortos. Só isso já seria complicação suficiente, mas daí ela conhece Walt, um dos novatos da Brooklin House. E você pode estar pensando: “Walt é normal. Então tudo bem”, certo? Errado.

Walt é descendente de Akhenaton, também conhecido como o faraó maldito. Isso porque ele tentou implantar o monoteísmo no Antigo Egito, com um deus do sol diferente de Ra. Ele derrubou diversos templos e por isso foi amaldiçoado e essa maldição foi estendida a seus descendentes. Nem todos são afetados e você acertou se chutou que Walt tem a tal maldição. Isso significa que ele está morrendo. Mas ele não deixa este pequeno detalhe o afetar e  parte para ajudar Sadie e Carter em sua missão. Mas Sadie que me perdoe, mas o visual jogador de basquete/rapper, com uma tonelada de colares e anéis é ridículo. Perdeu vários pontos comigo.

O grupo ainda receba a ajudinha de Bes, o deus anão, que derrota os inimigos com o poder da extrema feiúra (em algum lugar, Tyrion Lannister está morrendo de rir). Mas apesar da aparência grotesca, Bes é um deus superlegal e é prova de que quem vê cara não vê coração.

Do outro lado, os Kane enfrentam novos inimigos, e alguns conhecidos. Michel Desjardins, agora Escriba Sênior no Primeiro Nomo, continua sua perseguição aos irmãos. Convencido de que os dois na verdade querem derrubar os deuses e tomar o poder para si, ele se associa a Vladimir Menshikov, responsável pelo nomo da Rússia.

Desjardins é fanática, certo, mas não é nada comparado a Menshikov. Ele é o terceiro mago mais poderoso do mundo, e só sua aparência já é de arrepiar. Ele tem os olhos queimados e cheios de cicatrizes, resultado de uma tentativa de acordar Ra pela leitura do Livro de Ra (que ao contrário do que falam no filme A Múmia, não é feito de ouro puro). Menshikov é ambicioso e tem planos grandiosos para si, e, um detalhe importante, é um mestre manipulador que não deixa nada a desejar com Tywin Lannister. E, apesar de seus planos serem absurdos e insanos, não posso deixar de admirar o brilhantismo dele.

Já quanto aos deuses, destaco Khonsu, o deus da lua. Ele é um deus jogador e responsável também uma das partes mais tensas do livro. Digo uma coisa: ele me assusta, mais até do que Set. Ao mesmo tempo, espero que ele retorne à série.

E por falar em Set, ele retorna, ressuscitado por Menshikov, mas tem uma participação pequena, porém significativa. Por razões que só ele sabe, ele ajuda os Kane. E Anúbis, claro, também tem uma participaçãozinha, ainda que seja só mesmo para balançar ainda mais as coisas para Sadie.

Quase me esqueço de uma deusa superfofa: Tawaret, a deusa hipopótamo (alguém aí lembrou das hipopótamos bailarinas de Fantasia, da Disney?). Ela é responsável pelo asilo dos deuses no Duat (é até os deuses precisam de descanso). Ela é supermaternal, mas se for contrariada pode ser letal (quando fiz Veterinária, um dia chegou no HV um dromedário que tinha sido atacado por um hipopótamo. Parece piada, mas foi verdade, juro. E digo que o hipopótamo fez um estrago considerável no pobre dromedário. O tratamento levou dias). Só para dar uma ideia.

Como sempre, o livro é bem agitado, sempre tem alguma coisa acontecendo. E, como acontece em A Pirâmide Vermelha, a narrativa é dividida entre Carter e Sadie, o que é bem legal já que o livro é supostamente uma transcrição de um relato em fita, e há várias falas em que um provoca o outro. E, como sempre com Rick Riordan, o livro é cheio de comentários sarcásticos e comparações absurdas e cenas hilárias, como esta:

- Isso é um pesadelo – eu sentei e as cobertas caíram. Eu olhei para baixo e descobri que estava vestindo pijamas do Pokémon. (Carter, p. 315)

A cena é ainda mais engraçada, mas toma muito espaço. Com direito até a menção honrosa a Pikachu. Ri sozinha.

E apesar do rótulo de juvenil, o livro com certeza vai agradar a todos que gostam de uma boa aventura. E agora é esperar pela continuação (infelizmente ainda sem previsão. Ainda não tem nada no site de Riordan).

Trilha sonora

Já que Sadie menciona ela (p. 19), Best for last, da Adele. Também Meet me on the equinox, do Death Cab for Cutie (eu acho o nome dessa banda o máximo!). Eu posso até não gostar (na verdade, acho essa até tolerável), mas Poker face, da Lady Gaga é perfeita para uma determinada cena do livro (Não vou falar qual). Para a mesma sequência no livro, ainda Time is on my side, dos Rolling Stones, Time, da Chantal Kreviazuk e Turn back time, do Acqua. Finalmente, especialmente para Zia, Bring me to life, do Evanescence.

Se você gostou de O trono de fogo, pode gostar também de:

  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan;
  • Os heróis do Olimpo – Rick Riordan;
  • Tequila vermelha – Rick Riordan;
  • coleção Ramsés – Christian Jacq;
  • coleção A pedra da luz – Christina Jacq;
  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Azincourt – Bernard Cornwell

 

Azincourt A batalha de Azincourt, travada em 25 de outubro de 1415, Dia de São Crispim, é uma das mais importantes da História britânica.Tornada célebre na peça Henrique V, de Shakespeare, foi uma vitória inesperada dos ingleses e uma das primeiras batalhas a triunfar pelo uso do arco longo.
AZINCOURT, de Bernard Cornwell, é um relato vívido, de tirar o fôlego e meticulosamente pesquisado sobre essa grande batalha e suas consequências.A partir do ponto de vista de nobres, camponeses, arqueiros e cavaleiros.Cornwell retrata habilmente as horas de luta implacável, o desespero de um exército mutilado pela doença e a coragem excepcional dos soldados ingleses.

Se tem alguém que consegue escrever sobre uma única batalha e não ficar maçante, esse alguém é Bernard Cornwell. Confesso que, apesar de ser de Bernard Cornwell, eu estava meio desconfiada antes de ler este livro, com medo de ficar tedioso. Mas aí eu li a resenha da minha amiga Fefa, que além de Apaixonada por Papel, também é apaixonada por Bernard Cornwell, como eu, e foi todo o incentivo que eu precisava. Acho que fui influenciada por umas resenhas e comentários sobre o livro (e por isso eu gosto de ler as resenhas DEPOIS de ler os livros. Assim, além de evitar spoilers, também formo minhas próprias opiniões, sem influência de ninguém).

“Em um dia de inverno de 1413, pouco antes do Natal, Nicholas Hook decidiu cometer assassinato.” Essa é a primeira frase do livro, e, como se pode ver (ao contrário do que eu, burrinha que sou, pensava), ele começa bem antes daquele fatídico 25 de outubro de 1415. Ali, naquele dia de inverno, Nick Hook colocava ainda mais lenha na rixa de sangue travada por sua família e a Perrill, que já acontecia há tanto tempo que acho que ninguém sabe porquê.

Nick é descendente de Thomas Hookton, o arqueiro de A Busca do Graal, e, para fugir da forca, se alista no exército de Henrique V e parte para a França. Mais precisamente em Soissons. Lá, ele é testemunha o horror imposto pelos franceses a seu próprio povo, e conhece Melisande. Atormentado por não conseguir salvar uma moça em Londres (o motivo por ele ter sido condenado à morte), ele a salva e não demora para os dois se tornarem amantes, e mais tarde marido e mulher. Nick é inteligente, observador e tem mais uma particularidade: tem dois santos conversando com ele, São Crispim e São Crispiniano. E Hook também é humilde, sabe seu lugar. Sua única preocupação é proteger Melisande e seu irmão Michael.

Melisande, por sua vez, é uma mulher forte e de opinião, que não se contenta com as convenções. Ela é filha de um poderoso lorde francês, mas é bastarda, então até que Hook a salvasse, estava presa em um convento. O que para ela era pior que a morte. Melisande tem o espírito livre, e é impossível fazer com que ela faça algo contra a vontade.

Amigos do casal são o padre Christopher, que não é fanático e nem tem a mania de ficar pregando o sermão. E também há Sir John Corwaille, homem duro, mas bem-humorado. Este é também o mentor de Hook, que o ensinou a manejar a espada. E ela também protege Hook e Melisande. Gosto de ambos.

E ainda o rei Henrique V. Ele reclama o trono da França por direito (assim ele diz), e parte para a invasão. É um homem orgulhoso e extremamente devoto, mas não é imune a falhas. No decorrer da história ele comente um erro grave, que afeta Hook diretamente. Mas é por causa de seu orgulho que os ingleses chega àquele 25 de outubro. E, só para constar, ele foi imortalizado por ninguém menos que Shakespeare, em sua peça de mesmo nome (Henrique V).

Do outro lado, o maior dos inimigos é mesmo o Senhor de Lanferelle. E adivinhou quem disse que ele é o pai de Melisande. Ele é cruel, sádico e implacável. Mas, por causa da filha, consegue uma cortesia tensa com Hook.

Além dele, há também os irmãos Perrill, que eu já mencionei. Ambos são falsos e seu desejo mais profundo é esmo fazer o que for preciso para prejudicar Hook, atacando tanto ele como seus amigos. E, junto com eles o padre Martin, corrupto, devasso, mas que sabe com conseguir o favor do lorde a quem serve (ou seja, com bajulação e mentiras).

A batalha de Azincourt em si se concentra na parte final do livro, e o bacana é que ela é contada por diversos pontos de vista que se misturam, mas de forma suave, sem confusão e sem brusquidão. E a forma realista e crua de Bernard Cornwell narrar deixa tudo mais emocionante, nada chato. Vale a pena ler.

Trilha Sonora

Miracle, do Jon Bon Jovi, até pela situação enfrentada pelos ingleses, é perfeita. E eles conseguiram o tal milagre, aliás. E presta atenção para a participação especial de Matt “Joey Tribiani” LeBlanc no clipe. E também Somebody else's song, do Lifehouse (apesar de Hook não querer que os santos vão embora).

Nota Histórica

A Batalha de Azincourt realmente aconteceu, e foi um dos muitos conflitos da Guerra dos Cem Anos, travada entre a França e a Inglaterra. O que torna esta batalha particularmente famosa é que os ingleses chegaram ao campo de Azincourt com um exército já desgastado e doente devido ao cerco a Harfleur (que durou cinco semanas, quando deveria ser bem mais curto) e pela marcha mais longa para Calais. Desta forma, os números ingleses eram absurdamente inferiores aos franceses. Há muita controversa quanto aos números exatos, mas estima-se que haviam cerca de 15 mil ingleses para 50 mil franceses (segundo a Wikipedia). Bernard Cornwell escreve uma nota no final da minha edição (americana) que põe os números em 6000 ingleses para 30 mil franceses. O certo mesmo é que os ingleses tinham um desvantagem absurda, mas mesmo assim, não sei como, conseguiram vencer a batalha.

A Guerra dos Cem Anos na verdade durou cerca de 120 anos, e foi desencadeada por uma questão dinástica. E foi também o primeiro conflito europeu com profundas consequências econômicas e políticas para a Europa Medieval.

E, segundo a mesma nota histórica de Bernard Cornwell, Soissons também foi real, e chamou a atenção justamente por causa da violência dos franceses contra os próprios franceses. (Fintes: Guerra dos Cem Anos e Batalha de Azincourt).

Filme

Boas notícias para os fãs de Bernard Cornwell. Azincourt vai virar filme. Ainda é só um projeto, segundo o IMDB para 2014. Então façam as suas apostas quanto ao elenco. E segundo o site Cinema em Cena, a direção será de Michael Mann. Mas como ainda é um projeto, não tem muitas informações a respeito, e para conseguir mais no IMDB, só assinando o site, o que é um serviço pago. Como eu não posso pagar, o jeito é esperar. E falando em filme, o soldado que está no fundo da capa da edição americana vem do filme Cruzada (podia ser o Orlando Bloom, né?;D)

Se você gostou de Azincourt, pode gostar também de:

  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • A Busca do Graal – Bernard Cornwell;
  • Stonehenge – Bernard Cornwell;
  • As Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell;
  • Os Pilares da Terra – Ken Follett;
  • Mundo Sem Fim – Ken Follett.

domingo, 4 de setembro de 2011

A Dance with Dragons – George R. R. Martin

 

A dance with dragons Apelidado o “Tolkien americano” pela revista Time, George R. R. Martin conquistou fama internacional por sua fantasia épica monumental. Agora, o autor nos traz o quinto livro de sua série – enquanto tanto rostos familiares e novas forças surpreendentes competem por um ponto de apoio em um império fragmentado.

Como consequência de uma batalha colossal, o futuro dos Sete Reinos está por um fio – rodeado de ameaças por todos os lados. Daenerys Targaryen, a última descendente da Casa Targaryen, governa com seus três dragões com rainha de uma cidade construída em poeira e morte. Mas Daenerys tem milhares de inimigos, e muitos partiram para encontrá-la. Enquanto eles se juntam, um jovem embarca em sua própria missão. com um propósito bem diferente em mente.

Fugindo de Westeros com um preço sobre sua cabeça, Tyrion Lannister, também, está a caminho de Daenerys. Mas os novos companheiros em sua busca não são o grupo de desorganizado que aparenta, e em seu meio está um que pode por a reinvindicação de Daenerys a Westeros por água abaixo para sempre.

Enquanto isso, ao norte está a colossal Muralha de gelo e rocha – uma estrutura tão forte quanto aquele;es que a guardam. Lá, Jon Snow, nongentésimo nonagésimo oitavo Lorde Comandante da Patrulha da Noite, enfrentará seu maior desafio. Pois ele tem inimigos poderosos tanto na própria Patrulha como além da Muralha, numa terra de criaturas do gelo.

De todos os cantos, conflitos amargos reiniciam, traições íntimas são perpetuadas, e um grande elenco de foras-da-lei e padres, soldados e metamorfos, nobres e escravos, enfrentarão obstáculos aparentemente intransponíveis. Alguns falharão, outros se fortalecerão com a escuridão. Mas em um tempo de inquietude, as marés do destino e as políticas levarão à inevitável e maior dança de todas.

ATENÇÃO! SPOILERS SE VOCÊ NÃO LEU NENHUM LIVRO DAS CRÔNICAS DO GELO E DO FOGO!

Demorei um bocado para ler este livro, não porque é ruim, ou chato – pelo contrário! Mas é que eu comprei capa dura, e ele parece um dicionário de tão grande, não dava para eu ficar carregando para todo lado, como geralmente faço. E valeu a pena ter gastado um bocado (não, ele não foi barato). E agora não tem jeito, vou ter que esperar pacientemente pelo sexto…

Depois de ler os quatro primeiros, eu não ia mesmo aguentar esperar mais. Este acontece mais ou menos simultaneamente ao quarto, mas cobre um período maior, e eventualmente os acontecimentos ultrapassam O Festim dos Corvos, e alguns personagens retornam.

Logo de início, a gente acompanha Jon ainda em choque por ter sido eleito Lorde Comandante da Patrulha da Noite. De repente, ele tem que matar o garoto que ainda resiste nele e assumir o homem. E claro que isso vem acompanhado de muitas dúvidas e inseguranças. Mas ele não fraqueja, não tem medo de tomar decisões controversas, como auxiliar Stannis Baratheon e abrir os portões para os selvagens de além da Muralha. Claro que isso não agrada todo mundo, mas o que ninguém percebe é que Jon enxerga muito além do que está bem a sua frente. Seguindo o lema de sua casa “O inverno está chegando”, ele está se precavendo de um mal maior que está por vir. E lembra daquela jogada de trocar os bebês e mandar Sam para treinar para ser Maester? Então, essa decisão também pesa sobre ele, mas, apesar de se perguntar o tempo todo se agiu certo, ele sabe que sim, e faria tudo de novo. Ele tem seus motivos para fazer isso, como vou falar daqui a pouco, o que não o impede de se sentir inseguro. E sozinho, já que Sam é seu melhor amigo, e a quem ele geralmente pede conselhos. Como Ygritte dizia, e ele não cansa de repetir “You know nothing, Jon Snow”. E ele vai pagar caro por isso (ai!). Só que o desfecho dessa história ficou para o sexto, e basta dizer que estou com uma vontade louca de escrever para George Martin e perguntar o que acontece.

A leste, enquanto isso, Dany segura uma paz inquieta em Mereen e aos poucos vai perdendo controle sobre seus súditos, e pior, seus dragões. E, contra todos os conselhos de deixar Mereen para trás e voltar para Westeros, ela permanece. Acho que por medo. Afinal, apesar de toda a sua força e maturidade, nas palavras da própria Dany, ela ainda é uma jovem menina, e a perspectiva de retornar à terra natal e retomar o trono deve ser mesmo assustadora. E ao mesmo tempo, por causa de sua juventude, ela acaba tomando decisões arriscadas e estúpidas. Sim, você leu certo, estúpidas. E sinceramente, já estou cansada dela do outro lado do mundo. Quando é que ela vai voltar para Westeros? Ela parece ter perdido um pouco do brilho neste livro. Espero que ela retorne mais forte no próximo.

Tyrion, após matar seu pai e Shae, e fugir da prisão, parte também em busca de Dany. Só que seu caminho sofre um desvio, e ele vai comer o pão que o diabo amassou. Mas Tyrion não tem medo do trabalho duro e faz qualquer coisa para sobreviver. Sua astúcia continua intacta, e ela garante uma posição melhor para ele e para seus companheiros de viagem no final. E como sempre, suas intenções são um mistério, e seu objetivo maior no presente é permanecer vivo. Seus companheiros incluem Penny, um anãzinha jovenzinha e ingênua que acaba tendo uma quedinha por Tyrion, e,. surpresa (SPOILER!) Jorah Mormont, que nunca desistiu de voltar ao favor de Daenerys mesmo depois de esta o expulsar de sua presença (mais uma ação tola dela). E Tyrion, para variar, percebe as coisas muito antes que todo mundo, e é através dele que a maior bomba do livro vem à tona.

Voltando à Muralha, Stannis partiu para recuperar Winterfell, mas deixou para trás Melisandre e a rainha Selyse. Lembra que eu falei que ia retomar os motivos de Jon mandar Sam e o filho de Val para longe? Pois bem, é por causa de Melisandre. A feiticeira queria sacrificar o bebê a seu deus. E ela se aproxima perigosamente de Jon. Mas ele é esperto, e é cortês com ela na medida certa, e não confia nela. Até agora não sei exatamente qual é a dela, mas ela me assusta, com seu jeito meigo de falar, e sua meias palavras. Nunca sei se ela fala a verdade ou não. E Selyse é insuportável, não sei o que ela está fazendo no livro.

E a volta dos que não foram. (SPOILER!) Estou falando de Theon Greyjoy, claro. Só que ele não retorna imediatamente como ele mesmo. Após destruir Winterfell, ele cai nas garras de Roose Bolton, aliado dos Lannister, encarregado de manter Winterfell. E Theon pagou caro pelo que fez, muito mais do que era necessário (já disse que gosto dele, apesar de tudo). E Theon é um personagem interessante. Ele passa boa parte do livro como Reek, uma espécie de escape para Bolton. Sempre que acontece algo a Bolton, ele tem prazer em torturar Reek. E a coisa vai tão longe a ponto de ele quase perder sua verdadeira identidade. Quase, porque ele, para mim, nunca a perdeu de verdade. Theon é astuto e observador, e sabe o que tem que fazer para sobreviver. E acredite, por mais que ele negue, sua lealdade é com os Stark. Ele só não sabe disso ainda. E isso fica mais claro neste livro, com todo o questionamento dele em relação ao que fez. E ele chega mesmo a se sentir culpado por não estar presente e ter morrido junto com Robb na fortaleza dos Frey. Já disse antes, Theon ainda vai surpreender muita gente. Pode apostar.

Cersei aparece pouco neste livro. Depois que todos os seus podres aparecem no final do quarto, ela é presa, e não tem acesso a ninguém, a não ser as Septas encarregadas de cuidar dela. Mas ela sofre um bocado, também. No começo, ela está numa cela fria, quase sem comida e vestida em trapos e suja. Ela bem que merece, mas depois ela recebe um relaxamento de sua pena, mas nem por isso ela consegue planejar suas tramóias e nem tem permissão de ver ninguém. E isso tem um preço. Ela fica irreconhecível, somente seu orgulho ainda permanece, e a vontade de ver Tommen (mas isso eu não sei se é genuíno ou só uma desculpa). Em outras palavras, ela está completamente apagada. E o pior golpe foi ela ser abandonada por Jaime. O que foi bem-feito, depois do modo como ela o tratou. Agora ela aguarda julgamento, e só vamos saber o que acontece no sexto. E Jaime também pouco aparece. Só mesmo para reforçar o desprezo que agora sente por Cersei. Ele na verdade parte atrás de Brienne e deixa Cersei para apodrecer na prisão, para ter uma ideia.

Arya também fez umas aparições, mas poucas, o que sinceramente foi melhor. Ela continua naquele templo maluco, e isso está muito chato. Sempre que vinha um capítulo dela, já me dava sono (retomo isso já, já) e Sansa-sonsa nem apareceu (graças aos Sete e aos deuses do norte!). Outros personagens ganharam voz, como Ser Barristan Selmy, a chata da Asha Greyjoy e Quentyn Martell, mas se eu for falar de todos eles, vou acabar escrevendo outro livro. Talvez só quem valha a pena mencionar é exatamente Quentyn. Ele parte para Mereen para tomar a mão de Dany em casamento, alegando ter ele também sangue Targaryen. Mas chega tarde, e a encontra já casada (uma das muitas besteiras dela). Mas ele permanece na cidade, a fim de se provar para ela, e toma uma atitude suicida e precipitada. No fundo, ele é só um garoto mimado, que quer fazer bonito para o pai.

E Bran também aparece um pouco, e continua na sua jornada atrás do corvo de três olhos. Ele, juntamente com Meera, Jojen (não lembro se é assim) e Hodor, viaja muito além da Muralha. E sua determinação é admirável. E eles contam com a ajuda de um personagem um tanto sinistro, que eu tenho minhas suspeitas de quem seja, mas não vou revelar sem ter certeza.

E senti falta de Sam. O que será que está acontecendo com ele em Oldtown? E com Gilly? Não tem nenhum capítulo dele no livro, e isso eu acho que foi uma falta muito grave.

Retomando os personagens, acho que no geral, todos eles tiveram uma queda. Quer dizer, não mostram mais o mesmo carisma (sim, até meu xodó Jon, mas no caso dele é mais discreto). Acho que isso talvez ocorra porque George Martin já os apresentou muito fortes e densos, não evoluíram lentamente como geralmente acontece (por exemplo em Vampire Academy ou Harry Potter) e agora não sabe muito bem o que fazer com isso. Ou talvez porque entre o lançamento do quarto e o quinto se passaram seis anos (espero que o sexto não demore tanto!). Não estou de forma alguma diminuindo Martin. O cara ainda é um gênio, mas não é infalível. E isso na verdade pode ser só impressão minha. E temos que levar em consideração que ainda tem pelo menos mais dois livros até o final da saga, e as coisas podem mudar muito. De qualquer jeito, adorei o livro, o que não é surpresa nenhuma. E como disse antes, espero que o sexto saia logo.

Trilha sonora

Meant to live, do Switchfoot, até levando-se em consideração este meu último comentário sobre as personagens, é perfeita.

Se você gostou de A Dance with Dragons, pode gostar também de:

  • O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien;
  • ciclo A Herança – Christopher Paolini;
  • As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
  • A Busca do Graal – Bernard Cornwell;
  • As Brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley.