terça-feira, 29 de março de 2011

Música do mês – Firework – Katy Perry

 

Firework Mais uma novidade. Continuando na mesma linha da outra coluna, esta coluna é dedicada a uma música em particular que eu vou comentar. Confesso que a ideia foi uma sugestão a minha irmã, e ela sugeriu ainda que eu dedicasse este espaço a uma música nova, de preferência uma descoberta, ou seja, uma música relativamente desconhecida. Mas já vou quebrar esta regra e falar de uma que, apesar de nova, é bem conhecida. Mas vou tentar, sempre que possível, apresentar mesmo um artista ou música que quase ninguém conhece.

Como já disse, vou começar a coluna por Firework, da Katy Perry. Comecei a prestar mais atenção na música semana passada. Na verdade, depois que eu vi as parcerias de Katy neste último CD (Kanye West, em E.T. e Snoop Dogg, em California Gurls), confesso que ela caiu um pouquinho no meu conceito. Mas só um pouquinho, e só até eu ouvir esta música.

A primeira coisa que me chamou a atenção foram os vocais poderosos dela. Gosto muito da forma que Katy vai subindo o tom de voz no refrão. É impressionante como ela começa num tom bem baixo e vai subindo gradualmente, até chegar ao máximo. E dá pra acreditar que eu vi uma vez alguém dizer que ela ainda não tinha alcançado todo o seu potencial? Imagina só quando ela chegar lá.

Depois, comecei a prestar atenção na letra, que é muito bacana. Ela fala que todo mundo pode ser uma estrela, não importa quem ou como você é. É uma letra bem otimista e que faz qualquer um se sentir bem do jeito que é. E é exatamente assim que o mundo devia ser, em vez dessa sociedade guiada pela aparência e superficial. E outra coisa muito legal da parte dela é que no clipe tem gente de todo tipo, todos geralmente excluídos ou discriminados. É isso aí, “you can shine no matter what”, como diria Rodney, de Robôs. E para conferir, clique aqui.

Ignite the light
And let it shine
Just own the night
Like the Fourth of July
‘Cause baby, you're a firework
Come on show 'em what you're worth
Make ‘em go, "Aah, aah, aah"
As you shoot across the sky
Baby, you're a firework
Come on let your colors burst
Make ‘em go, "Aah, aah, aah"
You're gonna leave them all in awe, awe, awe

Por hoje é só. Espero que gostem e até a próxima!

Beijos!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Faixa a faixa – Roxette – Charm School

 

charm school Oi pessoal! Estava pensando e vou começar uma nova coluna, que pretendo colocar sempre na última semana do mês. A ideia não é original, confesso, mas como falo também de música, me pareceu uma boa ideia fazer um apanhado de algum álbum faixa a faixa.

E o escolhido da vez é uma dupla que eu amo desde sempre. Estou falando do Roxette. Quem, como eu, cresceu na década de 80 e 90, embalado pelos hits Listen to your heart, The look, Dangerous e It must have been love (este último trilha do filme Uma linda mulher, o primeiro grande papel de Julia Roberts), entre muitos outros, com certeza vai se identificar e lembrar um pouquinho da infância. Outro motivo para esta escolha é que este álbum é uma aquisição recente, então me pareceu adequado. E confesso que se falo inglês hoje, pode apostar que aprendi muito com Per e Marie. Sem contar que eu gosto de TODAS as músicas deles, sem exceção.

Para quem ainda não sabe, o Roxette é uma dupla sueca formada por Per Gessle e Marie Fredriksson. A dupla estourou mundialmente no final dos anos 80, com o hit The look, num dos maiores golpes de sorte da história. Um aluno americano de intercâmbio na Suécia levou uma fita com The look para uma rádio em sua cidade natal, para apresentá-la ao DJ, que gostou e tocou se não me engano três vezes a música em um dia. Não tardou para que rádios por todo o país pedissem a música. E foi assim que explodia o fenômeno pop, se espalhando dos Estados Unidos para o mundo.

Charm School é o primeiro álbum de inéditas após 10 anos (antes desse vem Room Service) e muitos percalços, como o câncer de Marie. E devo dizer que ela superou muito bem a doença e volta com força total, dois shows em São Paulo com ingressos esgotados (fora mais outras cidades brasileiras, imgino que também esgotados) e muito mais em forma que certas louras andróginas nascidas de um ovo que povoam as rádios hoje. Charm School é Roxette puro, pop da melhor qualidade, com um olhar mais fresco e atual, mas sem perder a personalidade que fez a dupla dominar as rádios na década de 90. A músicas continuam animadas, descompromissadas e de melodia simples e letras fáceis, que a gente canta sem parar, e a combinação da voz doce, porém poderosa, de Marie e a mais rouquinha de Per dão um toque todo especial ao CD. É impossível escutar uma música e não sorrir.

Portanto, sem mais delongas, vamos ao que interessa:

  • Way out – faixa de abertura, com uma batida bem ritmada da bateria e guitarra, que dá vontade de bater palmas ou qualquer outra coisa junto. Vocal principal de Per e refrão bem gostoso. Bom começo, dando o tom upbeat do álbum. Deve ficar ótima ao vivo;
  • No one makes it on their own – meio que uma balada, com o vocal de Marie. Letra mais melancólica, mas ainda assim otimista;
  • She’s got nothing on (but the radio) – faixa de trabalho, uma batida mais dançante, que faz a gente pular onde estiver (em casa, no carro, etc). Teclados e efeitos sonoros bem anos 80, mas sem ser brega, que funcionam bem com o espírito up da música;
  • Speak to me – mais uma desacelerada. A alternância dos vocais mais com timbre mais baixo de Per e mais alto de Marie no refrão dão leveza à faixa;
  • I’m glad you called – balada à base de violão e os vocais doces de Marie e Per se arriscando com ótimo resultado em timbres mais altos. Ótima para viajar, apesar da letra mais melancólica. As cordas dão um toque todo especial nesta que é a música mais lenta do álbum, com jeito de acústico;
  • Only when I dream – uma faixa mais pop, com ótimos vocais de ambos. Ela começa em um tom mais baixo, mas sobe no refrão, de forma gradual e assim ganha força;
  • Dream on – baladinha gostosinha, daquelas que deixam a gente feliz sem motivo;
  • Big black cadillac – batida mais poderosa e com direito a trava-língua, bem típico do Roxette. Ganha leveza no refrão com o vocal de Marie;
  • In my own way – apesar de a letra ser de Per, é a cara de Marie, ao estilo de Anyone, do álbum Have a nice day!;
  • After all – música leve e de letra otimista, que diz para viver o presente e deixar o passado onde ele merece: o passado. Mais uma música otimista;
  • Happy on the outside – outra coisa que o Roxette sabe fazer muito bem: música com letra triste, mas com uma batida up, o que deixa a faixa na realidade bem gostosa;
  • Sitting on top of the world – musiquinha bem relaxante e preguiçosa, perfeita para o fim do álbum.

Em suma, um álbum bem animado e descontraído. Foi lançada também uma edição de luxo deste álbum, dupla, sendo que o CD 2 é uma compilação de alguns dos hits da dupla ao vivo em São Petersburgo. Espero que tenham gostado. E podem aguardar outro post sobre o Roxette dauqi a mais ou menos 20 dias, depois que eu for no show para contar tudo pra vocês!

Beijos e até a próxima!

domingo, 27 de março de 2011

Sem limites

 

Sem limites Um nova droga, capaz de proporcionar ao seu usuário acessar toda a sua capacidade e se tornar virtualmente invencível. Essa é a premissa de Sem Limites. Me pareceu interessante, e, claro, o fato de ter Bradley Cooper e Robert de Niro no elenco já erma suficientes para me chamar para o cinema.

E, apesar das críticas meia-boca do filme, achei bom. O filme retrata bem o que é o vício, mesmo que seja de uma droga fictícia (pelo menos é o que eu acho). As recaídas e a abstinência são cruéis, e, neste caso, potencialmente fatais. E, principalmente, o filme mostra bem o que uma pessoa é capaz de fazer para conseguir uma dose. E Bradley Cooper prova que é muito mais que um rostinho (e um corpinho) bonito. Eu já gostava dele desde que ele fazia o amigo jornalista relegado a segundo plano de Sydney, em Alias, e agora, gosto mais ainda. Sua atuação neste filme é impecável, e arrisco até a dizer que chegam a ofuscar Robert de Niro (talvez porque este apareça mais como uma participação especial do que um papel fixo. Mas, claro, sempre muito bem executado).

Uma boa surpresa foi ver Anna Friel, a Chuck de Pushing Daisies. Sua participação é pequena, mas fundamental e excelente. Por mim, merecia até mais destaque.

Algumas cenas que retratam o efeito da tal droga no organismo são muito bem executadas. Às vezes, até fechava os olhos para não ficar tonta. E uma delas é logo na sequencia inicial. E uma sacada bem bacana foi colocar os atores duplicados na mesma cena, como se saíssem do próprio corpo, ao ingerir a droga.

O filme tem um ritmo bom e não cansa, e o final em aberto é fantástico. Só aviso que tem cenas fortes, então, vá preparado. Mas é um bom divertimento. Ah! Quase me esqueço. Bradley Cooper falando francês e italiano no filme também é tudo de bom (e as cenas são divertidas).

sexta-feira, 25 de março de 2011

As aventuras de Sherlock Holmes

 

Sherlock Homes As aventuras de Sherlock Holmes compila doze  dos maios celebrados casos do mestre detetive.

Qual é o segredo da faixa pintada que traz a morte na sua cola? Qual terrível vilania se esconde atrás da respeitável fachada da casa em Copper Beeches? Como um diamante de valor inestimável foi parar na goela de um ganso? Por que um envelope contendo cinco sementes de laranja colocam tanto medo em seus destinatários? E que tal a inteligente e linda Irene Adler, que se prova à altura do famoso detetive?

Para o detetive de olhar de águia Sherlock Holmes nenhum desafio é muito grande. Com a ajuda de seu fiel amigo Dr. Watson, ele utiliza sua afiada perspicácia e extraordinários poderes de dedução para resolver o que parece insolúvel.

Já faz algum tempo que eu comprei esse livro, e ele estava ali, na estante, me tentando. Mas foi só até rever O Enigma da Pirâmide, relembrando a infância, que me deu o impulso para ler.

Admito que o começo foi meio difícil, mas foi só engrenar nas histórias fascinantes do famoso detetive, cada uma mais deliciosa que a outra, para não querer mais largar. A minha preferida, de longe, foi a primeira, Escândalo na Bohemia, simplesmente pelo fato de retratar Irene Adler, e a primeira vez que ela dá um baile em Sherlock, apesar de toda sua perspicácia. E o bilhete que ela deixa no final é fantástico. Aliás, ela está muito bem representada por Rachel McAdams no filme de Guy Ritchie.

Aliás, falando no filme, adivinha quem eu imaginava como Sherlock e Watson. Acertou quem disse Robert Downey Jr e Jude Law. Até a voz dos dois eu ouvia. Só que no filme suas personalidades são um pouquinho diferente, o que na verdade, que Conan Doyle me perdoe, mas foi uma boa mudança.

De volta ao livro, nem todas as histórias envolvem assassinatos ou roubos, mas todas, sem exceção, tem um final surpreendente. Só que, depois de ler algumas, as últimas foram meio que fáceis de matar. Mas nem por isso deixam de ser deliciosas. A astúcia de Holmes e o humor leve, tipicamente inglês, deixam a leitura leve e prazerosa, principalmente quando Holmes mostra todo seu desdém por Lestrade, que convenhamos, é mesmo um tonto (e, sim, nesse caso eu também imaginava o ator que o interpretou no filme).

Bem, não tenho mais nada para falar, mas também nem precisa. Sherlock Holmes fala por si só, então não me resta nada a não ser recomendar, não só este, mas qualquer livro de Sherlock Holmes.

domingo, 20 de março de 2011

Como treinar seu dragão

 

how ti train your dragon Esse foi mais um filme fofíssimo que eu assisti esse fim de semana. Como não tenho paciência para baixar no computador e no cinema dificilmente passa desenho legendado, eu tive que esperar sair na locadora. E amei. Já está na lista dos favoritos.

Confesso que não li o livro, então não posso dizer se é fiel ou não, mas isso na verdade não importa. O filme por si só é uma delícia. E, como de costume, o pessoal da Dreamworks não decepciona e fez um filme lindo. A animação é extraordinária, os movimentos são delicados e as cenas de Soluço voando em Banguela são fantásticas. Pena que não assisti 3D, porque tenho certeza que seriam de tirar o fôlego.

Claro que meu personagem preferido é Banguela. Ele é muito fofo e me lembra meu cachorro Murruga. Aquela cena de Soluço brincando com ele com uma luzinha é igualzinha ao meu cão brincando com uma luzinha vermelha (daquelas de apontar coisas na lousa). Ri muito nessa parte. Mas Banguela também tem um pouco dos meus gatos, principalmente quando está ganhando cafuné no cangote. Meus gatos fazem a mesma pose.

Soluço é um garoto viking (aqui me lembrei de Uhtred de Bebbanburg e Ragnar, das Crônicas Saxônicas) que gosta de inventar coisas e não é um guerreiro, o que para sua tribo é o pior dos defeitos. Problema: ele é filho do chefe da aldeia (dublado no original Gerard Butler – ai que delícia aquele sotaque!). Então, já dá pra perceber que ele é fonte constante de decepção para o pai. E como todo mundo, tudo o que ele quer é se enturmar e ser um viking normal.

Isso até encontrar Banguela. Aí ele percebe que o dragão tem muito mais medo dele e Soluço então parte para um mundo de descobertas e pela astúcia e observação, se dá superbem no treinamento para matar dragões. Não vou revelar o que ele faz e nem qual é o prêmio. Basta dizer que isso vai custar caro. E é de dar pena. mas claro que sendo desenho, tudo acaba bem no final.

E o melhor é que, como no livro, que tem continuação, já está prevista a continuação dele para 2014. E, por falar em continuação, apesar de não ter relação nenhuma com esse filme, eu descobri que vão filmar O Mar de Monstros, com o mesmo trio principal de O Ladrão de Raios. E fiquei superfeliz com essa notícia, com previsão para o ano que vem. E quanto a Como treinar seu dragão, vale muito a pena ver.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Meme 2

 

memeimagem

Oi pessoal! Queria agradecer a Tici, do blog Obsession Valley, que me indicou para esse meme. Então lá vai:

1) Link o blog que te indicou:

Obsession Valley

2) Quais os seus maiores sonhos?

Ter um bom trabalho, viajar muito, encontrar al;alguém bem legal que goste de animais, me formar e quem sabe um dia escrever um livro

3) Para você aparência importa?

Eu sempre digo que julgo o livro pela capa. Que fique bem claro que isso só se aplica a livros mesmo. Para pessoas, o que vale é o que ela é, não sua aparência

4) O que é ser feliz?

Estar de bem com a vida, não importa onde você estiver. Pra citar minha uma das minhas bandas preferidas:

When the world gets in your way
I say: HAVE A NICE DAY!

Bon Jovi, claro

5) Você é uma pessoa amiga?

Acho que sim, mas isso só quem pode responder mesmo são meus amigos

6) Conte 4 defeitos seus

Sou teimosa pra burro, estourada, um pouco possessiva (como toda boa taurina) e desorganizada.

7) Conte 4 qualidades suas

Sou muito paciente (eu sei que é contraditório com ser explosiva, mas é que precisa muito pra me tirar do sério, mas quando isso acontece, explodo e aí é melhor sair da frente), brincalhona, determinada e amigável

8) Tem algum preconceito? Se sim, qual?

Sim, contra corintiano e palmeirense! Brincadeira! Aceito todo mundo independente de cor, sexualidade, crença, etc. com palmeirenses e principalmente corintiano, eu gosto mesmo é de implicar. Mas aí quando o São Paulo perde, eu não posso falar nada :D

9) Indique alguns blogs fofinhos para responder:

A magia real

Book Mania

Hellen's Stuffs

Os livros de Clara

A sombra do vento

Um olhar sobre o mundo

Can I tell you a story?

10) Visite Primeiro livro!

Beijos, e mais uma vez, obrigada Tici!

Terra de Sombras

 

terra de sombras Ever e Damen atravessaram diversas vidas e enfrentaram os mais terríveis inimigos com um só objetivo: ficar eternamente juntos. E quando esse sonho está ao alcance das mãos, um poderoso feitiço cai sobre Damen. Agora, para ele, simplesmente tocá-la ou encostar os lábios nos dela significaria a morte, o exílio definitivo em uma terra de sombras.
Desesperada por livrá-lo da maldição, Ever mergulha de corpo e alma na magia e encontra uma ajuda inesperada: um surfista chamado Jude. Apesar da profunda lealdade a Damen, é inevitável que ela se sinta atraída por esse garoto estranhamente familiar, de olhos verdes, dons mágicos e passado misterioso.
Ever sempre acreditou que Damen fosse seu destino — mas e se o futuro tiver reservado outros planos? Com Jude cada vez próximo, pela primeira vez em séculos esse amor é posto à prova
.

 

Por enquanto, esse é o meu preferido da série Os Imortais. Se você ainda não leu Lua Azul, e não quer saber o final, pare de ler aqui mesmo, porque aí vai um spoiler. Não tem jeito, tenho que dar.

Depois da burrada que fez no fim de Lua Azul, Ever agora tem que se virar para encontrar uma solução para o problemão de seu toque ser fatal para Damen (ops, já vi esse filme! Ah, Pushing Daisies! Mas, repito, nada se cria, se copia). E pelo menos ela tem consciência de que fez burrada. Não que isso sirva de lição, porque de jeito nenhum é o caso. Sendo Ever, claro que ela tem que fazer burrada – de novo. Sua impulsividade e impaciência a impedem de pensar direito. Mas por que ela não dá ouvidos ao namorado que ela diz amar tanto (aliás, é muito piegas quando ela fala do amor dos dois. Dá até um pouco de náusea. Ainda bem que o livro não é só isso) para ouvir um cara que ela detesta? Realmente não entendo.

E, sim, o cara a quem me refiro é o melhor de todos: Roman. Ele continua, e não está sozinho. Junto com ele aparecem mais dois imortais do mal, mas como eles não aparecem muito, não dá pra falar nada deles. Roman, por outro lado, continua com seu plano de vingança, com requintes de crueldade. Tenho que admitir, o cara é genial. E deliciosamente mau. Vale a pena ler só por causa dele.

E as gêmeas estão de volta, também. Mas (cuidado! Spoiler!), como perderam seus poderes, estão presas na Terra. E, maravilhadas com tudo que veem, começam a agir mais ou menos como duas adolescentes mais ou menos normais. É, porque elas continuam a falar por enigmas e de uma forma que nenhum adolescente faz. Mas continuam basicamente do mesmo jeito.

E aqui a razão por que esse por enquanto é o meu preferido. Uma ajuda inesperada aparece para Ever, na forma de Jude, um surfista dono da loja onde Ever vai trabalhar. Jude é inteligente, sensível e também é médium, e, claro lindo.. Seu jeito tranquilo é um alívio no meio de toda a bagunça e do drama de Ever. E ela ainda vai dar uma mexida no romance de Ever e Damen. Com isso, Ever se defronta com sentimentos conflitantes e começa a ter dúvidas se Damen e mesmo sua alma-gêmea. Mas, apesar de obviamente ter uma queda por Ever, ele não é pegajoso como certos lobisomens, e não força Ever a nada (pelo menos por enquanto).

E aparecem tramas secundárias que prometem. A mais intrigante, e, por enquanto, um mistério, é Honor, a amiga de Stacia (lembra da rival de Ever?), que começa a se interessar por magia e paranormalidade e começa a sair da sombra de Stacia. No que será que isso vai dar? É Miles, que vai fazer um curso em Florença, cidade de origem tanto de Roman como de Damen. Não dá pra não imaginar que Roman tem um dedinho aí e que ele tem algum plano secreto para Miles. E outra, mais óbvia, é o romance de Sabine, a tia de Ever, e o professor de História, Sr. Munoz. Como Munoz sabe que Ever é paranormal, é de se imaginar que isso vai ter muita repercussão na história.

Parece que depois de três livros, a trama finalmente está ficando mais interessante. É esperar para ver.

Trilha sonora

All I need, do Within Temptation é perfeita.Também, e especialmente para Ever, What I’ve done, do Linkin Park. E, apesar de a letra não ter muito a ver, tem uma que é sombria e sexy,como Roman, que eu ouvi uma vez em Smallville, justamente quando Lex estava em cena (suspiro! Aquela carequinha era tudo de bom), chamada Prelude 1221, do AFI (A Fire Inside).

Se você gostou de Terra de Sombras, pode gostar também de:

  • Saga Crepúsculo – Stephenie Meyer
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith
  • coleção House of Night – P. C. e Kristin Cast

terça-feira, 15 de março de 2011

Lua Azul

 

lua azul Ever agora é uma imortal. Iniciada nesse mundo desconhecido e sedutor por seu eterno amado, Damen, está empenhada em conhecer e dominar suas novas habilidades, mas algo terrível começa a acontecer. Acometido por uma doença misteriosa que ameaça, inclusive, sua memória, Damen não percebe que seus poderes se estão esvaindo – enquanto Ever se sente cada vez mais forte.

Desesperada para salvá-lo, ela viaja até a dimensão mística de Summerland, onde não apenas  toma conhecimento da misteriosa história de Damen, brutal e torturante, mas também tem acesso aos segredos que regem o Tempo.

Com a lua azul que se aproxima, anunciando uma oportunidade única de se projetar para o passado ou para o futuro, Ever é forçada a decidir entre voltar no tempo e impedir o acidente que tirou a vida de toda a sua família oi ficar no presente e salvar Damen, que parece definhar a cada dia.

Ao contrário do que está escrito antes do teaser desse livro no final de Para Sempre, essa continuação está longe de ser extraordinária. Não que seja ruim, mas também não é tudo isso. De novo, meio a contragosto, fazendo um paralelo com Lua Nova, esse á melhor, por uma razão simples: não tem aquele chororô todo de Bella.

Ever aqui tem que enfrentar não só a tal doença de Damen, mas também o abandono, já que Damen sem dar explicação nenhuma a deixa para se envolver com Stacia, a patricinha popular e líder de torcida (em outras palavras, tudo que Ever já foi um dia) que é inimiga de Ever. Não só isso, mas também seus amigos começam a isolá-la e, capaz de ler seus pensamentos, Ever ainda sabe tudo que dizem dela pelas costas, e não é nada legal. Mas, ao invés de ficar chorando pelos cantos, com um buraco no peito, ela parte para a luta. Ela sabe que algo está fora de lugar e busca a solução. Na verdade, eu sinto é muita pena dela, como sinto muita pena de Harry sempre que leio A Câmara Secreta.

E para salvar Damen e todo mundo na escola (sim, ela é tão perfeita que quer salvar até quem a trata mal), ela conta com a ajuda de Ava, a médium que já apareceu no primeiro e que a ajudou a erguer o escudo de proteção contra os pensamentos alheios. Ava se mostra uma amiga fiel e seus conhecimentos provam ser de grande ajuda. Junto com ela, Ever prossegue em seu treinamento (ridículo…treinamento para ser imortal…) e ela fica ainda mais forte e poderosa (mais até que imortais mais velhos e mais experientes. De novo, isso é ridículo). E reforço, para uma telepata, ela é bem burrinha. E é essa burrice que vai ser o ponto fundamental dos planos de vingança do imortal do mal da vez.

Ever ainda conta com mais duas ajudantes bem bacanas. As gêmeas Romy e Rayne. Apesar de serem idênticas, elas tem personalidades bem diferentes. Uma é boazinha (não sei qual) e a outra é mais incisiva e sarcástica. Mas ambas são misteriosas e falam por enigmas, e bem estranhas. Mas é justamente isso que faz delas as melhores personagens de longe, em todo o livro (até agora). Espero que elas voltem nos próximos.

E há uma novidade: um aluno novo chega à escola. Seu nome é Roman, e, apesar de todos caírem em seu charme, Ever não se deixa enganar. Ele na verdade é dissimulado e esquisito. Suas intenções só se revelam pra valer o final, mas tenho que dizer que é tão patético como Drina. Só que ele tem um lado mais cruel, e a sacada dele no final (não vou falar para não estragar, mas adianto que vai ter repercussão no terceiro livro) foi genial. Só isso já fez ele subir no meu conceito. Mas está longe de ser um bad guy como deve ser. Mas ele provavelmente vai voltar mais para a frente, e aí quem sabe ele volte pior do que já é. Estou torcendo os dedos!

Uma coisa que ficou totalmente fora de lugar foi o relacionamento do professor de História com a tia de Ever. E por que raios ela tem um problema com isso, eu não sei. A tia é maior de idade, solteira e sabe se cuidar. E o professor parece boa pessoa, apesar de ter um interesse esquisito na vida de Ever. Não acho isso lá muito natural, e ele não sabe que sua paixonite é tia de Ever.  Nada a ver com nada.

Não vou mentir, esse é mais chatinho que Para Sempre, mas ainda assim dá para ler rápido. Mas de novo, a autora coloca tanta coisa misturada que no fim acho que nem ela sabe o que está fazendo. Quer dizer, misturar alquimia, magia, física quântica, viagem astral tudo no mesmo lugar, além de ficar confuso, dá a impressão que ela não sabe o que está fazendo. Quero só ver no que esse samba do crioulo doido vai dar.

Trilha sonora

Não tem outra. Apesar de eu detestar qualquer versão dessa música, All  by myself, do Pretenders (que é um pouco menos pior). E ainda Everybody’s fool , My immortal (não é por causa do nome, mas pela letra) e Bring me to life, do Evanescence.

Se você gostou de Lua Azul, pode gostar também de:

  • saga Crepúsculo – Stephenie Meyer
  • The vampire diaries – L. J. Smith
  • coleção House of Night – P. C. e Kristin Cast

domingo, 13 de março de 2011

O enigma da pirâmide

 

o enigma da pirâmide Como muita gente da minha geração (ai, isso me faz sentir velha…), ou vá, lá, quem era criança na década de 80/começo de 90, vai se lembrar desse filme. E, como eu, acho que muita gente começou a gostar de Sherlock Holmes por causa desse filme. E, apesar de a história em si não ter sido escrita por Sir Arthur Conan Doyle, ela é bem fiel a todas as outras aventuras do famosos detetive. Então, qual não foi a minha surpresa quando vi o DVD numa loja outro dia. Não pensei duas vezes e trouxe para casa esse clássico da Sessão da Tarde (que naquela época era bem melhor do que é hoje).

Aqui, Watson, após sua escola fechar as portas, chega a uma nova escola, onde conhece Holmes. E, juntos vão embarcar na que seria sua primeira aventura (o que, os próprios produtores esclarecem, não é bem verdade. Os dois teriam se conhecido muito depois, de acordo com Conan Doyle). Já no primeiro encontro dos dois, Holmes mostra toda sua perspicácia. E a cara de Watson ao constatar que Holmes acerta tudo sobre ele antes mesmo que saiba seu nome é impagável. Assim como mais tarde, quando por efeito de um veneno alucinógeno, Watson tem uma alucinação com docinhos falantes que se oferecem em sacrifício (quer dizer para serem comidos) a ele. Simplesmente hilário. Watson aqui é tudo que conhecemos antes do filme de Guy Ritchie: gordinho, desengonçado e meio medroso.

Holmes por outro lado é mais atlético, meio arrogante e, claro, brilhante. Ele tem plena consciência de sua inteligência e não se importa em mostrar isso aos outros, inclusive ao então Sargento-detetive Lestrade. Ele é mais emotivo aqui também, mas como ressalta Watson, isso muda logo. Segundo o medico, ele só viu seu amigo chorar duas vezes na vida, e ambas são nessa aventura. As perdas que Holmes sofre só fazem alimentar seu medo de ficar sozinho.

Já ia esquecendo de contar um pouco do caso. Após um antigo professor da escola ter supostamente se matado, Holmes começa a investigar as mortes aparentemente sem sentido dos colegas do tal professor, que por coincidência é o tio da namorada de Holmes, Elizabeth (ele ainda não conhecia Irene Adler). Após encontrar um,a pista, Holmes chega a uma seita com raízes egípcias de veneradores de Osíris, o deus egípcio da morte. Aqui que entra a tal pirâmide do título. E, no encalço do assassino, Holmes vai ter que lutar para manter a própria vida.

E também testemunhamos o nascimento do que viria a ser o maior inimigo de Holmes: Moriarty. Mas não vou falar mais nada a esse respeito, para não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu.

Como o filme é antigo, a imagem é toda granulada, mas isso até que ‘da um certo charme ao filme. E os efeitos especiais que na época eram top de linha, hoje estão são pra lá de trash. Ainda assim, é impressionante o homem de vidro que ameaça um vigário, um dos amigos do ex-professor. E, só a título de curiosidade, a animação ficou por conta da Pixar, então um braço da Industrial Light and Magic, a empresa de efeitos especiais de George Lucas. E o encarregado dessa parte foi ninguém menos que John Lassiter, hoje presidente da Pixar.

Ainda: a produção ficou por conte de Steven Spielberg, e tenho que dizer que prefiro o Spielberg dessa época, com filmes como Goonies (outro clássico que eu amo), ET, Gremlins, Indiana Jones (os primeiros, apesar de o quarto ser bem fiel aos anteriores), Jurassic Park. Os filmes mais recentes dele, como AI – Inteligência Artificial ou Minority Report já não me agradam muito. E o roteiro foi escrito por Chris Columbus, responsável também pelos dois primeiros Harry Potter.

Uma boa pedida para quem curte um boa história de aventura. E, para quem se interessar, foi lançado um livro muito bacana contando essa mesma história. Na época, comprei (ou melhor, minha mãe com para para mim) pelo Círculo do Livro. Não sei se ainda é possível achar nas livrarias, mas talvez em algum sebo. Mas sobre o livro, já faz muito tempo que li, só lembro que é muito legal e até que o filme é bem fiel ao livro (mas não sei o que veio primeiro, o livro ou o filme).

Selo Dardos

 

Oi gente! Queria agradecer o Guilerme Primo, do site Cinelise pela indicação. E os meus indicados são:A magia real, da Elis e Um olhar sobre o mundo, da Thalinne.

Os ganhadores do selo devem:

  1. Exibir a imagem do selo no seu blog;
  2. Linkar o blog que o indicou;
  3. Escolher outros blogs para receber o selo;
  4. Avisar aos escolhidos.

Beijos! E obrigada mais uma vez, Guilherme!

sábado, 12 de março de 2011

Para Sempre

 

para sempre Ever Bloom tinha uma vida perfeita: era uma garota popular, acabara de se tornar líder de torcida do principal time da escola e morava numa casa maravilhosa, com o pai, a mãe, uma irmãzinha e a cadela Buttercup. Nada no mundo parecia capaz de interferir em sua felicidade, o céu era o limite! Até que um desastre de automóvel transformou tudo em um pesadelo angustiante. Ever perdeu toda a sua família. Mudou de cidade, de escola, de amigos, e agora, além de todas essas transformações em sua vida, ela precisa aprender a conviver com uma realidade insuportável: após o acidente, ela adquiriu dons especiais. Ever enxerga a aura das outras pessoas, pode ouvir seus pensamentos e, com um simples toque, é capaz de conhecer a vida inteira de alguém. É insuportável. Ela foge do contato humano, esconde-se sob um capuz e não tira dos ouvidos os fones do i-pod, cujo som alto encobre o som das mentes a seu redor. Até que surge Damen. Tudo parece cessar quando ele se aproxima. Só ele consegue calar as vozes que a perturbam tão intensamente. Ever não entende o porquê disso, mas é incapaz de resistir à paz que ele lhe proporciona, à sensação de, novamente, ser uma pessoa normal. Ela não faz ideia de quem ou o quê Damen realmente é. Sua única certeza é estar cada vez mais envolvida... e apaixonada.

Já falei mais de uma vez, e vou repetir que julgo, sim, o livro pela capa. E bastou uma olhada na capa de Para Sempre para me fisgar. Sinceramente, acho que é uma das capas mais lindas que eu já vi (aliás, todas da coleção Os Imortais são maravilhosas). E, depois de um período lendo livros cheios de batalhas sangrentas (que eu adoro. Quanto mais sangrento melhor) e ritmo frenético, eu precisava de algo mais light. E esse livro me pareceu a saída perfeita. E não me enganei.

Não gosto muito de fazer comparações, mas neste caso é inevitável. Este é uma cópia quase idêntica de Crepúsculo, com alguns detalhes diferentes. E antes de ser apedrejada em praça pública pelo comentário, já vou esclarecer que não vejo nada de errado nisso. Aliás, na Antiguidade, copiar alguém era a mais alta forma de elogio. Dito isto, vamos ao que interessa: Ever não é nem de longe tão chata e sem graça como Bella. E Damen, apesar de ser super do bem e certinho, não me parece ser tão careta quanto sua contraparte brilhante.

Ever é uma adolescente típica, tem namorado, é líder de torcida e uma família feliz. Mas tudo muda com o acidente que mata sua família e quase a leva desta para melhor. Ela então tem que mudar de cidade, já que ficou sob a tutela da tia, que mora em Orange County, de escola e de amigos. Agora, Ever é uma menina retraída que se esconde sob um capuz e do i-pod em volume máximo. E com razão. Após o acidente ela voltou com um dom estranho de ver a aura das pessoas e saber tudo o que se passa com elas num simples toque. Mas, para alguém que diz saber de tudo, ela é bem burrinha. Demora mais da metade do livro para descobrir o que se passa com seu namorado.

E chegamos a ele. Damen. Podem dar a desculpa que for, mas essa de Damen não ser um vampiro não colou. Tudo bem, ele não suga o sangue de ninguém, mas ser imortal não é o mesmo que ter poderes mágicos e se mover mais rápido que a luz. Mas, para que não criar mais polêmica, vamos pela premissa da autora. Damen é só imortal. E é perfeito, bom em tudo que faz e ainda serve de amortecedor para o dom de Ever. Não gosta da escola (o cara é esperto, ao contrário de uns e outros) e está sempre à procura de uma desculpa para matar aula. Aposta nos cavalos e não disfarça o desejo que tem por Ever. Quer dizer, ele sabe se controlar, mas não faz objeção nenhuma a levar a coisa mais adiante. Não é nada demais, nada acontece, mas em algum lugar Edward Cullen está vermelho de vergonha só de imaginar.

Claro que sendo tão perfeito, Ever tem uma dura competição. Uma que disputa a tenção do bonitão é a amiga de Ever, Haven. Mas esta é uma coitada, não ameaça ninguém. Falo mais dela daqui a pouco. A outra é Drina, outra imortal que conhece Damen há muito tempo e que se considera sua dona. Típico caso de namorada compulsiva e controladora. Drina arquiteta todo tipo de trapaça para tirar Ever do caminho, mas é de dar pena, porque é claro que ela perde sempre. Chega a ser patético. Mas ela dá uma sacudida na história, o que é sempre bom, senão a história ficaria muito chata. mas ela ainda não é uma vilã.

Os amigos de Ever são um caso à parte. Haven é uma garota que faz de tudo para chamar a atenção dos pais ausentes. E, para falar a verdade, não é lá muito amiga. Ever sabe disso porque lê seus pensamentos, mas mesmo assim, Ever continua a seu lado e se preocupa com ela. E Miles é um adolescente gay assumido que adora chocar o pai. É mais amiga que Haven, mas inda assim não se liga muito na amiga. Está mais interessado em manter seus namoros digitais. Apesar de serem os dois únicos amigos de Ever, ambos são egocêntricos e não estão muito aí para o que se passa com a amiga.

A melhor parte do livro fica por conta de Riley, a irmã mais nova de Ever que continua fazendo visitas à irmã mais velha. Uma das partes mais legais é quando Riley diz que foi espionar celebridades e volta com os podres de um certo ator (confesso que fiquei curiosa de saber quem é). Riley é um refresco na vida de Ever (e na dos leitores). É inquieta e curiosa, como qualquer garota de doze anos. Foi muito divertido nas horas em que ela aparecia com uma fantasia diferente.

Tenho que dizer que achei a leitura por vezes superficial, e meio sem sentido. Explico: a autora passa de uma coisa para outra totalmente diferente e aparentemente sem ligação com a anterior muito rápido. É como se ela não soubesse direito sobre o que escrever. Por outro lado, gostei dessa coisa de ver a aura (eu sempre ia ver no começo o que cada cor quer dizer) e o negócio das reencarnações. Achei bonito esse conceito. Mas, apesar de meio solta, a leitura é prazerosa e, pelo menos neste, o ritmo é gostoso, dá pra ler rapidinho (já vi em outros lugares e minha irmã me contou que o segundo é mais lento). Recomendo para quando se quer dar aquela relaxada.

Trilha sonora

Só porque é mencionado no livro (e porque eu adoro), qualquer música do Evanescence. E uma que cai bem, é Heavy in your arms, da Florence and the Machine. E ainda, não sei bem porque, mas acho que Lying is the most fun a girl can have, do Panic! At the disco.

Se você gostou de Para Sempre, pode gostar também de:

  • Saga Crepúsculo – Stephenie Meyer
  • The Vampire Diaries – L. J. Smith
  • coleção O beijo das sombras – Richelle Mead
  • coleção House of Night – P. C. e Kristin Cast

sexta-feira, 11 de março de 2011

O último oráculo

 

last oracle Em Washington DC, um mendigo é baleado e morre nos braços do Comandante Gray Pierce. O morto segura uma moeda ensanguentada – uma relíquia antiga que pode ser ligada até o Oráculo de Delfos – e ela é a chave para uma conspiração que data desde a Guerra Fria e ameaça as próprias fundações da humanidade. Pois, e se fosse possível criar o próximo grande profeta – um novo Buda, Maomé ou mesmo Jesus? Seria esta Segunda Vinda uma benção…ou desencadearia uma reação em cadeia que resultaria na extinção da humanidade?

Segundos vitais se esvaem enquanto Pierce corre pelo globo à  procura de respostas, um passo à frente de assassinos implacáveis determinados a reaver o artefato de preço inestimável. Repentinamente o futuro de todas as coisas se equilibra no limite entre céu e inferno – e a salvação ou destruição está nas mãos de crianças extraordinárias.

Se a sinopse aí em cima não está muito boa, peço perdão, mas eu tive que traduzir do meu livro. E nem o título do livro eu não tenho certeza se seria esse. De novo tive que improvisar. E aviso aos fãs do Comandante Pierce e cia. que não sei quando (ou se) a Trilogia Força Sigma vai deixar de ser uma trilogia e passar a coleção. Não encontrei nada no site da Ediouro, responsável pela publicação dos outros volumes aqui, nem no do autor. Se alguém tiver alguma informação, eu agradeço.

Mas de volta ao livro. Mais uma vez, a trama é meio batida, mas como eu disse antes, pra quê mexer em time que está ganhando, certo? E mesmo sendo previsível e repetido, não quer dizer que não seja emocionante e envolvente. O ritmo é bem rápido e os cortes entre as narrativas (acho que esqueci de mencionar nos outros que as narrativas mudam de acordo com o personagem focado) são perfeitos, sempre deixam a gente curioso para saber o que vem a seguir.

Gray está um pouco mais sombrio que de costume, já que acredita que seu amigo Monk está morto. Ele já tentou de tudo, mas as autoridades competentes acabaram de declarar Monk oficialmente morto. Mas, como é Gray, quando o misterioso mendigo morre em seus braços, sua curiosidade toma conta e logo ele já está totalmente envolvido numa trama internacional mortal, que o leva até a Índia. Curiosamente, fonte de um dos milhares de estudos de Gray (sim, o cara é verdadeiro Comando em Ação, mas também é cientista).

Mas acontece (SPOILER!) que Monk não está morto. Só que é como se estivesse. Não, ele não virou um vegetal, mas sua memória foi embora, e com ela seu bom-humor e sarcasmo. Ele está quase irreconhecível. Só guardou mesmo o seu lado soldado, treinado em sobrevivência e um pouco do seu lado médico. Não gostei muito disso. Quero o velho Monk de volta!

A parte mais leve do livro ficou por conta de Kowalski, o outro Comando em Ação, misturado com metrossexual. Logo na primeira participação do sujeito, ele já começa com as baboseiras ao se preocupar com o sapato. Eu sei que aqui não aprece muita coisa, mas lendo é hilário. Imagine um cara saradão, daqueles ratos de academia, durão, mas que se preocupa com o sapato. É assim. E eu sei que parece outra coisa, mas o cara joga o time certo. Até aparece uma pretendente para ele. Já não era sem tempo. Só ele ainda não tinha encontrado a cara-metade.

Do outro lado, e mais uma vez previsível, estão os cientistas do mal. Russos (óbvio) que não se conformam com o fim da União Soviética e sonham em recolocar a Terra-Mãe no topo. Claro que para isso eles bolam um plano apavorante e mirabolante. O que eles querem é criar um novo messias, que irá salvar o mundo do mal que eles próprios causaram. Mas por mais malvados que esses caras sejam, não chegam nem perto da Seichan.  Inescrupulosos e ambiciosos como todos, mas acho que ainda falta alguma coisa.

O tal que seria o líder, o messias, é Nicolas. Um político hipócrita, que passa por idealista e patriota, mas que na verdade é manipulado pela sua mãe, essa sim a mestra por trás do projeto. Mas ainda assim, ela não é completa. É uma general russa durona, meio como a personagem de Cate Blanchet em Indiana Jones. Aliás, se ela fosse mais velha, poderia interpretar a tal general no cinema.

Claro que a conspiração não pára por aí. Do outro lado do Atlântico, a ameaça está em Mapplethorpe, um figurão ambicioso e paranóico que mexe em todas as agências especiais americanas. Qualquer sigla que você imagine, lá está ele. E seu objetivo maior é destruir a Força Sigma, por motivos que só ele entende. Na verdade, um menino mimado, é isso que ele é.

Lembra quando eu falei que o plano dos russos era mirabolante? Então, uma parte dele também é cruel. Através de reprodução programada, eles criavam crianças autistas savant (extremamente talentosas, como o personagem de Dustin Hoffman em Rain Man) e depois faziam experimentos com elas. E com animais. Mas por enquanto vamos falar das crianças. Destacam-se no livro Sasha, seu irmão Pyotr e Konstantin. Sasha tem dons divinatórios e é ela que guia Gray e cia. em sua busca. Pyotr é sensitivo, com grande capacidade empática, ele lê o coração das pessoas e animais a sua volta, por isso é capaz de saber suas intenções. É ele o responsável por manter Monk e seus amigos a salvo enquanto fogem pelos Urais. E Konstantin é expert em matemática, sobrevivência e também um hacker de competir de igual com Lisbeth Salander. Todas são fantásticas e não tenho espaço suficiente para me prolongar nelas.

Finalmente não posso deixar de fora uma personagem linda. Marta, a chimpanzé superdotada que foge junto com Pyotr e Monk. Claro que chimpanzés são naturalmente muito inteligentes, mas Marta, por ser fruto dos experimentos dos russos do mal, é quase humana. E maternal. Ela é praticamente uma mãe para Pyotr. Para quem duvida das capacidades desses primatas maravilhosos, lembrem do macaco da novela (sim, não vou mentir. Não assisto muito, mas algumas novelas me agradam muito. Uma foi essa). A macaca da novela era impressionante, chegando a encantar não só nós telespectadores, mas também os produtores por suas reações inesperadas e quase humanas. E para quem se interessa, a Super Interessante desse mês tem uma matéria superbacana sobre inteligência animal.

Enfim, já disse isso e digo de novo. Apesar de batido há algo viciante na série. Não queria fazer uma comparação, mas lá vai: Gray é bem melhor que prof. Robert Langdon. Não que tenha algo errado com ele, pelo contrário. Mas Langdon, por mais impressionante que seja, não é um herói de ação. De qualquer jeito, a Força Sigma é uma boa leitura para quem gosta de ação, história e conspirações.

Trilha sonora

Não tem nada a ver, mas The Animal Song, do Savage Garden tem um verso que faz a gente pensar um pouco, e vem bem a calhar com este livro. Aí vai:

Animals and children tell the truth
They never lie
Which one is more human
There’s a thought
Now you decide

De resto, combina bem com a trilha da trilogia Bourne, puxada por Moby em Extreme Ways (a que toca o final de A Identidade Bourne)

Curiosidades

1) No livro (e segundo o autor, existe mesmo), há uma sociedade de cientistas chamada de Jason (Jasão, em português). Esse nome vem da lenda grega. E para quem ainda não leu O Mar de Monstros, aí vai: Jasão era filho do Rei Esão, mas este, cansado do governo, passou a coroa a seu irmão, Pélias, que deveria entregar a Jasão quando ele atingisse a maioridade. Sim, esse foi um passo muito estúpido, e quando finalmente chegou a hora, Jasão foi reclamar seu reino. Mas Pélias, fingindo que entregaria a coroa, diz que entregaria o governo se Jasão lhe entregasse o Velocino de Ouro (sim, aquele mesmo que Percy teve que pegar para proteger o Acampamento Meio-Sangue), missão que era impossível. Jasão então reuniu um grupo de expedicionários e embarcou em um arco chamado Argo, por isso eles eram conhecidos como argonautas. Claro que depois de muitas aventuras e a ajuda de Hera (olha só, ela consegue ser boazinha quando quer!) e Poseidon, Jasão finalmente encontra o Velocino. Mas o rei da Cólquida, onde o Velocino estava, diz que só entrega o prêmio se Jasão passasse por algumas provas bem difíceis, inclusive arar a terra com dois touros de pés de bronze que soltavam fogo pelas narinas. Jasão aceita, mas antes, consegue os favores de Medéia, que o ajuda em troca do casamento. Medéia então ajuda Jasão e eles se casam e têm filhos e fogem com o Velocino. Mas mais tarde, Jasão renega Medéia para se casar com Creúsa, filha de Creonte (o tio de Édipo). Medéia, com raiva, mata os filhos e Creúsa na frente de Jasão. Muito tempo depois, Jasão foi morto por um pedaço de madeira da nau Argo. (Fonte:Jasão e o velocino de ouro e também O livro de ouro da Mitologia, de Thomas Bulfinch)

2) Édipo foge de sua cidade por medo de matar seu pai. De onde veio a profecia? Do Oráculo de Delfos. Hércules quer saber seu destino. Onde ele vai? Ao Oráculo de Delfos. Sim, esse era o maior oráculo da Grécia antiga. Todos recorriam a ele para saber seu destino e de suas nações. O templo era dedicado a Apolo, e suas sacerdotisas eram as pitonisas e faziam as profecias em estado de transe, induzido pelos gases emitidos por uma fenda no local. Era localizado aos pés do Monte Parnaso, onde os gregos acreditavam que os deuses menores habitavam. Nas suas portas estava a inscrição “Ó homem, conhece-te e ti mesmo e conhecerás o Universo” frase atribuía aos Sete Sábios. O oráculo influenciou toda a colonização grega da Itália e da Sicília e era o centro religioso do povo helênico. (Fonte: Oráculo de Delfos)

Se você gostou de O último oráculo, pode gostar também de:

  • Trilogia Força Sigma – James Rollins
  • O código Da Vinci – Dan Brown
  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • Fortaleza Digital – Dan Brown
  • O último templário – Raymond Khoury

terça-feira, 8 de março de 2011

Os Pilares da Terra I – A destruição do templo

 

pillars Claro que depois de ler (e um tempão de espera), eu finalmente assisti a primeira parte da série baseada no livro de Ken Follett. reforço: BASEADA. Isto não quer dizer que cada linha do livro é dita na série. E, pelo menos nesta primeira parte, é bem fiel ao livro. Só o ritmo é mais acelerado, quer dizer, as coisas acontecem mais rápido, e as crianças são mais velhas. Mas ambas as mudanças até agora eram esperadas. E eu até gostei disso.

E a produção não fica atrás do livro. Tanto que o próprio Ken Follett, além de ser consultor da série, também gostou muito do resultado. E se ele gosta, quem somos nós para contestar?

Mas de volta à série. É muito legal finalmente colocar rosto aos personagens. E as atuações são de primeira. Principalmente  de Eddie Redmayne, que faz Jack Jackson. Ele passa boa parte do tempo calado, exatamente como no livro, e sua atuação fica por conta de sua expressividade. Claro que ele também é meu personagem favorito, mas uma coisa é o personagem escrito, outra é ele interpretado, e quer seja o ator ou os produtores, entenderam perfeitamente Jack.

jack

Outro destaque é Rufus Sewell como Tom Builder. Eu adoro essetom ator, mas até agora só tinha visto ele nos papéis de vilão (Conde Adhemar em Coração de Cavaleiro, Rei Mark em Tristão e Isolda – tá neste último não é exatamente o vilão, mas se opõe ao casal central – entre outros), e todos executados muito bem. Aqui, ele traz ainda mais sensatez ao personagem. A escolha não poderia ser melhor. A cena dele abandonando o filho é comovente.

Waleran também está muito bem representado por Ian McShane. Como acontece com Jack, a essência do personagem foi perfeitamente entendido na série. O perfeito duas-caras, para Philip ele aparece como o salvador. Mas esconde suas verdadeiras intenções. Não adianta, seja na Roma de César e Augusto, em Kingsbridge, na Inglaterra da dinastia Tudor ou no Brasil atual, uma coisa que não muda é a corrupção. E ela está muito bem representada por Waleran Bigod.

Sues associados Regan Hamleigh (Sarah Parish) e seu filho William (David Oakes) também não ficam atrás. Aliás, logo de cara William mostra seu medo estúpido de arder no inferno e a cana dele sendo banhado pela mamãe é bem emblemática e perturbadora. Mas perfeita. E Regan deixa bem claro quem manda em casa.

regan   william

Finalmente, Philip (Matthew Macfadyen), com todos os seus escrúpulos e ingenuidade, também está muito bem na fita. O ator passa para nós todos os conflitos por que passa Philip, mas também deixa clara sua ambição.

Também gostei muito de Aliena (Hayley Atwell) e Ellen (Natalia Wörmer). Ambas são fortes e expressam suas opiniões com eloquência e sem medo.

aliena

A ambientação também é fantástica. Kingsbridge é exatamente como eu imaginava e as roupas e caracterização do elenco é caprichada.E todos os outros aspectos (como por exemplo a falta de higiene as famigeradas sangrias) estão ali. Tudo é bem rústico, exatamente como deveria ser naquela época. Vale a pena conferir.

Para dar um gostinho: Os pilares da Terra - vídeo

domingo, 6 de março de 2011

Shrek para sempre

 

Shrek forever Aproveitando o feriado e o fato de eu detestar carnaval, dei uma passada na locadora. E, fã de Shrek que sou, vi o filme lá, dando sopa e resolvi pegar. Eu não assisti no cinema por um motivo simples: não gostei do terceiro. Adoro de paixão os dois primeiros, mas Shrek Terceiro foi uma decepção. Engraçadinho, sim, mas todos os elementos que fazem com que os dois primeiros funcionem e sejam geniais (sarcasmo, piadinhas de duplo sentido e as paródias de filmes famosos) ficaram de fora, fazendo com que o filme, para nós com um pouquinho mais de idade, ficasse infantil e forçado. Será que os produtores nunca ouviram dizer que em time que está ganhando não se mexe? Claro que não. Para provar o que eu digo: no final deste, quando os créditos vão subindo, há uma espécie de retrospectiva dos outros filmes, contando com personagens que já não aparecem. Artur (dublado em inglês por Justin Timberlake, já um sinal de fria) ficou de fora. Coincidência? Não acredito.

E este último, apesar de ser melhor que o terceiro, ainda parece forçado. A equipe parece que está tentando demais voltar ao formato original, mas ao mesmo tempo ser mais de acordo com a criançada (NEWSFLASH! Mesmo com toda a ironia, a molecada adora os primeiros!). A história é sem sentido, e parece apelativa, como se quisessem espremer mais algum dinheiro de uma franquia absurdamente lucrativa (o que obviamente conseguiram), mas que tinha perdido algo de seu encanto.

Tudo começa com um Shrek infeliz com a vida que leva junto a Fiona e seus filhos, saudoso dos tempos em que era um ogro aterrador. Típica crise de meia idade (Helloo! Compra um carro esportivo que passa!). E bem nessa hora aparece um duende ambicioso que engana o ogrão para assinar um contrato, prometendo sua antiga vida por um dia. Claro que tem uma pegadinha, e nem tudo sai do jeito que Shrek quer. Ele simplesmente não existe, ninguém o conhece e Far Far Away está de cabeça para baixo, sofrendo com a tirania do dito duende.

Rumpelstiltskin, o tal duende, não chega perto de Lorde Farquad ou da Fada Madrinha. Ao contrário, parece sim uma criança birrenta que bate o pé quando não pode brincar com seus brinquedos favoritos. E ele dá vários pitis no filme para provar. É um vilão sem graça nenhuma. Sinceramente podia ser melhor. Ficou muito abaixo do esperado. E, na história original, o contrato é quebrado ao se adivinhar seu nome, ao contrário do que acontece no filme. Não tenho nada contra as subversões dos contos de fada. Aliás, no segundo, com a Fada Madrinha como vilã isso deu muito certo, mas aqui deveriam ter se mantido fiéis ao original. Seria mais interessante. E não, não vou revelar como o contrato é quebrado, mas digo que é absolutamente idiota e nem um pouco original (já usado inclusive no próprio Shrek).

A melhor parte fica por conta do Gato de Botas, e neste caso, acho que é mais por uma piada interna. Neste filme, o gato virou um gato comum, gordo, preguiçoso e mimado, e me lembra muito o meu gato, Tito. A graça ficou por conta de eu ver o meu gato refletido no Puss. Acreditem, se meu gato falasse ,seria “Alimente-me, se puder”. Fora as semelhanças físicas entre os dois: a mesma cor e a mesma barriga protuberante (mas que eu adoro!). Para que quiser saber mais sobre o Tito, é só clicar no marcador Eu e minha dona. Lá tem uma foto e toda a personalidade do meu bichano.

O filme não é de todo ruim, mas serve mesmo só como uma sessão da tarde, num dia em que não temos nada mais interessante para fazer. Mas o charme dos primeiros passam longe deste.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Roma

 

roma I Sem dúvida a melhor série que eu já assisti (e olha que eu sou rata de séries, assisto várias.É, gosto mesmo de enlatados americanos) é Roma. E, ao assistir novamente, minha opinião não mudou nada.

Infelizmente, a série teve somente duas temporadas, devido ao alto custo de sua produção. E não é para menos. Os cenários são belíssimos e bem realistas. E são vários, como o senado de Roma, as villas dos nobres e até o palácio de Cleópatra em Alexandria (incluindo aí o famoso farol). Todo esse luxo se mistura com as favelas dos subúrbios de Roma e as insta;ações dos acampamentos de guerra. É só colocar o DVD para embarcar em uma fantástica viagem ao passado e a todo o esplendor do Império Romano.

E o elenco é de primeira. É até difícil ressaltar um só personagem, pois todos são muito bem trabalhados e brilhantemente interpretados. O único que deixa um pouquinho (e bem pouquinho mesmo) a desejar é Tobias Menzies, que faz o papel do traidor Brutus. Mas para ser justa com o cara, acho que a culpa é mais do personagem, que é fraco, sem personalidade e que se deixa guiar sempre pela cabeça dos outros. Quer dizer, o cara não tem uma ideia que seja dele mesmo, tudo que ele faz é ditado por sua mãe, Servília, ou por Cato e Cícero.

Falando em Servília, tenho que ressaltar que uma coisa que chama muito a atenção é o embate entre duas mulheres fantásticas nos bastidores do poder. Já diz o ditado popular que por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher. Em Roma isso fica bem evidente. De um lado está Servília, interpretada com excelência por Lindsey Duncan (a mãe de Alice em Alice no País das Maravilhas). Ela á amante de César e representa bem o ditado que diz que não há fúria maior que uma mulher abandonada. Aparentemente uma mulher doce, ela se transforma e esconde uma mulher inescrupulosa e capaz de toda sordidez quando se sente ameaçada ou humilhada. Nessas horas, pode apostar que a retaliação vai chegar.

atia e servilia

Do outro lado está uma das minhas personagens preferidas (tanto desta série como de outras) Átia dos Júlios. Sobrinha de César, ela é a mãe de Otávio e amante de Marco Antônio. Sua intérprete é Polly Walker, e ela desempenha o papel de forma brilhante. Ela não é tão discreta quanto Servília, e nem tão contida, chegando mesmo a mandar matar o marido da filha, Otávia (Kerry Condon) para casá-la com um marido que lhe dê mais poder. Mas é impossível não se deliciar com suas maldades. Uma coisa tem que ser dita sobre ela: ela é totalmente devota a Marco Antônio.

Falando nele, essa série mudou totalmente minha visão dele. Boa parte disso se deve ao carisma e extrema competência de James Purefoy. Confesso que quando o vi em Coração de Cavaleiro (ele faz o Rei Eduardo), não dava muita coisa por ele, mas isso mudou na primeira aparição dele na série. Ele é outro dos meus personagens preferidos. Ele é perspicaz e ambicioso, mas acima de tudo um guerreiro.

No meio disso tudo estão dois soldados que, meio sem querer chegam às graças do alto escalão de Roma. Eles são Lúcio Voreno (Kevin McKidd, o Poseidon de Percy Jackson) e Tito Pullo (Ray Stevenson, e, sim, meu gato deve seu nome a ele). No início os dois não se dão muito bem, mas logo descobrem que são na verdade amigos do peito. Lúcio Voreno é um comandante decente, leal e cheio de escrúpulos, enquanto Pullo é um fanfarrão, devasso e que tem um certo desrespeito às regras. Mas seus papéis se invertem na segunda temporada, e, sinceramente prefiro o Pullo da primeira.

pullo e voreno

Por último devo destacar Otávio. Na primeira temporada ele é interpretado com muita eficiência por Max Pirkis (que é uma das poucas coisas que salvam Mestre dos Mares) e na segunda por Simon Woods. Apesar deste ser um excelente ator, fica na sombra de Max Pirkis. E ambos mostram porque Otávio era o cara.Estudioso, ele não era lá muito bom em embates físicos, mas era extremamente político, e com uma perspicácia tal que parece que vê a alma dos outros. Não é à toa que foi o maior imperador que Roma teve.

otávio 2

Quase me esqueço da mulher que quase derrubou o Império Romano, não uma, mas duas vezes. Cleópatra, claro. Interpretada por Lindsey Marshal, ela é uma mulher lasciva e adora se drogar. Sua grande ambição, como todo mundo sabe, é ser a rainha em Roma e assim  dominar o mundo. E o que eu acho interessante é que na minha opinião, com todo o respeito à atriz, encontraram uma mulher tão baranga quanto dizem que a verdadeira Cleópatra realmente era (sinto muito acabar com as fantasias de muito marmanjo, mas segundo estudos recentes, Cleópatra não era a beldade que se acreditava). Apesar de ela ser uma boa atriz, acho a personagem nojenta e sua voz é extremamente irritante.

roma II A primeira temporada cobre os eventos desde a queda da República e ascensão de Júlio César como imperador até seu assassinato no mármore do senado (uma cena muitíssimo bem executada, aliás) e a segunda vai desde o funeral de César, passando pelo triunvirato de Marco Antônio, Lépido e Otávio até a ascensão de Otávio como imperador. Todos os personagens são reais, mas, apesar de serem mencionados em vários documentos, a história de Pullo e Voreno é fictícia (afinal, a República não teve seu fim por causa de Pullo, nem ele foi o pai de Cesarion, filho de Cleópatra e Júlio César). Mas apesar das licenças criativas, a série é uma verdadeira aula de História. Mas aviso que há várias cenas fortes, então esteja preparado para muito sangue e outros excessos. Aí vai uma mostra: vídeos Roma

Se você gostou de Roma, pode gostar também de:

  • The Tudors
  • As memórias de Cleópatra – Margaret George
  • César e Augusto – ambos de Allan Massie (mas aviso que achei César, o único que eu li dele, meio decepcionante)

quarta-feira, 2 de março de 2011

A pirâmide vermelha

 

Pirâmide vermelha Desde a morte de sua mãe, Carter e Sadie viveram perto de estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós, em Londres, seu irmão viajava pelo mundo com seu pai, o egiptólogo brilhante, Dr. Julius Kane.
Uma noite, o Dr. Kane traz os irmãos juntos para uma experiência de “pesquisa” no Museu Britânico, onde ele espera para acertar as coisas para sua família. Ao contrário, ele liberta o deus egípcio Set, que expulsa-lo ao esquecimento e forças das crianças a fugir para salvar suas vidas.
Logo, Sadie e Carter descobre que os deuses do Egito estão acordando e, o pior deles – Set – tem a sua visão sobre os Kane. Para detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa viagem em todo o mundo – uma busca que traz os cada vez mais perto da verdade sobre sua família e seus vínculos com uma ordem secreta que existiu desde o tempo dos faraós.

 

Como diz minha irmã, Rick Riordan ainda vai me levar à falência. Não bastasse ter escrito uma séria fantástica como Percy Jackson, misturando mitologia grega com muita aventura, agora é a vez dos deuses egípcios darem as caras. E sua participação, assim como a dos deuses gregos, é bem divertida.

Mas vamos começar pelo início. Essa história gira em torno de dois irmãos, Sadie e Carter, que precisam resgatar seu pai do malvado deus Set, o senhor do caos. Mas eles não sabem que seu envolvimento com os deuses é bem mais profundo do que eles imaginam.

Carter é o mais velho e mais certinho. Ele vive com o pai, indo de um  lugar para outro e visitando os lugares mais exóticos por conta do trabalho do pai, que é arqueólogo. Carter é inteligente, gosta de ler e se veste bem. Ele também é o mais sério dos dois irmãos. Como vive viajando de um lado para o outro, Carter aprendeu tudo com o pai. Mas apesar de ser sério, ele tem senso de humor e é um lutador nato.

Sadie, por outro lado, é bem sarcástica e tem uma vivacidade incrível. Ela mora com os avós em Londres e vai para a escola como todo mundo. Mas se ressente de Carter pelo tempo que o irmão passa com o pai (ele também se ressente de Sadie por ela ter uma vida normal). Ela só passa dois dias por ano com o pai e o irmão, mas quando seu pai é capturado por Set, ela não hesita em se juntar ao irmão para salvar o pai. E, apesar de ser quase uma estranha para o irmão, é absolutamente leal a ele.

E apesar de os irmãos Kane serem muito legais, um doce par quem, adivinhar o meu personagem favorito. Bastet, claro, a deusa-gata. Ela ajuda e protege os Kane durante sua busca, bem como também os ensina muito. Ela e sábia e tem atitudes típicas dos gatos (sim, eles realmente dominam o mundo), o que deixa sua partici[ação bem divertida, especialmente para quem tem gatos (algumas coisas só nós, gateiros, entendemos).

Também ajudando, estão Amós e Zia. O primeiro é tio de Carter e Sadie, e devo admitir que ele é meio assustador. Desconfiado, ele está constantemente olhado por sobre os ombros. Já Zia é uma aprendiz na Casa da Vida, onde todos os magos egípcios apendem. Ela é corajosa e poderosa, mais do que se dá crédito.

Do outro lado estão os magos da Casa, que tem uma rixa antiga com os Kane por terem quebrado uma regra da Casa, que era a de nunca invocar os deuses. Carter e Sadie não sabem disso no começo, mas isso tem a ver com a morte de sua mãe, e o responsável por esse delito é seu pai. Desjardins é o líder desse grupo. Ele é um mago fanático, daqueles que atiram primeiro para perguntar depois.

E os deuses, claro. O melhor é, sem dúvida, Tot, o deus do conhecimento. Ele aparece como um cientista meio maluco (alguém aí pensou no Sheldon, de Big Bang Theory?), cercado de babuínos (seu animal sagrado). E Anúbis, o deus ceifador (ele não é o deus dos mortos, esse é Osíris), que aparece como um adolescente por quem Sadie tem uma quedinha (na verdade, acho que é um precipício). Ísis e Hórus também aparecem, mas vou deixar para voc6es descobrirem como.

Uma coisa que eu gostei bastante no livro foi a forma como foi escrito, como se os irmãos Kane tivessem gravado tudo e alguém recuperasse a gravação. E uma das coisas mais legais no livro é exatamente as interferências deles, entre parênteses, mostrando uma relação entre irmãos como outra qualquer, com sopapos e provocações constantes. E os avisos do “autor” no começo e no final dão um toque todo especial.

E tem mais uma coisa. Apesar de serem outros deuses, eles reconhecem a existência de outros (ao contrário de várias outras religiões, inclusive o catolicismo) e não interferem com os outros. Até tem uma passagem bem engraçada com Tot reclamando de ser comparado com Hermes (apesar de eles se parecerem um pouquinho).

Mais uma vez, Rick Riordan acertou na mosca, com um livro recheado de bom humor e ação. Vale a leitura. Ah! E uma boa notícia: o segundo livro da série, The throne of fire (O trono de fogo, possivelmente), vai ser lançado dia 3 de maio nos EUA!

Trilha sonora

Algo me diz que Sadie gostaria de alguma coisa do 30 seconds to Mars, como Kings and queens, The Kill ou A beautiful lie. E, com eles Bad romance é ótima também para embalar o livro.

Curiosidade

Bastet era a deusa egípcia da fertilidade e protetora das mulheres grávidas. Ela era uma divindade solar, mas quando os gregos chegaram ao Egito, associaram Bastet a Ártemis, e ela passou a ser uma divindade da lua, em vez do sol. (Fonte: Bastet)

Filme

a múmia Já esclareço, não, não é baseado no livro, mas é impossível não associar com A Múmia e seus filhotinhos. Particularmente, gosto mais do primeiro, mas O retorno da múmia também é bem divertido, principalmente pela capacidade de tirar um barato com o anterior. O terceiro é mais fraquinho, e acho que parte do encanto se foi junto com Rachel Weiz (substituída por Maria Bello no terceiro), de qualquer jeito e sempre uma delícia ver Brendan Fraser trabalhando.

Se você gostou de A pirâmide vermelha, pode gostar também de:

  • Percy Jackson e os Olimpianos – Rick Riordan
  • coleção Harry Potter – J. K. Rowling
  • coleção Ramsés – Christian Jacq
  • coleção A pedra da luz – Christian Jacq