domingo, 31 de outubro de 2010

Halloween

 

O Halloween teve sua origem, como eu acho que já disse antes, nos rituais de Samhain dos celtas, no período de 600 a.C. a 800 d.C. Esses rituais celebravam o final do verão e no início não tinham nada a ver com as bruxas.

Dentre as celebrações estava o culto aos mortos, e eram as mais importantes do calendário celta. Com a invasão da Britânia pelos romanos, houve a expansão dos costumes e a fusão dos ritos celtas e romanos. E, como acreditava-se que a noite de Samhain era a noite em que os mortos andavam pela terra, também era uma noite muito temida, tanto pelos pagãos como pelos cristãos, que não acreditavam em tais coisas. Nas primeiras linhas de O Inimigo de Deus, Derfel comenta que é noite de Samhain, e que tanto ele como o bispo Sansum deixaram oferendas para que os espíritos os deixassem em paz. E nas Brumas de Avalon, também é um dos dias mais importantes e muito mencionado durante todo o livro.

Também por medo, as pessoas enfeitavam as casas com desenhos e esculturas de esqueletos e outras coisas assustadoras para que os maus espíritos os deixassem em paz. Daí veio o costume de vestir fantasias nesse feriado.

Só muito mais tarde, na Inglaterra é que surgiu o tradicional Trick or Treat, (gostosuras e travessuras), iniciado pelos católicos perseguidos pelos protestantes.

E para quem pensa que o Halloween é uma festa pagã, saiba que há também elementos cristãos, em razão do Dia de Todos os Santos. Como havia celebrações na véspera, isto é, dia 31 de outubro, o dia era chamado All Hallow’s Eve (em inglês, véspera de todos os santos), que mais tarde deu Halloween. (fonte:Halloween)

gatinh halloween

Anyway, para nós, pottermanícos de carteirinha, a data também tem significado especial. Foi o dia da queda de Você-sabe-quem e, claro, da morte de James e Lily Potter (um minuto de silêncio por favor). Foi também neste dia que o troll invadiu Hogwarts.

Quanto a mim, apesar de não celebrar, acho que este é o feriado mais legal que tem. Fantasias, doces…E para embalar este dia, tenho algumas recomendações. Assistir The nightmare before Christmas (O estranho mundo de Jack) e A noiva cadáver, ambos de Tim Burton. Não, nada de slasher movies, como os de Jason ou Freddy Krueger. Please, esses são ruins demais. E como trilha sonora, todas as de O Estranho mundo de Jack (tanto as versões originais como as do CD Nightmare Revisited, com outros intérpretes, como Fall Out Boy, Panic! at the disco, Flyleaf e Amy Lee. E acho o nome em inglês tão melhor…), e ainda, claro Thriller do Michael Jackson, música oficial de Halloween. Mas também Simpathy for the devil com o Guns, claro, que é bem melhor, Pet Sematery, do Ramones, e, não podia deixar de fora, as do Iron Maiden e Enter Sandman, do Metallica (pra quem não sabe, o Sandman é o famoso bicho-papão)

HelloKitty haloween

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Rei do Inverno

 

O rei do inverno Eu sei que já escrevi sobre a trilogia As Crônicas de Artur, mas como acabei de reler o primeiro, resolvi fazer mais algumas considerações, que ficaram de fora da outra vez, já que quando escrevi fazia tempo que eu tinha lido. É, eu sei que ficou meio confuso, mas é isso mesmo.

Neste primeiro, Derfel é um lanceiro a serviço de Artur, que por suas conquistas no campo de batalha acaba o livro como lorde. E, desde muito cedo, ganha a confiança de Artur. Não vou me aprofundar muito nele, porque já escrevi bastante sobre ele, mesmo ele sendo um dos meuns personagem preferidos. E digo isso levando em consideração não só este livro, mas todos os que já li (e olha que é um número considerável).

Gostaria de me dedicar um pouco a um dos melhores personagens que eu já vi (de novo! Não, não estou brincando, mas quando se trata de Bernard Cornwell, é difícil achar um personagem que não seja muito bem escrito). Me refiro a Guinevere, que, graças a Deus (ou melhor, aos deuses, principalmente Ísis) não tem nada a ver com a Guinevere das Brumas, que eu detesto ( a personagem, não o livro). Mesmo. Esta é sarcástica, pagã, e absurdamente ambiciosa. Talvez a única coisa que ela tenha em comum com a Guinevere das Brumas é que ela é tão manipuladora quanto. E é dissimulada também. Ela cultua Ísis, a deusa egípcia, e por causa disso, é ultra infiel a Artur, apesar da fidelidade deste, sendo que seu caso mais notório é com Lancelot. Até aí nada novo, mas ela, apesar de se comportar quase como uma freira (que tenho certeza que ela tomaria como insulto dos mais baixos) na frente de Artur, que acredita piamente em sua fidelidade. Ao contrário de sua xará, ela despreza os cristãos e trata Sansum como algo pior que um verme. E adoro isso nela. Não me entendam mal, sou católica (apesar de não praticante e já ter deixado minhas opiniões sobre a Igreja bem claras) e não quero ofender ninguém, mas é que Sansum merece todo desaforo que lhe for direcionado.

E falando nele, também conhecido como Lorde Camundongo, este sim é um fanático de marca maior, mas é absolutamente ganancioso e escorregadio. Sabe fazer muito bem o jogo para que tenha sempre mais vantagem, fingindo uma humildade que ele não tem. Ele é bajulador e sua ambição o levará muito longe, mas por enquanto ele está meio isolado. Mas já planta as sementes que irá colher. Ele é o bispo do mosteiro onde Derfel vive em sua velhice, cargo que consegue por pura cara de pau, pois ele não tem vergonha nenhuma de pedir sempre mais. Detesta e despreza Derfel (e só por isso merece meu desprezo também) e é um hipócrita, pedófilo e egoísta que guarda para si tudo que o rei Brochvael, marido de Igraine (não é a mãe de Artur. Já falo dela) manda para o mosteiro (de ouro até lenha para lareira e alimentos). Ele me enoja, e consegue isso porque Bernard Cornwell o escreve tão bem.

Há ainda outra Igraine, rainha de Powys depois do tempo de Artur. Derfel escreve a história de Artur a pedido dela. E é engraçado ver as tentativas de Sansum de ler o manuscrito, que tanto Derfel quanto Igraine dizem ser uma tradução do Evangelho para o saxão, sendo que, se não bastasse tudo que eu falei dele acima, é ignorante e não sabe ler. Igraine é inteligente e romântica, e Derfel tem certeza que ela irá mudar tudo que ele escreve de acordo com seu gosto. Está desesperada para engravidar e para isso usa as mais diversas simpatias, sendo que a mais esquisita é usar um paninho com fezes de recém-nascido em volta do pescoço (eca!).

Falta ainda falar de dois personagens importantes: Galahad e Sagramor. O primeiro é irmão de Lancelot e melhor amigo de Derfel, apesar de ser cristão. Ele é um príncipe destituído de trono, já que sua terra é tomada pelos francos, porque seu pai achava mais importante povoar o país com poetas. É um guerreiro bravo e competente, e é culto, já que cresceu na cidade dos poetas. E Sagramor é um númida lacônico, mas um temível guerreiro (conhecido como demônio negro), que não fala muito, mas quando o faz, suas palavras ressoam. É um dos mais importantes guerreiros de Artur.

Finalmente, não esqueci de Lancelot. É que ele não aparece muito neste livro, tendo maior destaque nos livros seguintes, mas já dá pra perceber que ele não corresponde em nada, a não ser talvez pela beleza, ao Lancelot que todos conhecemos. Aqui ele não passa de um almofadinha que paga para que os bardos cantem suas vitórias. Mas deixo para falar mais dele quando comentar os outros (tenho certeza que depois de reler, vou ter mais a acrescentar).

Definitivamente recomendo esse livro para os fãs de Artur, apesar das surpresas que o livro guarda, fugindo do tradicional. E também para os fãs de romances históricos em geral, pois apesar de a lenda de Artur levantar muitas dúvidas sobre sua existência e dar lugar para o fantástico, Bernard Cornwell descreve com precisão os costumes e crenças da época, de forma que a dúvida continua no ar. E só umja correção: no post anterior, eu escrevi o nome de Cenwyn errado. A grafia certa é esta, mas é que esses nomes de origme bretã são difíceis demais (não consigo nem ler direito).

Nota cultural

O culto de Ísis, deusa egípcia modelo da esposa e mãe ideais (como Hera), se estendeu do Egito para todo o mundo greco-romano, chegando à Inglaterra na época da dominação romana. Ela era deusa protetora da natureza e da magia, e era amiga dos desclassificados, como escravos e artesãos. E também a deusa da maternidade e da fertilidade. É a mãe de Horus e a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e Nut, a deusa do Firmamento, era também conhecida como a deusa da simplicidade e deusa das crianças. Ela era ainda irmã e esposa de Osíris, o deus do submundo. (Fonte:Ísis)

Se você gostou de O Rei do Inverno, pode gostar também de:

  • As brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley,
  • As crônicas saxônicas – Bernard Cornwell,
  • A demanda do Graal – Bernard Cornwell,
  • As colinas ocas – Mary Stewart

domingo, 24 de outubro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte

harry 7 Em ''Harry Potter e as Relíquias da Morte'', o encontro inevitável com Lord Voldemort não pode mais ser adiado. Harry, no entanto, precisa ganhar tempo para encontrar as Horcruxes que ainda estão faltando. E, pelo caminho, descobrir o que são afinal as Relíquias da Morte e como ele pode usá-las contra o Lorde das Trevas. Seguindo as poucas pistas deixadas por Dumbledore, Harry conta apenas com a ajuda dos leais amigos Rony e Hermione.
Juntos, eles percorrem lugares nunca visitados, descobrem histórias nebulosas sobre pessoas queridas e acabam por desvendar mistérios que os incomodavam há muito tempo. Enquanto Harry, Rony e Hermione vagam por diferentes lugares em busca de pistas, J. K. Rowling vai revelando aspectos até então desconhecidos sobre os principais personagens.

 

Reli esse livro em preparação para ver o filme (apesar de não precisar de motivo para ler Harry Potter). Até porque se for meter o pau no último, desse jeito posso fazer com toda a autoridade. E aviso logo de cara: SPOILERS! E muitos deles, por isso se você não leu ainda As Relíquias da Morte, leia o que vem por aí por sua conta e risco.

Decidido a encontrar as horcruxes, Harry sai com Ron e Hermione em sua busca pela Inglaterra, que vive um momento de instabilidade no mundo bruxo, e também terror. Muito terror. Esse livro é um verdadeiro banho de sangue. Contei pelo menos 16 mortes, entre bonzinhos e bad guys, e, uma que me doeu muito: Hedwig (ou Edwiges) a fiel coruja de Harry. Chorei quando li. Mas na verdade há muito mais morte. Só estou contando mesmo a de personagens mencionados por nome, principais e secundários.

E já que estou falando das mortes, vou logo para a que mais me afetou. Fred Weasley. Por que, POR QUE Rowling tinha que matar Fred? E o mais injusto disso é que ao matar Fred, ela matou também George, pois é dito que George nunca mais será o mesmo sem seu gêmeo. E sua morte foi tão injustificada, de graça. Todos os outros dá pra entender: Moody, Lupin (apesar de também me cortar o coração), Sirius, Dumbledore…Todos tem um propósito para morrer, mas Fred? Juro que fiquei indignada com isso. Sempre achei, e para mim fazia mais sentido, que se um Weasley morresse, seria Percy, como um último ato de redenção (lembrem que ele se virou contra a família). Ou Ron. Me dói dizer isso, mas se Ron morresse eu também entenderia. Mas não, em um milhão de anos, Fred. Chorei quando li. E até hoje, depois de ler três vezes (e, com certeza vou ler de novo), ainda não me conformo.

Outro exagero de Rowling: por que deixar o pobre Teddy Lupin órfão de pai e de mãe? Já foi um choque para mim saber que Lupin morre (lembrem que ele é meu lobisomem preferido), mas matar Tonks também? Pra quê? Não senti tanto como de Fred, mas mesmo assim fico triste. E, tudo bem, Harry é o padrinho, mas ele vai criar o garoto? De algum modo não vejo isso. Acho que o bebê fica com a avó Andrômeda.

E quase me esqueço de um personagem muito importante que morre bravamente: Dobby. Também é de partir o coração. O elfo literalmente dá a vida para salvar Harry e seus amigos, num ato de coragem extrema. E de todos, com exceção de Fred, essa é a morte que mais afeta Harry, impulsionando-o a tomar uma importante decisão.

E, outro personagem central: Severus Snape. Acho que ele é , sem dúvida, o melhor personagem da série (apesar de meus preferidos serem os gêmeos). Sua ambiguidade é o que faz dele tão fascinante. Ninguém tem certeza, até o fim, de sua fidelidade: Voldemort ou Dumbledore. Na verdade, como Rowling deixa bem claro, ela está com Lily Potter. Sempre esteve, mas isso só é revelado no seu leito de morte. E eu sempre soube que ele era fiel a Dumbledore, desde que li pela primeira vez A pedra filosofal, dez anos atrás (eu sei do período porque eu estava no último ano da faculdade de veterinária). Nunca duvidei disso nem por um segundo. E, um fato muito importante a ser discutido sobre a morte de Dumbledore, é que Snape hesitou ao fazê-lo, fato que passa despercebido a Harry. Fora que Snape teve muitas oportunidades de matar Harry, ou entregá-lo a Voldemort, mas não o fez. Digam o que quiserem, o posicionamento de Snape para mim sempre foi muito claro. Eu não contava com seu patrono ser uma corça por causa de Lily, mas de resto eu nunca duvidei. Nem de seu amor por Lily e seu consequente ressentimento em relação a James e Harry (pra quem ainda não entendeu, para Snape, Harry deveria ser seu filho). E, só como curiosidade, só uma pessoa, além de Rowling, sabia o destino de Snape: Alan Rickman, seu intérprete, que jurou não contar a ninguém, e cumpriu a promessa.

E lembram que eu disse para guardar a informação de que Dumbledore sabia que ia morrer. Pois isso se confirma neste último (?) livro. E, quem leu sabe que ele não morreu. Passou para outro plano, talvez, deixando para trás seu corpo. Mas ele continua passando ensinamentos a Harry, da mesma forma que ao morrer Obi-Wan faz com Luke. E mais uma semelhança: Obi-Wan diz que ao morrer só ficaria mais poderoso que Darth Vader jamais poderia sonhar, mas isso poderia muito bem sair dos lábios do brilhante bruxo. Já falo mais sobre isso. Agora, de volta a Dumbledore, ele tanto sabia que ia morrer, como planejou tudo contando com esse fato. Essa é uma parte essencial que eu espero que não seja cortada no filme. E também gostei de saber que Dumbledore, como todo bom personagem, tem áreas cinzas, que não é perfeito.

E ainda mais uma morte importante: do próprio Harry. Sim, ele morre, para poder voltar com um upgrade. E ouso dizer que o poder que ele tem e que o Dark Lord desconhece não é amor, mas que Harry não tem medo da morte. Ao contrário, ele entende que isso tem que acontecer e abraça seu destino sem reservas. Ele precisa passar por esse processo para que tenha forças para continuar na batalha. E é isso que Voldemort não entende, que a morte não precisa ser o fim, mas sim um novo começo.  E essa é outra coisa que não pode ficar de fora do filme de jeito nenhum: Harry falando com Voldemort antes de derrotá-lo definitivamente.Prova de que é exatamente o medo da morte que é a fraqueza de Voldemort é a cena da batalha no cemitério no quarto, quando acontece o Prori Incantatem. Voldemort teme os fantasmas que aparecem, o que o deixa vulnerável, e dá tempo para que Harry escape. 

Uma coisa que Rowling, the Godess, não explicou direito, pelo menos eu não consegui ver, foi a importância de Harry ter exatamente os olhos de Lily, a não ser por uma coisa. Nesse diálogo que eu mencionei, tem uma linha que fala: red and green, ou seja, Harry encarando Voldy. E pensei numa coisa, que talvez não tenha nada a ver, mas que não acho que seja coincidência: a maldição fatal lança jatos de luz verde e Stupefy lança jatos vermelhos. Quem mata quem? Acho que não preciso responder.

E uma personagem que confirma tudo que eu tenho falado sobre ela é, claro, Luna. Já disse que adoro Luna, e apesar de parecer avoada, ela prova que é uma bruxa poderosa. Afinal, não à toa ela está na Corvinal. E aqui ela mostra porque. Sua coragem e seu jeito peculiar de ver a vida se mostram chave para mantê-la e Olivander na casa dos Malfoy. Ela luta como uma leoa, e ainda bem que ela não morre. Pra quem quer saber, já vi em algum lugar que ela se casa e sai com o marido em busca daquele bicho esquisito.

Falando em Malfoy, dá pra perceber, pra quem lê nas entrelinhas que ele acaba meio que se redimindo de suas maldades. Já fica provado no sexto que ele não é exatamente como seu pai. Acho até que ele é corajoso, já que tem que mentir para ninguém menos que Voldemort, o maior legilimens que existe, coisa que não deve ser fácil. Para quem pensa o contrário, lembrem-se que ele tem plena consciência do que acontece com quem trai Voldemort. E no final ele até tenta fazer com que seus brutamontes (vulgo Crabbe e Goyle, que neste livro até falam) não machuquem Harry. E não tenho certeza que ele entregaria Harry a Voldy. Acho que não, baseado no que ele sofre no sexto e no sétimo. Ele percebe que está do lado errado, mas tem medo do que irá lhe acontecer (e a seus pais) se pular fora. E acho que ficou faltando ele e Hermione darem uns malhos. Pra que está se mordendo de indignação agora: todo aquele desprezo que Draco tem por Hermione, para mim, não passa de paixão recolhida. E não entendo porque Rowling não gosta dele. Como eu já disse, é pena que ele não tenha mais destaque, porque eu acho que ele é um personagem fantástico.

De todos, este é o livro que mais prende minha atenção. Os eventos são todos encadeados, e o ritmo é acelerado. Quando leio, não consigo parar. Da primeira vez que eu li, o fiz em 4 dias, porque coincidiu com um fim de semana e eu estava de folga e com uma gripe daquelas. Como agora estou trabalhando, levou um pouco mais (6 dias), e fico tensa sempre, mesmo sabendo o que vai acontecer. Ou, por causa disso mesmo. Por exemplo, quando Fred morre, eu já sofro por antecipação. O Cálice de fogo ainda é o meu preferido, mas seguido de perto por Relíquias. Só que não gosto muito de ler, porque ele traz aquela sensação de finalidade, de fim. Uma tristeza porque sabemos que acabou. Eu gostaria de saber o que acontece naqueles longos dezenove anos entre o fim e o epilogo, se Harry virou auror (ouvi dizer que sim), como Ron e George estão levando a loja, enfim, tantas outras coisas. Ouvi em algum lugar que Rowling vai escrever algo mais sobre a serie, sim, mas ate la, são só especulações. E eu tenho algumas idéias para ela escrever sobre os Marotos, alguma aventura dos gêmeos (o livro podia se chamar Gemialidades Weasley), sobre Luna…Tanta coisa. Mas por ora só o que podemos fazer e agradecer por este presente que foi Harry.

Trilha sonora

Bring me to life, do Evanescence, assim como Phoenix from the flames, do Robbie Williams (que eu AMO, alias) são perfeitas. Ainda, especialmente para George Weasley, Perfect memory, do Remy Zero, uma musica triste mas que eu adoro. Como também o mundo bruxo esta em guerra, Uprising, do Muse e This is war, do 30 seconds to Mars. E ainda In the End, do Linkin Park, cai como uma luva:

I tried so hard and got so far
But in the end, it doesn't even matter
I had to fall to lose it all
But in the end it doesn't even matter

E, para finalizar, All good things come to an end, da Nelly Furtado

Why do all good things come to an end?

Me pergunto a mesma coisa.


Se você gostou de Harry Potter e as Relíquias da Morte, pode gostar também de:

  • coleção Harry Potter – J K Rowling
  • coleção da Herança – Christopher Paolini
  • O Senhor dos Anéis – J R R Tolkien
  • Coração de tinta – Cornelia Funke
  • coleção Percy Jackson – Rick Riordan
  • coleção A Bússola de Ouro – Philip Pullman

sábado, 16 de outubro de 2010

Histórias Extraordinárias

 

Poe Conhecido como "escritor maldito", pois em suas obras encontram-se o inexplicável, o estranho, o absurdo, o terror e o pânico. Poeta e contista conhecido sobretudo por suas histórias de mistério e horror, constitui uma fonte de inspiração direta para a renovação literária européia no final do século XIX. Leitura indispensável para os amantes de histórias de mistério de horror.

 

Nem sei se isso é uma resenha ou simplesmente um comentário. Comecei a ler esse livro porque um professor na faculdade pediu para ler A queda da casa de Usher, que íamos analisar, mas me empolguei e li até o fim. Só preciso esclarecer uma coisa: li uma edição diferente desta mostrada na figura, apesar de ter esta também. Ela é mais longa e tem alguns contos que não estão nesta, e vice-versa.

De qualquer forma, há algo de perversamente encantador nos contos de Poe. E tenho que dizer que os melhores são justamente os mais sangrentos. Dito isto, os meus preferidos são: A queda da casa de Usher, Os crimes da Rua Morgue, O mistério de Marie Rogêt, Um barril de Amontillado e O escaravelho de ouro. E, apesar da maldade gratuita de O gato preto, admito que gostei do final (payback is a bitch).

Por outro lado, não gostei de A aventura sem paralelo de um tal Hans Pfaal. É longo e técnico demais pro meu gosto. E fiquei desapontada por O mistério de Marie Rogêt ter um final em aberto. Claro que não posso ter certeza, mas acho que tem a ver com o fato de o conto ser baseado em um caso que aconteceu de verdade, em New York. E isso foi o que eu achei o mais interessante neste conto. Como também achei interessante a visão do autor sobre os autômatos no conto O jogador de xadrez de Maelzel. Imagine só se Poe vivesse em nossa época,  com quanta coisa estaria se maravilhando e quebrando a cabeça para provar como fraude. E acho que também estaria estarrecido com a crueldade que existe hoje em dia.

Sim, porque ele pode até ser considerado um dos escritores malditos, mas seus contos não são nada comparado ao que vemos todos os dias na televisão. Ah! Acho que é só um comentário no final das contas.

Se você gostou de Histórias extraordinárias, pode gostar também de:

  • A sombra do vento – Carlos Ruiz Zafón
  • qualquer livro de Sherlock Holmes – Sir Arthur Conan Doyle

From hell E tenho mais uma sugestão, de filme. Trata-se de Do Inferno, com meu querido Johnny Depp (é, um dos meus atores preferidos). Neste filme, ele faz o inspetor Frederick Abberline, que tem poderes clarividentes e é encarregado de investigar os assassinatos de Jack, o Estripador. É um filme meio velhinho, mas bem bacana, baseado em quadrinhos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia dos Professores

 

O professor é aquele que faz brotar duas ideias onde antes só havia uma”
(Elbert Hubbard)

No Brasil, 15 de outubro é considerado o dia do professor pois é dedicado à educadora Santa Teresa de Ávila. Há outros motivos, mas não vou utilizar o espaço para uma lição. Para saber mais, acesse: Dia do professor.

Aproveito para fazer uma homenagem pequena para um profissional pouco valorizado, pouco respeitado, mas que é fundamental para todos nós. Não teríamos médicos, engenheiros, artistas, etc, se não fosse por nós, professores. Infelizmente, todos parecem esquecer que só chegaram onde chegaram por causa de um professor. E esquecem isso no memonto que bate o sinal.

Aproveito para parabenizar em especial duas pessoa fundamentais na minha vida: meus pais. Ambos são professores, e eu cresci nesse meio. Nunca me pressionaram para que eu seguisse seua passos, a vida quis assim, e devo dizer que não me arrependo. Deixei para trás a veterinária (que eu amava de paixão) e alguna podem dizer que fiz a pior escolha. Não acho. Para ser franca, me decepcionei muito com a profissão, e hoje não voltaria atrás. Fazer o que? Pegeui o vírus, como se diz. E, apesar de às vezes ter vontade de jogar tudo para o alto, no fundo não quero parar tão cedo. Aprendo muito com meus alunos.

Mas me desviei do assunto. Como eu dizia, venho de uma família de professores. Minha mãe ensinava português. Quis a vida que ela deixasse de lecionar, mas eu sei que ela sente muita falta e acho que ela deveria voltar para a sala de aula. Quero que saiba que dou o maior apoio, mãe!

Meu pai é professor de matemática. Como se isso não fosse suficiente para eu me admirar, ele ainda deu aula por muito tempo na minha antiga escola (não vou citar qual é, por respeito. Eu posso ter detestado, mas nem por isso vou fazer propaganda negativa. Trata-se somente da minha opinião, e verdade seja dita, estudar lá me deu muitas oportunidades e não sei se teria chegado até aqui se não fosse por isso). Basta dizer que é preciso muita paciência para aguentar os alunos lá. É, porque agora quem prova do veneno sou eu. E não é fácil aguentar aquela molecada. admiro meu pai por isso. Quando crescer quero ser como você, pai!

E não por ser meu pai, mas ele foi o melhor professor de matemática que eu tive. Fui sua aluna na quinta, oitava e terceiro colegial. Nào se enganem. Detesto matemática, sempre detestei, e não era lá muito boa aluna nessa matéria (aliás, em nenhuma de exatas). Era uma tortura pensar em todos aqueles cálculos que eu pensava que não ia usar nunca na vida. Certo, muita coisa eu nunca usei mesmo, mas engana-se quem pensa que se livra da matemática ao entrar na faculdade de Veterinária. Só para ilustrar, todas as doses de medicamentos são calculadas em regra de três (o cálculo masi sofisticado que eu sei de matemática). Tive que dar o braço a torcer.

Muitos outros professores me marcaram, mas tenho que admitier que não lembro dos nomes de todos. Só das aulas e da confiança que eles me passaram. E, de alguma forma, eles contribuiram para fazer de mim quem eu sou. Fica aqui minha homenagem.

FELIZ DIA DOS PROFESSORES! A gente merece.

professor 1

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Os homens que não amavam as mulheres – filme

 

Aproveitei o feriado e consegui alugar Os homens que não amavam as mulheres. Versão sueca, claro, já que a versão hollywoodiana ainda está sendo filmada, mas que eu mal posso esperar pra ver.

Quanto à versão sueca, devo dizer que os fãs da série Millennium não vão ficar desapontados como resultado. O filme é muito bom, e bem condizente com o clima do livro. Mas já aviso, como no livro, tem partes que são bem fortes e nem todo mudo vai conseguir ver.

Claro que algumas coisas ficaram de fora, como era de se esperar, mas o mais importante mesmo, toda a história de Harriet Vanger e seu desaparecimento estão lá. O que foi cortado foi toda a explicação sobre o caso Wennestrom (que eu tenho certeza que eu escrevi errado. Paciência, não sei sueco), o que francamente é a parte mais chata do livro, e que poderia ficar de fora mesmo. Também foi cortado o caso de Blomkvist com Erika Berger (apesar de este ficar insinuado) e Cecilia. Aliás, ele não é tão garanhão no filme como no livro.

E o mais importante: Lisbeth é exatamente como descrita no livro. E Noomi Rapace, a atriz que a interpreta está muito bem no papel (podiam ter escalado ela para repetir o papel em Hollywood). Mas uma notícia ruim para o fãs (spoiler!): incluíram lembranças de Lisbeth tacando fogo em Zalachenko, o que não tem no livro. Quem leu sabe que Zala só aparece mesmo no segundo volume da série.

Mas fora isso, um filme muito bem feito, com uma fotografia lindíssima (apesar de a gente sentir o frio mesmo no conforto do sofá, sob os cobertores), e que não deixa nada a desejar ao livro. Uma bela homenagem a Stieg Larsson (RIP).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Bon Jovi

 

A primeira banda de rock que eu aprendi a gostar, há bastante tempo, foi o Bon Jovi (e ai de quem falar que não é rock. Se não for é o quê? Rap? Please!). Foi na época que ele lançou Keep the faith. Eu adorava a música, e pedi o CD de aniversário, e, o resultado disso é uma paixão que já dura uns bons anos. Então não é de surpreender ninguém que, quando foi confirmado (sim, porque antes disso houveram muitos boatos, todos infundados) que eles viriam para o Brasil na turnê The Circle, eu precisava ir ao show. E, dia 06 de outubro finalmente chegou e uma espera de 15 anos chegou ao fim. Pude matar a vontade de ver minha banda favorita (é, eu tenho várias) no palco mais uma vez. Sim, porque eu fui também 15 anos atrás.

Aquele show foi ótimo. Nem a chuva que começou 10 minutos antes do show começar, e acabou junto com o show, estragou a festa. Saí molhada, com frio, mas feliz da vida. Não lembro a data exata, mas foi mais ou menos nesta mesma época, e eu já tinha ficado extremamente contente porque ele cantou Blood on blood, que eu não imaginava que ele fosse fazer naquela época. Mas tenho que dizer que esse show não foi nada em comparação com as três horas de puro deleite deste último. Talvez minha ânsia de ver toda a energia (sem falar na beleza) de Jon e sua turma no palco esteja influenciando meu julgamento, mas não há outro jeito de descrever o show: perfeição. Tudo conspirou a favor: uma noite nem quente nem fria em São Paulo, no melhor estádio do mundo, e não tive que suportar a tortura do Fresno (tive que trabalhar e cheguei mais tarde. Graças a Deus, não perdi um minuto sequer do tão esperado show). Nem o fato de o show ser no meio da semana (de quem foi a idéia idiota de uma quarta-feira?), ou de eu ter uma prova de Clássicos no dia seguinte às 8 da manhã (que eu fui fazer, e fui bem por sinal) foram suficientes para estragar a festa. Então, sem mais delongas (apesar de eu já ter enrolado um bocado), vamos ao show em si.

Se eu fiquei surpresa por ele ter tocado Blood on Blood 15 anos atrás, imaginem o meu estado quando ele abriu com esta música. Tem razão de ser: ela é a preferida de Jon (nada de surpresa aí. Ela é bem pessoal, auto-biográfica). E também é uma das minhas preferidas (apesar de eu não ter uma preferida do Bon Jovi. Eu sei quais eu não gosto, mas amo muitas músicas igualmente, não consigo separar uma só). A magia tinha começado. Alegria sem fim.

Bon Jovi 1

Depois veio uma do The Circle, We weren’t meant to follow, que eu gosto muito também.  Mas pegou fogo mesmo na terceira: You give love a bad name. Aí o Morumbi veio abaixo, o público cantando cada verso com vontade. E, para incendiar ainda mais na sequência veio outro hit arrebatador: Na na na na na … Born to be my baby, claro. E eu nem errei a letra (como eu geralmente faço). Pronto, eu já estava no céu. Mas era só o começo de uma noite que eu vou lembrar para sempre.

Depois veio Lost Highway, seguida por mais uma do CD novo, Superman tonight, que eu adoro, com direito a imagens do clipe no telão. Mas meu queixo caiu mesmo com a próxima: In these arms, mais uma das minhas preferidas que ele não tocou em 95, para meu grande desapontamento. Quando os primeiros acordes começaram, eu não conseguia acreditar: eu ia ver In these arms ao vivo. Agradeci aos céus. Pedi muito para ele tocar esta música, e fui atendida.

A seguir veio Captain Crash and the beauty queen from Mars, uma das que eu mais gosto do Crush. E mais uma do The Circle: When we were beautiful (Jon honey you still are!), trilha do documentário sobre a turnê Lost Highway de 2008. E uma das melhores do CD (apesar de eu gostar muito de todas).

E aí sim, fomos surpreendidos novamente: Runaway, o primeiro single do Bon Jovi, de 1982, quando eu ainda nem sabia o que era Bon Jovi. Ele não consegue mais fazer os agudos do final, mas foi demais do mesmo jeito. A seguir We got it going on, seguida por mais um hit arrasa-quarteirão: It’s my life. De novo o povo foi à loucura.

Depois, o tradicional Is there a doctor in the house? anunciava Bad Medicine, entremeada com dois covers: Pretty woman e Shout (do filme Penetras bons de bico). A galera respondeu à altura nos hey hey hey desta última.

Após tudo isso, Jon passa o microfone para Ritchie, que anuncia que não era domingo, mas iria nos levar para a igreja. Ainda bem que ele se referia a Lay your hands on me, que, claro, ele cantou muitíssimo bem. Jon retorna, de camisa azul, que caía perfeitamente (mas como fui lembrada por minha irmã e minha amiga Mari, de qualquer coisa cai bem nele: com camisa, sem camisa…). Baladona: Always, que o público berrou cada verso do refrão.

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Aí, Jon pergunta se lembramos de Blaze of Glory. Claro meu querido. Com seu violão, lá vai ele lembrando a trilha de Jovens demais para morrer (eu preferia Miracle, mas não posso reclamar). E aí, mais uma de arrasar: I’ll be there for you, e Jon deixou a plateia cantar o refrão e os oh oh oh uma meia dúzia de vezes.

Uma carinha alegre no telão anunciava: Have a nice day! Eu eu estava tendo, junto com as 70 mil pessoas presentes no estádio. Mais uma surpresa: I’ll sleep when I’m dead. Delícia de música, e, já deu pra perceber, mais uma das minhas preferidas (viu só porque eu não consigo isolar uma só?). Aí, de volta ao novo álbum, pela última vez: Work for the working man. Depois Who says you can’t go home, seguida de Keep the faith, pra encerrar a primeira parte com chave de ouro.

Claro que Jon se despediu do público aqui, mas as luzes não se acenderam e, como de costume, sempre tem uns tontos que saem do show nesse hora. Ele voltou ao palco, e lá vem gente voltando correndo. Hello! Nunca foram em show não? E quem saiu mesmo nessa hora perdeu o bis, que foi também muito bom.

Ele voltou, vestindo uma camiseta vermelha sem mangas (be still my heart!) com outra surpresinha para nós: These days, minha preferida do álbum, e que eu não sabia que ele ia tocar. Tudo bem, saiu um playlist antes que dizia que ele tocaria These days no bis, mas até que aconteça no palco, podia não ter tocado, então, foi com muita alegria que eu recebi essa surpresa.

Bon Jovi 3

Logo depois, veio Wanted dead or alive. E senti falta de Jon falando “This is for the cowboys out there”, como de costume. E Ritchie também não estava, como sempre nessa música, com o sobretudo. Tudo bem, não tava frio, mas é como marca registrada.

E, como se não fosse suficiente, mais uma surpresa: Someday I’ll be Saturday night, agitando a galera. E de novo, mais uma das minhas preferidas. Eu adoro o refrão dessa música;

Hey, man I’m alive
And I’m taking each day and night at a time
I’m feeling like Monday
But someday I’ll be Saturday night

Pena que não era Saturday night, mas bem que parecia.

Claro que a banda não podia deixar o palco sem tocar esta próxima música. Estou falando, claro, de Living on a prayer. Jon começou o refrão antes, deixando o público cantar sozinho, e todo mundo mandou ver. Até adiantado, fazendo com que ele pedisse para esperar. Acabou, nova despedida, abraços no palco, e Jon e Ritchie como que paralisados, estupefatos, com a reação do público. E, ao invés de sair do palco, a banda fez uma rodinha, para discutir alguma coisa. Alguns minutos depois, a última surpresa, que parecia que foi bolada especialmente para nós: Bed of roses. E, pela reação da banda antes de tocar, acho que foi mesmo decidido ali, naquela hora. E assim, Bon Jovi fechou com chave de ouro o show, que foi, repito, simplesmente perfeito.

Jon parecia extremamente feliz de estar ali, naquele palco, naquela noite. Acho que ele não esperava tamanha reação. Aliás, tenho certeza disso, porque ele mesmo falou: “It’s been a long long time since we’ve been here”. O público, claro, afirmou, ao que ele completa, para Ritchie: “Judging by the reaction, we should have come back a long time ago. We should have come back every year”. Deveriam mesmo. E tomara que não demore mais 15 anos para isso acontecer.

Como todo fã ardoroso, claro que eu queria mais. Queria ver Dry County, Never say goodbye, Fields of fire, I believe, Hey God (que eu adoro gritar a plenos pulmões), In and out of love, Something to believe in, Love me back to life, Everyday…Mas se tocassem todas as que eu acho que deveriam, amanhecia o dia e o show não tinha acabado. Infelizmente, all good things must come to an end. E eu não posso reclamar, afinal foram 3 horas de show. O que mais eu queria?

Como se tudo isso não fosse suficiente, qual não foi minha satisfação ao chagar no estádio, claro, antes do show começar, e escuto Spin, de ninguém menos Lifehouse (que todo mundo já sabe ser uma das minhas bandas favoritas) tocando no alto-falante! E depois, o DJ ainda tocou Dance dance, do Fall Out Boy, Over my head, do The Fray, Everything you want, do Vertical Horizon e Come along (que eu não lembro a banda e não consigo achar para baixar). Foi a cereja do bolo!

Aliás, falando em bolo, dia 07 de outubro é aniversário do tico Torres, o baterista do BJ. Jon anunciou pra plateia e puxou o Happy Birthday, que foi cantado por todo mundo. Aposto que foi o melhor presente de aniversário de Tico.

Só uma coisa estragou essa noite maravilhosa: o preço pra lá de abusivo do estacionamento no Shopping Butantã. Eu frequento esse shopping quase todo dia, e o estacionamento não é pago (graças a Deus), mas quando tem jogo no Morumbi, eles cobram. Quando fui assistir São Paulo e Fluminense dois anos atrás, já custou mais caro: R$ 50,00. Eu achava que seria mais ou menos o mesmo preço, que já é absurdo. Qual não foi a minha surpresa quando vejo R$ 100,00! É isso mesmo, você viu certo! Reclamei, claro, afinal, o estacionamento foi mais caro que o meu ingresso! Mas o que eu ia fazer? Deixar na rua é que não. E, na hora que eu cheguei, depois de trabalhar até 18:30, todos os estacionamentos em volta do estádio deviam estar lotados. Hell, no Butantã tava quase lotado! Fica aqui meu desabafo.

Só me resta uma coisa: bom show pra você que vai no Rio! Eu queria muito ir de novo!

Ah! E um doce pra quem adivinhar o que eu estou escutando enquanto escrevo! Bon Jovi, claro, o CD Lost highway, seguido de These days. E mais algumas, como When we were beautiful e Superman tonight no you tube (o CD está no carro e eu estou com preguiça de pegar).

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Stonehenge

 

Stonehenge Uma combinação perfeita: um dos escritores ingleses mais bem-sucedidos no Brasil escreve sobre um dos mais conhecidos e enigmáticos mistérios do planeta.
Como explicar Stonehenge, um enigma tão complexo quanto as pirâmides do Egito? Qual era a finalidade desse círculo de pedras? Todos os anos, milhares de turistas seguem até a planície de Salisbury para tentar entender o grande mistério. Teria o monumento sido erguido pelos gregos? Ou se trata de um templo construído pelos druidas celtas? Bernard Cornwell recria a época da construção do monumento em uma emocionante disputa entre três irmãos pelo poder de sua tribo.

 

Como de costume, não podia deixar de ler esse livro: Bernard Cornwell e ainda por cima contando a história da construção de Stonehenge, um dos monumentos mais lindos e intrigantes da História. E ainda por cima foi outra bagatela: só 12,90 (quem é fã de Bernard Cornwell sabe que não se compra livro dele por menos de quarenta reais).

A trama gira em torno de três irmãos: Saban, Lengar e Camaban. Todos moram em uma tribo que se encarrega de construir o monumento aos deuses. Lengar é o guerreiro, ambicioso, que quer a todo custo se tornar o governante de Ratharryn. Como todos os tiranos, ele sofre de certa cegueira, e só quer tirar vantagem de tudo. É implacável e sanguinário, não hesitando em eliminar quem quer que esteja em seu caminho.

Saban é o irmão do meio. Pacífico, só quer mesmo criar sua família em paz. Claro, sendo Bernard Cornwell, ele não vai conseguir isso, e vai ter que lutar e derramar muito sangue para que consiga a paz. É inteligente e observador, percebendo antes de todos o que acontece a sua volta, a não ser quando se trata de Aurenna, sua amada. É ele o responsável pela construção do templo.

Camaban é o caçula. Aleijado, se considera sábio, e posso dizer que ele é realmente muito mais esperto do que todos o julgam. Admito que gostava muito dele no começo, quando era mais sarcástico, e sabia colocar os outros no devido lugar. Só que da metade para o fim, ele se torna fanático, e perde parte de seu encanto.

Aurenna é praticamente a única personagem feminina da trama (ou, a única que se destaca). Inicialmente escolhida para ser sacrificada aos deuses, ela escapa, e passa e ser como que sagrada. Acaba se casando com Saban, com quem tem dois filhos, mas é facilmente manipulada por Camaban e acaba envolvida pelo fanatismo deste.

Como sempre, Stonehenge chama a atenção pelo realismo como retrata a Inglaterra pré-histórica. E, de novo, não é para qualquer um. Arrisco dizer que este é o livro mais sangrento que li até agora de Bernard Cornwell, e é interessante notar que não havia na Antiguidade a mesma noção de família que temos hoje. Sacrifícios humanos eram encarados com naturalidade, e os escolhidos para ser sacrificados aceitavam o encargo com muito orgulho.

Uma leitura fascinante, que faz com que a gente se pergunte se foi mesmo desse jeito que Stonehenge foi erguido.

Trilha sonora

O Fortuna, da ópera Carmina Burana é perfeita.

Nota histórica

O próprio Bernard Cornwell faz uma nota histórica no final da obra, esclarecendo que até hoje não se sabe como Stonehenge foi construído, mas que ele acha que a forma relatada é a que ele acha mais provável. De qualquer forma, ele foi erguido em três etapas:

  1. Período I (c.3100 aC): quando foi cavado um círculo onde foram colocadas estacas de madeira e 56 furos externos contendo restos humanos carbonizados;
  2. Período II (c. 2150 aC): realocou-se o templo de madeira e construção de círculos de pedra azulada, vinda de Gales;
  3. Período III (c. 2075 aC): as pedras azuis foram derrubadas e foram erguidas pedras de grandes proporções, vindas do norte.

 

Sua construção pode ser um mistério, mas uma coisa é fato: ele foi construído de forma que, no Solstício de Verão (21 de junho no hemisfério norte) o Sol nasce perfeitamente sob a pedra principal. Também não se sabe qual o objetivo de sua construção, se por motivos religiosos ou para observações astrológicas, mas não foram os Druidas que o ergueram, pois chegaram à Grã-Bretanha muito após sua construção, mas era utilizado por eles com fins religiosos. Também conhecido com “dança dos gigantes”, Stonehenge aparece em relatos arturianos como lugar de forte poder místico. (fonte:Stonehenge)

Se você gostou de Stonehenge, pode gostar também de:

  • Crônicas Saxônicas – Bernard Cornwell
  • As crônicas de Artur – Bernard Cornwell
  • trilogia do Graal – Bernard Cornwell
  • Irmão lobo – Michelle Paver
  • Mundo sem Fim – Ken Follett
  • Os pilares da Terra – Ken Follett

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A nova traição de Judas

 

traição de judas Das profundezas do Oceano Índico, uma terrível praga desperta para aniquilar a humanidade – desconhecida, incontrolável…e simplesmente uma precursora do apocalipse que se aproxima.

Agentes da sigilosa organização Força Sigma, a Dra.. Lisa Cummings e Monk Kokkalis buscam respostas para a bizarra doença de um navio de cruzeiro transformado em hospital. Porém um súbito e selvagem ataque de sequestradores terroristas transformam o navio de misericórdia em um laboratório de armas biológicas flutuante.

O tempo é um inimigo enquanto uma pandemia mundial cresce rapidamente fora de controle. Enquanto os segundos se aproximam do dia do juízo final, o comandante da Sigma, Gray Pierce, precisa juntar forças com a bela assassina que tentou matá-lo – seguindo a trilha do mais lendário explorador da História para o centro de um assombroso mistério enterrado nas profundezas da antiguidade e do código genético da humanidade.

 

De novo a mesma história: praga em escala mundial, capaz de aniquilar a humanidade, um segredo escondido na História e terroristas querendo jogar mais lenha na fogueira. Blá, blá, blá. Mas a fórmula deu certo para James Rollins, e eu simplesmente não consigo deixar de amar a Força Sigma. Sei lá, é hipnotizante, e é começar a ler para ficar viciado.

Por enquanto, este é o mais sombrio dos três (lembrem que há mais por vir). E tenho que reconhecer que é bem assustador. A tal praga é pior que a gripe suína, e vai matando todo mundo, e não há esperança de cura. É enervante ler, dá um desespero…Mais ainda quando a Dra.. Lisa Cummings é uma das pessoas infectadas. E pensar que tem gente que desenvolve mesmo essas coisas para usar como arma biológica…é surreal.

Mas, para mim, o que mis interessa é o que acontece com Monk. O maluco sai sozinho em uma exploração, mas, claro, sendo Monk e se tratando da Força Sigma, as coisas se complicam bem depressa. Mas Monk é astuto, e ainda tem aquela mãozinha mecânica cheia de truques para ajudá-lo. E, mesmo nas situações mais difíceis, ele não deixa de ser engraçado. Aliás, é justamente nessas horas que seu lado sarcástico aflora, e rende boas risadas.

Também é interessante ter Gray e Seichan trabalhando juntos. E o clima entre os dois vai esquentar um bocado. Aparentemente, Gray encontrou sua alma gêmea, e, vamos admitir que Seichan é uma parceira muito melhor que Rachel Verona. E, bônus: conhecemos mais um pouco dos pais de Gray, o que é surpreendente. E dá pra perceber que Gray é mais parecido com eles do que gostaria de admitir. Fiquem de olho na mãe dele. A mulher não é moleza, não, daria uma boa agente da Sigma.

Mas tem uma parte que eu achei pra lá de absurda, com os pigmeus canibais. Nada contra uma forçada de barra, mas isso foi demais. Não vou dizer mais nada pra não estragar, mas que é idiota, isso é. Mas tudo bem. O objetivo não é ser realista, é divertir, e isso o livro faz muito bem. E ainda deixa um ganchinho para o próximo, que, infelizmente ainda não saiu em português. Eu tenho a versão original, mas não li ainda. Só digo isso: Delfos. Para quem, como eu, curte mitologia, já dá pra saber do que se trata.

Nota histórica

Marco Polo nasce em 15 de setembro de 1254, em Veneza, porém sua data de nascimento não está bem esclarecida, bem como o local, sendo que a data acima não passa de conjectura. Filho de Nicolau Polo, um mercador, ele acaba seguindo os passos do pai, e eventualmente se torna o maior explorador da Idade Média. Seus relatos de viagem foram por muito tempo as únicas fontes de informação sobre o Oriente. Nicolau Polo parte de Veneza antes do nascimento do filho e fixa residência em Constantinopla, junto com seu irmão Maffeo, de onde partem em 1260, rumando até a China, segundo os relatos de Marco Polo. Mas nesse meio tempo, a mãe de Marco morre e ele é criado por uma tia e um tio. Ele foi bem educado, aprendendo diversos assuntos mercantis, incluindo moedas estrangeiras e como manter navios mercantes. Só muito tempo depois é que ele conhece o pai, com quem ,aos dezessete anos, parte em aventuras até o Oriente, chegando à costa da Índia e à China, onde conheceram o rei mongol Kublai Khan, neto de Gêngis Khan, e ao Tibete. Os Polo retornam a Veneza após 24 anos, onde Marco Polo comanda uma tropa na guerra contra Gênova, onde acaba por ser feito prisioneiro, ondde relata suas aventuras para um companheiro de cela, já que, apesar de sua educação, Marco Polo não sabia muito latim. Em 1324, doente e de cama, Marco Polo prepara seu testamento, onde deixa parte de sua fortuna para sua mulher, Donata, e suas três filhas, parte para a Igreja e o restante distribuindo entre as diversas instituições religiosas, irmandades e casas da guilda a que pertencia. vindo a morrer entre 8 e 9 de janeiro de 1324. Marco Polo foi enterrado na Igreja San Lorenzo de Veneza. (Fonte: Marco Polo)

Trilha sonora

Não tem outra: It’s the end of the world as we know it, do REM

Se você gostou de A nova traição de Judas, pode gostar também de:

  • O mapa dos ossos – James Rollins
  • A Ordem Negra – James Rollins
  • O código Da Vinci – Dan Brown
  • Anjos e Demônios – Dan Brown
  • O último templário – Raymond Khoury