domingo, 27 de fevereiro de 2011

Meme – Vale a pena ler de novo

 

Gente, hoje recebi a primeira indicação para um mem, da Thalinne do blog Um olhar sobre o mundo. Aí vai:

MEME_L~1

1 – São vários: qualque Harry Potter, O senhor dos anéis, As brumas de Avalon, As crônicas de Artur, As crônicas do gelo e do fogo, Mundo sem fim, Mundo de Tinta, Percy Jacksn,A sombra do vento, A menina que roubava livros, só pra mencionar alguns

2 - Não escolheria só um. Isso é tortura! Não sei nem como ecolher. Só pelo que respondi na anterior, dá pra ter uma ideia de quanto isso é difícil para mim.

3 – Mundo sem fim, Guerra dos tronos (Crônicas do gelo e do fogo) e A sombra do vento

4 - Não vou conseguir 10, mas

Obsession Valley

A magia real

As meninas que leem livros

Hellen's Stuffs

Livromaníaca

Matematicando

Can I tell you a story?

5 - Um olhar sobre o mundo

Espero que gostem! Beijos!

Queda de Gigantes

 

Fall of giants Queda de gigantes é o novo épico de Ken Follett. O primeiro romance desta trilogia segue o destino de cinco famílias durante a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. Aos 13 anos de idade, Billy Williams entra em um mundo de homens nos poços de mineração de Gales. Gus Dewar, um estudante de direito norte-americano sem sorte no amor, encontra uma carreira nova e surpreendente. Dois irmãos órfãos russos, Grigori e Lev Peshkov, embarcam em caminhos radicalmente diferentes separados por metade do mundo quando seus planos de emigrar para os Estados Unidos falham por causa da guerra e da revolução. Estes e muitos outros personagens têm suas vidas intimamente entrelaçadas em uma saga que se desdobra em drama intrigante e complexo. Queda de gigantes vai de Washington a São Petersburgo, da sujeira e do perigo de uma mina de carvão aos candelabros brilhantes de um palácio, dos corredores do poder para os quartos dos poderosos. Como sempre acontece com Ken Follett, o contexto histórico pesquisado é brilhante e a ação processada em movimentos rápidos. Os personagens são ricos em nuances e emoção. Está nascendo um novo clássico.

Acho que nem preciso dizer que depois de ler Mundo sem fim e Os Pilares da Terra, me apaixonei por Ken Follett. E não via a hora de ler o mais novo livro dele, Queda de Gigantes, o primeiro volume da trilogia (óbvio, se eu gosto…) O Século. Logo nas primeiras páginas já pude perceber que o livro seria maravilhoso. E não me enganei. Apesar das oitocentas e tantas páginas, dá pra ler rápido (só não acabei antes porque depois que comecei a ler voltei de férias no trabalho e na faculdade).

Mais uma vez, Ken Follett se utiliza de pesquisa rigorosa e a I Guerra Mundial e a Revolução Russa servem de pano de fundo para as histórias de cinco famílias que acabam se cruzando.

O livro começa com a iniciação de Billy Williams, aos treze anos, na mina de carvão. E é impossível não se apaixonar por ele só pelo prólogo. Só por aqui ele já mostra que é um jovem determinado e que enfrenta as dificuldades com a cabeça erguida. E ele também não é de levar desaforo para casa. Seu pai, um trabalhador do sindicato dos mineiros, é quem o ensina os ideais do partido trabalhador inglês, ideais esses que Billy não abandona e leva consigo para a guerra. E justamente por isso é que ele vai enfrentar problemas no decorrer da história.

Sua irmã Ethel, por outro lado, começa como uma criada na casa dos Fitzherbert, e para quem foi criada sem alienações, é bem burrinha. Orgulhosa, acha que o povoado de Aberowen, onde mora, é muito pouco para ela. Quer dizer, ela é que é importante demais para o vilarejo. Mas sua soberba tem um  preço, e quando ela se envolve com o patrão, ela descobre que esse preço é amargo. Mas ela aprende a lição, e se torna uma mulher forte e de opinião.

Fitz, o patrão, é um lorde típico: alienado e que se acha o dono do mundo só porque faz parte da aristocracia. Como todo político, ele pensa primeiro no seu ganho, e, no início, é um completo idiota (na verdade, no livro inteiro, mas no começo é pior), sempre querendo se provar útil a seu país, puxando o saco de todos os homens influentes que encontra, mas que na verdade não tem ideia do que acontece fora dos muros de sua casa.

E nem dentro, pra falar a verdade. Sua irmã, Maud, na minha opinião a melhor personagem feminina da história, se apaixona por Walter, um espião alemão amigo de Fitz, mas que, ao contrário de Fitz, é um pacifista. Claro que os dois vão enfrentar muitos problemas, mas seu amor é mais forte que tudo e eles conseguem superar todos os obstáculos. Maud é uma rebelde, que ajuda os mais pobres e tem ideias bem avançadas para a época em que vive.

Outro personagem importante é Gus Dewar, um assessor do presidente americano, também colega de Fitz. Ambicioso, ele vê sua vida mudar completamente com a guerra (bem, todos os personagens, na verdade). Ele é meio desajeitado, e se transforma totalmente quando os Estados Unidos são obrigados a lutar.

Seu destino se mistura com o de Lev Peshkov, um órfão russo que sonha em emigrar para a América. Lev é ganancioso e vive de pequenos golpes e sempre acabe se metendo em encrencas, principalmente por causa de mulheres. No começo, ele vive em São Petersburgo com seu irmão Grigori, que é o oposto de Lev. Onde Lev é irresponsável e não tem medo de arriscar, Grigori é cuidadoso e reservado. Grigori vê seus sonhos irem por água abaixo por causa do irmão, e, apesar de amá-lo, se ressente por isso. Grigori é trabalhador e se opõe quase religiosamente ao Czar. E tem razões para isso. Desta forma, é absolutamente devotado ao partido Bolchevique e vai ser um personagem importante na Revolução.

Mais uma vez, Ken Follett traz uma história repleta de ação e romantismo e com um ritmo adequado. E um passeio delicioso pela História recente. O segundo volume vem em 2012, e já aguardo ansiosamente.

Nota histórica

Não vou comentar nada, porque todas as razões para a Guerra e a Revolução estão muito bem explicadas no livro, seria repetir o que o autor já faz de forma brilhante.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

The Tudors – Primeira temporada

 

The tudors 1 Apaixonada por História que sou, já vinha namorando essa série fazia tempo, mas comprei faz poucos dias. E não fiquei decepcionada. Apesar de ainda deixar um pouco a desejar, na minha opinião, a série é muito boa e cada episódio deixa a gente com vontade de ver mais.

A série acompanha a vida do Rei Henrique VIII, conhecido por fundar o Anglicanismo na Inglaterra, e também por ter se casado seis vezes, além de ter tido diversas amantes. Ele é interpretado pela delícia Jonathan Rhys-Meyers, e, embora eu ache que sua atuação é um tanto limitada (aqui. Em Missão Impossível 3 eu acho que ele rouba a cena), leva bem o papel. Ele faz um tirano, devasso e dado a ataques de fúria que vêm e vão num passe de mágica. Acho que isso é um pouco de exagero, mas também não dá pra dizer que um cara que casou seis vezes e mandou matar metade das esposas de equilibrado.

De longe o melhor personagem é o cardeal Wolsey. Interpretado muitíssimo bem por Sam Neill (o Dr. Alan Grant de Jurassic Park). Ambicioso, é ele que governa a Inglaterra por trás de Henrique, a quem ele manipula com facilidade. Como todos os cardeais corruptos, ele é insidioso e dissimulado, capaz de enganar qualquer um. Bom, nem todo mundo cai no seu teatro. A rainha, Catarina de Aragão é uma das pessoas que não se deixa enganar. mas o fim do cardeal não é dos melhores. Merecia um final mais digno dele.

Voltando a Catarina de Aragão, a primeira esposa de Henrique VIII, ela é de dar pena. Na primeira temporada, acompanhamos o processo de divórcio dela do rei, sob a alegação de que ela era esposa do irmão mais velho de Henrique, Artur (isso é verdade). Apesar de o motive real do pedido ser Ana Bolena (já chego nela), Henrique acreditava piamente que seu casamento com Catarina era ilegal, e por isso ele não conseguia um herdeiro ao trono (com ela, ele só teve Mary Stewart). Claro que não ajudava o fato de o rei passar mais tempo com as amantes do que com a rainha. Ela é de dar pena. É obrigada a assistir calada seu marido desfilando com Ana Bolena, e até ao embaraço de ter sua virgindade quando do casamento questionada em um julgamento público. Mas ela não é assim tão passiva. E, no julgamento, ela tem o seu melhor momento, a meu ver.

Ana Bolena, por sua vez, apesar de não ser nenhuma santa, também é de dar pena. Ela é manipulada pelo pai e pelo tio, e obrigada a se aproximar de Henrique. A garota é tratada como gado, como um joguete (não que ela se importe muito, mas isso porque ela ainda não sabe o que o destino lhe reserva). Natalie Dormer, sua intérprete, é meio fraquinha, e suas caras e bocas são irritantes, mas até que dá pra levar.

THE TUDORS - Season 2 Uma ótima surpresa, no entanto, é o cunhado do rei, Charles Brandon, interpretado pela outra delícia (e, pra mim, até mais que Jonathan Rhys-Meyers) Henry Cavill (pretendente de Victoria em Stardust) . E aqui entra uma liberdade criativa da série (uma de muitas, a começar pelo próprio rei, que com certeza não era tão sexy e jovem como esse. Thank God for that!). Ela realmente era cunhado de Henrique, mas era casado com outra irmão dele, não Margareth. Brandon é tão devasso como Henrique, e nutre um ódio imenso por Wolsey (ele e o resto do elenco, fora Henrique). Ele é um dos conselheiros mais próximos do rei, e chega lá, claro, através de trapaça.Mas acho que ele era mesmo amigo de Henrique (pelo menos na série é o que aparenta, não sei o personagem histórico). E Henry Cavill manda muito bem na interpretação. A boa notícia é que ele permanece com sua linda cabecinha no seu lindo pescocinho (e o resto do corpinho maravilhoso) até o final da quarta temporada.

Ambientada no começo do século XVI, a caracterização está impecável, tanto no que diz respeito aos cenários de tirar o fôlego como no figurino maravilhoso, principalmente das mulheres, que deviam sofrer muito com aqueles vestidos, mas que são muito mais lindos que qualquer roupa de hoje em dia.

O começo é meio confuso, por causa do número de personagens e vários têm o mesmo nome, como Thomas More e  Thomas Cromwell (aliás, na primeira temporada são nada menos que 7 Thomas no total), mas, apesar das liberdades criativas, ainda é um belo passeio pela história inglesa, num de seus períodos mais fascinantes.

E se você gostou, a autora Philippa Gregory tem uma série de livros baseados na dinastia Tudor, a saber:

  • A irmã de Ana Bolena – sobre Maria Bolena, que foi amante de Henrique antes de Ana;
  • A herança de Ana Bolena – sobre a prima e a cunhada de Ana;
  • A princesa leal – sobre Catarina de Aragão;
  • O amante da virgem – sobre Elizabeth I, filha de Ana e Henrique, que o sucederia no trono;
  • O bobo da rainha – sobre Mary Stewart , filha de Henrique e Catarina;

dentre outros, que eu pretendo ler (tantos livros, tão pouco tempo…)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Fúria de Reis

 

Como já faz alguns dias que eu não escrevo nada, já estava com os dedinhos coçando. Mas tenho motivo. Só escolhi livros “pequenos” pra ler nessas férias: A guerra dos tronos (591 páginas), A batalha do Apocalipse (596 páginas) e o menorzinho de todos, Fall of Giants (852 páginas). E como não sou daquelas que lê 500 páginas em 5 horas, está levando algum tempo pra eu ler.

Generic Image Mas, tenho ótimas notícias para quem é fã de George R. R. Martin. Já está em pré-venda Fúria de Reis, o segundo volume das Crônicas do Gelo e do Fogo. Olha aí a capa, mais uma vez, maravilhosa. E, como já disse na resenha de A batalha do Apocalipse, pra variar, eu já tinha comprado os outros três que foram lançados nos EUA. Mas como são importados, pode levar até sete semanas para chegar (eu pedi faz duas semanas). Se bobear, a versão brasileira chega antes do meu. Again, just my luck…Mas apesar da espera, não me arrependo. Vou devorar mesmo, assim que chegarem.

E, só relembrando que a HBO vai transformar o primeiro em série. E, segundo eu soube, cada temporada vai cobrir um livro. Ou seja, podemos esperar pelo menos quatro temporadas. E, só pra dar um gostinho, aí vai o link pra ver o making-of da HBO: Inside A Game of Thrones – HBO. Infelizmente, tanto o trailer como esse especial entregam muita coisa pra quem leu (e pra quem não leu mas presta atenção também).

Por hoje é só, mas podem esperar a resenha de Fall of Giants (Queda de Gigantes) até o fim do mês. Apesar de ser longo, dá pra ler bem rápido.

Beijos e até a próxima!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Amor e outras drogas

 

lova drugs Assim que eu vi o cartaz desse filme, eu sabia que eu tinha que ver. Uma tarefa que se mostrou bem agradável, aliás. Mas com Jake Gyllenhaal, até romance de cowboy gay é bom (mas uma vez só basta). Amor e outras drogas é uma comédia romântica que trata com bom humor e delicadeza o que é o convívio com um paciente de Parkinson.

Jamie (Jake Gyllenhaal) é um representante farmacêutico em plena época de lançamento do Viagra. Ele só quer saber de aproveitar a vida e não quer nada sério. Isso até conhecer Maggie (Anne Hathaway), jovem cheia de vida, bonita e, como ele, não está interessada em nada sério. O problema com Maggie é que ela já começa a apresentar sinais de Parkinson, aos 26 anos de idade. Daí sua resolução de viver intensamente a cada dia.

Daí pra frente o filme é previsível: eles se apaixonam e ambos não sabem direito como lidar com isso. As coisas são ainda mais complicadas por causa da tal doença. Aliás, dá pra matar o filme só pelo trailer. Mas tudo bem, não fui pelo filme, mesmo.

Já dá pra sacar que fui por Jake Gyllenhaal, e, meninas, vemos bastante dele no filme (ai, sweet Apolo, quanta saúde!). E para os marmanjos por aí, que já torcem a cara quando vêem uma comédia romântica, também tem bastante de Anne Hathaway.

Mas justiça seja feita, a atuação de ambos, em especial dela, estão perfeitas. E eles tem muita química. Aliás, eles também já tinham feito um casal em Brokeback Mountain. E há também vários momentos bem engraçados, como o mendigo que se dá bem na vida por causa das amostras de Prozac (a pílula da felicidade!) que Jamie joga no lixo e os efeitos colaterais da milagrosa pílula azul que Jamie toma. Hilário!

Outra coisa que chama a atenção no filme é a ótima trilha sonora, que conta com faixas como Fidelity, da Regina Spektor, e os clássicos Praise you, do Fatboy Silm (a única que eu gosto desse cara), Two princes, do Spin Doctors e Heaven is a place on earth, da Belinda Carlisle.

Enfim, é um filme leve, apesar do tema, e divertido, daqueles que fazem a gente sair do cinema com um sorriso no rosto.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Batalha do Apocalipse

 

batalha apocalipse Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.

 

Assim que vi a capa desse livro, eu já fiquei fascinada. Já disse que, às vezes, julgo, sim, o livro pela capa, e essa é muito bonita. Claro que por se tratar de uma fantasia, também me chamava a atenção. Só tenho um queixa: mais ou menos uma semana de eu comprar, ele entrou em promoção com um descontão em todas as livrarias. Razão: saiu uma edição com mais ilustrações e cenas adicionais. Just my luck…

Mas, fora isso, fui surpreendida por uma leitura deliciosa, um passeio maravilhoso pela História da Humanidade, desde a queda da Babilônia até a Inglaterra medieval. E, falando em História, destaco também,bém a geopolítica criada pelo autor. Já explico. O livro oscila entre o passado e o futura. Mais precisamente, a ano de 2024 (ele não está explicitado, mas em certo ponto, é mencionado que as Olímpiadas foram no Rio de Janeiro há oito anos. Como os Jogos serão na cidade maravilhosa em 2016, até eu consigo fazer essa conta…). E o panorama mundial nesse futuro é sombrio, mas descrito de forma tão realista que me peguei pensando: “Opa, não me lembro disso nas aulas de História…Esqueci tudo!”. E ao ler, faz todo sentido…

E se desenrolam duas guerras ao mesmo tempo: uma no plano terreno e outra no plano místico (bem, não é bem plano místico, mas são tantas divisões que deixo para o leitor descobrir por si mesmo exatamente todas as divisões). O protagonista dessa guerra celeste é Ablon, um anjo renegado, expulso do plano celeste e condenado a permanecer na Haled, o plano humano.

Ablon é um querubim, uma casta de anjos guerreiros, e ele tem a patente de general. Como todo guerreiro, Ablon não conhece o medo, e não pode parar diante de um duelo anunciado. Como anjo, ele mantém suas emoções sob controle máximo, a não ser nas raras vezes em que sua ira é despertada. E ela é colossal. Daí, não há inimigo que não possa ser vencido. Outra característica de Ablon, é que ele é extremamente íntegro. Aliás, foi por essa razão que foi expulso do plano celeste. Por não concordar com as ideias de Miguel (sim, o poderoso arcanjo), ele é banido.

Em sua peregrinação pela Terra, Ablon se depara com Shamira, a Feiticeira de En-Dor.Ela estava sendo perseguida e seria executada na Babilônia. Comovido, ele a salva, e desde então, os dois são praticamente inseparáveis. Nem preciso dizer que Shamira se apaixona pelo belo anjo, e por ele, descobre um m meio de permanecer sempre jovem (não, ela não virou vampira) e logo se torna a pessoa em quem Ablon confia cegamente. É ela que traz um pouco de humanidade ao anjo, e esse laço vai se mostrar mais forte do ambos possam imaginar. Shamira é inteligente, independente e boa. Apesar de ser uma bruxa, ela tem uma pureza e uma luminosidade que impressionam.

Opostos a Ablon nesse combate estão Lúcifer, que culpa o Renegado por sua queda, e Miguel, que por ciúme da maior Criação, acha que toda a humanidade deve ser exterminada. Ambos são ambiciosos e impiedosos. Sem contar que são poderosíssimos e egoístas. Lúcifer, em especial, tem uma lábia e tanto, mas também não pensa duas vezes para trair quem quer que seja. Já Miguel é o tipo que faz tudo na surdina, ocultando suas intenções de todos.

No meio disso tudo, estão ainda Aziel, um ishim, ou anjo que controla os elementos da natureza, em especial, o fogo. Ele é aliado de Ablon,e se mostra um bom parceiro, apesar de sua compleição delgada. Além dele, também destaco Sieme, a Mestre da Mente, uma serafim com poderes de ler a mente humana (e dos anjos). Ela é curiosa e está sempre querendo saber mais sobre nós, humanos.

Do outro lado, há mais dois personagens que merecem menção: Apollyon e o Anjo Negro. O primeiro é o mais fiel servidor de Lúcifer, e inimigo mortal de Ablon. É um assassino cruel e mata por prazer. Já o Anjo Negro é o braço direito de Miguel, e é igualmente cruel. Além disso, ele é um mistério, que permeia todo o livro, pois sempre que aparece seu elmo esconde seu rosto.

Ainda destaco Orion, o Rei Caído de Atlântida. Por seus crimes enquanto monarca, ele é condenado ao Inferno e a integrar o exército de Lúcifer, mas sua alma ainda não foi corrompida. É observador e nunca toma uma decisão sem pensar antes. Apesar de estar do lado de Lúcifer, ele é grande amigo de Ablon, e sofre com tudo que o renegado tem que passar.

Uma bela aventura no tempo e no espaço, A Batalha do Apocalipse é um livro cheio de nuances e detalhes. É fácil se perder, mas vale a leitura. E tem um final surpreendente. E só mais uma coisinha que eu achei muito legal: apesar de de ser um anjo, Ablon reconhece as religiões e deuses antigos. E eles tem seu lugar no plano místico.

Trilha sonora

Várias músicas me passaram pela cabeça enquanto lia esse livro. Uma delas é Dare you to move, do Switchfoot. Também Halo, da Beyoncé (e é só essa que eu gosto dela), Sympathy for the devil, com o Guns, claro. Também as maravilhosas Everything e It is what it is, do Lifehouse. E para finalizar, Fallen, da Sarah McLachlan, especialmente para Ablon:

Heaven bent to take my hand
And lead me through the fire
Be the long awaited answer
To a long and painful fight

Though I've tried, I've fallen...
I have sunk so low
I have messed up
Better I should know
So don't come round here
And tell me I told you so...

E ainda dela, mas agora para Shamira, Angel (que também faz parte da trilha de Cidade dos Anjos)

Spend all your time waiting
For that second chance
For a break that would make it okay
There's always some reason
To feel not good enough

You're in the arms of the angel
Maybe you find some comfort here

Curiosidades

1) Ishtar, a amiga renegada de Ablon era na verdade uma deusa dos acádios (antecessores dos sumérios), que foi mais tarde assumida também pelos nórdicos. Ela era deusa da fertilidade e da primavera. (Fonte:Ishtar)

2) Ablon viveu por um tempo na Roma de Augusto. Ele foi o herdeiro de Júlio César e assumiu o poder através do segundo triunvirato, com Marco Antônio e Lépido. Mas ele derrota Antônio e se tornou único governante de Roma. Ele não quis implantar uma ditadura, com medo que pudesse ter o mesmo destino de seu tio Júlio César. Durante seu governo, Roma conheceu muita prosperidade e o mês de agosto é uma homenagem a ele. (Fonte: Augusto)

Se você gostou de A batalha do Apocalipse, pode gostar também de:

Não consegui pensar em nenhum livro que seja semelhante, mas algumas outras coisas bem legais:

  • série Roma (em especial a segunda temporada)
  • Constantine (que veio de uma HQ)
  • Supernatural (claro)